A endometriose,
doença que afeta cerca de seis milhões de brasileiras, precisa de uma
legislação específica para amparar as vítimas e abrir frentes de atendimento
especializado. A ampliação das especialidades médicas nesse atendimento é
também de suma importância, pois hoje, além das dores e das consequências que
afetam as portadoras diretamente, o despreparo e a falta de informações da área
médica para atendimento específico, têm causado o agravamento dos casos.
“É muito comum,
mesmo para o médico, sublimar as queixas das mulheres em relação a cólicas
intensas no período menstrual.
Pacientes também acham as dores uma manifestação
‘normal’ e sublimam suas queixas na hora da consulta”, alerta Fernanda de Almeida Asencio, especialista em
Ginecologia e Obstetrícia pela Febrasgo e Especialista em Endoscopia
Ginecológica (Videolaparoscopia e Histeroscopia). Ela, que faz parte do corpo
clínico do Núcleo PróEndometriose, atua na clínica
especializada recém-inaugurada em São Paulo. "É contra isso que buscamos o
amparo de uma lei, para que tenhamos diagnósticos precoces e precisos, em
benefício dessas mulheres."
Na semana passada,
Dra. Fernanda participou do Congresso Internacional de Endometriose, realizado
em Nápoles, na Itália, e relata um avanço que ganhou destaque dentre os
congressistas. A região de Campânia, naquele país, saiu na frente e conquistou
uma lei regional que ampara as mulheres portadoras da doença para o atendimento
público. “A notícia, pelo que pudemos observar, retrata uma condição mundial em
relação a esta doença, não só no Brasil”, observa Dra. Fernanda.
Durante o encontro
internacional, assistido por mais de 1000 profissionais especializados,
Vincenzo De Luca, que é prefeito na região italiana da Campanha, declarou:
"é uma importante patologia que já foi incluída nos níveis essenciais de
cuidados aqui na Itália, o que significa que todos somos chamados para refinar
a identificação e tratamento da doença”.
Para a dra.
Fernanda, esta é uma discussão unânime dentre os médicos e especialistas que gravitam
em torno do diagnóstico e tratamento da endometriose. “Precisamos, no Brasil,
abrir essa temática cidadã, para que por meio do amparo da Lei, possamos tratar
esta doença, que limita e promove grande sofrimento a mulheres jovens e em
idade produtiva e reprodutiva”.
O diagnóstico precoce
da endometriose e o acesso a exames específicos para a identificação da doença
são o propósito do NPE, bem como atendimento cirúrgico qualificado, quando for
necessário. A clínica conta com uma equipe multidisciplinar composta por
ginecologistas, cirurgião do trato gastrointestinal, nutricionista,
fisioterapeutas e psicólogo. Todos provêm da Santa Casa de São Paulo. A
clínica, referência no diagnóstico e tratamento da endometriose do Hospital
Santa Isabel, tem condições de atender pacientes de forma privada, mas adotando
uma tabela de preços em consultas e exames bem acessível. Exames de imagem
também poderão ser realizados na clínica, para conveniência das pacientes e
agilidade dos procedimentos.
Fazem parte do Corpo
Clínico do NPE o Dr. Fábio Ohara, Especialista em Endoscopia Ginecológica pela
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO),
Dra. Fernanda de Almeida Asencio, Especialista em Ginecologia e Obstetrícia
pela Febrasgo e Especialista em Endoscopia Ginecológica (Videolaparoscopia e
Histeroscopia), Dra. Anna Luiza Lobão, especialista em Ginecologia e
Obstetrícia, com ênfase em Endometriose e Endoscopia Ginecológica, e Dra. Aline
Estefanes Eras, Mestra em Pesquisa em Cirurgia pela Faculdade de Ciências
Médicas da Santa Casa de São Paulo.
http://nucleoproendometriose.com.brRua Martinico Prado, 167 – cj 22/23 - Higienópolis - São Paulo - Edifício Maryland - SP - CEP 01.224-010 - Telefone: (11) 3223-0069
contato@nucleoproendometriose.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário