sexta-feira, 22 de setembro de 2017

O que acontece com a mulher após a retirada do útero? Ginecologista tiras dúvidas



Especialista explica em quais casos a histerectomia é necessária


A histerectomia, cirurgia que realiza a retirada do útero, é opção terapêutica no tratamento de inúmeras patologias ginecológicas, mas geralmente fica reservada aos casos em que o tratamento clínico e medicamentoso não foi efetivo.
De acordo com o ginecologista de São Paulo, Dr. Gustavo de Paula, a cirurgia pode ser total, em que o corpo e o colo uterino são retirados ou subtotal, na qual o colo é preservado. Em casos específicos, pode-se optar ou ser obrigatória a retirada dos ovários e das trompas.  “O indicado é que a mulher faça acompanhamento ginecológico de rotina e, frente a algum sintoma novo, também procure seu médico para que o diagnóstico de qualquer patologia seja precoce, aumentando as chances de tratamento e controle sem necessidade de cirurgia”, alerta o médico.
 Abaixo o especialista cita as principais situações que indicam necessidade da cirurgia:
·  Miomas uterinos: quando os miomas levam ao aumento excessivo do volume uterino, comprimindo os órgãos adjacentes ao útero e causando dor pélvica ou quando provocam sangramento vaginal intenso e de difícil controle;
·  Endometriose: nos casos em que a endometriose causa dor pélvica e sangramento vaginal importante e que não respondem bem ao tratamento clínico;
·  Prolapso uterino: o chamado “útero caído”, que ocorre quando o útero começa a se projetar pelo canal vaginal, muitas vezes saindo pelo intróito vaginal. Nesses casos, geralmente é feita a retirada do útero e a cúpula vaginal é suturada e fixada para que ela não caia também;
·  Sangramento uterino anormal: em casos de sangramento vaginal crônico, que não responde a medidas medicamentosas, associado ou não à menstruação, que leva a anemia e piora da qualidade de vida;
·  Cânceres ginecológicos: a histerectomia faz parte da terapêutica de alguns estágios dos tumores malignos ginecológicos, tais como colo uterino, corpo uterino, endométrio e ovários;
·  Atonia uterina: em algumas situações, o útero pode não se contrair adequadamente após um parto, tanto normal quanto cesárea, e a histerectomia é o último recurso para controlar o sangramento.
“É importante lembrar sempre que a histerectomia é uma opção terapêutica extremamente valiosa no tratamento de inúmeras doenças ginecológicas, mas, geralmente, é a última opção no tratamento dessas patologias, sendo importante e necessário se passar pelas opções de tratamento clínico e medicamentoso antes. Como toda cirurgia, ela possui seus riscos e, assim, não deve ser banalizada”, finaliza Gustavo. 



Dr. Gustavo de Paula Pereira - médico Tocoginecologista; Graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas - FCM/UNICAMP. Fez residência Médica em Tocoginecologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas - FCM/UNICAMP. Tem especialização em Ultrassonografia em Ginecologia e Obstetrícia pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas - FCM/UNICAMP; Mestrado em Ciências na área de Obstetrícia e Ginecologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP. facebook.com/drgustavopereiragineco/




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