Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes
e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), desvalorização do real, aumento
dos insumos e da mão-de-obra contribuem para o aumento
Em
dezembro, já é grande a procura por material escolar e muitos pais já se
queixam do preço deste item tão importante para a educação e que impacta tanto
no orçamento familiar.
Segundo
a Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e
de Escritório (ABFIAE), nos últimos 12 meses, o preço do material escolar teve
um aumento, em média, de 10% e para 2016, a expectativa é de que esta elevação
se mantenha.
“Por
conta da desvalorização do real, do aumento dos insumos, e da mão de obra, os
artigos de papelaria estão mais caros”, explica Rubens Passos, presidente da
ABFIAE.
O
presidente ainda diz que os produtos fabricados no país, como caneta, borracha
e massa escolar, podem ter um aumento de até 12% e que os produtos importados,
como mochilas, lancheiras e estojos terão aumento entre 20% e 30%. “ Nossa dica
é que os pais façam pesquisas de preços e antecipem a compra de materiais”,
finaliza Passos.
Carga
Tributária
A
população ainda não está totalmente informada da absurda tributação sobre
material escolar. O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT)
divulgou que esses artigos são taxados em até 47%, como no caso das canetas.
Itens como apontador e a borracha escolar têm alíquota de 43%; caderno e lápis,
35%.
Veja
abaixo, a carga tributária sobre o material Escolar:
Fonte:
Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT)
A
Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares
(ABFIAE) lembra que há o Projeto de Lei 6705/2009, que tramita há mais de cinco
anos na Câmara Federal e que dispõe sobre a isenção do IPI e alíquota zero de
PIS/ Pasep/Cofins para materiais escolares e que reduziria o preço destes
produtos.
“Em
um país onde os governantes cansam de afirmar que educação é prioridade, é uma
vergonha convivermos com uma carga tributária superior a 40% que incide sobre
canetas, borrachas, lápis, apontadores e outros materiais básicos. Ainda
nos dias de hoje 25% dos estudantes não completam o ensino básico! Continua-se
a construir um Brasil desigual, pois famílias de menor renda têm dificuldades
em formar seus filhos. A aprovação do PL no. 6.705 seria uma forma de
demonstrar que nossos parlamentares e governantes realmente levam a sério o
tema da educação”, explica Rubens Passos, presidente ABFIAE.
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