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terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Formas de identificar o proprietário de "contas laranjas" e evitar fraudes financeiras


No Brasil, a quantidade de “contas laranjas” aumentaram exponencialmente. De acordo com um levantamento do Estadão, os golpes no sistema financeiro brasileiro deverão bater a marca de R$ 2,5 bilhões de prejuízos até o final de 2022, cifra obtida a partir dos dados coletados sobre os bancos até o mês de junho.

Essas contas são o principal vetor para retirada dos fundos roubados através de golpes, roubos de celular, engenharia social, entre outros métodos. Um dos motivos para o seu crescimento é a dificuldade de detectá-las, pois seu perfil se assemelha muito às do proprietário das contas legítimas ou às vezes até são de usuários legítimos.

As “contas laranjas” são criadas com a finalidade de burlar o sistema financeiro do País para transferência de fundos ilícitos. Dessa forma, é preciso entender que não existem contas iguais, os cibercriminosos costumam apresentar padrões de comportamento diferentes e, devido a isso, os bancos têm dificuldade de identificar essas contas preventivamente. Então, foram identificadas cinco categorias ou perfis de laranjas baseados em atitudes semelhantes, sendo eles: Enganador, Vendedor, Cúmplice, Ingênuo e Vítima. 

  • O Enganador é o próprio fraudador que abre contas com a intenção de cometer fraude no futuro e rapidamente desvia o dinheiro de suas contas.
  • O Vendedor abre uma conta genuína para vender ao cibercriminoso.
  • O Cúmplice faz a transferência de fundos para o fraudador, visando o lucro rápido por meio de um percentual do valor transferido. 
  • Os dois últimos perfis se encaixam no grupo involuntário. Ou seja, o Ingênuo acredita que está fazendo um negócio legítimo, enquanto a Vítima tem sua identidade roubada por invasores que assumem sua conta legítima para cometer a fraude.

As “contas laranjas” são o ponto mais crítico na infraestrutura do processo de lavagem de dinheiro. Afinal, os criminosos não podem roubar dinheiro se não tiverem para onde enviá-lo. Sendo assim, devemos saber que existem duas maneiras principais pelas quais eles estabelecem esse tipo de conta.


Abertura de nova conta: por meio de identidades roubadas, novas contas são criadas e por isso não podem ser rastreadas. A partir da criação, elas são inativadas por algum período para evitar suspeitas. Em pouco tempo, as novas contas são usadas para sacar e lavar fundos roubados de outras contas comprometidas. Recentemente, eles passaram a explorar vulnerabilidades no processo de abertura de contas usando variações de bots (golpes com robôs).


Recrutamento de laranjas: Geralmente são laranjas com o perfil de Cúmplice ou Vendedor. O cenário digital tornou mais fácil para os criminosos construir redes completas para esquemas falsos de dinheiro, o que tornou o problema mais grave ao longo dos últimos anos.

Uma das maneiras mais eficientes de detectar contas laranjas existentes ou a abertura de novas é por meio da biometria comportamental. Com ela, será possível identificar fatores como comportamento do acesso, velocidade de digitação, múltiplos usuários, entre outros elementos. Os bancos conseguirão prever anomalias nos padrões comportamentais das “contas laranjas”, analisando o padrão dos cinco perfis comportamentais de risco. 

Além disso, há outras informações que devem ser observadas e podem ajudar, como: o grau de familiaridade do usuário com o processo de inscrição da conta, já que um criminoso usa repetidamente identidades comprometidas e demonstrará um alto nível de abertura de novas contas em comparação a um usuário legítimo; a familiaridade do proprietário da conta com os dados, pois um criminoso não domina todas as informações pessoais da vítima e pode confiar em técnicas de recortar e colar ou ferramentas automatizadas para inserir dados que seriam intuitivos ao usuário legítimo. 

Por fim, é importante avaliar se o dono da conta apresenta habilidades avançadas de informática em comparação com a população em geral, visto que, raramente usuários possuem habilidade de utilizar atalhos avançados, teclas especiais ou fazer alternância de aplicativos. E também é válido ressaltar como lembrete final: ajudar fraudadores na lavagem dos fundos é ilegal.

 

Cassiano Cavalcanti - diretor de pré-vendas da BioCatch na América Latina


Startups: parem de relegar a gestão para segundo plano

Há algum tempo no nosso país explodiu um novo tipo de empresas, que prometiam ter uma forma de negócios mais moderna, com um conceito de ser uma empresa jovem, com modelo repetível e escalável e, muito comumente com base tecnológica, as startups.

Por muito tempo, a maioria delas foi exemplo de sucesso e de arrecadação, com aportes milionários e modelos de trabalho diferenciados, que favoreciam ter um colaborador mais engajado em ambiente mais flexível, com menos burocracia e mais modernidade, como as salas de jogos e os espaços para descanso.

Já há algum tempo o fenômeno “startupeiro” se destaca por aqui, até mesmo durante a pandemia, que recentemente assolou todo o mundo impactou de forma diferente as startups em relação às gigantes corporações, já que beneficiou empresas voltadas para a tecnologia, pois foi nelas que o mercado encontrou um terreno fértil para seu desenvolvimento em tempos de necessidade de afastamento social e isolamento.

É preciso entender que esse tipo de negócio, assim como outros, necessita de um tempo para se firmar.  De acordo com o relatório Perspective of Brazil’s Digital Landscape, da McKinsey, as startups consideradas “unicórnios” precisaram em média 8 anos para se tornarem lucrativas em terras brasileiras, ainda que crescessem 100% anualmente, seja em estrutura, marketing, pessoas e outras áreas.

