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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Incidência de queimaduras causadas por fogos de artifício aumenta no final do ano




Enfermeiro especialista em feridas ensina o que fazer e o que não fazer após o acidente para minimizar as consequências

Dados do Ministério da Saúde mostram que o aumento de queimaduras causadas por acidentes com fogos de artifício pode chegar a triplicar em razão da festa de ano-novo, na comparação com os outros meses do ano. Os números registrados em janeiro superam os das festas de julho, período também tradicional de comemorações com fogos.

As queimaduras feridas causadas por agente externo e são classificadas de acordo com sua gravidade e análise da profundidade de tecido lesado, em queimaduras de 1º, 2º e 3º graus. Em casos mais graves, podem atingir camadas mais profundas como tecido celular subcutâneo, músculos, tendões e ossos.

As queimaduras de 1º grau são queimaduras leves, superficiais e afetam apenas a epiderme. Apresentam uma vermelhidão no local, seguida de inchaço e dor variável. “Não há formação de bolhas e a pele não se desprende”, explica o enfermeiro estomaterapeuta da Membracel, Antonio Rangel. Já nas de 2º grau podem ser superficiais ou mais profundas e existe uma destruição maior da epiderme e derme. As feridas mais profundas são indolores e as bolhas costumam apresentam uma base branca. As mais superficiais caracterizam-se pela formação e bolhas com base rósea e por causar bastante dor. Em média, as feridas cicatrizam entre 7 e 21 dias.

Nas queimaduras de 3º grau ocorre destruição total de todas as camadas da pele, e o local pode ficar esbranquiçado ou escuro. Nesse caso, a dor é geralmente pequena, pois a queimadura é tão profunda que danifica as terminações nervosas da pele. “Estas podem ser muito graves e até fatais. Essas lesões não reepitelizam, sendo necessário realizar enxerto de pele”.   

O que fazer após o acidente?
O especialista ressalta que as pessoas ainda têm muitas dúvidas sobre o que é correto fazer após o acidente. “Existem algumas crendices populares que são extremamente perigosas, como passar pasta de dente e manteiga após o acidente. Isso irá piorar ainda mais a lesão, pois poderá causar irritação e contaminação”. A recomendação, para casos de queimaduras de 1º e 2º grau, é colocar a parte afetada imediatamente debaixo de água corrente fria por cerca de 10 minutos. É possível também fazer compressas úmidas e frias e colocar sob a região atingida. “A água irá resfriar a região e também contribuir para a hidratação da lesão.” Já para casos de feridas mais graves, as de 3º grau, a indicação é buscar atendimento de saúde emergencial. 


Como tratar as queimaduras?
O tratamento dependerá de cada caso. Procurar orientação médica é a recomendação mais importante. O tratamento adequado pode ajudar a acelerar a regeneração da pele e minimizar as consequências, deixando cicatrizes menos aparentes, por exemplo. 

Para as lesões de 1º e 2º grau, a utilização de pomadas e cremes específicos é uma das indicações mais comuns. O uso de curativos que promovem a cicatrização e auxiliam na evolução do tratamento, como a membrana porosa regeneradora Membracel, também traz excelentes resultados. “A membrana proporciona o alívio imediato da dor e acelera a regeneração da pele atingida e deve ser colocada, no caso das queimaduras de 2º grau, somente após o rompimento da bolha.”

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