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terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Volta às aulas: os novos desafios da educação após dois anos de pandemia

Na maioria das redes de ensino do Brasil, o ano letivo inicia neste mês de fevereiro, com aulas 100% presenciais. Apesar do aumento de casos de Covid-19, especialistas recomendam que as escolas se mantenham abertas, considerando todo o impacto da pandemia na educação, sobretudo entre os estudantes de famílias em situação de vulnerabilidade. 

O Brasil é o país que por mais tempo funcionou apenas com o ensino remoto – 13 meses. De acordo com levantamento do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em parceria com Cenpec Educação, estima-se que cinco milhões de crianças ficaram sem aulas em 2020.  

“Para enfrentar um cenário em que as desigualdades foram aprofundadas, estratégias de busca ativa, recuperação de aprendizagens, avaliações diagnósticas, protocolos sanitários/vacinação e um bom relacionamento entre família e escola são fundamentais”, explica a superintendente do Itaú Social, Angela Dannemann. 

Confira alguns pontos relevantes a serem observados pelas redes nesta retomada:

 

Busca ativa

A pesquisa “Educação não presencial na perspectiva dos estudantes e suas famílias”, realizada pelo Datafolha, a pedido do Itaú Social, Fundação Lemann e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), apontou em setembro que 37% dos estudantes poderiam desistir dos estudos, conforme percepção dos responsáveis. Destes, 13% poderiam não retornar por não se sentirem acolhidos pela escola.  

“Além do distanciamento da escola durante a pandemia, vivenciamos um momento de desemprego e insegurança alimentar, fatores que impactam diretamente na presença dos estudantes. Identificar quem está em risco de abandono, por meio da busca ativa escolar, estratégia já conhecida pelos gestores municipais, é de extrema importância para que ninguém fique fora da escola”, analisa. 

 

Avaliações diagnósticas

Para identificar lacunas de aprendizagem dos estudantes no retorno, as avaliações diagnósticas vão reger o planejamento pedagógico das escolas. O Ministério da Educação, em parceria com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd) da Universidade Federal de Juiz de Fora, disponibilizou a plataforma Avaliações Diagnósticas e Formativas, onde é possível baixar avaliações para a aplicação nas salas de aula, além de oferecer a análise dos resultados dos exames e do desempenho dos estudantes. Ferramentas como os Mapas de Foco da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) apoiam a necessária flexibilização curricular.

 

Recuperação de aprendizagem

De acordo com estudo do Instituto Unibanco e Insper, os alunos do 3º ano do Ensino Médio tiveram uma perda de aprendizagem estimada em 74%. Este atraso poderá ser sentido ao longo das décadas e levar uma perda de renda futura dos jovens de até R$ 40 mil por indivíduo. “A tecnologia e o ensino híbrido podem ser aliadas para a recuperação de aprendizagem. Mas, para isso, uma escola deve fornecer uma estrutura adequada, com computadores e conexão com velocidade acima de 20 Mbps (velocidade razoável para aprendizagem) para receber crianças e adolescentes no contra-turno escolar”, sugere. 

 

Protocolos e vacinação

Os protocolos sanitários como distanciamento, uso correto das máscaras de proteção e orientação sobre práticas de higiene como a lavagem das mãos e uso do álcool em gel devem ser mantidos pelas escolas. Sobre a vacinação, o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) divulgou posicionamento apoiando que todas as crianças sejam vacinadas, porém, que esse não seja um pré-requisito para o ensino presencial. “Ao se condicionar o acesso à educação presencial à vacinação contra a covid-19, corre-se o risco de negar às crianças o acesso à educação e aumentar as desigualdades”, diz a nota

 

Relação família-escola

Um dos legados da pandemia na educação é a maior aproximação da família com a escola. De acordo com a sétima edição da pesquisa “Educação não presencial na perspectiva dos estudantes e suas famílias”, 50% dos pais e responsáveis por estudantes afirmaram que a escola está mais aberta para conversar sobre o processo de aprendizagem do aluno. Cresceu também o reconhecimento das famílias pelo trabalho do professor. O fortalecimento desse vínculo precisa ser mantido. Por isso, investir no acolhimento, na escuta e na inserção das famílias no ambiente escolar contribui para melhores resultados de aprendizagem. 

 

Confira mais pesquisas sobre educação na pandemia realizadas pelo Itaú Social e parceiros.


Vacina financeira aumenta imunidade do bolso e protege as contas da família

Fundadora da Oficina das Finanças e autora de mais de 18 livros, Carolina Ligocki traz seis dicas fundamentais para tornar a relação com o dinheiro mais equilibrada e rentável e reduzir o endividamento

 

Para a maior parte dos brasileiros é um desafio manter as contas em dia, garantir as fontes de renda, proteger o dinheiro da inflação e ter retorno com investimentos. O ano de 2022 começou e muitos não conseguiram se organizar para recomeçar o ciclo de pagamento das matrículas, dos materiais escolares, IPVA, IPTU, seguros… enfim, tudo isso se repete anualmente e, mesmo assim, parece surpreender muita gente. 

