Pesquisar no Blog

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Chuvas extremas no Sul do Brasil têm aumentado desde 1950, aponta estudo

 

“É preciso maior prevenção e melhora na preparação para
essas chuvas intensas, que vão continuar aumentando",
alerta pesquisador
(
foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini)

 Análises de dados coletados por estações de observações meteorológicas terrestres indicam que grandes áreas contíguas da região registraram dias de chuva intensa nas últimas sete décadas 

A região Sul do Brasil vem apresentando, desde 1950, tendência de aumento de extremos de chuvas, como as que têm atingido os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

As constatações são de um estudo liderado por pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) em colaboração com o Met Office – o serviço nacional de meteorologia do Reino Unido.

Os resultados do trabalho, apoiado pela FAPESP no âmbito do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC), foram detalhados em artigo publicado na revista Earth and Space Science.

“As observações feitas por meio desse estudo apontam para uma tendência de aumento na frequência e na magnitude de extremos de precipitação, deflagradores de processos geo-hidrológicos, como inundações, particularmente na região Sudeste da América do Sul – que inclui o Sul do Brasil”, afirmou José Marengo, pesquisador do Cemaden e um dos autores do estudo, durante evento promovido pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP) na terça-feira (21/05) para discutir as lições do evento climático extremo no Rio Grande do Sul.

Os pesquisadores utilizaram um conjunto de dados obtidos por meio de estações de observações meteorológicas terrestres situadas em todo o mundo para avaliar indicadores de extremos climáticos que ocorreram em diferentes partes do planeta entre 1950 e 2018.

Os resultados do estudo indicaram que a região Sul do Brasil apresentou nesse período grandes áreas contíguas com dias de chuva intensa – acima de 10 milímetros – e com aumentos significativos, de cerca de 2 milímetros por década.

“Esses resultados corroboram os de outros estudos anteriores, que mostram que o aumento da temperatura pode elevar a umidade da atmosfera e acelerar o ciclo hidrológico, gerando chuvas intensas”, afirmou Marengo.

“São necessários, contudo, estudos de atribuição – que já estão sendo feitos por alguns grupos de pesquisadores – para determinar se esses extremos de chuvas são consequência das mudanças climáticas antrópicas [causadas pelo homem]. Mas podemos afirmar que os desastres gerados por chuvas intensas são consequência de atividades humanas, como a permissão para construções em áreas de risco de inundações”, ponderou Marengo.


Projeções

Em outro estudo, publicado em 2021 na revista Frontiers in Climate, os pesquisadores do Cemaden, em colaboração com colegas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Met Office e da Universidade de Exeter (Reino Unido), fizeram simulações de chuvas extremas e de riscos de desastres hidrogeometerológicos no Brasil em um cenário de aquecimento da atmosfera entre 1,5º C e 4º C.

As projeções indicaram que esses diferentes níveis de aquecimento provocam uma mudança considerável em relação às chuvas no país, resultando em um aumento do risco de deslizamento e de inundações repentinas.

As principais regiões indicadas no estudo como as que serão mais afetadas por esses eventos no Brasil estão localizadas na região Sul do país, nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A cidade de Porto Alegre e o Vale do Jataí foram apontados como as duas localidades mais críticas na análise de riscos relacionados a inundações.

O resultados foram corroborados por projeções climáticas para a América do Sul reportadas nos últimos relatórios publicados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que indicam que o aumento entre 1,5º C e 5,5º C da temperatura no sudeste da América do Sul, projetado para até o fim do século 21, causará um aumento de enxurradas e deslizamentos de terra especialmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

“É preciso maior prevenção e melhora na preparação para essas chuvas intensas, que vão continuar aumentando. Por isso, é preciso pensar em como proteger a população vulnerável e as propriedades expostas aos riscos”, avaliou Marengo.

O artigo Observed global changes in sector-relevant climate extremes indices – an extension to HadEX3 pode ser lido em: https://agupubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1029/2023EA003279.

E o artigo Extreme rainfall and hydro-geo-meteorological disaster risk in 1.5, 2.0 and 4.0º C global warming scenarios: an analysis for Brazil pode ser acessado em: www.frontiersin.org/articles/10.3389/fclim.2021.610433/full.


Elton Alisson
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/chuvas-extremas-no-sul-do-brasil-tem-aumentado-desde-1950-aponta-estudo/51742



A responsabilidade civil do policial por lesões causadas a terceiros em operação de Segurança

  OPINIÃO

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou, no mês passado, tese de repercussão geral, que, doravante, vai orientar as decisões, em todo o País, sobre a possibilidade de o poder público pagar indenizações a famílias de vítimas de balas perdidas, mortas durante operações policiais - mesmo quando não há confirmação de onde partiu o disparo. Estamos diante de um tema polêmico, com direito a novos contornos, e que busco esclarecer nas linhas a seguir. 

No entendimento do STF, o Estado deve ser responsabilizado por morte ou ferimento de pessoas que tenham sido atingidas por tiros em ações de Segurança Pública, e, portanto, deve compensar as vítimas ou seus parentes, exceto se demonstrar, nos casos concretos, que seus agentes não deram causa ao resultado lesivo. 

O tema está relacionado à questão da responsabilidade do policial em seu cotidiano laboral, nas esferas Penal, Administrativa e Civil. 

