De acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 322 milhões de pessoas no mundo sofrem
com a depressão. E estima-se que 11,5 milhões de brasileiros, 5,8% da
população, sejam afetados pela doença. Até
2020 pode ser a primeira causa de afastamento do trabalho no mundo.
“A doença pode ser bastante
incapacitante e atrapalhar a rotina. Os sintomas variam bastante, mas
geralmente a pessoa sente uma tristeza profunda, com desinteresse em atividades
que gostava. Pode também apresentar alterações no sono, diminuição do desejo
sexual ou pensamentos negativos que podem envolver morte, automutilação ou
suicídio”, afirma Dr. Rafael Brandes Lourenço, especialista em
psiquiatria, psicogeriatria e medicina do sono pela Associação Brasileira
de Psiquiatria (ABP).
O médico destaca que campanhas
de prevenção à depressão são importantes
para aumentar a discussão sobre a saúde mental. “A depressão tem
tratamento e a avaliação do especialista é essencial para obtermos um
diagnóstico correto. É preciso verificar se os sintomas são realmente
compatíveis com a depressão, já que existem
dezenas de condições que imitam a doença, como o hipotireoidismo por exemplo”,
explica o Dr. Rafael.
De acordo com o especialista,
o tratamento pode incluir medicamentos como os antidepressivos, a
psicoterapia e tratamentos biológicos como a estimulação magnética
transcraniana (EMT) ou eletroconvulsoterapia (ECT). Nas primeiras fases do
tratamento há um risco mais alto dos retornos dos sintomas depressivos. Por
isso, existe a orientação de manter o uso de antidepressivo por aproximadamente
um ano após a remissão do quadro. “O correto é que sejam reduzidos de forma
gradual e suspensos com supervisão médica, para diminuir o risco de recorrência“,
diz o médico.
Como a depressão traz um sofrimento mental muito grande, a
psicoterapia acaba por fornecer um apoio importante, principalmente numa fase
crucial, que é a de ajuste medicamentoso. “A psicoterapia pode ainda auxiliar a
identificar e modificar pensamentos e atitudes que contribuem com a doença”,
completa Dr. Rafael.
Dr. Rafael Brandes Lourenço – é psiquiatra pelo
Hospital do Servidor Público Estadual e Associação Brasileira de Psiquiatria
(ABP). Psicogeriatra e médico do sono pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Associação
Brasileira de Psiquiatria (ABP).
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