“Esses desafios ocorrem porque somos seres emocionais. Se fôssemos essencialmente racionais teríamos nossos controles atualizados e o dinheiro para cada despesa já reservado para esse momento, afinal de contas, nada disso é uma novidade”.  

Esta é a opinião da educadora financeira Carolina Ligocki, autora de mais de 18 livros que compõem programas de educação financeira de crianças, jovens e adultos. Carolina é fundadora da Oficina das Finanças, ao lado do marido Leonardo Silva. Desenvolve, desde 2013, o Programa para as Escolas, que é parceiro da FTD Educação e já atingiu mais de 150 mil alunos em todo o Brasil. 

A educadora financeira destaca seis dicas fundamentais para o início do ano para tornar a relação das famílias com dinheiro mais equilibrada, satisfatória e rentável ao longo de 2022: 

  1. Renegociar dívidas que tenham juros muito altos e tentar reduzi-los. 
  2. Aplicar o dinheiro parado na conta corrente ou poupança em investimentos mais conservadores, mas que protejam os valores da inflação, como alguns CDBs ou RDCs, investimentos atrelados ao CDI, Tesouro SELIC, entre outros. 
  3. Separar, todo início do mês, um pouco de dinheiro para ser guardado para o futuro. 
  4. Avaliar sua reserva para a aposentadoria e fazer ajustes que garantam melhorias.
  5. Avaliar as despesas para eliminar desperdícios e ajustar contas de telefone, internet, TV a cabo, mensalidades de aplicativos etc.
  6. Conhecer e começar a usar opções de cashback e pontos em programas de fidelidade.

“Estudos de Ciências Comportamentais mostram que temos a tendência a procrastinar ações e ficar exatamente onde estamos. Somos otimistas e acreditamos que tudo vai dar certo no futuro e isso faz com que não sejamos precavidos. A questão é que esses comportamentos estão piorando a qualidade de vida das famílias pois usamos o dinheiro sem estratégia para garantir o dinheiro futuro”, diz Carolina Ligocki.

 

Vacina Financeira  

Para melhorar a “imunidade” do bolso e aumentar a saúde financeira das famílias, a Oficina das Finanças disponibilizou, em 2020, a Vacina Financeira: um programa on-line que varia de 5 a 60 dias, com orientações específicas, customizadas para diferentes realidades, que ajuda pessoas a aumentar a capacidade de tomar melhores decisões financeiras no dia a dia, reduzir o mal-estar financeiro, melhorar a relação com o dinheiro e controlar as contas. 

O programa de imunização tem se dedicado a elevar a saúde financeira das pessoas usando estratégias comportamentais associadas ao Método dos 6Gs (Gerar, Gastar, Guardar, Ganhar com investimento, Gerir e ter Gratidão).

Desde 2020, campanhas de Vacinação Financeira em massa já vacinaram mais de 3 mil pessoas, com resultados muito positivos.  

A Vacina Financeira está disponível para as famílias e os colaboradores das escolas que adotam o Programa Oficina das Finanças na Escola. Também é possível acessar vídeos e conteúdo aberto e gratuito nas redes sociais (@oficinadasfinancasnaescola) e receber notificações de quando será a próxima Campanha de Vacinação.  

 

Carolina Ligocki - Autora e fundadora da Oficina das Finanças. Atua, juntamente com o marido Leonardo Silva, desde 1999, no desenvolvimento do método dos 6Gs, de educação financeira comportamental, na Oficina das Finanças. Uma de suas paixões é impactar positivamente a vida das pessoas com conteúdo e estratégias inovadoras a respeito desse assunto. É autora de mais de 18 livros que compõem programas para a educação financeira de crianças, jovens e adultos. Desde 2013 tem um programa nas escolas que já atingiu mais de 150 mil alunos em todo o Brasil. 

www.vacinafinanceira.com.br

www.oficinadasfinancas.com.br 

 

FTD Educação 

www.ftd.com.br 


O polêmico Fundo Eleitoral

O Fundo Especial de Financiamento de Campanha, ou comumente chamado Fundo Eleitoral, tem criado grande polêmica, ainda mais com a confirmação do orçamento para 2022, quando os valores destinados ao processo eleitoral chegam a 4,9 bilhões de reais. Com toda a certeza, o orçamento é significativo chama muito a atenção, principalmente diante das grandes dificuldades econômicas que o Brasil passa. O aumento do Fundo Eleitoral vem atrelado à decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal em 2015, que restringiu a utilização de recursos privados nas campanhas eleitorais, gerando o impedimento de doações de pessoas jurídicas para qualquer cargo eletivo, o que abriu caminho para o financiamento público.