A responsabilidade penal é a que decorre da prática de uma conduta descrita como crime, durante o exercício da função ou relacionada a esta atividade. Já a responsabilidade administrativa é a que resulta do descumprimento de um dever e/ou da prática de uma transgressão disciplinar, conforme as normas que estabelecem a conduta funcional do servidor. 

E, finalmente, tem-se a responsabilidade civil, de ordem patrimonial, que ocasiona prejuízo ao Estado ou a terceiro. Desaparecimento de uma arma da instituição, destruição de bens da unidade policial, só para citar algumas possibilidades, são exemplos de danos à máquina institucional. 

Por sua vez, a responsabilidade por prejuízos causados a outros ocorre, entre muitas situações, quando um inocente é atingido por disparado efetuado por policial, durante confronto com criminosos; ou em ocorrência de acidente com viatura, conduzida imprudentemente, e que ocasiona o atropelamento e ferimentos em pedestres. 

Vale lembrar que, o Brasil adotou a teoria da responsabilidade objetiva, estabelecida no parágrafo 6º, do artigo 37, da Constituição Federal. O texto determina ao Estado o dever de indenizar o particular pelos danos provocados por seus agentes, independentemente de dolo ou de culpa do servidor. 

Por outro lado, o Estado, após a indenização, tem o direito e o dever de mover ação de regresso contra o policial causador da lesão, caso tenha agido com dolo ou culpa. Isto significa que o agente será obrigado a ressarcir o Estado quando restar comprovado que sua conduta, durante o confronto, causou lesão ou morte da vítima. 

Para concluir, é importante destacar que, a doutrina e a jurisprudência majoritárias entendem que o particular que sofreu a lesão não poderá propor ação indenizatória diretamente em face do policial causador do dano. Portanto, mesmo quando o policial, autor do disparo, estiver identificado, a ação indenizatória deverá ser proposta contra o Estado, que, na hipótese de ser condenado, ajuizará ação regressiva contra o servidor.

 

Mário Leite de Barros Filho - delegado de Polícia, com especialização na área da Segurança Pública, concluída na Inglaterra e na França; assessor jurídico institucional do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp), e professor concursado de Direito Administrativo Disciplinar da Academia de Polícia do Estado de São Paulo (Acadepol).


De olho nos rótulos de alimentos: nem tudo é o que parece

Professora da UniSociesc explica como prestar atenção nos detalhes e fazer escolhas mais saudáveis na hora das compras

 

Tome cuidado se você é uma dessas pessoas que quer se alimentar de forma mais saudável, mas não presta atenção nas escolhas que faz quando está no supermercado. Para não cair em armadilhas e fazer escolhas corretas, precisa aprender a olhar alguns detalhes nos rótulos. Afinal, eles não existem apenas para deixar o produto mais atrativo.

Recentemente, entraram em vigor algumas mudanças definidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que vão facilitar a vida de quem está em busca de mais saúde no prato. 

A doutora em Engenharia Química e professora da UniSociesc, Janaina Karine Andreazza, com formação em Engenharia de Alimentos, alerta para a importância dessa mudança de hábito. Segundo ela, produtos vendidos como “saudáveis” podem conter uma grande quantidade de conservantes, açúcares e gorduras, e o consumidor leva para casa acreditando que fez uma boa compra. 

“É preciso criar o hábito de escolher lendo os ingredientes do produto, saber a quantidade de gordura, de proteína, de açúcar, de vitaminas que há dentro da embalagem. Muitas vezes você compra um iogurte, por exemplo, achando que vai levar apenas leite e fermento. Mas em alguns casos, tem muito mais lá dentro daquela embalagem”, exemplifica. 

As novas regras da Anvisa ajudam, mas, ainda assim, a mudança depende da boa vontade de dedicar um pouco mais de tempo e atenção na hora da compra. A principal mudança é que os produtos com altas doses de açúcares, gordura saturada e sódio passaram a ter a inserção do símbolo de lupa na parte superior frontal do rótulo. O objetivo é deixar claro para o consumidor que o alto teor desse nutriente pode ser perigoso para a saúde. 

Para Janaina, esses ingredientes merecem mesmo essa visibilidade. Afinal, estudos registram ligação entre o consumo rotineiro e o maior risco de obesidade, diabetes, problemas cardiovasculares e outras doenças crônicas. Outras alterações importantes são a inclusão de mais informações nas embalagens e a padronização da cor da tabela nutricional, que passará a ter as letras sempre pretas e o fundo sempre branco para facilitar a leitura. 

Apesar do alerta nas embalagens, não há necessidade de demonizar alimentos ultraprocessados. É importante alertar para que o consumidor saiba o que está comprando. “Não acho necessário abolir alimentos ultraprocessados da lista de compras. Só que é importante que sejam consumidos com bastante moderação, de maneira inteligente. Como tudo na vida, o que vale é o equilíbrio”, avalia. Da mesma forma, Janaina acredita que seja válido escolher produtos com valores de vitamina, proteína e carboidratos adequados. 

A especialista destaca, no entanto, que um produto sem o alerta da lupa na embalagem não é necessariamente saudável. Muitas empresas ainda não se adequaram. O prazo para que todas estejam cumprindo a nova regra termina em outubro de 2025.

 

Cuidado com as pegadinhas

 Na hora da compra, normalmente vale a regra da elegância: menos é mais. Quanto menos ingredientes adicionados, mais natural é o alimento. Quando a lista é muito extensa, o consumidor pode se enganar. “Algumas vezes, ele lê e não encontra a palavra ‘açúcar’, por exemplo. Mas é que o açúcar está ‘disfarçado’. Pode estar como maltodextrina ou em xaropes, como o de milho. Tudo é açúcar. Não tem saída. É preciso observar e pesquisar, se necessário”, ensina a especialista. 

