Levantamento
demonstra ainda que apenas 1% dos entrevistados reconhecem os sintomas e
principais características dessa condição
O mieloma múltiplo (MM) é um tipo de câncer sanguíneo
caracterizado pela produção anormal das células plasmáticas, que compõem o
sistema de defesa do organismo. A doença é quase duas vezes mais comum em
negros do que em brancos. Mesmo assim, poucas pessoas sabem desse importante
fator de risco, como demonstrou a pesquisa Percepções sobre Mieloma Múltiplo,
conduzida pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) a pedido da Pfizer
Brasil. Segundo o levantamento, 90% dos entrevistados não sabem que a condição
acomete mais pessoas negras do que brancas e apenas 1/3 cita a cor da pele
(34%) como um dos fatores que pode favorecer o surgimento da condição.
Você sabia que o mieloma múltiplo afeta mais as pessoas negras do que as
pessoas brancas?
Sim 10% Não 90%
Entre os principais sintomas desse tipo de câncer sanguíneo estão: dor óssea
crônica, fadiga, fraqueza, falta de ar, níveis elevados de cálcio no sangue
(hipercalcemia), perda de peso, anemia, visão turva, dor de cabeça, tontura,
infecções recorrentes, hematomas, sangramentos, problemas renais e fraturas
ósseas. Embora 88% dos entrevistados os reconheçam como sintomas de um problema
de saúde, o desconhecimento generalizado sobre a condição prevalece. Mais dados
da análise corroboram com essa percepção, uma vez que apenas 1% dos consultados
reconhecem os sintomas do MM ou o identificam como um câncer que afeta o
sangue, que é mais comum em pessoas com idade avançada e/ou negras, e que
compromete a medula óssea, podendo ser diagnosticado por exames laboratoriais.
Ao todo, a pesquisa on-line contou com a participação de 1.400 homens e
mulheres com 18 anos ou mais, das classes ABC, brancos, pardos e pretos, de São
Paulo (capital), bem como das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Belo
Horizonte, Salvador, Brasília e Curitiba.
O levantamento mostra que 86% dos entrevistados não sabem o que é o mieloma
múltiplo, sendo que, deste total, 16% deles fazem referência a um outro tipo de
câncer. Apenas 14% indicam se tratar de um câncer do sangue que afeta pessoas
mais velhas e tem como sintomas a fraqueza, anemia, problemas renais e ósseos.
Na sua percepção, mieloma múltiplo é:
TOTAL 1.400
O tipo de câncer de pele mais comum, afeta pessoas em todas as idades e para
evitá-lo é necessário usar protetor solar 16%
Câncer do sangue que afeta pessoas mais velhas e tem como sintomas a fraqueza,
anemia, problemas renais e ósseo 14%
Doença neurológica autoimune e crônica provocada por mecanismos inflamatórios e
degenerativos 11%
Um tipo de câncer do sangue que afeta crianças e adultos.
Já foi representado em uma novela 8%
Não sabem responder 51%
Quando questionados sobre quais doenças conhecem mais, os entrevistados
elencaram em ordem decrescente: hipertensão (86%), diabetes (84%), leucemia
(76%) e osteoporose (74%) e mieloma múltiplo (15%), tornando clara a grande
lacuna de conhecimento sobre o MM dentre algumas das doenças mais recorrentes
entre a população mais idosa.
Assinale quais doenças abaixo você conhece ou já ouviu falar:
TOTAL 1.400
Hipertensão/Pressão alta 86%
Diabetes 84%
Leucemia 76%
Osteoporose 74%
Mieloma múltiplo 15%
Não sabem responder 11%
“O levantamento expõe o total desconhecimento da população brasileira sobre o
segundo câncer hematológico mais frequente no mundo6 , e que afeta principalmente
a população negra e pessoas acima dos 65 anos”, comenta Adriana Ribeiro,
diretora médica da Pfizer Brasil. “Não ter conhecimento sobre essa condição
contribui para a demora no diagnóstico correto, o que prejudica a saúde e a
qualidade de vida de milhares de pacientes. Promover educação sobre o mieloma
múltiplo junto à sociedade brasileira é um esforço da Pfizer alinhado ao
compromisso de uma maior equidade no acesso ao cuidado”, destaca.