Além disso, neste ano, estamos acompanhando um baque enorme neste mercado, que após um período recorde de captações e crescimento, passou a apertar os cintos em um ciclo de incertezas e de demissões em massa. E isso nos fez tentar entender o porquê disso ter acontecido, e claro, como pode ser minimizado.

O volume de Venture Capital, investimento que serve de impulso às startups, também foi menor em todos os continentes. De acordo com levantamento da KPMG, só no Brasil houve recuo de 51% entre o primeiro semestre de 2021 e de 2022.

Para se ter uma ideia, alguns exemplos: o recém unicórnio Facily, que no fim do ano passado recebeu um aporte de US$ 250 milhões, demitiu entre 200 e 300 funcionários este ano; já as startups ligadas ao mercado de imóveis como QuintoAndar e Loft, demitiram 160 colaboradores cada; outro exemplo, a Hash, que levantou perto de US$ 60 milhões em rodadas de investimento, porém num dado momento deixou de atender clientes, demitiu , sua força de trabalho e, por fim, encerrou suas operações.

Para começo de conversa, precisamos entender que existem diversos motivos para isso, mas a maioria passa pela gestão. Que mesmo não sendo tão burocrática, precisa ser assertiva. A crise econômica que o mundo enfrenta, também tem a ver, mas, mesmo assim, como explicar que um mercado que recentemente estava superaquecido, tenha quebrado em tão pouco tempo?

Não sou o dono da razão, ou alguém que possui a fórmula mágica, e isso deve ser muito clichê, mas tudo começa por um bom planejamento, onde se deve direcionar os valores recebidos, visando o crescimento e a consolidação da empresa, de maneira sustentável.

É importante mostrar que de fato sua ideia tem potencial, e após receber os investimentos, mapear uma forma de gestão condizente com seu negócio e com o momento da economia. 

Um excelente caminho para fazer valer o aporte e adotar a gestão por OKRs (Objectives and Keys Results - Objetivos e Resultados Chaves). Com eles, a organização terá claras quais são as principais frentes da estratégia que vão receber o investimento e focar nos resultados que importam. É uma ferramenta que deixa claro para cada membro da equipe qual o impacto das suas responsabilidades dentro do todo, trazendo um engajamento maior. Além disso, tem algo, dentre outros pontos, que considero essencial para as startups, que é a possibilidade de ajustes constantes no rumo da empresa. Num negócio novo isso é mais do que importante, é vital. 



Pedro Signorelli -um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKR. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas.
http://www.gestaopragmatica.com.br/


Metaverso e Direito: os impactos dessa relação

Ainda que muito recente, o Metaverso já mostra algumas fragilidades, que devem ser refletidas para um futuro melhor 

 

O metaverso ainda causa muitas dúvidas para quem está começando a entendê-lo. Constituído por diversos ambientes digitais onde é possível interagir, comunicar e fazer negócios. Embora pareça utópico, o metaverso já é realidade em algumas esferas, mesmo ainda tendo seu uso restrito, devido aos preços de participar do mundo digital.

 

No entanto, o Metaverso também abriga os mesmos malefícios que estão na vida real e na internet usual. Questões como assédio, bullying, fraudes, roubo de informações, entre muitos outros, ainda acontecerão no digital. Por conta disso, rapidamente os órgãos jurídicos devem se adaptar às novas demandas. Para se ter uma ideia da dimensão do Metaverso, uma pesquisa feita pela Accenture mostrou que 72% dos executivos globais acreditam que o Metaverso terá um impacto positivo em suas organizações.

 

O desafio dos juristas será adequar seus trabalhos a um terreno ainda não explorado pela área. O fato da legislação ainda não ser suficiente, abre margem para diversos abusos que devem ser evitados. Para o advogado Rubens Leite, sócio-gestor da RGL Advogados, é o momento de aprender sobre a tecnologia. “O papel dos departamentos jurídicos é buscar entender as vulnerabilidades do metaverso e como identificá-las e processá-las. Ainda não existe uma legislação específica e desenvolvida sobre esse meio digital, por isso, está bastante vulnerável a fraudes, roubos de dados, lavagem de dinheiro, entre outros crimes que ainda não estão regulamentados”, aconselha.


 

Desafios do metaverso no direito: blockchain e transações

 

O grande incentivo ao metaverso vem das empresas que estão investindo e apoiando a tecnologia, logo há um interesse econômico intrínseco a tecnológica, que envolve desde simples troca de dinheiro até venda de dados de usuários. “Mais do que processos e acusações, o Metaverso deve ser pensado como um ambiente digital que ainda não é regulado, mas que deve ser. Logo, ainda são muito nebulosas as obrigações de compras e vendas neste local, questões como taxas, impostos e declarações de bens digitais ainda devem ser pensadas”, ressalta.

 

No entanto, o Metaverso pode trazer inovações importantes para o meio judicial, podendo facilitar a vida real. “Esse novo local de relações sociais, tem o potencial de digitalizar alguns processos do Direito, por exemplo, uma audiência, um processo, ao invés de serem feitos em um tribunal, podem ser transferidos para o Metaverso. Dessa forma, documentos, falas e testemunhas podem ter sua devida importância para um processo sem a necessidade de estarem fisicamente no tribunal”, explica Rubens.

 

Outro tópico que deve ser ainda mais comentado com a popularização do Metaverso é a questão da proteção de dados na internet. “A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), fez a diferença para evitar o vazamento de dados pessoais para empresas. No Metaverso, as mesmas atitudes devem ser mantidas, uma vez que é o plano de muitas empresas migrarem para o universo digital, necessitando de uma garantia da segurança de seus dados”, reforça.

