O
13º salário é sempre bem-vindo. Porém, como tudo na vida, é importante se
planejar para que o uso seja bem feito e sejam consideradas possíveis dívidas
ou a necessidade de uma reserva de emergência, caso ainda não tenha
constituído. Por isso, a dica é: coloque no papel os cálculos do dinheiro que
entrou, contas a pagar e sonhos a realizar. Assim, fica mais fácil de se
organizar.
Apesar do corre-corre de
dezembro, este mês é o momento perfeito para organizar suas finanças para o
próximo ano. É também a oportunidade de priorizar a educação financeira,
avaliando todos os seus gastos e eliminando possíveis despesas desnecessárias
ou o excesso de dívidas. Gastos comuns com alimentação, combustível, aluguel,
lazer e impostos devem ser pagos com a renda mensal. Já para o 13º, a
prioridade deve ser pagar aquelas dívidas com juros mais altos.
Caso não tenha uma reserva
de emergência, este também pode ser o momento ideal para destinar um valor para
uma poupança. É indicado ter uma reserva de emergência de, no mínimo, o valor
correspondente a seis meses de seus gastos mensais. O restante pode ser
destinado para seus demais objetivos, destinando ainda uma parte para a
aposentadoria e outra para aquela viagem de final de ano com a família ou
amigos, por exemplo.
Porém, é importante lembrar
que existe um mito que consiste na ideia de que caso o investidor resgate o seu
valor antes do fim do ano, ele não precisará incluir este valor na declaração
de Imposto de Renda (IR). Não acredite nisso: esse tributo é retido na fonte no
momento do resgate, podendo inclusive gerar uma perda maior caso a retirada
seja feita, pois a alíquota de IR cobrada será maior. Além disso, todas as
informações de movimentações realizadas durante todo o ano são encaminhadas
pelas instituições financeiras para a Receita Federal, sendo necessário
informa-las na Declaração Anual de Imposto de Renda.
Uma oportunidade
interessante é destinar o 13º para um plano de previdência privada. No Sicredi
– instituição cooperativa financeira com mais 3,9 milhões de associados e
atuação em 22 estados e no Distrito Federal –, existem opções de previdência
para todos os perfis.
Para quem realiza a
declaração de IR pelo formulário completo, há o plano do tipo PGBL. Nele,
contribuições realizadas durante o ano em PGBL permitem que o participante
usufrua de um benefício fiscal, podendo deduzir essas contribuições da base de
cálculo do IR. O limite para esta dedução é de 12% da renda bruta anual
tributável e são consideradas as contribuições realizadas até o último dia útil
do ano. Então, caso você ainda não tenha excedido este limite de contribuições
em PGBL no ano, é uma oportunidade de pagar menos impostos ou aumentar a sua
restituição.
Já para quem realiza a
declaração pelo formulário simplificado, é isento ou já atingiu o limite de 12%
de benefício fiscal, deve destinar o recurso para um plano de previdência
privada do tipo VGBL e usufruir da mesma forma dos benefícios de uma reserva de
longo prazo.
Com organização, o 13º
salário pode ser benéfico tanto agora como a longo prazo. Então, mãos à obra e
comece 2019 com o pé direito, inclusive nas finanças!
Eduardo Correa -
superintendente de Produtos e Serviços Financeiros do Banco Cooperativo Sicred .
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