O Fundo Eleitoral não é novidade na legislação brasileira, mas o aumento de seus valores tornou-se realidade a partir do momento que as campanhas eleitorais passaram a ser financiadas, quase exclusivamente, com recursos públicos. Ainda existe a possibilidade de doações de pessoas físicas, no montante de 10% da renda bruta anual declarada à Receita Federal, de financiamento do próprio candidato à sua campanha eleitoral, de financiamento coletivo, entre outras modalidades, mas que não chegam ao montante colocado à disposição pelo Fundo Eleitoral. Até mesmo antes de 2015, quando da possibilidade de financiamento privado de campanhas eleitorais, o financiamento público era existente e amplamente utilizado por partidos políticos para a manutenção de suas atividades diárias, apesar do montante ser infinitamente menor do praticado atualmente.  

Com a legislação atual, o polêmico Fundo de 4,9 bilhões de reais é destinado para todos os partidos políticos regularmente constituídos junto à Justiça Eleitoral e dividido com base numa lógica de representação dos partidos na Câmara dos Deputados e Senado Federal, levando em consideração a regra da proporcionalidade. Com o recebimento dos recursos, os partidos ficam responsáveis pela destinação e futura prestação de contas dos montantes distribuídos internamente, fazendo com que as estruturas partidárias tenham que manter mecanismos razoáveis de controle dos recursos utilizados. Claro que isso não impede por completo situações de destinações irregulares, mas é para isso que servem os órgãos de controle e a própria Justiça Eleitoral.

Concordo plenamente que, em um momento de grande dificuldade econômica, destinar um montante tão significativo para a manutenção e desenvolvimento de campanhas eleitorais acaba gerando certo desconforto para a população em geral, entretanto, temos que pensar que campanhas eleitorais custam dinheiro, e que dificilmente faríamos um debate razoável sem destinar tempo, recurso e trabalho profissional em uma campanha eleitoral. É claro que os partidos podem renunciar ao Fundo Eleitoral, podem gerar arrecadação com a militância, criar financiamentos coletivos, entre outras saídas para arrecadação eleitoral, mas chegar ao montante destinado pelo orçamento é irreal. Mesmo grandes partidos políticos, que contam com um contingente razoável de filiados em seus quadros partidários, necessitam de recursos para desenvolver suas atividades e, principalmente, as campanhas eleitorais. Não podemos considerar que uma campanha eleitoral se faz somente com vontade e ideias; isso é desconsiderar a realidade do sistema capitalista em que vivemos.

A democracia, as eleições e a disputa de cargos políticos têm seus custos, e quando o Poder Judiciário impede o financiamento de pessoas jurídicas nas campanhas eleitorais, ele toma a decisão que os recursos para o financiamento virão quase que exclusivamente do ambiente público, e isso gera custos para o orçamento, que tendem a ser cada vez maiores e chamar a atenção das pessoas.

 

  

Francis Ricken - advogado e professor da Escola de Direito e Ciências Sociais da Universidade Positivo (UP).


Especialistas dão dicas de boas práticas para retorno mais seguro às aulas presenciais

Profissionais de facilities e nutrição da Sodexo On-site Brasil falam sobre  medidas de saúde e segurança para apoiar escolas, pais e alunos na retomada  

 

Com o avanço da possibilidade de vacinação de crianças entre 5 e 11 anos, logo no início do ano, o retorno às aulas presenciais do ensino básico e fundamental em todo o País caminha para acontecer de forma mais integral e sustentável do que em 2021, momento em que muitas escolas ainda adotaram o modelo híbrido de estudos. 

Nesse cenário, surge a preocupação de pais, responsáveis e colaboradores das instituições sobre como as escolas atuarão para prevenir a contaminação pela Covid-19, suas variantes e outras ameaças respiratórias como a gripe causada pelo vírus Influenza (H3N2). Pensando nisso, a Sodexo On-site Brasil, que oferece serviços de alimentação e facilities incluindo instituições de ensino, reuniu seus especialistas e elaborou um guia de boas práticas para ajudar a proporcionar um retorno mais seguro tanto para alunos como para funcionários. 

O guia sugere medidas de higiene e alimentação concebidas por especialistas em saúde e nutrição da empresa levando em conta todos os protocolos de segurança recomendados pelas autoridades competentes para mitigar a transmissão do vírus, contribuindo para uma rotina mais segura nas instituições. 