 

Por fim, o Metaverso é, sem dúvidas, um novo campo de possibilidades para relações sociais e negócios. Precisamos ressaltar que os mesmos problemas da atual internet e da realidade serão mantidos. “Tendo em mente que ainda vão acontecer crimes, erros e fraudes no Metaverso, nos resta regular, vigiar e punir eventuais infrações, de um código que ainda deve ser aperfeiçoado para garantir a segurança no espaço digital”, finaliza Rubens Leite.


Carreira: dicas para quem quer mudar de área em 2023

Segundo escritor Uranio Bonoldi, é importante reconhecer incertezas do futuro e agir de forma calculada para reduzir riscos de frustrações


A cada fim de ano é comum que as pessoas reavaliem sua trajetória e projetem melhorias para o ano seguinte. Nesse sentido, 2023 pode estimular ainda mais o desejo de mudança - com a pandemia controlada e as iminentes transformações no cenário político. O que fazer, contudo, quando o desejo não é meramente mudar de emprego, mas mudar de área, passando a atuar em um setor ainda pouco conhecido ou explorado? Para Uranio Bonoldi, especialista em negócios, carreira e tomada de decisão, é preciso ter cautela e reconhecer os riscos que as mudanças podem causar - dessa forma, é possível que o processo de transição seja mais fácil e proveitoso.

O especialista, autor de “Decisões de alto impacto: como decidir com mais consciência e segurança na carreira e nos negócios”, pondera que diferentes variáveis devem ser levadas em conta ao fazer a mudança de área. “Por exemplo: se você quer mudar para uma área que promete ter muitas vagas disponíveis, é preciso pensar se suas qualificações atendem às demandas da nova profissão ou se, de repente, essas vagas dependem mais de indicação, e menos de qualificação”. Por outro lado, se você deseja mudar para uma área que tenha menos vagas, mas maior remuneração, é preciso pensar se está disponível para enfrentar um processo seletivo árduo, correndo o risco de ficar sem emprego. “Todas as possibilidades devem ser avaliadas”, diz.

Um caminho possível é a elaboração de planos alternativos que possam ser acionados caso algo fuja do planejado. “Obviamente, assumir riscos é importante para o nosso crescimento profissional, e certa dose de imprevisibilidade é benéfica, já que nos instiga a usar a criatividade para agir. Porém, é preciso cuidado para que uma decisão equivocada não gere um ciclo de erros que tornem ainda mais difícil a recuperação da sua carreira. Ainda mais quando o sustento das famílias pode ser comprometido por uma escolha mal feita”, pondera.

O escritor também alerta para o risco de se tomar decisões passionais. “É perigoso ser excessivamente otimista com o futuro ou mesmo muito pessimista. A empolgação e o medo desmedidos podem conduzir a pessoa ao erro, como largar um emprego estável para se lançar à busca de uma outra oportunidade sem ter segurança financeira para isso”, diz. Segundo o escritor, é importante manter a racionalidade quando se faz escolhas de grande impacto como mudança de área. E, por racionalidade, entenda-se refletir mais, procurar falar com pessoas da área que planeja mudar, se imaginar trabalhando naquele novo campo e/ou nova empresa. Significa avaliar riscos e benefícios da mudança, sem se paralisar, sem procrastinar a decisão. “Analise os cenários, estude e busque conhecer ao máximo o ramo que deseja atuar, planeje alternativas e não tenha pressa, já que as grandes melhorias vêm com o tempo. Ouça sua intuição sem se deixar levar pelo impulso imediatista. Isso trará mais segurança e aumentará as chances de sucesso”, finaliza.

 

Uranio Bonoldi - palestrante e especialista em negócios e tomada de decisão, é professor do Executive MBA da Fundação Dom Cabral, onde leciona sobre "Poder e Tomada de Decisão". Educado pelo método Waldorf, sua graduação e em seguida a pós-graduação em administração de empresas foi feita na FGV-SP. Atuou em grandes empresas como diretor e CEO.


5 livros para começar 2023 sabendo mais sobre o mercado de tecnologia

 Executivo do Grupo FCamara indica títulos para quem deseja aprender e se aprofundar no universo de TI


 

O mercado de tecnologia não para de crescer e nesse mesmo passo aumentam as oportunidades de atuar profissionalmente na área. Segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação – Brasscom, mais de 60% das vagas abertas no setor até 2025 podem não ser preenchidas por falta de profissionais na área. Mas, é compreensível que nem sempre é fácil acompanhar um setor marcado por tantas inovações a todo o momento e se manter por dentro das tendências. Por isso, boas leituras podem ajudar quem segue carreira na tecnologia – e também os admiradores da área.

 

Joel Backschat, CIO do Grupo FCamara e Founder da comunidade Orange Juice, indica cinco livros para começar o próximo ano com mais conhecimentos sobre o universo de TI. Confira:

 

1. Arquitetura limpa: O guia do artesão para estrutura e design de software, de Robert C. Martin e Kevlin Henney

A base do trabalho de um desenvolvedor é escrever códigos. Mas como fazer isso de forma simples? É o que o livro de Martin ensina: escrever código fácil para que, tanto você, que escreveu, quanto um terceiro, entendam o que foi feito. Livro básico que te faz repensar tudo o que você sabe em relação a desenvolvimento de sistemas. Vale a pena ler para quem quer se aperfeiçoar e melhorar sua produtividade”, recomenda o executivo. 

 

2.     Team Topologies, de Matthew Skelton e Manuel Pais

Essa obra traz ensinamentos para a formação e desenvolvimento de equipes bem-sucedidas na entrega de softwares eficientes. Além disso, ajuda as organizações a reavaliarem sua abordagem de avaliação de desempenho nas entregas de software, operações e suporte. “É um grande livro para entender porque o formato de times e de empresas tem tanto impacto no software que desenvolvemos e o que podemos fazer para termos pessoas que façam a diferença nesse processo”.

