Cautela, cuidado e
prudência são as palavras-chave para quem deseja engravidar em curto prazo, de
acordo com o infectologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Artur
Timerman. Isso porque os casos de zika vírus no País cresceram 400% em
comparação com o ano passado e a doença pode causar microcefalia em bebês.
Transmitido pelo
mosquito Aedes Aegypti, o zika é apontado como o principal responsável pelo
aumento vertiginoso de registros relacionados ao déficit de crescimento
cerebral em fetos em 160 cidades de nove estados brasileiros, segundo o
Ministério da Saúde. O zika vem afetando
diretamente as regiões Nordeste e Norte do Brasil e há indícios de que o
Sul/Sudeste seja atingido com maior intensidade nos próximos meses,
principalmente durante o verão.
“Ainda não temos a real dimensão desta doença.
O que sabemos é que cerca de 80% das pessoas com
zika vírus não manifesta os sintomas. Nos três primeiros meses de gravidez, as
gestantes precisam de atenção redobrada para não se expor ao mosquito”, orienta
o infectologista.
Para o especialista, as
chances de proliferação do Aedes Aegypti são maiores no calor. Por isso, a
recomendação é que as gestantes protejam o corpo, principalmente as áreas dos
braços, pernas e rosto. O primeiro trimestre da gravidez requer cuidado pelo
fato de o tecido da criança estar em formação e a barreira da placenta não
estar completa.
Segundo
Artur Timerman, o exame de sangue ainda é o método mais indicado para a
detecção do vírus, apesar de não ser assertivo. “Hoje, conseguimos diagnosticar
o zika por eliminação. Se não for dengue e nem chikungunya, entendemos que seja
um caso de zika”, explica o especialista.
A
opção mais recomendada para evitar as picadas é o uso de repelente. Neste caso,
os produtos devem conter um princípio ativo chamado Icaridina – que pode ser
aplicado em todas as áreas expostas do corpo e é seguro para as gestantes.
Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
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