Especialista
explica em quais casos a histerectomia é necessária
A histerectomia,
cirurgia que realiza a retirada do útero, é opção terapêutica no
tratamento de inúmeras patologias ginecológicas, mas geralmente fica reservada
aos casos em que o tratamento clínico e medicamentoso não foi efetivo.
De acordo com o
ginecologista de São Paulo, Dr. Gustavo de Paula, a cirurgia pode ser
total, em que o corpo e o colo uterino são retirados ou subtotal, na qual o
colo é preservado. Em casos específicos, pode-se optar ou ser obrigatória a
retirada dos ovários e das trompas. “O indicado é que a mulher faça
acompanhamento ginecológico de rotina e, frente a algum sintoma novo, também
procure seu médico para que o diagnóstico de qualquer patologia seja precoce,
aumentando as chances de tratamento e controle sem necessidade de cirurgia”,
alerta o médico.
Abaixo o
especialista cita as principais situações que indicam necessidade da
cirurgia:
· Miomas uterinos: quando os miomas levam ao aumento excessivo
do volume uterino, comprimindo os órgãos adjacentes ao útero e causando dor
pélvica ou quando provocam sangramento vaginal intenso e de difícil controle;
· Endometriose: nos casos em que a endometriose causa dor
pélvica e sangramento vaginal importante e que não respondem bem ao tratamento
clínico;
· Prolapso uterino: o chamado “útero caído”, que ocorre quando
o útero começa a se projetar pelo canal vaginal, muitas vezes saindo pelo
intróito vaginal. Nesses casos, geralmente é feita a retirada do útero e a
cúpula vaginal é suturada e fixada para que ela não caia também;
· Sangramento uterino anormal: em casos de sangramento vaginal
crônico, que não responde a medidas medicamentosas, associado ou não à
menstruação, que leva a anemia e piora da qualidade de vida;
· Cânceres ginecológicos: a histerectomia faz parte da
terapêutica de alguns estágios dos tumores malignos ginecológicos, tais como
colo uterino, corpo uterino, endométrio e ovários;
· Atonia uterina: em algumas situações, o útero pode não se
contrair adequadamente após um parto, tanto normal quanto cesárea, e a
histerectomia é o último recurso para controlar o sangramento.
“É importante
lembrar sempre que a histerectomia é uma opção terapêutica extremamente valiosa
no tratamento de inúmeras doenças ginecológicas, mas, geralmente, é a última
opção no tratamento dessas patologias, sendo importante e necessário se passar
pelas opções de tratamento clínico e medicamentoso antes. Como toda cirurgia,
ela possui seus riscos e, assim, não deve ser banalizada”, finaliza
Gustavo.
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