 

3.     Design It!, de Michael Keeling

Ideal para quem é desenvolvedor de software e não teve contato com esse tipo de arquitetura, mas precisa e quer adquirir esse conhecimento. “Livro muito bom

para mostrar o papel do arquiteto dentro do novo momento que vivemos na tecnologia, em que escalabilidade e falta de pessoas são fatores reais na maioria dos projetos”, destaca Joel. 

 

4.     Accelerate: The Science of Lean Software and DevOps: Building and Scaling High Performing Technology Organizations, de Jez Humble e

Gene Kim

Trazer a tecnologia para gerar valor de negócio e apresentar dados de pesquisas é o que ajuda a medir a performance das entregas dos softwares. Esse é um dos

conceitos abordados e defendidos no livro. Dessa forma, os leitores saberão como medir as performances de suas equipes e em quais recursos devem investir para melhorá-las. “Gosto desse título porque mostra uma visão inovadora ao explicar o que significa realmente ter um time de alta performance por meio de métricas do sistema”. 

 

5.     O projeto fênix: um romance sobre TI, DevOps e sobre ajudar o seu negócio a vencer, de Gene Kim

Esse romance retrata um problema bem comum do mundo real: um dos personagens é gerente de TI de uma empresa e é acionado para “salvar” um projeto que representa o futuro da organização, mas extrapola o orçamento e está bastante atrasado. De uma forma um tanto inusitada, os autores renomados do movimento DevOps apresentam uma história que qualquer um que trabalhe com TI reconhecerá. “Ela realmente conecta desenvolvedores e times de infraestrutura e foca no papel do DevOps para realizar essa união. Esse é o encanto da história, é uma situação tão comum que nos aproxima e nos faz simpatizar com todo o enredo”, analisa o CIO.


 

FCamara
www.fcamara.com


Como aplicar a ética para melhorar o Transporte Urbano Municipal

 

Quando o Estado definiu que certos serviços públicos seriam realizados através de concessões, o objetivo era prover serviços de qualidade, a preços atrativos, uma vez que o Estado não domina todos os serviços com expertise.

Além disso, sempre existe o risco de empresas públicas serem canais de corrupção ou cabide de empregos para jogos políticos. Então, nada mais adequado do que passar para a iniciativa privada a prestação de alguns serviços que são de obrigação pública, tal qual o serviço de transporte urbano municipal.

Apesar do acima exposto, os municípios têm a obrigação de conhecerem a reputação das empresas que irão ser concessionarias destes serviços, bem como tais empresas devem seguir as regras definidas para empresas públicas, conforme disposto no Guia de Implantação de Programa de Integridade nas Estatais, publicado pela CGU, que foi cascado para os âmbitos Estaduais e Municipais.

No Estado de São Paulo, antes da pandemia, o órgão SPTrans havia definido a obrigação de implementarem programas de integridade nas concessionárias de transporte urbano municipal. Entretanto, a data de implementação foi suspensa devido a pandemia. Agora, após 2 anos, não existe mais impedimento para que tais programas sejam implementados de fato.

Os problemas para que tal implementação ocorra são muitos e até antigos, tais como quem são realmente os “donos” destas empresas, se não existem situações potenciais do crime organizado estar por detrás destas empresas usando “laranjas”, e se as empresas querem mesmo implementar um programa efetivo de integridade, pois isso significa investimento e profissionalização das empresas.

Muitas concessionárias estão há anos provendo serviços no município de São Paulo e ainda são familiares, ou seja, não possuem um nível de profissionalização ou maturidade ética para implementar um programa de integridade efetivo.

Para reverter a situação, pois não adianta continuar com empresas recebendo altos subsídios do governo municipal para continuar a prover serviços que não tem funcionado com qualidade, o município de São Paulo deveria implementar urgentemente uma auditoria financeira e de integridade nestas empresas, verificar quem de fato são os donos e qual o apetite para atuarem dentro de regras éticas, que são aplicadas para empresas de outros segmentos.

Se não puderem atender aos requisitos mínimos, deveriam ter seu contrato cancelado ou rescindido de forma motivada. Mas, isso requer muita coragem e impessoalidade, pois o negócio das concessões possui muitas situações de conflito de interesses ou, até, de interesses pessoais em jogo.

Infelizmente, vemos, a cada dia, os usuários, cidadãos que pagam seus tributos, serem desrespeitados por um serviço que os obriga a ficarem em pé e apertados durante os horários de pico, podendo vir a sofrer danos físicos e até a morte, devido aos acidentes envolvendo os ônibus, além da poluição que os ônibus trazem para a cidade. Uma cidade que quer atrair investimentos deve pensar que a ética traz valor agregado e que cidadãos contentes com os serviços públicos irão usar ainda mais os mesmos. 

 

Patricia Punder - advogada e compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da USFSCAR e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020. Com sólida experiência no Brasil e na América Latina, Patricia tem expertise na implementação de Programas de Governança e Compliance, LGPD, ESG, treinamentos; análise estratégica de avaliação e gestão de riscos, gestão na condução de crises de reputação corporativa e investigações envolvendo o DOJ (Department of Justice), SEC (Securities and Exchange Comission), AGU, CADE e TCU (Brasil). www.punder.adv.br

 

Dicas para facilitar a entrada das crianças no Ensino Fundamental

Coordenadora do Ensino Fundamental do Colégio Marista Arquidiocesano explica como os pais podem ajudar os filhos nessa fase de transição


É certo que a primeira das grandes transições escolares seja a entrada no Ensino Fundamental. A mudança é significativa, afinal, a rotina escolar se altera e entram novos conteúdos e formas de aprender. Por isso, é preciso o apoio da família para que as crianças se sintam seguras e encarem esse processo de forma mais tranquila.

