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segunda-feira, 25 de junho de 2018

A grama do vizinho é mais verde... e faz milagres!


Quero fomentar uma reflexão em relação à estrutura e solidez de mercado, valorização, desvalorização de moeda e a segurança onde é feito o investimento ou a origem do recebimento de ativos, fazendo um comparativo entre Brasil e Estados Unidos.

Projetar a empresa no mercado americano significa que o empresário está atuando em várias frentes, o que é excelente porque além da margem de lucro maior, ele não sofre com a oscilação da economia como ocorre hoje com quem atua somente no Brasil. E quando passam a internacionalizar os produtos as instituições crescem, prosperam e passam a ganhar mais lá fora... e o resultado? Deixam o Brasil fechando vagas de emprego e isso é apenas um dos muitos impactos negativos.

A busca da internacionalização também é uma forma de tentar escapar das altas taxas praticadas pelo governo brasileiro que impede o crescimento. Infelizmente, há um certo momento que o empresário sabe que se aumentar a estrutura e consequentemente os ganhos, será ainda mais taxado. Estamos falando de um ambiente completamente desmotivador para quem empreende. Há uma estagnação porque o país não injeta dinheiro e não deposita segurança (crédito) para quem está aquecendo a economia.

E quem fica segue massacrando o consumidor com juros altíssimos, afinal, impossível se manter no mercado se não for desta forma. Separei um exemplo para ilustrar parte deste caos para qual evoluiu o Brasil. Em 1996, um Santana modelo 97, completo considerado então um modelo de luxo e preferido pelos executivos, custava em torno de 18 mil reais. Na época, o dólar estava em torno de 1,04 a 1,03, praticamente um por um. Se pegarmos um veículo com o mesmo perfil, como o Corolla, também do mesmo ano de fabricação só que vendido nos Estados Unidos, nos deparamos com o preço de 12.728 dólares, ou seja, o veiculo da Volkswagen custava 6 mil dólares a mais.

Trazendo este cenário para 2018, um Corolla 0km nos Estados Unidos, modelo já do próximo ano, custa 14.900 dólares, apresentando uma valorização em torno de 2 mil dólares. O que era em 1996 sofreu pouca alteração em relação aos valores atuais.

Agora vamos viajar até o Brasil. O mesmo carro, em 1996, era vendido por 18.990 dólares e hoje é comercializado nas concessionárias por 115 mil reais, praticamente dez vezes mais. Uns podem falar que agora o dólar está 4 para 1, resultando então em 25 mil dólares, então qual seria o motivo? Mesmo que seja considerado a desvalorização da moeda, o que houve de lá pra cá? Para que houvesse essa explosão do preço?

Por tudo o que citei, e além de uma série de motivos, dolarizar traz muitos benefícios e segurança e esse exemplo do carro serve para ilustrar. Colocar um produto no exterior significa conquistar uma certa estabilidade que não existe no Brasil.

Internacionalizar o seu currículo, seu serviço, produto, empresa, é possível conseguir fugir de uma variação muito grande, se estruturar de forma homogênea e estruturada.

E mesmo que haja uma crise, ou uma supervalorização, a sua moeda de recebível é estável. Você vai estar em equilibro independente da situação.






Daniel Toledo - advogado, sócio fundador da Loyalty Miami e consultor de negócios. O profissional foi indicado pelo segundo ano consecutivo ao prêmio "Lawyers of Distintion Top 10% In The USA". Toledo também é dono de outros títulos, como "Empresário Destaque 2017" e "Melhor Projeto 2017", além de ser apontado como um dos melhores especialistas em direito internacional do mercado.


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