“Estamos em um momento de transição desafiador, que trará aprendizados importantes à sociedade e que irão mudar a forma como muitas coisas eram feitas. Nossa intenção e esforços estão concentrados em usar a nossa expertise para trazer soluções que minimizem os riscos no ambiente escolar, proporcionando mais segurança e conforto a todos”, afirma Sergio Caires, Diretor Comercial e Operações de Educação da Sodexo On-site Brasil. 

A principal e mais importante ação é a de conscientizar as pessoas, por isso as equipes que atendem às instituições de ensino com os serviços de alimentação e facilities passam por treinamentos constantes que reforçam os procedimentos de saúde e segurança. Nesses treinamentos, as equipes são orientadas tanto de forma teórica como de forma prática, na aplicação das diversas medidas que são planejadas de acordo com a realidade de cada instituição. 

As orientações ainda incluem desde cuidados durante o deslocamento dos colaboradores, passando por medidas de prevenção e uso dos espaços com mais segurança, até direcionamentos sobre a oferta de um cardápio com alimentos que atendam às necessidades nutricionais e ao mesmo tempo em que contribuam com a imunidade das crianças. Acompanhe as medidas abaixo: 

 

Preparação do ambiente 

Para manter um ambiente seguro, a recomendação é aumentar a frequência de limpeza de superfícies de maior contato, como maçanetas, interruptores, acionadores de descarga, torneiras, dispensers, lavatórios, pias, bancadas e corrimões, bebedouros, purificadores, geladeiras, máquinas de café e máquinas de snacks. Além disso, alunos e funcionários devem ser orientados para o uso de copos e canecas individuais em bebedouros, evitando encostá-los no bocal de saída. 

Outra recomendação é retirar cortinas e persianas para facilitar a entrada de luz nos ambientes e a limpeza do local,  bem como manter os espaços arejados, mantendo janelas e portas abertas pelo maior tempo possível. A periodicidade de limpeza de filtros de ar-condicionado, incluindo a parte externa do aparelho e a bandeja de drenagem, também devem ser revistas reduzindo o tempo entre uma inspeção e outra. Já para as salas que possuem ventiladores de teto ou de parede, o direcionamento da ventilação deve ser sempre para o teto, nunca para as pessoas. 

Também é fundamental ter à disposição de todos os frequentadores, álcool em gel 70%, distribuídos em diversos pontos dos edifícios, principalmente nos corredores e próximo aos locais de entrada e saída de salas, banheiros, prédios e quadras. 

 

Alimentação  

É muito importante preparar um cardápio variado com alimentos que atendam às necessidades nutricionais e que, ao mesmo tempo, possam ajudar na imunidade das crianças. Nutricionistas da Sodexo On-site Brasil recomendam que o almoço tenha oferta de folhas, legumes, grãos, proteína e carboidratos, de acordo com a tabela nutricional adequada a cada faixa etária. Além disso, frutas devem ser consumidas todos os dias e os doces limitados, de preferência, a uma vez por semana. Sucos devem ser naturais ou de polpa, preferencialmente sem açúcar. 

O momento de servir os alunos também deve receber atenção. Todos os colaboradores devem utilizar máscaras e luvas e os estudantes devem higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%, usar máscara corretamente, cobrindo boca e nariz, retirando-as apenas na hora de comer. Neste momento, deve-se evitar conversas para que não haja circulação de gotículas de saliva. Crianças de até 2 anos, por recomendação pediátrica, estão dispensadas do uso de máscaras por conta do risco de sufocamento. Nesses casos, cada escola deve seguir as orientações do seu município ou estado. 

Saladas, sobremesas e bebidas servidas no restaurante tem como recomendação já estarem preparadas e embaladas individualmente, no buffet frio. Já no buffet quente, devem ser montadas as marmitas para que o aluno pegue seu prato já pronto e leve para a mesa. 

Um colaborador deve estar sempre presente, devidamente paramentado, para fazer a reposição dos itens e orientar os estudantes sobre dois pontos importantes: para evitar falar enquanto se servem e pegar somente o que irão consumir.  

Deve-se também ter atenção ao distanciamento mínimo de dois metros entre os alunos bem como o espaçamento entre os colaboradores da cozinha, restaurantes e lanchonetes. 

Agindo em conjunto, de forma consciente, organizada e sincronizada, colaboradores e alunos estarão protegidos e contribuindo para evitar a disseminação do vírus e promover o bem-estar de todos. 


5G e suas implicações socioeconômicas no Brasil

Se a rede móvel 4G mudou a vida das pessoas, no sentido de aumentar a velocidade de acesso, o 5G irá revolucionar a sociedade e as indústrias em seus meios produtivos. A palavra revolução é muito adequada ao 5G, pois não se trata apenas de aumento de velocidade.