 

Nesse período de descobertas, a criança conhece novos professores e colegas e tem contato com novos elementos educativos. “Também é nessa fase que ela começa a ter uma rotina de estudo mais sistematizada. Aos poucos, as atividades passam a incluir a lição de casa, assim como leituras e pesquisas diárias, um bom motivo para a família participar e se envolver nas atividades escolares”, explica a coordenadora do Ensino Fundamental - Anos Iniciais, do Colégio Marista Arquidiocesano, um dos mais tradicionais da capital paulista, Lilian Gramorelli. 

 

Como facilitar a entrada no Ensino Fundamental?

 

Diante de tantas novidades, tanto os filhos quanto os pais passam por um período de adaptação. No entanto, para que a transição ocorra de forma harmônica, a família tem papel fundamental para dar autonomia, transmitir segurança, além de acolher os sentimentos do filho. 

 

Primeiramente, é importante lembrar que as brincadeiras e interações, que são o eixo do currículo na Educação Infantil, não serão deixadas de lado. Ou seja, o primeiro ano do Ensino Fundamental representa uma continuidade deste processo, o que irá facilitar a adaptação da criança.

 

Confira cinco dicas para facilitar a transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, de acordo com a coordenadora do Ensino Fundamental - Anos Iniciais, do Colégio Marista Arquidiocesano, Lilian Gramorelli: 

 

1. Estabeleça uma rotina: a rotina proporciona conforto e segurança à criança. Por isso, quando chegar próximo ao início das aulas, é importante retomar os horários das refeições e de dormir e acordar, por exemplo.

 

2. Converse sobre o processo: nesta idade, as crianças ainda podem ter dificuldades para expressar o que estão sentindo. Para amenizar a insegurança, é importante dialogar sobre o novo momento e ouvir sobre as expectativas do filho.

 

3. Incentive a criança a enfrentar desafios: pode não ser fácil começar algo novo, mas o apoio da família é fundamental para tornar as coisas mais tranquilas. Os pais podem contar, por exemplo, como foi esse processo para eles e lembrar que tudo ocorreu bem.

 

4. Ressalte os pontos positivos: lembre-se de ressaltar as novidades que virão com a entrada no Ensino Fundamental, como aprender a ler e a escrever, por exemplo. Também é importante lembrar de quanta coisa nova a criança poderá ter contato a partir de agora.

 

5. Visite a escola: mesmo as crianças que irão continuar na mesma escola podem fazer uma visita ao novo ambiente de aprendizado. Ao conhecer a sala de aula, a criança ganha confiança para enfrentar essa fase de transição. 



Colégios Maristas
www.colegiosmaristas.com.br


Tech recruiter e os desafios para atuar em um mercado escasso e disputado

Com a grande demanda por profissionais de tecnologia e perspectivas de que a oferta de trabalho deve seguir aumentando pelos próximos anos no setor, um profissional ganhou destaque no mercado, o tech recruiter . Uma pesquisa recente do LinkedIn, intitulada LinkedIn Economic Graphic, realizada na própria plataforma, elencou os 10 empregos em alta em 2022 e, dentre as profissões, essa foi um dos destaques. 

Em um cenário de intensa busca por talentos na área de tecnologia, é natural o aumento desse tipo de profissional. Para auxiliar na busca das empresas por bons desenvolvedores, com os requisitos técnicos necessários para as oportunidades, muitas empresas perceberam que não basta apenas um recrutador comum, é necessário um profissional especializado, que entenda em algum grau de profundidade o universo tech para selecionar bons talentos.  

Com isso, os tech recruiter  têm à frente o desafio de aprimorar os processos de recrutamento e selecionar talentos levando em conta hard skills, mas também soft skills. Apesar dos bons salários ofertados a esses profissionais, é necessário estudos e desenvolvimento contínuo para atuar em um mercado que está sempre em constante mudança. 

 

Preparação é o primeiro passo

O tech recruiter tem um desafio que o difere da maior parte dos recrutadores comuns que é o de selecionar profissionais qualificados em meio a uma grande escassez de mão de obra. Em suma, diferentemente da maioria das outras profissões, no caso dos talentos da área de tecnologia, em razão da falta de mão de obra, a margem para erros na escolha de alguém é mínima. É necessário muita preparação e estudo.  

Por isso, estar atualizado sobre o universo das tecnologias para ter um panorama mais completo sobre o seu funcionamento, bem como as principais necessidades, habilidades e técnicas é imprescindível. Mas não apenas isso, devido às características da área, é necessário aprimorar seus conhecimentos constantemente para não ficar desatualizado. 

 

Contar com Tech recruiter  pode trazer mais eficiência para a empresa 

Como dito antes, selecionar profissionais de TI tem sido um grande desafio para muitas empresas em razão da escassez. Por isso é tão necessário alguém especializado para cuidar do processo. Além dos ganhos operacionais, como uma eficiência maior na contratação dos talentos necessários para as demandas das empresas, isso se reflete também em um posicionamento que expressa maior cuidado por parte da companhia com os talentos. 

Neste sentido, empresas que contam com um profissional tech recruiter podem ser mais eficientes e também mais visadas pelos candidatos pelo cuidado maior no processo, na abordagem e filtro das oportunidades.  

Para concluir, as perspectivas para quem almeja atuar como tech recruiter são ótimas. Até o mercado alcançar um equilíbrio entre demanda de oferta, ainda levará alguns anos, o que pode favorecer a categoria, que deve ter ofertas de trabalho mais atraentes e desenvolvimento profissional.

 

Guilherme Junqueira - CEO da Gama Academy.