De acordo com a literatura médica, o MM tem como principais fatores de risco a
idade, o gênero e a raça/cor. A obesidade e a ocorrência prévia de doenças de
células plasmáticas também podem favorecer o surgimento da doença. Mesmo assim,
30% dos entrevistados não sabem responder quais fatores podem favorecer o surgimento
da condição, enquanto boa parte indica fatores genéticos (40%) e
hereditariedade (40%). Embora mutações genéticas possam ocorrer ao longo da
vida e contribuir para o surgimento do mieloma múltiplo, a hereditariedade não
é uma regra, ou seja, a mutação que favorece o surgimento da doença não é
necessariamente transmitida dos pais para os filhos. E apenas 34% citam o fato
de que pessoas negras podem ter mais chances de desenvolver a doença.
Em sua opinião, quais dos fatores abaixo podem favorecer o surgimento de
cânceres do sangue, como o mieloma múltiplo?
TOTAL 1.400
Hereditariedade, ou seja, pessoas de uma mesma família podem ter a doença 40%
Genética, pessoas que tiveram mutações nos genes ao longo da vida e passam a
ter mais chances de ter a doença 40%
Cor da pele, pessoas negras podem ter maior risco 34%
Má alimentação 19%
Sedentarismo 14%
Alcoolismo, o consumo exagerado de álcool aumenta as chances de ter a doença
13%
Obesidade 11%
Não sabem responder 30%
Embora 46% tenham declarado que maus hábitos ligados à obesidade – como
alcoolismo (13%), sedentarismo (14%) e má alimentação (19%) – são fatores que
podem favorecer o surgimento da doença, mais da metade dos pesquisados (53%)
não sabem opinar sobre quais grupos de pessoas são mais acometidos. E, dentre
os entrevistados que se arriscaram a responder, apenas 24% mencionam os idosos
e somente 8% citam as pessoas negras, reiterando a percepção de desconhecimento
sobre os grupos mais afetados pela condição.
RECORTE
DA PESQUISA POR IDADE
Embora o volume de pessoas com 60 anos ou mais que indica conhecer, ou já ter
ouvido falar sobre o mieloma múltiplo (20%), e este número seja maior em
comparação a outros grupos etários, o desconhecimento sobre as características
do MM ainda é maior entre os idosos – justamente um dos grupos mais acometidos
pela doença.
Cerca de 6 em cada 10 pessoas (57%) com 60 anos ou mais não sabem responder
qual o perfil mais suscetível a desenvolver a doença. As pessoas com 60 anos ou
mais também são as que menos conhecem o principal órgão afetado pela condição
(53%) e aproximadamente quatro em cada 10 dos Quais dos grupos abaixo você acha
que é mais afetado pelo mieloma múltiplo?
TOTAL 1.400 Idosos
24% Homens
16% Pessoas Brancas
15% Mulheres
14% Pessoas negras (pretas e pardas)
8% Jovens
7% Não sabem responder
RECORTE
DA PESQUISA POR RAÇA/COR
O desconhecimento sobre a relação entre a raça/cor e a doença também chama
atenção. Apenas 1/3 (34%) dos entrevistados cita a cor da pele como fator que
pode favorecer o surgimento da condição, enquanto 90% não sabe que o mieloma
múltiplo acomete mais pessoas negras do que brancas.
RECORTE
DA PESQUISA POR GÊNERO
O mesmo se repete em relação ao risco elevado para homens: câncer de próstata
(89%), doenças cardiovasculares (68%) e apneia do sono (60%) são as doenças
mais conhecidas, relacionadas aos homens
DIAGNÓSTICO
E TRATAMENTO
Alterações no hemograma - exame de sangue simples e indolor - podem levantar a
suspeita de MM. Havendo alteração nas células de defesa do organismo, o
especialista prossegue solicitando exames complementares para avaliar o
acometimento da medula óssea e investigar o que pode ser a causa de demais
sintomas relacionados à condição.