Uma dica valiosa é: os itens que aparecem primeiro na descrição de ingredientes são os que têm em maior quantidade no produto. Prefira, então, aqueles que são pobres em gordura, sódio e açúcar, mas ricos em fibras. 

Quem procura alimento com zero açúcar ou zero lactose também precisa abrir o olho. Janaina reforça que a legislação brasileira permite certa quantidade de adição desses ingredientes. Às vezes, um rótulo marca “zero açúcar”, mas não é bem assim. “Tem que prestar atenção porque o rótulo sempre traz a unidade de medida. Por exemplo, se o ingrediente tiver 0,001 grama, a indústria pode arredondar para zero. A lei permite. Então, o consumidor compra achando que não tem açúcar, mas tem. Pouco, mas tem”, diz. 

Já em relação à lactose existe uma outra regra: se o alimento tiver 100 mg de lactose por mililitro pode considerar que é zero lactose. Apenas o glúten tem regra mais severa, pois interfere diretamente em doenças autoimunes. Então, se tiver apenas traços de glúten precisa estar escrito. 

Mas será que as mudanças farão diferença na escolha do alimento? A professora da UniSociesc acredita que sim. Os brasileiros estão se adaptando aos poucos e criando o hábito de ler e entender as embalagens. Uma mudança que pode levar tempo, mas que fará diferença para a saúde e o bem-estar. “Aos poucos, as pessoas vão entender que é nos rótulos que encontramos as informações necessárias para definir se a comida é ou não adequada para o nosso consumo, para a nossa saúde”, finaliza.

 

UniSociesc


Gestão de pessoas deve ser encarada como parte vital e atuante de um negócio

Para Danilo Suassuna, ao reconhecer e recompensar talentos, empresa fortalece cultura organizacional 

 

Uma empresa é feita por pessoas, mas muitas vezes é encarada apenas como uma junção de maquinários robustos ou tecnologia de ponta. Neste caso, pode ser que o empresário não esteja prestando atenção a uma parte essencial do negócio: sua cultura organizacional, essencial para alcançar resultados duradouros.

Segundo Danilo Suassuna, doutor em psicologia e diretor do Instituto Suassuna, que oferece pós-graduação e forma psicólogos atuantes, uma empresa é feita por indivíduos que pensam, executam, influenciam e relacionam-se para alcançar resultados que, muitas vezes, são coletivos. “É por isso que uma empresa não pode ser encarada como um organismo estático e totalmente previsível. Pelo contrário, ela reflete o mundo contemporâneo: incerto, ansioso, acelerado, não linear e, por vezes, difícil de compreender. Nesse cenário dinâmico, a área de Gestão de Pessoas emerge como imprescindível”, explica.

De acordo com o especialista, a Gestão de Pessoas não deve ser vista apenas como uma área de suporte ou um elo com a área de negócios. “Ela deve ser encarada como uma parte vital do negócio, desempenhando um papel estratégico. É responsável por fazer os resultados acontecerem por meio das pessoas, com produtos e serviços que impactam a vida e o cotidiano das pessoas em seu ser e viver”, afirma Danilo Suassuna. 

Ele explica que as pessoas são a força motriz por trás de inovações, produtividade e crescimento sustentável, por isso a área de gestão de pessoas não pode se limitar a  processos operacionais e burocráticos. “É importante entender e moldar as dinâmicas humanas para impulsionar o sucesso organizacional. Nesse contexto, a gestão de pessoas assume o papel de catalisadora do potencial humano. Ela deve criar ambientes de trabalho que estimulem a criatividade, a colaboração e a realização pessoal. Ao reconhecer e recompensar os talentos, a empresa não apenas retém profissionais qualificados, mas também fortalece sua cultura organizacional”, analisa. 

A abordagem estratégica da gestão de pessoas, segundo o doutor em psicologia, implica na empresa saber antecipar e adaptar-se às mudanças, promovendo a aprendizagem contínua e o desenvolvimento de habilidades. “Isso não apenas prepara a força de trabalho para os desafios atuais, mas também assegura a sustentabilidade futura da empresa”, finaliza.  



Danilo Suassuna - Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2008), possui graduação em Psicologia pela mesma instituição. Autor do livro “Histórias da Gestalt-Terapia – Um Estudo Historiográfico”. Professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás e do Curso Lato-Sensu de Especialização em Gestalt-terapia do ITGT-GO. Coordenador do NEPEG Núcleo de estudos e pesquisa em gerontologia do ITGT. É membro do Conselho Editorial da Revista da Abordagem Gestáltica. Consultor Ad-hoc da revista Psicologia na Revista PUC-Minas (2011). Para mais informações acesse o instagram: @danilosuassuna.



Instituto Suassuna
Para mais informações, acesse o site ou através do instagram e canal no youtube.


Imposto de Renda de 2024: Saiba como declarar imóveis próprios e alugados

Especialista do QuintoAndar traz respostas práticas para as principais dificuldades na declaração de imóveis no Imposto de Renda

 

Os brasileiros estão há poucos dias do encerramento do prazo para a declaração de imposto de renda, e o preenchimento das informações sobre imóveis é um dos grandes pontos que gera dúvidas. Pensando nisso, o QuintoAndar, maior plataforma de moradia da América Latina, descomplicou as principais dúvidas em relação a imóveis próprios e alugados na hora de preencher a declaração para facilitar esse processo. 

