Doença é a principal causa de atendimento na área de cardiologia
da entidade
No próximo dia 29 de
setembro será celebrado o dia ‘Dia Mundial do Coração’. A data tem como
objetivo chamar a atenção da população para as principais causas de doenças
cardiovasculares que, segundo da Organização Mundial da Saúde (OMS), matam
cerca de 17,5 milhões de pessoas ao redor do globo todos os anos.
Projeções da entidade apontam ainda que, até 2024, o Brasil deve subir para a
primeira posição no ranking de mortes por problemas cardíacos.
O cardiologista do Seconci-SP (Serviço Social da
Construção), George Fernandes Maia, explica que diversos fatores podem levar ao
desenvolvimento de doenças do coração, tanto hereditários quanto de
comportamento. Na área de cardiologia do ambulatório da entidade, na capital
paulista, a hipertensão, popularmente conhecida como pressão alta, é o mal que
mais leva os trabalhadores a procurarem atendimento.
A hipertensão é caracterizada pela alta pressão que o sangue exerce para se
movimentar a partir das artérias do coração. O fluxo é considerado
normal quando se mantém em torno de 120/80 mmHg (12 por 8). Além dos fatores
hereditários, pode ser causada também pela obesidade, sedentarismo, tabagismo e
pelo consumo de bebidas alcoólicas e alimentos com alta concentração de sódio
(sal).
A pressão alta crônica é
uma doença silenciosa que em muitos casos não apresenta sintomas. Os principais
sinais durante uma crise de hipertensão são dor na nuca e no peito, falta de
ar, tontura, enjoo e cansaço ao realizar esforço físico. “Esses indícios nem
sempre são associados à enfermidade, por isso é muito importante que a pessoa
procure atendimento ao sentir qualquer um deles, principalmente a dor na nuca”,
recomenda o especialista.
De acordo com o dr.
George, um dos fatores que pode agravar a hipertensão é o estresse. Dessa
forma, após ser diagnosticado com a enfermidade, é fundamental que o indivíduo
promova uma mudança de hábitos alimentares e comportamentais. “Quando não
tratada, a hipertensão pode causar a diminuição da visão, alteração da
atividade renal e ainda evoluir para enfartes e derrames”, ressalta.
O diagnóstico da doença é
realizado por meio da avaliação do histórico familiar, exames laboratoriais e
pelo chamado MAPA (Monitoramento Ambulatorial de Pressão Arterial), que consiste
num medidor que o trabalhador utiliza por alguns dias para que o médico tenha
um histórico das alterações da pressão.
Segundo o cardiologista do
Seconci-SP, o tratamento varia de acordo com cada pessoa. “Na maioria das vezes
é necessária a adoção de medicamento de uso contínuo, mas existem situações em
que a adoção de hábitos saudáveis é suficiente para o controle da enfermidade”,
salienta.
“Atualmente, é possível
levar uma vida normal desde que o paciente mantenha a pressão sob controle e
faça visitas de acompanhamento ao médico a cada seis meses”, complementa o
cardiologista. No Seconci-SP, além de todos os equipamentos para a realização
dos exames laboratoriais, os trabalhadores têm ainda à disposição
nutricionistas e psicólogos que podem ajudá-lo no processo de mudança de
hábitos.
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