 

FecomercioSP comemora parcelamento do ICMS relativo às vendas de dezembro


Adoção de medida é importante para equilíbrio e planejamento financeiro das empresas

 

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismodo Estado de São Paulo (FecomercioSP) celebra a aprovação do pagamento parcelado do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) relativo às vendas de dezembro, do setor de varejo, sem a incidência de multa ou juros. Em dezembro de 2022, a Entidade, por meio de seu Conselho de Assuntos Tributários (CAT), enviou ofício com este pedido ao governador do Estado de São Paulo. O documento também foi encaminhado ao subsecretário da Receita Estadual e ao secretário de Estado da Fazenda e Planejamento, ambos da Sefaz/SP.

 

De acordo com a medida, os lojistas poderão pagar 50% do imposto referente às vendas de Natal até 20 de janeiro, e a segunda cota (de 50%), até 20 de fevereiro. O parcelamento no recolhimento do ICMS aos varejistas representa significativo reforço no fluxo de caixa para planejar as despesas de início do ano, período de queda sazonal no movimento do setor.

 

Na opinião da FecomercioSP, a medida é indispensável para a continuidade da recuperação e a retomada integral das atividades econômicas empresariais – que ainda sentem os prejuízos decorrentes das restrições implementadas para combater a pandemia e da desaceleração da economia global, que apresenta sinais de instabilidade. Sem o parcelamento, os varejistas podem comprometer o fluxo de caixa dos seus negócios, pois, no início do ano, a redução das vendas é um fato muito comum, além da existência de uma série de tributos e obrigações a serem cumpridas pelos empresários nos primeiros meses do ano.

 

“A postergação do pagamento do ICMS e o parcelamento do tributo são importantes recursos para o adimplemento das obrigações tributárias pelas empresas e para a recuperação daquelas mais prejudicadas durante o período de recessão, uma vez que proporcionará previsibilidade aos contribuintes e possibilitará que eles possam investir no desenvolvimento de suas atividades com segurança jurídica”, sinaliza o presidente do CAT, Márcio Olívio Fernandes da Costa.

 

 

FecomercioSP


Três tendências de marketing para o varejo em 2023

O ano de 2023 será lembrado para sempre pelo que veio depois de pandemia. Nesse contexto, acompanhar as tendências do mercado é essencial para qualquer varejista. Quem deseja ampliar as vendas deve estar atento às novidades e desejos do consumidor a fim de aproveitar as melhores oportunidades e entender o que foi passageiro e o que fica em definitivo.

Com o boom do comércio online durante os períodos de isolamento, as expectativas para o e-commerce são grandes. Uma pesquisa da Opinionbox mostra que 7 em cada 10 consumidores brasileiros aumentaram a frequência com que fazem compras online e, mais da metade dos entrevistados (55%), pretendem aumentar esse volume em 2023.

Apesar do grande avanço, o varejo físico prova seu valor a cada dia, demonstrando que o futuro deve ser mesmo do phydigital, num contexto híbrido entre os dois modelos de compra. Com tantas possibilidades a serem exploradas, listo aqui três tendências que devem perdurar pelos próximos dozes meses.


Estratégias omnichannel: embora amplamente abordada, a omnicanalidade ainda tem um longo caminho a ser percorrido até oferecer experiências realmente completas e satisfatórias aos clientes. Viver experiências integradas entre loja física e online é um ponto indissociável para os consumidores, já que 87% dizem que pesquisam o preço na loja e compram pela internet e, 80% pesquisam o preço na internet e compram na loja física.

Para manter a fluidez entre os canais, o varejo precisa investir em tecnologia, em captação, armazenamento e organização de dados e, principalmente, no treinamento da equipe para que elas consigam oferecer uma experiência única em cada modal, sem nenhum tipo de fricção na jornada de compra, que pode começar em um meio e terminar em outro.

Comunicação personalizada: surpreender clientes em diferentes canais de comunicação, identificando o preferido por eles, é uma necessidade latente para o varejo. Canais como WhatsApp, e-mail e redes sociais são bastante conhecidos de empresas e do público. Contudo, o novíssimo RCS, canal de mensagens interativas criados pelo Google, é uma das apostas de grandes empresas em todo o mundo e vem ganhando espaço também no Brasil.

Com ele, é possível enviar diretamente para o celular do cliente, ofertas em formato de imagens, links para compras ou até mesmo abrir uma conversa automatizada com a ajuda de um chatbot, onde o cliente pode fazer compras, consultar entregas ou tirar dúvidas sozinho, sem precisar falar com um atendente. Eficiência operacional para a empresa e agilidade para o cliente.


Marketing de influência: já tão difundido no Brasil, o marketing de influência deve continuar em crescimento em 2023. Segundo a pesquisa da Opinionbox, essas estratégias exercem um grande impacto nas vendas, sendo que 41% dos entrevistados disseram já terem comprado produtos indicados por influenciadores digitais. 

Obviamente, é preciso encontrar os influenciadores que tenham afinidade com a marca, em vez de ver apenas o seu número de seguidores. Não se pode anunciar um produto que não seja usado, de fato, pelo influenciador. Além disso, é preciso conhecer o público atingido e a credibilidade do profissional, visto que, feita a parceria, a reputação de ambos estará misturada.

Independentemente de o varejo ser físico ou online, fato é que o marketing digital oferece inúmeras possibilidades de divulgação, seja nas redes sociais, e-mail marketing ou mesmo por canais de mensagens, como WhatsApp e SMS. A empresa precisa estar preparada para o consumidor atual: que quer ter entrega rápida e, se possível, gratuita; que quer ter facilidade em encontrar o que procura; que quer menos burocracia para fazer trocas; que quer ter a mesma experiência, mesmo preço e mesmo serviço nos dois ambientes. Usar a criatividade para dialogar diretamente com o público com o objetivo de criar experiências memoráveis é o que vai fazer a diferença em 2023.