Felizmente, a importância sobre o diagnóstico precoce é percebida: oito em cada
10 entrevistados indica ser muito importante diagnosticar a doença o quanto
antes para aumentar as chances de sucesso do tratamento - a proporção chega a
90% entre os idosos com 60 anos ou mais, e é maior entre as mulheres (86%), na
comparação com os homens (79%).
Apesar disso, o levantamento mostrou um desconhecimento acerca desse processo,
com 1/4 dos pesquisados (25%) afirmando não saber como é feito o diagnóstico,
parcela que cresce entre as pessoas com 60 anos ou mais (30%).
O desconhecimento também permeia o tratamento, com metade dos entrevistados
(50%) declarando que não sabe se há tratamento para MM, enquanto 20% indicam o
transplante de medula óssea como alternativa única e 5% dizendo que existe
tratamento, mas somente nos estágios iniciais da doença. Embora existam
diversas formas de tratar o mieloma múltiplo e assegurar a qualidade de vida do
paciente, apenas 1/4 dos consultados (24%) indica a resposta certa, de que o
tratamento pode envolver uma combinação de medicações.
O MM é uma condição crônica e seu tratamento tem como objetivo controlar a
doença e fazer com que o paciente tenha mais qualidade de vida8 . Seu
diagnóstico é feito por um hematologista e/ou onco-hematologista considerando o
estágio da doença e as queixas do paciente, e pode considerar medicamentos que
tratam os sintomas, como dores e anemia; quimioterapia, visando destruir as
células cancerígenas e o controle da progressão da doença; radioterapia,
utilizada para redução dos tumores localizados, dores ósseas e sintomas
associados; imunoterapia, que visa estimular o sistema imunológico para
auxiliar no combate ao câncer; e, por fim, o transplante autólogo de
células-tronco.
SOBRE
ELREXFIO (ELRANATAMABE)
Aprovado pela Anvisa em 30 de outubro de 20239 , Elrexfio (elranatamabe) foi
lançado recentemente no mercado brasileiro. O medicamento é indicado para o
tratamento de pacientes adultos no estágio triplo recidivado e refratário (MM
R/R) – ou seja, quando o câncer retorna e não responde a outros tratamentos –
que receberam pelo menos três terapias anteriores, incluindo um inibidor de
proteassoma (IP), um agente imunomodulador (IMID) e um anticorpo monoclonal
anti-CD3810 .
Considerado uma classe terapêutica inovadora para a Hematologia, Elrexfio chega
com um mecanismo de ação inovador, com anticorpo biespecífico direcionado ao
antígeno de maturação de células B (BCMA) ou grupamento de diferenciação 3
(CD3), que é um tipo de imunoterapia. Ou seja, o medicamento se liga ao BCMA
nas células do mieloma e ao CD3 nas células T, agrupando-as e ativando as
células T para matar as células do mieloma .
Em agosto de 2023, Elrexfio recebeu aprovação acelerada da Food and Drug
Administration (FDA), agência regulatória dos Estados Unidos, em um programa
que visa reduzir o tempo de análise de medicamentos que tratam condições graves
e colaboram para suprir necessidades médicas não atendidas. Estudos clínicos
para o desenvolvimento da molécula para futuras indicações estão sendo
realizados em 25 países, dentre eles, o Brasil.
O estudo MagnetisMM-3 avaliou o uso do medicamento Elrexfio em pacientes
adultos com mieloma múltiplo recidivado ou refratário. Os resultados mostraram
que o Elrexfio pode ser uma opção de tratamento promissora para esses
pacientes. O estudo mostrou que o medicamento foi eficaz, com taxas de resposta
positiva e duração da resposta satisfatória. Além disso, o perfil de segurança
do medicamento foi cuidadosamente avaliado, com efeitos colaterais tratáveis e
controláveis.
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