Para entender o impacto que essa tecnologia móvel irá causar, é preciso conhecer algumas características dela. O 5G proporciona uma melhoria significativa na largura de banda (cerca de 20 vezes mais do que o 4G), aumento de até 100 vezes no número de dispositivos conectados, redução de até 90% no consumo de energia e uma latência 10 vezes menor, ou seja, o tempo gasto do momento em que as informações são enviadas de um dispositivo até que possam ser usadas pelo destinatário.

Dessa forma, com esse salto enorme em recursos, o 5G não é apenas uma rede móvel de próxima geração, mas também a capacitadora de outras tecnologias que irão impulsionar novos modelos de negócios. Podemos citar alguns casos de uso com esses recursos. 

Por exemplo, a banda larga melhorada permite conexões móveis estáveis com taxas de dados máximas muito altas em áreas de elevada densidade populacional, tanto em ambientes internos quanto externos. Serviços críticos poderão ser implementados com precisão máxima.

Por exemplo, carros autônomos, que exigem tempo de resposta menor do que 1 milissegundo para não causarem acidentes; cirurgias remotas que precisam de alta disponibilidade de rede, para não haver interrupção.

No caso de dispositivos IoT (Internet of Things ou Internet das Coisas, em português), será possível usar dispositivos de baixo consumo de energia em grande quantidade, como em infraestrutura de cidades inteligentes e robotização de processos de manufatura em empresas. Nas áreas rurais, no agronegócio, é possível usar drones para mensurar terrenos, passar essas informações para outras máquinas que ajustam o consumo de água para não haver desperdício e também controlar o uso indiscriminado de agrotóxicos.

Portanto, o 5G permitirá oferecer uma gama de serviços diferenciados que abrem a porta para a inovação e, assim, gerar um grande avanço para o país, tanto na economia, quanto na qualidade de vida das pessoas, se pensarmos nas possibilidades dentro de campos como a medicina, educação, segurança e serviços públicos em geral.

Como vimos, a mudança que o 5G oferece é radical, como nunca houve em outras gerações da rede celular. A transformação nas relações de trabalho, entre empresas e mesmo entre países também será de grande impacto.

Neste sentido, o 5G trará a democratização das comunicações móveis avançadas para promover modelos de negócios baseados em uma nova geração de serviços focados em novos setores: casa conectada, lugares inteligentes, logística avançada, mobilidade urbana conectada, e outras soluções, tais como gestão remota de ativos e gestão inteligente de resíduos.

No Brasil, esta nova geração de redes móveis tornará possível estender a conectividade a áreas remotas sem cobertura de banda larga, o que beneficiará a população, especialmente nas áreas rurais. Portanto, fica claro que falhas ou atrasos na implantação do 5G causam um impacto social e econômico muito grande.

A tecnologia 5G é muito mais abrangente do que a quarta geração e os países percebem seu valor estratégico, por isso, é preciso agilidade na implantação. Na revolução industrial, a mecanização ajudava a produtividade dos trabalhadores e, mesmo substituindo algumas profissões, o processo era mais lento, permitindo o aprendizado de novas tecnologias e assim seguir as tendências mundiais sem muita perda.

Mas, na indústria 4.0, esse cenário é totalmente diferente: as mudanças foram rápidas de tal forma, que a tecnologia não está apenas ajudando na produtividade, mas sim, realizando muitos trabalhos estratégicos antes feitos por humanos.

Tendo isso em mente, nenhuma empresa ou país quer ficar para trás. Por esse motivo, é preciso pensar em parcerias entre governos e empresas para buscar soluções para a implantação do 5G mais rapidamente. Não falo apenas em infraestrutura de antenas e cabos de fibra óptica, isso é o básico a ser feito.

Apesar do fato do Brasil ter dimensões continentais, isso não pode mais ser impedimento em uma era em que tudo é resolvido pela internet. Desde o pagamento de contas, passando por serviços públicos, até a realização de aplicações críticas dentro de empresas e órgãos públicos. 

Para se ter uma ideia em valores, um estudo feito pela consultoria Telecom Advisory, chamado de “O Valor da Transformação Digital por meio da Expansão Móvel na América Latina”, em análises de custo-benefício de projetos de investimento em infraestrutura, estima-se que cada mês de atraso no início da operação do 5G, estaria associada a uma perda de US$ 534,79 milhões (cerca de R$ 2,8 bilhões) por mês em termos de valor de crescimento do PIB.

O Brasil tem condições de executar um bom plano de desenvolvimento do 5G. O País é o primeiro da América Latina a largar na frente, já com o leilão de frequências realizado. Pelo edital do leilão, as empresas vencedoras estão comprometidas a fazer uma série de investimentos. Por exemplo, atender com tecnologia 4G ou superior a áreas pouco ou não servidas, com mais de 600 habitantes. É o caso do Estado do Amazonas, um dos locais mais carentes digitalmente. E, para os municípios com mais de 30 mil habitantes, estão previstos compromissos de atendimento com tecnologia 5G.