 

Larissa Lopes - Head de Marketing na Pontaltech, empresa especializada em comunicação omnichannel.

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Especialista Sabrina Oliveira dá dicas sobre como escolher o melhor cursinho

Ingressar em uma universidade pública de qualidade é o sonho de muitos brasileiros. Em 2022, o Exame Nacional do Ensino Médico (ENEM), teve 3,14 milhões de inscritos para 222 mil vagas ofertadas, de acordo com os dados do Ministério da Educação. Portanto, a relação é de cerca de 14 candidatos/vaga. Com tamanha disputa, muitos vestibulandos optam por fazer um curso preparatório para o vestibular, comumente conhecido como “cursinho”. 

No entanto, pelo grande número de possibilidades, pode ser confuso escolher qual o melhor curso preparatório. Por isso, a especialista em neurociência para a aprovação no vestibular, Sabrina Oliveira, separou algumas dicas para ajudar os vestibulandos a escolher a melhor opção dentre as disponíveis. 

Sabrina frisa alguns pontos positivos do cursinho presencial. De acordo com ela, é mais fácil manter a rotina e tirar dúvidas além da oportunidade de fazer simulados presenciais com frequência. Entretanto, a profissional pede atenção para o deslocamento para o local, que, se for muito grande, pode não valer a pena pelo tempo perdido. 

Já o online faz mais sentido quando não se tem uma instituição boa na cidade, ou quando o aluno já trabalha e possui horários não-convencionais. Além destes pontos, Sabrina destaca alguns passos para decidir qual tipo de cursinho é o ideal para você. 

Primeiro, mapeie os cursinhos da sua cidade/região, para avaliar o deslocamento e o custo. Depois, avalie os seus resultados de simulados e provas, veja se precisa focar em uma disciplina em específico, ou se faz sentido para você estudar todas as matérias. Considere o seu perfil comportamental para tomar uma decisão - se você consegue estudar sozinho, manter uma rotina constante, se você tem os costumes de procrastinar ou não. Assim, você pode presumir como será seu comportamento em casos de estudos presenciais ou online. 

Procure ex-alunos daquela instituição para saber quais foram as experiências naquele local ou site. “O direito do consumidor garante 7 dias de uso do serviço online de forma gratuita. Sendo assim, aproveite para testar plataformas de cursinho que te chamaram a atenção”, ressalta Sabrina. Deste modo, construa um plano de ação para corrigir suas dificuldades - seja em relação a disciplinas, ou a rotina, planejamento.

Porém, a especialista em neurociência chama a atenção: “A escolha do cursinho é importante, mas ainda mais importante que isso é ter um cronograma, conseguir segui-lo, saber estudar, não estar sozinho, fazer simulados e revisões constantemente, manter um acompanhamento dos estudos. Essa estrutura é necessária e vai pesar muito mais na hora do vestibular”.  



Sabrina Oliveira
Instagram: @sabrinaoliveirabh
https://www.youtube.com/@SabrinaOliveiraVemMed/


Caso Luana Piovani e Pedro Scooby: como fica a pensão alimentícia dos filhos durante as férias?

Argumento de "pagar o valor que achar justo" não tem amparo na lei brasileira. Em 3 passos, advogada explica sobre previsão legal.

 

No período de janeiro uma dúvida que sempre fica é em relação à pensão alimentícia de crianças e adolescentes nas férias. Nesta fase em que crianças e adolescentes passam mais tempo com um dos responsáveis, quem deve arcar com a maior parte das despesas? A advogada Marilia Golfieri Angella, especialista em direito de família, gênero e infância e juventude e sócia-fundadora do Marília Golfieri Angella – Advocacia familiar e social, explica o impasse e garante que em pensão não se mexe, até segunda ordem.

 Veja as explicações detalhadas:


1 – Pensão não é só para os meses “úteis” do ano

A pensão alimentícia não é atrelada ao regime de convivência (as famosas visitas) da criança e do adolescente, mas sim às necessidades que estes possuem em seu cotidiano em relação a seus direitos fundamentais como moradia, educação, alimentação, lazer, saúde, higiene, entre outros. E estes gastos continuam existindo em janeiro e durante as férias escolares, ainda que o filho passe a conviver mais tempo com o genitor não residente. Por isso é que a pensão continua incidindo sobre o 13º, férias, terço de férias, gratificações natalinas, quaisquer verbas com natureza salarial, ainda que horas extras etc.

Por isso que o a argumentado apresentado em vídeo recente pela atriz Luana Piovani, de que o atleta Pedro Scooby ele estaria decidido a “pagar o valor que achar justo” na pensão dos herdeiros não tem sentido jurídico. Os dois deram à luz a Dom, de dez anos de idade, e aos gêmeos Bem e Liz, de sete anos. Com Contia Dicker, o ex-BBB teve Aurora na última semana.

“As escolas, por exemplo, continuam apresentando parcelas regulares durante este período, inclusive muitas vezes com taxas para garantia de vaga na instituição. Igualmente ocorre com planos de saúde, odontológicos, gastos com moradia, entre outros, em que não há uma redução de valores ou abstenção de pagamento de parcelas regulares. Estes gastos continuam a ser pagos, independentemente de quem esteja em companhia da criança durante as férias e é para isso que se paga a pensão”, exemplifica a advogada.


2 – Se não paga, sofre consequências

No período de férias, a falta de pagamento do valor integral arbitrado pelo Judiciário pode causar, sim, uma execução judicial por parte do genitor residente da diferença não paga (quando houve estabelecimento formal e judicial da pensão – o que é fundamental), até mesmo porque há uma organização quanto aos custos e gastos da criança e do adolescente.

