Quero fomentar uma reflexão em relação à estrutura
e solidez de mercado, valorização, desvalorização de moeda e a segurança onde é
feito o investimento ou a origem do recebimento de ativos, fazendo um
comparativo entre Brasil e Estados Unidos.
Projetar a empresa no mercado americano significa
que o empresário está atuando em várias frentes, o que é excelente porque além
da margem de lucro maior, ele não sofre com a oscilação da economia como ocorre
hoje com quem atua somente no Brasil. E quando passam a internacionalizar os
produtos as instituições crescem, prosperam e passam a ganhar mais lá fora... e
o resultado? Deixam o Brasil fechando vagas de emprego e isso é apenas um dos
muitos impactos negativos.
A busca da internacionalização também é uma forma
de tentar escapar das altas taxas praticadas pelo governo brasileiro que impede
o crescimento. Infelizmente, há um certo momento que o empresário sabe que se
aumentar a estrutura e consequentemente os ganhos, será ainda mais taxado.
Estamos falando de um ambiente completamente desmotivador para quem empreende.
Há uma estagnação porque o país não injeta dinheiro e não deposita segurança
(crédito) para quem está aquecendo a economia.
E quem fica segue massacrando o consumidor com
juros altíssimos, afinal, impossível se manter no mercado se não for desta
forma. Separei um exemplo para ilustrar parte deste caos para qual evoluiu o
Brasil. Em 1996, um Santana modelo 97, completo considerado então um modelo de
luxo e preferido pelos executivos, custava em torno de 18 mil reais. Na época,
o dólar estava em torno de 1,04 a 1,03, praticamente um por um. Se pegarmos um
veículo com o mesmo perfil, como o Corolla, também do mesmo ano de fabricação
só que vendido nos Estados Unidos, nos deparamos com o preço de 12.728 dólares,
ou seja, o veiculo da Volkswagen custava 6 mil dólares a mais.
Trazendo este cenário para 2018, um Corolla 0km nos
Estados Unidos, modelo já do próximo ano, custa 14.900 dólares, apresentando
uma valorização em torno de 2 mil dólares. O que era em 1996 sofreu pouca
alteração em relação aos valores atuais.
Agora vamos viajar até o Brasil. O mesmo carro, em
1996, era vendido por 18.990 dólares e hoje é comercializado nas
concessionárias por 115 mil reais, praticamente dez vezes mais. Uns podem falar
que agora o dólar está 4 para 1, resultando então em 25 mil dólares, então qual
seria o motivo? Mesmo que seja considerado a desvalorização da moeda, o que
houve de lá pra cá? Para que houvesse essa explosão do preço?
Por tudo o que citei, e além de uma série de
motivos, dolarizar traz muitos benefícios e segurança e esse exemplo do carro
serve para ilustrar. Colocar um produto no exterior significa conquistar uma
certa estabilidade que não existe no Brasil.
Internacionalizar o seu currículo, seu serviço,
produto, empresa, é possível conseguir fugir de uma variação muito grande, se
estruturar de forma homogênea e estruturada.
E mesmo que haja uma crise, ou uma
supervalorização, a sua moeda de recebível é estável. Você vai estar em
equilibro independente da situação.
Daniel Toledo - advogado, sócio
fundador da Loyalty Miami e consultor de negócios. O profissional foi indicado
pelo segundo ano consecutivo ao prêmio "Lawyers of Distintion Top 10% In
The USA". Toledo também é dono de outros títulos, como "Empresário
Destaque 2017" e "Melhor Projeto 2017", além de ser apontado
como um dos melhores especialistas em direito internacional do mercado.
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