Assim, as pessoas não precisarão mais deslocar-se por uma semana utilizando embarcações movidas a combustível fóssil apenas para realizar uma consulta médica, tentar vender sua produção ou receber o pagamento de uma pensão. Elas ganharão tempo, renda e a região será mais sustentável.

Outro ponto forte do edital é o investimento na cobertura de 31.417 mil quilômetros de rodovias federais com sinal de internet móvel de quarta geração (4G) ou superior. Portanto, já temos um bom início. Mas os Municípios e Estados precisam se unir nesse avanço para não perder velocidade nesse movimento.

 

Marcelo Bernardino - Country Manager da Indra e da Minsait no Brasil


O que a pandemia deixa para as empresas de saúde?

 É normal ouvirmos frases como “A pandemia vai deixar novos hábitos de cuidado na sociedade” ou “Ficamos mais atentos à nossa saúde depois da pandemia”. De fato, todos os impactos que tivemos se refletem nos nossos costumes e rotinas, assim como no funcionamento de instituições. Mas, para empresas do setor de saúde, que viram a sua área tão em evidência, talvez esse momento tenha causado uma maior reflexão do que em outros grupos.  

De repente, surgiu um novo desafio a ser enfrentado, com novas demandas e soluções que ainda eram desconhecidas. O tempo para se adaptar era curto e capacidade de reação das empresas era colocado à prova. Testagens, protocolos de segurança, tratamentos, abastecimento de insumos e adequação da capacidade de atendimento, entre outros fatores: tudo exigia um direcionamento diferente do habitual. 

Além de tudo isso, encaramos uma situação em que os profissionais de saúde também demandaram cuidado nas ocasiões - ao atender alguém, seja em um teste rápido ou em uma internação, ele precisava estar atento, pois descuidos poderiam fazer dele o paciente. 

Acredito que veremos a agilidade, tecnologia e inovações do período de pandemia refletindo nas rotinas pessoais e profissionais das pessoas. As empresas de saúde conheceram mais de perto as demandas do público e devem se aprimorar para atendê-las com mais agilidade e eficácia, o que também vai gerar uma otimização nos processos internos das instituições. Além disso, as relações com funcionários devem mudar - as organizações, não só as de saúde, tiveram que olhar para os colaboradores por diferentes visões nesse período e se atentaram mais à pessoa além do funcionário.  

Essa mistura de papéis trouxe aprendizados para toda a sociedade - todos dependemos de todos e não sabemos em qual posição podemos estar no dia seguinte. Essa visão mais humana e empática é uma das lições que devem permanecer, puxando um gancho também - dessa vez focando mais nas empresas de saúde - para o aperfeiçoamento e adaptação dos produtos e serviços. Por exemplo, ao oferecer um exame em domicílio, o que a empresa proporcionou ao cliente além do serviço em si? Mais tempo para ficar com pessoas queridas? Mais tempo para se dedicar às atividades que gosta? Um cuidado com si próprio que provavelmente seria deixado para depois? São nessas questões que os pontos se ligam e a empatia se junta aos negócios. 

Ainda nessa questão, podemos trazer o clássico exemplo da telemedicina - o que existe por trás de um atendimento online? O que as facilidades que a ferramenta proporciona representam na vida das pessoas? Todas essas questões passam a ser respondidas, mesmo que parcialmente, com as mudanças que a pandemia nos forçou a fazer, e cabe a cada pessoa, grupo ou instituição, saber abraçar as respostas positivas.

 

Gilberto Barbosa - diretor de Marketing da VidaClass


Alfabetização: desafio da primeira infância


A primeira infância é um momento fundamental na vida das crianças, pois é nessa fase que estão em pleno desenvolvimento cognitivo, motor, social e socioemocional. Com isso, é importante que as habilidades que constroem esse alicerce, ou seja, a base de ancoragem para a alfabetização, sejam estimuladas adequadamente, considerando a integralidade e a individualidade da criança. 