“Para evitar problemas na declaração de ajuste anual, é fundamental que toda pessoa elegível à declaração reúna toda a documentação e a preencha com cuidado e antecedência. É recomendado contar com um contador de confiança para auxiliar, se possível.” diz Andreia Vellido, Gerente Tributário do QuintoAndar.

Locadores de imóveis têm mais nuances e variações no processo de preenchimento da declaração do que inquilinos que devem somente declarar os valores do aluguel. Confira abaixo as respostas da especialista do QuintoAndar para cada um destes caminhos:

 

INQUILINO  

DÚVIDA

RESPOSTA

Sou inquilino, como declarar meus gastos com aluguel?

O melhor caminho para o inquilino é solicitar ao locador seu informe de rendimentos, para garantir que as despesas de locador e inquilino sejam correspondentes. No caso do QuintoAndar, ele pode realizar o download do arquivo em sua área de perfil. Com o documento em mãos, o inquilino pessoa física deve declarar as informações na área “Valores pagos” em que ele encontrará o código “070-Aluguel de imóveis”. Reforçamos que é altamente recomendável o apoio de um profissional de contabilidade para auxiliar ou executar esse processo.

Além do aluguel, devo declarar outras despesas do imóvel no Imposto de Renda?

Despesas como IPTU e taxa de condomínio não devem ser incluídas na declaração de imposto de renda - apenas os valores referentes aos aluguéis devem ser informados.

Fiz adaptações estéticas no apartamento que moro de aluguel. Preciso declará-las à receita?

Apenas obras ou reformas estruturais devem ser declaradas, porém, segundo a Lei do Inquilinato, essas reformas devem ser custeadas pelo locador do imóvel. Dessa forma, o inquilino não precisa se preocupar, pois o proprietário é responsável por incluí-las na declaração à receita.

O imóvel é alugado para mais de uma pessoa, como declarar o valor no imposto de renda?

Cada inquilino precisa declarar sua parte proporcional do aluguel no imposto de renda. Para isso, é importante ter os valores corretos do aluguel pago durante o ano e a proporção que cada inquilino contribuiu. Na declaração, o valor total do aluguel é dividido pelo número de inquilinos. Manter uma comunicação clara entre os inquilinos e guardar os comprovantes de pagamento são passos essenciais para evitar problemas fiscais.


IMÓVEL PRÓPRIO 

DÚVIDA

RESPOSTA

Todo proprietário de imóvel deve declarar imposto de renda?

O proprietário de imóvel deverá declarar imposto de renda se a soma dos bens e direitos for superior a R$ 300.000,00 ou a soma dos rendimentos for superior a R$ R$30.639,90. Dessa forma, estão isentos apenas aqueles que não se enquadram nessas características.

Possuo um imóvel e fiz reformas recentes, devo mencioná-las na declaração?

Sim, é necessário inserir os valores das reformas estruturais na declaração, desde que o proprietário tenha os documentos necessários para comprovar as melhorias realizadas, como notas fiscais. Esse tipo de declaração é importante porque os gastos com as reformas influenciam no cálculo do lucro obtido quando o imóvel for vendido no futuro.

Preciso declarar meu imóvel financiado? Qual o processo?

Todo imóvel financiado precisa ser declarado.

É necessário incluir informações sobre seu imóvel financiado, como endereço e tipo de propriedade. Você deve declarar o valor total do imóvel, incluindo as parcelas pagas até o ano-base da declaração, os juros pagos e o saldo devedor do financiamento. Dependendo da situação, podem existir deduções ou inclusões de rendimentos relacionados ao imóvel, como aluguel. Certifique-se de consultar um especialista em imposto de renda para garantir que sua declaração esteja correta e completa de acordo com a legislação fiscal vigente.

Como declarar imóveis herdados?

As operações que importem transferência de propriedade de bens e direitos através da herança estão sujeitas a apuração do ganho de capital. Para declarar imóveis herdados no Imposto de Renda, você precisa obter o valor dele na data da herança. Na declaração, adicione o imóvel na seção de "Bens e Direitos", informando o valor na data da herança como custo de aquisição. Além disso, declare a herança na ficha de "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis". É importante manter toda a documentação relacionada à herança para futuras referências.

Como preencher a declaração quando há mais de um proprietário?

Quando o imóvel tem mais de um proprietário, é essencial que ambos indiquem no contrato a porcentagem de propriedade de cada um. É fundamental que o contrato de locação inclua as informações de ambos os proprietários.

Como eu declaro a venda de imóveis?

A venda do imóvel deve ser realizada através do aplicativo de Ganho de Capital, que calcularam se houve ou não ganho de capital e avaliará se a venda está sujeita a isenção de impostos conforme estabelecido pela lei; em seguida, os dados podem ser importados para a Declaração de Ajuste do Imposto de Renda.

Recebo aluguel inferior à faixa isenta, o que fazer?

Valores inferiores à faixa isenta não precisam recolher o IR via carnê-Leão ao longo do ano, mas precisam ser declarados caso a soma da renda tributável do contribuinte (salários, aluguéis, aposentadorias) seja superior a R$ 30.639,90. O valor a ser declarado é o líquido, sem IPTU e condomínio, por exemplo. A taxa de administração, por outro lado, deve ser incluída e deduzida na ficha “Pagamentos Efetuados”.