De acordo com Marilia Golfieri Angella, não há margem para discussão quando o assunto é garantia da subsistência e sobrevivência do filho, que precisa ser protegido em todas as esferas e direitos. “É necessário que os pais consigam dialogar entre si para fazer os ajustes que forem precisos, até mesmo eventuais concessões de períodos de convivência maiores durante as férias, mas sempre observando o interesse dos filhos de receber tais valores, principalmente quanto ao pagamento de pensão”, afirma.


3 – Pensão não pode ser compensada com viagem e presentes

Por fim, um alerta quanto às viagens e gastos eventuais durante as férias. Pensão alimentícia não admite compensação, então aquele presente trazido pelo “Papai Noel”, a viagem programada com o filho ou a ida a um restaurante fora do habitual, por exemplo, não podem ser abatidas do valor que é pago mensalmente, a não ser que haja um acordo voluntário e livre entre ambos os genitores.

“Em valor de pensão não se mexe, até segunda ordem judicial! Essa é a regra e daí a importância sempre de buscar o Poder Judiciário para estabelecer, ainda que de forma consensual, questões atinentes a filhos abaixo dos 18 anos, tais como guarda, residência, visitas/regime de convivência regular e durante as férias, datas comemorativas, feriados etc. e a pensão alimentícia formalmente estabelecida¸ levando em conta as necessidades do filho e a possibilidade econômica dos pais”, finaliza a advogada especialista em infância e juventude.


5 dicas para começar 2023 com financeiro em dia

 

Especialista em investimento, Raul Sena dá dicas para entrar no novo ano com a vida financeira em ordem 

 



O começo do ano é sempre um período de organizações. E, por isso, é o melhor momento para falar da vida financeira, afinal é quando as pessoas estão mais propensas a fazerem mudanças, implementando novos hábitos e evitando gastos irresponsáveis.


Para auxiliar com isso e ajudar as pessoas a terem um 2023 com mais dinheiro e mais tranquilidade financeira, Raul Sena, fundador do canal do YouTube Investidor Sardinha, da Víbrio, do Grupo Bolha e da Holding Supernova, indica 5 hábitos para adotar ainda esse ano.



1 - Refletir antes de gastar

“Não importa quanto você ganha, importa o quanto você gasta”. Já escutou essa frase? Pois ela é uma das maiores verdades que existem.

O especialista em investimento informa que um dos maiores problemas na vida financeira das pessoas é gasta sem pensar. “As pessoas demoram, em média, alguns segundos pra tomar a decisão de comprar alguma coisa ou não, o que faz com que elas não analisem o todo dessa decisão. Sempre indico que, em produtos que custam mais de 100 reais, pense 7 dias antes de comprar. Esse tempo dá a segurança de saber se é uma compra por impulso ou se realmente está adquirindo um item necessário”.

Nesse começo de ano, isso vale principalmente para viagens não planejadas previamente. Fazer um passeio onde aproveitará 5 dias, mas passará 2023 lembrando com raiva, a cada fatura do cartão, porque se endividou pra comprar uma coisa que não podia, não é uma boa escolha. “Invista antes de gastar! Primeira prioridade é investir antes de gastar – indico segurar 20% da renda – e fazer uma reserva para a viagem. E não gaste dinheiro para agradar os outros (ou manter um padrão de vida que você não tem). Imitar os passivos dos ricos, não te torna rico, te torna endividado” orienta Raul.



2 - Aprenda a cozinhar e a fazer drinks

Além de comer melhor, você economiza muito. Utilize o YouTube, que é de graça, para aprender do básico ao mais elaborado, e troque as saídas para restaurantes e bares caros, por uma reunião em casa com amigos. “Aprender a cozinhar, além de te ajudar na economia, te torna um amigo/ namorado/ crush diferenciado”, brinca o especialista.



3 - Estar em um relacionamento sério

Parece uma dica boba, mas reflita como a vida de balada gasta e você entenderá que estar em um relacionamento economiza, e muito. Além de trocar as festas, dates em restaurantes e barzinhos (normalmente mais elaborados, já que a ideia é impressionar) por um filme no Netflix com pipoca, dentro de uma relação à perspectiva de futuro faz com a pessoa se organize melhor pra construir coisas juntos. Isso torna mais fácil economizar, já que o propósito não é somente seu.



4 - Vender coisas que não usa mais

Aproveite o começo do ano para dar uma geral na casa e ver o que pode gerar uma renda extra. “Guardamos muita coisa por puro apego, ou pela falta de hábito de limpar o armário, e isso faz com que muito dinheiro fique parado”, diz Raul.


5 - Centralize todos os seus gastos no cartão de crédito e venda suas milhas


Você não tem benefício nenhum em pagar no débito ou no boleto.

Hoje em dia a maioria dos cartões oferece bons programas de benefícios, sejam milhas ou cashbacks. Pesquise os melhores para você, se organize e não perca mais essa vantagem financeira.

 

Raul Sena - Especialista em investimento há mais de uma década e fundador do Investidor Sardinha, um dos maiores canais de investimentos do Brasil, alcançando mensalmente mais de 4 milhões de usuários em suas plataformas, Raul Sena é também um empreendedor serial. O empresário fundou empresas de diversos setores, entre elas a IsaEx, plataformas de investimento, o sexshop Vibrio, o Grupo Bolha - dos portais Área de Mulher, Segredos do Mundo e Conhecimento Científico -, e a Holding Supernova. Raul foi reconhecido, por duas vezes, pela pesquisa Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), como o educador financeiro que mais cresce no país.


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