É significativo salientar que traçar um caminho que conduza a criança à alfabetização está para além da metodologia utilizada, pois é um processo que se consolida por meio do desenvolvimento de algumas habilidades:
 

  • Linguagem oral, por intermédio da literacia, ou seja, atitudes que promovam a leitura e a escrita, que podem ser iniciadas desde a gestação da criança com estímulos orais, leitura em voz alta para o bebê, cantigas, conversas e nomeação de objetos nas diversas situações do cotidiano.
  • Funções executivas, no desenvolvimento de habilidades que estimulem maior atenção, memória (reconhecimento de letras e decodificação), planejamento, execução (assimilação e compreensão de textos), controle inibitório (inibição de respostas precipitadas, atenção seletiva, autocontrole), interpretação de textos e melhor compreensão da leitura e fala. O desenvolvimento dessas habilidades auxilia a criança na resolução de problemas desde os mais simples até os mais complexos, com maior flexibilidade cognitiva.
  • Habilidades fonológicas (vocabulário, memória e nomeação), com o desenvolvimento da percepção e consciência dos sons da fala, em que a criança percebe que história pode ser dividida em parágrafos, o parágrafo pode ser divido em frases, as frases em palavras, as palavras em sílabas e as sílabas em letras. A letra, que é a menor unidade da palavra.
  • Habilidades metafonológicas, no desenvolvimento da manipulação e reflexão sobre a estrutura sonora da fala, por meio das rimas e aliterações, jogos de escuta, consciência silábica e fonêmica.
  • Habilidades preliminares de linguagem escrita e conhecimento do nome das letras e seus sons. A apropriação do princípio alfabético acontece concomitantemente com o desenvolvimento das habilidades destacadas anteriormente.
  • Habilidades visuoespaciais, com o desenvolvimento da representação e análise das formas visuais, com o objetivo de reverberar graficamente, por meio da ação motora, produzindo a escrita.
     

Vale ressaltar que a criança organiza e estabelece suas aprendizagens por meio do seu corpo, em que ela consolida suas potencialidades e percebe-se no espaço. Espaço esse que ganha forma e representações do ambiente que a cerca. 

Por fim, a sistematização da alfabetização acontece no processo e na organização dessas habilidades predizentes, que não somente tornam a criança pertencente e inserida no contexto social, mas também forma leitores e escritores atuantes na sociedade.

 

Daniela Beraguas - coordenadora da Educação Infantil do Colégio Presbiteriano Mackenzie.

 

Alinhamento de expectativas é ponto-chave na adoção de metodologias ágeis


O modelo ágil é uma abordagem usada para construir um produto ou serviço de uma forma que dê previsibilidade dentro do processo, para que o conhecimento do que está acontecendo a passos curtos permita corrigir a rota de maneira rápida, quando necessário, a fim de chegar mais depressa e próximo possível do resultado desejado pelo cliente.

Nesse modelo, as equipes não esperam muito tempo para entender que talvez estejam errando ou indo num direcionamento diferente do que o contratante precisa, elas têm a capacidade de atuar de forma rápida para conseguir corrigir o curso e atender as demandas com excelência. Contudo, para ter sucesso nesse processo, é necessário algo muito importante: o alinhamento de expectativas e perspectivas.

Quando as equipes ágeis recebem a solicitação do que precisa ser feito apenas de forma prática e direta, somente requerendo um produto, sem saberem exatamente se o que estão construindo impacta no negócio do cliente ou o real  propósito, elas podem seguir numa direção errada causando retrabalho para se chegar ao produto ou solução. Se isso ocorrer, o cliente pode ficar com a sensação de que demoraram para construir, de que ele não está chegando no objetivo que pretendia e que a experiência dele não é a melhor, embora tenham todas as justificativas para falarem que fizeram o trabalho da maneira correta, de acordo com o que foi solicitado.

Imagine o trabalho de um pedreiro, ao qual foi requerida a construção de uma parede. Ao finalizar e entregar a parede pronta, o cliente diz ao pedreiro que ela fará parte de uma escola e que agora em cima dela serão construídos mais três andares. O pedreiro assustado diz que a parede construída não aguentará outros andares em sua estrutura porque ela não foi planejada para esse propósito, uma vez que foi solicitada apenas a construção de uma parede, sem mais informações do que ela viria a ser e qual era seu objetivo.

Tanto o pedreiro quanto o cliente saem frustrados porque não houve um alinhamento de expectativas e perspectivas antes da construção. Com os serviços e produtos Agile pode acontecer a mesma coisa, por isso é tão importante que haja uma comunicação e um planejamento estratégico do que será feito para que as expectativas sejam atendidas.

Trata-se de um trabalho específico. Na produção de um software, por exemplo, precisamos fazer o cliente entender que fazemos parte da solução de negócio dele, que é necessário sabermos onde estamos trabalhando e onde ele deseja chegar, para que o projeto consiga cumprir sua função e as equipes ágeis trabalhem de acordo com o esperado.

No business agility, são trabalhados contextos de entrega de qualidade, experiência do usuário e a necessidade de aplicar melhor o investimento, todos feitos com objetivos estratégicos para agregar e oferecer um valor até maior do que o esperado, pois no agile a entrega não é apenas uma abordagem de processos, mas uma entrega de valor.

