As pessoas que experimentam
sentimentos agressivos ou emocionais antes de entrar no carro são mais
propensas a continuar esse comportamento ao volante, por isso se acalme antes
de enfrentar o trânsito
A
condução agressiva cada vez mais se torna uma grande causa de preocupação para
os motoristas. Por isso, a Dirigindo Bem aproveita o Dia Nacional do
Trânsito, comemorado em 25 de setembro, para alertar sobre riscos de conduzir
desta maneira e dicas para evitar comportamentos agressivos.
Qualquer
comportamento de condução realizado deliberadamente e com má intenção ou
desrespeito pela segurança, o qual aumente o risco de colisão motivado por impaciência,
aborrecimento, hostilidade ou tentativa para economizar tempo
pode constituir uma condução agressiva. Os comportamentos de condução
agressivos incluem: acelerar no tráfego pesado; mudar de pistas sem
sinalização; bloquear carros para tentar passar; usar faróis ou freios para
"punir" outros motoristas; buzinar sem motivo; não respeitar os regulamentos
de trânsito; fazer gestos obscenos, entre outros.
Quais são as causas da condução
agressiva?
Existem muitas abordagens teóricas diferentes para o comportamento
agressivo e nenhuma delas é considerada uma explicação completa ou exata. Algumas teorias biológicas
consideram o comportamento agressivo como inato, embora as respostas
específicas possam ser modificadas pela experiência. Já na psicanálise, a hipótese
“frustração-agressão” enfoca o papel de fatores externos, onde a agressão é causada pelo bloqueio ou
frustração dos esforços de uma pessoa para alcançar algo. As abordagens de aprendizagem social, por outro lado, argumentam
que a agressão é uma resposta aprendida através da observação ou imitação. Todas essas abordagens diferem
em sua ênfase, todavia geralmente o comportamento agressivo é o resultado
combinado desses fatores.
Muitos fatores psicológicos estão em jogo na condução agressiva e
podem ser difíceis de controlar. Os seres humanos são naturalmente propensos à
territorialidade e têm a tendência de ver seu veículo como uma extensão de seu
domínio pessoal. Eles se sentem ameaçados por outros veículos e respondem
agressivamente ou por um instinto de autoproteção. A condução também pode levar
alguns a sentir uma sensação de poder ao volante que eles não têm em seus empregos
ou famílias.
“O instinto competitivo natural do homem também pode ser um fator
na condução agressiva. Alguns motoristas ao serem ultrapassados por
outro veículo veem esta situação
como um desafio. Isso, por sua vez, pode levar a exibições e
corridas envolvendo velocidades bem superiores ao limite do permitido e
manobras arriscadas. Outro exemplo de competição nas ruas são os motoristas que correm
para sair mais rápido nos semáforos”, relata a Psicóloga da Dirigindo Bem
Débora Faria.
O que pode ser feito para parar
a condução agressiva?
Existem vários meios diferentes que podem ser empregados para
prevenir ou desencorajar a condução agressiva. A execução de boas práticas e a
educação são as mais comuns e os resultados indicam que os esforços de execução
devem ser acompanhados por campanhas de informação pública para alcançar o
maior efeito.
Claramente, educação e treinamento de motoristas são importantes. Já nas escolas e em casa, é
importante conversar sobre isso, de modo que o comportamento apropriado seja
promovido desde uma idade precoce.
O que posso fazer como
motorista?
Cada um pode ajudar reconhecendo o próprio comportamento de
condução agressiva e assim corrigi-lo. Você verá outros
motoristas fazendo coisas que são ilegais e até incompreensíveis, mas não responda
de forma igual ou pior. A maioria dos motoristas não está pensando no impacto
gerado ao outro. Eles estão apenas apressados, distraídos ou chateados. Por
isso, siga as regras da estrada:
-
Mantenha a distância adequada do veículo à frente;
- Use sinais de mudança de
direção;
- Use as luzes de forma
responsável;
- Seja cuidadoso também
nos estacionamentos. Tenha cuidado para não bater nos carros ao seu lado com
sua porta;
- Permanecer calmo e
cortês diminui o risco de um encontro desagradável seja com outro motorista ou
mesmo com a aplicação da lei;
- Tente evitar dirigir quando se sentir estressado. Relaxe ao volante e planeje com
antecedência a viagem;
- Não ofenda. Não faça com
que outro motorista altere sua velocidade ou direção por sua causa, assim ele
não usará os seus freios ou girará o volante em resposta a algo que você fez;
- Seja tolerante e
desculpe. O outro motorista pode estar apenas tendo um dia realmente ruim.
Suponha que não seja pessoal;
- Use um
"desculpe-me", por exemplo, para tentar desarmar a situação.
Se acontecer um confronto:
- Evite o contato visual
com motoristas irritados;
- Não responda a agressão
com agressão;
- Se você sente que está
em risco, dirija-se a um lugar público, como uma estação de polícia, um
hospital ou uma estação de bombeiros;
- Use as luzes para atrair
a atenção, contudo permaneça no seu veículo trancado;
- Se você se sentir
ameaçado, ligue para a polícia no 190.
“Existe muita conversa
sobre dirigir sob a influência de algo, e muitas vezes as pessoas estão se
referindo a drogas ou álcool, porém muitos estão dirigindo sob a influência da
raiva ou mesmo do comportamento agressivo diariamente. A condução agressiva
desempenha um papel alto nas mortes do trânsito. Algumas pessoas boas têm dias
ruins e acabam em situações que, normalmente, não fariam algo ruim,
simplesmente devido a emoções poderosas como a raiva, a frustração e o
estresse. Nossos gestores de aulas práticas e psicólogas treinam os alunos para
evitar este tipo de comportamento”, comenta Sérgio Santos, Diretor da rede
Dirigindo Bem.
Dirigindo Bem
Telefone 0800 002 0221 - www.dirigindobem.net
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