Mudanças na
temperatura, ambientes mais fechados e má higienização das mãos favorecem a
transmissão da doença
Engana-se quem pensa que é apenas a pele que
precisa de atenção especial durante o outono. Os olhos também pedem cuidados
redobrados nesta época do ano. “É durante a estação de transição entre os meses
quentes e frios, em que a umidade do ar é mais baixa, que há grande
proliferação de microorganismos no ar que causam a conjuntivite”, explica o médico
oftalmologista Dr. André Luís Alvim Malta, consultor das Óticas Diniz – maior
rede do varejo óptico do Brasil.
Ainda de acordo com o especialista,
outros fatores contribuem para a disseminação da doença. “Por causa das folhas
das árvores, que caem com maior frequência no período, e os ambientes mais
cheios e fechados, com grande aglomeração das pessoas por conta do tempo seco,
os olhos ficam mais sucetíveis à afecção, inclusive porque há maior quantidade
de poeira no ar. Tudo isso facilita a transmissão da conjuntivite”, afirma.
Existem três formas mais comuns da doença:
bacteriana, viral e alérgica. Os principais sintomas são coceira,
lacrimejamento, olhos vermelhos, secreção e sensibilidade à luz. Na
conjuntivite viral os olhos ficam ainda mais inchados, podendo haver lesão nas
córneas.
“No caso da conjuntivite alérgica, pessoas que
sofrem com rinite, asma, tosse alérgica ou dermatites estão mais propensos.
Isso acontece porque há uma reação de hipersensibilidade a um agente específico
ou substância estranha ao organismo. Normalmente poeira, ácaros e o pólen das
plantas desencadeiam a doença. Porém, diferentemente dos dois primeiros casos,
a conjuntivite alérgica não é transmissível”, explica Malta.
O tratamento deve ter sempre a orientação de um
médico oftalmologista. “Esse é o único profissional capacitado para isso. Cada
colírio tem uma indicação específica que pode ter como efeito colateral o
aumento da pressão ocular e o desenvolvimento da catarata, por exemplo. Já o
uso de compressas geladas, com o descarte da gaze ou do algodão no lixo logo
após serem utilizados, aliviam o desconforto e a coceira, e evitam a
contaminação”, explica o especialista das Óticas Diniz.
A falta de hábitos saudáveis de higiene, como o
compartilhamento de objetos pessoais, favorecem a doença nesta estação. “A
prevenção deve ser feita o ano inteiro, e não apenas durante o outono, que
constuma ter mais casos de conjuntivite. Por isso, evite usar fronhas e maquiagens
de outras pessoas, mantenha as mãos limpas e longe do contato com o olhos,
enxague o rosto apenas com toalha de papel e fique longe da exposição de
agentes irritantes, como fumaça e alérgenos”, finaliza Malta.
Óticas
Diniz
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