Recebo o aluguel por pessoa jurídica, onde devo informar na declaração de imposto de renda?

Neste caso, não é necessário apurar mensalmente via carnê-Leão. Basta declarar como “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica”.


O prazo para o envio da declaração termina dia 31 de maio. Aqueles que não declararem o Imposto de Renda dentro do prazo estabelecido pela Receita Federal estarão sujeitos a multas, que podem variar de acordo com o atraso na entrega e podem aumentar se houver imposto devido e não pago. O atraso na entrega ainda implica em penalidades adicionais, como a inclusão do contribuinte na malha fina e a exigência de pagamento do imposto devido com acréscimo de juros.


QuintoAndar



Saúde mental nas empresas: entenda nova Lei e impacto nos RHs

No atual cenário empresarial, a saúde mental dos trabalhadores tem sido uma preocupação crescente, refletindo não apenas uma mudança nas demandas do mercado de trabalho, mas também uma compreensão mais profunda das necessidades humanas no ambiente profissional. 

Nesse contexto, a recente promulgação da Lei 14.831/2024, que estabelece o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, representa um avanço significativo na abordagem dessas questões. 

"Se antes os afastamentos eram em sua grande maioria relacionados a problemas físicos, hoje já vemos que boa parte está relacionada a questões psíquicas. Não podemos fechar os olhos para essa realidade", alerta Tatiana Gonçalves, sócia da Moema Medicina do Trabalho, destacando a necessidade urgente de uma abordagem mais holística no ambiente corporativo. 

A nova legislação busca reconhecer e premiar empresas que adotam práticas eficazes para promover a saúde mental e o bem-estar de seus colaboradores. O certificado será concedido por uma comissão nomeada pelo governo federal, que analisará a conformidade das práticas desenvolvidas pela empresa. 

“Além de ser um diferencial atrativo para os candidatos a emprego, a certificação de saúde mental promete melhorar significativamente a retenção de talentos e os resultados gerais das empresas. A visão para a saúde mental não é mais uma opção, é fundamental", enfatiza Gonçalves. 

De acordo com a lei, o certificado terá validade de dois anos, incentivando as empresas a manterem práticas contínuas de promoção da saúde mental. O descumprimento das disposições poderá resultar na revogação da certificação, destacando a importância da conformidade e do comprometimento das empresas nessa área. 

As empresas interessadas em obter a certificação devem desenvolver ações e políticas baseadas em diretrizes claras, que incluem desde a implementação de programas de promoção da saúde mental até a manutenção de canais para recebimento de sugestões e avaliações dos colaboradores.

 

Lei mais que necessária

“Diante do crescente número de casos de ansiedade, síndrome de burnout e depressão no ambiente profissional, a conscientização e a prevenção se tornam ainda mais cruciais. Houve um aumento significativo em novas enfermidades, como transtornos de ansiedade, depressão, crises de pânico e a síndrome de burnout", observa Gonçalves. 

A preocupação com a saúde mental não é apenas uma responsabilidade das empresas, mas sim uma questão de saúde pública. "Atualmente, especialmente entre os mais jovens, estamos testemunhando casos frequentes de problemas decorrentes de questões psicológicas. Isso tem um impacto direto nas vidas pessoais, relacionamentos, atividades de trabalho e no ambiente corporativo", explica a especialista. 

Assim, a nova legislação e a certificação de saúde mental representam um passo importante na direção de um ambiente de trabalho mais saudável e equilibrado. Ao reconhecer e abordar as causas subjacentes dos problemas de saúde mental, as empresas podem não apenas melhorar o bem-estar de seus colaboradores, mas também promover uma cultura organizacional mais positiva e produtiva. 


Mulheres no mercado de trabalho: Uma evolução constante rumo à igualdade

internet
No cenário econômico brasileiro atual, observa-se uma tendência crescente de mulheres que não apenas buscam especialização em suas áreas de atuação, mas também se destacam em diversas classes econômicas. Essa ascensão feminina tem sido um fator crucial para o desenvolvimento econômico do país, trazendo novas perspectivas e habilidades para o mercado de trabalho.

Estudos apontam que reformas legislativas voltadas para a igualdade de gênero estão conectadas ao resultado econômico das mulheres e, consequentemente, dos países como um todo. No Brasil, a média de igualdade de gênero é de 85 de um total de 100 pontos possíveis, o que indica que as mulheres têm acesso a grande parte dos direitos dos homens. Isso representa um avanço significativo em comparação com décadas anteriores.

Além disso, o empreendedorismo feminino tem sido um campo de destaque, com o Brasil ocupando a sétima posição mundial em número de mulheres no setor. Cerca de 33,2% dos negócios no país foram criados por mulheres, segundo pesquisa da GEM (Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor) e Sebrae. Isso demonstra a importância da participação feminina não apenas como força de trabalho, mas também como líderes e inovadoras na economia.

Além disso, as mulheres têm se destacado nos cargos de “Ciências e Intelectuais”, especialmente nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Essa evolução é um sinal positivo de igualdade e progresso no mercado de trabalho

Em um mundo onde a tecnologia e o empreendedorismo são predominantemente masculinos, histórias de sucesso feminino são não apenas inspiradoras, mas também essenciais para encorajar mais mulheres a entrar e se destacar nesses campos. Uma dessas histórias é a de Cristina Boner, uma figura emblemática no cenário tecnológico brasileiro.

