Que
tal começar 2019 com novas atitudes que farão toda a diferença em sua vida
profissional? Em seu livro, “O poder das pequenas mudanças” (Editora
Alaúde), a empresária e escritora Margaret Heffernan mostra como a introdução
de hábitos simples e valores novos na rotina de trabalho podem gerar um impacto
extremamente positivo nas organizações e aumentar a qualidade de vida dos
funcionários, refletindo em suas vidas sociais e em suas famílias.
Confira
abaixo 6 dicas da autora:
1 - Aprenda a ser um
profissional monotarefa
Tentar fazer tudo transforma
as pessoas multitarefa em editores ruins. Aqueles que tentam ser multitarefa
constantemente acham difícil ignorar informações relevantes e demoram mais para
se movimentar entre as tarefas. Segundo a autora, o modo como trabalhamos cria o
seu próprio círculo de feedback: quanto mais atenção tentamos prestar a
tudo, menos discernimento teremos. Quando focamos em algo, aprimoramos nossa
concentração e nos lembramos do que fizemos. Sentimo-nos menos
exaustos. Então, a monotarefa – focar em uma só tarefa por vez – não é apenas
mais eficiente, ela também nos torna mais capazes de usar o conhecimento que
obtivemos.
2 - Hora demais,
produtividade de menos
Consideramos que trabalhar à
noite é heroísmo, jornadas longas são interpretadas como comprometimento.
Porém, a produtividade não é linear. Podemos trabalhar bem durante 40 horas por
semana, mas não mais do que isso. Depois de 40 horas, ficamos cansados e
cometemos erros – e precisamos de mais tempo para consertar a confusão que
fizemos. Após um estudo realizado durante 40 anos com funcionários públicos,
foi constatado que, a longo prazo, a jornada de trabalho estendida causa os
seguintes efeitos: trabalhar por 11 horas ou mais por dia dobra o risco de
depressão. Uma jornada de trabalho de 55 horas semanais causa perda-cognitiva
já na meia idade, incluindo diminuição do vocabulário, raciocínio,
processamento de informação, capacidade de solucionar problemas, criatividade e
tempo de reação. Essa deficiência cognitiva leve era também um prognóstico de
demência e morte precoce.
3 - Saia para caminhar
Estudos mostraram que a
criatividade aumenta quando tiramos uma folga. Quando distanciamos o olhar do
trabalho e fazemos algo simples, como uma caminhada, acessamos outras partes do
cérebro que nos ajudam a encontrar os insights que necessitamos para chegar ao
entendimento ou à solução de um problema. Seja ao ar livre ou na esteira, já
foi comprovado que caminhar melhora a geração de ideias novas e úteis. Por
isso, antes um brainstorming, quando você ficar emperrado em um problema, ou só
porque precisa de uma pausa colocar as ideias no lugar, saia para uma
caminhada. Fazer uma caminhada de meia hora pode ser mais produtivo do
que ficar até tarde no trabalho.
4 – Perguntas melhores,
decisões melhores
As perguntas são o corpo e a
alma do conflito construtivo. Elas abrem caminho para o debate, que, quando
bem-feito, nos ajuda a ver o que tendemos ignorar, desafiando-nos a pensar
melhor, pensar de outra forma. Em seu livro, Margaret aconselha que, no caso
de decisões críticas, é recomendável nomear um “advogado do diabo”: alguém cuja
tarefa será questionar para obter a desconfirmação, defender posições opostas e
trazer à tona os dados e argumentos que foram deixados de lado.
5 - Tire o melhor proveito
dos erros
Ninguém está isento ao erro.
Entretanto, a forma como o encaramos pode ser feita de forma positiva e
produtiva. Se bem-intencionados, os erros não são motivo de vergonha, mas de
aprendizado. Em seu livro, a autora apresenta um caso de uma empresa que implantou
o “grande livro negro”. Sempre que se cometia um erro, independentemente do
nível hierárquico, a pessoa que o cometeu fazia uma anotação nele. Os novos
funcionários liam o livro negro ao ingressarem na empresa. “Assim, um simples
livro compartilha o aprendizado com os erros – para que eles não sejam
repetidos – e transmite uma mensagem poderosa: todos erram”, afirma Margaret. Poder
e status não conferem inefabilidade; os erros são a via crucis do
progresso.
6 - Não leve trabalho para
casa...nem para suas folgas e férias
Pode parecer estranho, mas,
para algumas pessoas, se desligar do trabalho exige um sacrifício sobre-humano.
Mas como em qualquer forma de vício, há diferentes formas para você se
“desintoxicar”. Em seu livro, Margaret fornece algumas dicas como agendar para
as férias compromissos que sejam muito difíceis ou caros demais para serem
desmarcados, desabilitar o recebimento de e-mails fora do expediente e até
mesmo excluir seu e-mail profissional do celular durante as férias. Essas
são atitudes altamente recomendáveis para que operíodo de descanso seja
realmente reparador”, conclui a autora.
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