"Como grande incentivadora de novas técnicas para o aumento da produtividade pessoal, fui pioneira no estudo das soluções Microsoft já em 1990. Num ambiente de pesquisa, que envolveu professores e alunos, tornei-me detentora de notoriedade nos softwares produzidos pela Microsoft antes mesmo do lançamento do Sistema Operacional Windows para computadores pessoais", comenta Boner sobre ser  pioneira em TI e enfrentar preconceitos.

A trajetória de Cristina Boner é um testemunho do impacto que as mulheres podem ter na economia e na sociedade. Sua história ressalta a importância da especialização e da presença feminina em todas as classes econômicas. Mulheres como Cristina Boner não apenas pavimentam o caminho para futuras gerações de mulheres empreendedoras, mas também contribuem significativamente para o desenvolvimento econômico do Brasil.

"Quem nasce empreendedor não demora muito para abrir seu negócio. Ninguém me disse que daria certo. É algo que vem de dentro para fora. Não tinha nem dinheiro para fazer pesquisa de mercado, tinha apenas a minha convicção técnica”, reforça Cristina, sobre o começo da sua jornada.

Estas falas refletem a determinação e a visão de Cristina Boner, que não só abriu caminho para si mesma em um setor desafiador, mas também estabeleceu um legado que continua a inspirar e a abrir portas para outras mulheres na tecnologia.

O exemplo de Cristina Boner mostra que, com dedicação e acesso à educação e oportunidades, as mulheres podem não apenas participar, mas também liderar e transformar setores tradicionalmente dominados por homens. É um lembrete poderoso de que a diversidade e a inclusão são fundamentais para o progresso e a inovação. 



Cristina Boner | LinkedIn]
Empreendedoras enfrentam o baixo empoderamento no Brasil (terra.com.br)


Mercado de trabalho para pessoas neurodivergentes: como as empresas podem incluir esses talentos em suas equipes

 

Specialisterne e iABCD dão dicas e orientações para que, com pequenos ajustes no processo de contratação e onboarding, as companhias passem a se beneficiar da diversidade em todo seu potencial

 

Atualmente, aproximadamente 15% da população mundial é classificada como neurodivergente. O termo que tem ganhado notoriedade, identifica condições como o Transtorno do Espectro Autista (TEA), o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e a Dislexia, e tem como objetivo ampliar a conscientização da diversidade humana e integrar ainda mais a sociedade. Mas será que, no mercado de trabalho, pessoas neurodivergentes têm tido oportunidades?

As habilidades únicas de profissionais com neurodivergência tem tido mais aceitação nas empresas, e muitas delas já perceberam que vale a pena adotar políticas e práticas inclusivas, criando ambientes mais acessíveis e acolhedores. De acordo com o relatório A diversidade vence: como a inclusão é importante, produzido pela McKinsey & Company em 2020, as equipes neurodivergentes superam as homogêneas em 36%, em termos de rentabilidade.

Apesar desses avanços e dos benefícios da diversidade, ainda há desafios a serem superados, como a falta de compreensão e o estigma em torno das condições diagnosticadas. Na prática, o processo de exclusão começa na porta das empresas, que perdem talentos ainda no processo seletivo, justamente por conduzi-lo de forma não inclusiva.

“Na própria divulgação da vaga, jobs descriptions generalistas, que exigem muito tempo de experiência, habilidades de comunicação e de adaptabilidade com muitas mudanças, passam a ser critérios irreais para quem convive com a neurodivergência. Nesses casos, é válido que os contratantes reflitam o que realmente precisam para a vaga e adotem critérios mais reais para oportunidades ditas inclusivas”, analisa Rute Rodrigues, Diretora de operações da Specialisterne Brasil, organização de impacto social que capacita e inclui pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

O processo de entrevista, que constantemente exige dinâmicas em grupo, nem sempre é inclusivo: entrevistas tensas e que testam mais a capacidade de venda de um discurso do que a habilidade em uma área de fato poderiam ser facilmente contornados com mudanças simples - bastava que o candidato realizasse tarefas específicas da área ou função almejada. “Assim, seria possível avaliar o conteúdo da fala e a habilidade que será utilizada no dia a dia, além de outros comportamentos. Uma alternativa que quase sempre fica de fora desses processos é o uso de tecnologia assistiva - parece bobo, mas faz toda a diferença quando se pensa em inclusão”, orienta Rute. 

Para a publicitária Giovana Alípio, que teve a dislexia e discalculia diagnosticadas aos 12 anos, ainda há um tabu que faz com que as pessoas neurodivergentes tenham receio de serem desqualificadas do processo seletivo ao dizerem que possuem algum transtorno. “O ideal é que, logo na inscrição para a vaga, tivesse uma opção para a pessoa colocar o transtorno da aprendizagem que ela possui, com o objetivo de tornar aquele processo seletivo mais inclusivo. Mas, ainda assim, muitas pessoas temem que sejam recusadas por conta disso, ainda que possuam uma série de habilidades benéficas para aquela vaga”, diz. 

Giovana conta que, mesmo deixando claro em todas as entrevistas de estágio que é neurodivergente, o apoio não ocorreu na prática, após ter sido contratada. A publicitária foi designada para uma vaga diferente da qual se inscreveu, em que ela teria que avaliar contratos jurídicos e planilhas de produtos da marca de cosméticos. “Mesmo deixando claro as minhas dificuldades como pessoa com dislexia e discalculia, os gestores não foram compreensivos. Cheguei a ouvir de um deles que não deveriam ter dado oportunidade para uma pessoa como eu e que eu estava usando os meus transtornos como desculpa. Isso é muito grave e mexe com nossa saúde emocional.” 

Após a etapa do processo seletivo, já no onboarding, essencial para acolher o profissional, é necessário haver um entendimento ainda mais aprofundado de quais são as condições daquele colaborador e as maneiras para tornar esse processo mais acessível. As adaptações inclusivas não necessariamente são arquitetônicas e complexas - elas podem ser de acessibilidade comunicacionais, metodológicas, como as aplicadas em formas diferentes de avaliação de desempenho, entre outros, a depender da condição da pessoa.

Adaptações inclusivas, que vão além de questões arquitetônicas, devem considerar aspectos comunicacionais e metodológicos. Juliana Amorina, Diretora-Presidente do Instituto ABCD, destaca a importância de ferramentas assistivas para pessoas com dislexia, exemplificando a necessidade de adaptações específicas para melhorar a leitura e escrita.

“Para uma pessoa com dislexia, por exemplo, ferramentas que auxiliam na leitura e na escrita são muito bem-vindas, já que, quando se trata desse transtorno específico da aprendizagem, a pessoa possui dificuldades justamente área.” sugere Juliana Amorina, diretora-presidente do Instituto ABCD, organização social sem fins lucrativos que se dedica a gerar, promover e divulgar conhecimentos que tenham impacto positivo na vida de brasileiros com dislexia e outros transtornos de aprendizagem. 

Além das ferramentas, essenciais para o dia a dia do profissional disléxico, é importante que haja uma certa flexibilização nos métodos que cada pessoa utiliza para cumprir suas demandas. “Muitas empresas têm seus processos de trabalho muito bem definidos, mas, quando uma pessoa com algum transtorno como a dislexia é contratada, é importante que seja permitido que ela incorpore no dia a dia os métodos que funcionem melhor para ela. O importante é que ela entregue todas as suas demandas com qualidade e dentro dos prazos definidos, mas as ações que ela irá tomar para concluí-las da forma mais confortável e efetiva, devem ser determinadas por ela mesma, conforme suas próprias dificuldades”, sugere Giovana.


A convivência de diferentes maneiras de processamento neurobiológico potencializa inovação, criatividade e habilidades de resolução de conflitos. Ter oportunidades para todos é importante também para as empresas, que melhoram a qualidade de ideias, serviços, produtos e experiências quando se abrem para que as pessoas mostrem todo seu potencial - na vida e no ambiente de trabalho.
 



Instituto ABCD
Instagram: @iabcd
Facebook: @InstitutoABCD


Como usar a Inteligência Artificial para fidelizar clientes?

A IA torna possível a otimização de estratégias de fidelização e atendimento personalizado

 

Gradualmente, a inteligência artificial (IA) deixa de ser ficção científica para se tornar uma realidade cotidiana nas empresas. Com a sua popularização, aplicações são adotadas pelas companhias e consumidores em suas mais diversas vertentes. A adoção do método para fidelização de clientes é a principal delas.

Uma das maiores vantagens da IA é a sua ampla aplicabilidade. A tecnologia oferece uma variedade de abordagens personalizadas para atender a diferentes necessidades e demandas. Isso viabiliza a otimização de estratégias voltadas para a fidelização e o atendimento personalizado.

É importante ressaltar que aumentar as vendas nem sempre tem relação direta com a aquisição de novos clientes. Uma empresa pode obter um faturamento recorrente por meio dos clientes já fidelizados. Um caminho eficaz para atingir esse objetivo é a implementação de soluções baseadas em inteligência artificial.

É possível atribuir uma experiência diferenciada e customizada para o cliente trabalhando de maneira muito mais eficiente os dados e informações internos e externos, tornando real compreender o mercado e o comportamento do público de forma coletiva e individual, estreitando assim o vínculo cliente-empresa desde o primeiro contato até o pós-venda.



Por que utilizar a IA nas estratégias de fidelização?

A resposta está na maior eficiência dessa tecnologia, pois é a única capaz de trabalhar com um grande volume de dados, seja automatizando uma série de tarefas, facilitando a operação dos processos internos ou até mesmo auxiliando na tomada de decisões e implementação de estratégias com maior índice de aceitabilidade e adaptabilidade às tendências de mercado.

Quando utilizamos soluções de IA para fidelizar clientes ampliamos cada vez mais o público atendido. Isso faz com que a empresa tenha uma previsibilidade maior de faturamento.

A inteligência artificial tem sido muito empregada no atendimento ao público, onde os consumidores encontram disponibilidade 24 horas por dia. O que aumenta a eficiência do suporte e reduz o tempo de espera.

A IA também ajuda a identificar oportunidades. Isso acontece pela análise de dados, que identifica padrões de comportamento e prevê comportamentos futuros, tornando possível antecipar ações para atender com prontidão as necessidades dos consumidores.



Quais são as melhores dicas para utilizar IA na fidelização de clientes?

Listei as três principais ideias que as empresas têm colocado em prática:



Coleta de dados

Um sistema baseado em IA é capaz de analisar dados valiosos e fazer a coleta, o armazenamento e tratamento deles, proporcionando um material rico e útil para trabalhar as melhores estratégias para a empresa.



Chatbot

É importante ressaltar que o chatbot é diferente do chat de atendimento. No segundo caso, temos um espaço em que o cliente navega por informações até encontrar o que busca, ou pode conversar com um atendente humano.

No chatbot, o atendimento se dá por meio da IA, que interage com o cliente de forma humanizada, compreendendo textos e mensagens de voz, identificando as necessidades do cliente, além de buscar a resposta mais adequada e trazer o melhor retorno e/ou solução para o consumidor, utilizando de uma linguagem natural.



Recomendação de soluções

Como citado anteriormente, um dos maiores benefícios do uso da inteligência artificial é a análise de big data. Se a empresa possui registro do histórico dos clientes, a ferramenta tornará possível a recomendação de soluções que se adequam as preferências de cada cliente.

Semelhante à abordagem adotada em serviços de streaming, essa tecnologia aprimora a experiência do cliente, aumentando sua satisfação e fidelidade ao se sentir compreendido e valorizado. A IA permite um atendimento personalizado e de maior valor agregado, contribuindo para que o cliente se sinta valorizado e retorne ao utilizar os serviços oferecidos pela empresa.

Acredito que recursos de processamento de linguagem natural (PLN) seja a principal inteligência artificial para fidelizar clientes, pois permite uma forma mais natural ao consumidor, compreendendo suas necessidades e entregando soluções apropriadas.

Outra estratégia interessante é a implementação de recursos machine learning, que permitem que o sistema se aprimore de maneira contínua, na intenção de realizar análises e previsões cada vez mais precisas e amplas.

Vale contar com o suporte de empresas que oferecem soluções de IA e a digitalização de seu negócio. Dessa forma, ficará ainda mais fácil identificar demandas e personalizar ferramentas de acordo com as necessidades da empresa e as características do público que será atendido.

O mais importante é saber que é possível fidelizar clientes com IA e que essa tecnologia não está fora de alcance. A ferramenta já é realidade em muitos negócios, que estão colhendo os benefícios ao adotar uma cultura de inovação, capaz de diferenciá-los em um mercado cada vez mais competitivo, dinâmico e hiperconectado.



Everaldo Biselli - diretor de vendas da Scala, empresa do Grupo Stefanini com foco na implantação de abordagens tecnológicas que exigem alto grau de especialização em negócios, como Analytics, Inteligência Artificial, Hiperautomação, Integração e Cloud.



Mercado pet traz oportunidades de expansão para varejistas

Dados indicam forte crescimento e apontam nichos que devem se destacar em 2024

 

O mercado brasileiro voltado aos animais de estimação (pets) vem apresentando um crescimento vigoroso, com tendência crescente de “humanização” no tratamento dos pets, impulsionando a expansão em áreas como alimentação, acessórios e serviços especializados. O Brasil é o terceiro maior em população total de animais de estimação, segundo a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação), com 168 milhões de pets, e já conquistou a 6ª posição no ranking de faturamento mundial da indústria (comidas, acessórios e medicamentos veterinários). 

 

E a diversidade do setor segue em evolução no país. Segundo a Euromonitor, em 2022, o país contava com 168 milhões de pets, incluindo 68 milhões de cachorros, 42 milhões de aves, 34 milhões de gatos, 22 milhões de peixes ornamentais e 2 milhões de outros animais, como coelhos e roedores.   

 

A projeção é de continuidade no crescimento, consolidando o setor como um todo como um dos mais promissores para o varejo nos próximos anos. Como exemplo, dados da Mordor Intelligence estimam o mercado de alimentos para pets no Brasil em US$ 9,37 bilhões em 2024, com projeção de atingir US$ 17 bilhões até 2029. 


 

Adaptação do comércio 

 

Com a mudança no comportamento do consumidor, que cada vez mais vê seus animais domésticos como membros da família, marketplaces como Amazon, Mercado Livre e Shopee expandiram suas categorias de produtos, enquanto lojas físicas investem em experiências de compra diferenciadas. A Estoquee, fornecedora de produtos multicategoria para pets, atende desde atacadistas até lojas online. Lincoln Eloy, Diretor Comercial da empresa, observa um aumento expressivo na procura por produtos do nicho pet care nos últimos meses, indicando que os varejistas buscam novidades que atendam às expectativas dos consumidores pelo conforto de seus bichinhos. 


 

Para além da alimentação 

 

O bem-estar animal é uma preocupação central dos tutores, responsáveis pela alta demanda por produtos que promovem a saúde física e mental dos bichos, como acessórios, cuidados, medicações e serviços gerais. Isso mostra que o mercado está evoluindo para não apenas atender às necessidades básicas dos animais domésticos, mas também para melhorar suas vidas. O relatório Macrotendências 2023-2024 - Mercado Pet aponta para oportunidades de crescimento neste mercado, indicando subnichos que poderão ser cada vez mais competitivos. 


  

Marketing digital 

 

No varejo, a inovação tecnológica e as estratégias de marketing digital são fundamentais para alcançar diferentes públicos, utilizando redes sociais, influenciadores digitais e plataformas de e-commerce para criar conexões fortes com os consumidores. 

 

Em resumo, as oportunidades para os varejistas no mercado pet brasileiro são vastas e promissoras. Tem potencial para prosperar neste mercado dinâmico aqueles que investirem em qualidade e no atendimento às necessidades dos consumidores.




Estoquee
www.estoquee.com.br


Posts mais acessados