Em qualquer construção, o principal pilar é a comunicação. Essa será a base de tudo e o que resultará em um produto satisfatório para ambos os lados. Por isso, antes de iniciar qualquer processo com metodologias ágeis, o primeiro passo é entender quais são as expectativas e finalidades do que está sendo estruturado para que o conjunto da obra faça sentido e seja funcional para o usuário final.

 

Bruno Casillo - Diretor de Digital Delivery e Lean Agile CoE na Stefanini Brasil 


Detran.SP informa: termina em fevereiro prazo para renovar CNHs vencidas em julho e agosto de 2020

Condutores devem regularizar documento no prazo correto para evitar multas; serviço pode ser feito online, pelos canais do departamento ou do Poupatempo

 

Atenção! Motoristas que tiveram a CNH vencida nos meses de julho e agosto de 2020 e ainda não renovaram o documento precisam regularizar a situação até 28 de fevereiro de 2022. A norma foi estabelecida a partir da publicação da Deliberação 243 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de 09/11/21. 

A nova legislação definiu um cronograma completo (veja abaixo) para CNHs que tiveram vencimento entre 1º. de março de 2020 e 31 de dezembro de 2022. O período para a regularização é feito com base no mês de vencimento do documento. Por exemplo, CNHs vencidas entre julho e agosto de 2020 deverão ser renovadas até 28 de fevereiro de 2022. 

O pedido de renovação pode ser realizado de forma online, pelo portal do Detran.SP (www.detran.sp.gov.br), Poupatempo (poupatempo.sp.gov.br) ou aplicativo Poupatempo Digital. O condutor, no entanto, não deve ter qualquer tipo de bloqueio no prontuário, como CNH suspensa ou cassada, por exemplo. 

“Embora os prazos tenham sido suspensos em março do ano passado, o Detran.SP disponibilizou durante todo o período da pandemia a renovação de CNH por meio da plataforma online. Em apenas alguns cliques, de forma segura e sem burocracia, o motorista pode efetuar o serviço sem a necessidade de ir a um posto presencialmente”, destaca Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP. 

Se o motorista não renovar o documento no prazo correto, dirigir com CNH vencida é uma infração gravíssima, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A multa para esse tipo de penalidade é de R$ 293,47, além de sete pontos na carteira. 


Confira o calendário completo estabelecido pelo Contran

 


Passo a passo para renovar a CNH 

A renovação da CNH pode ser feita de forma online pelo portal do Detran.SP (www.detran.sp.gov.br), Poupatempo (poupatempo.sp.gov.br) ou pelo app ou do Poupatempo digital. Para realizar o serviço, a pessoa não pode ter nenhum bloqueio no prontuário como suspensão ou cassação do documento. 

Se a pessoa optar por fazer o processo de forma presencial, deve ser feito agendamento no portal do Poupatempo – www.poupatempo.sp.gov.br no posto que deseja ser atendido. 

- Renovação das categorias C, D ou E: o primeiro passo é marcar exame toxicológico em uma das clínicas credenciadas (clique aqui). 

- Para o condutor que vai renovar as carteiras de habilitação categorias A e B, selecione a data e hora para exame médico com um profissional credenciado pelo Detran. No caso de profissionais que exercem atividade remunerada é necessário que se faça também o exame psicológico. 

- Pague a taxa de emissão do documento no valor de R$116,50 (que inclui o envio pelos Correios (Banco do Brasil, Bradesco, Santander e casas lotéricas). 

- A CNH no formato digital, que é válido em todo o país, é disponibilizada por meio do aplicativo da CDT (Carteira Digital de Trânsito), da Serpro (Empresa de Tecnologia da Informação do Governo Federal) disponível nos sistemas operacionais Android e iOS. 

Além da renovação digital da CNH, o Detran.SP disponibiliza mais de 70 opções de serviços eletrônicos como segunda via da CNH, mudança e adição de categoria, licenciamento, transferência, consulta de multas e de pontuação, entre outros.

 

Reforma tributária: como o excesso de impostos estimula sonegação e fraudes?

A necessidade de uma reforma tributária é perceptível no Brasil. Além de encarecer cada vez mais nossos produtos e reduzir o poder de compra da população, o excesso de impostos traz diversas consequências drásticas para a economia brasileira – desestimulando investimentos internos e externos e, principalmente, abrindo portas para a ilegalidade, ao estimular uma crescente onda de sonegações e fraudes. A situação é drástica e, para evitar mais prejuízos à curto e longo prazo, precisamos abordar o tema com a atenção que ele demanda.

Mesmo em um cenário de forte crise global, 2021 foi o ano no qual a nossa Receita Federal mais arrecadou impostos. Foram cerca de R$ 1.685 trilhão acumulado neste período – um recorde que representa um aumento de 18,13% em relação a 2020, segundo dados do próprio órgão. Como justificativa para este marco, está, principalmente, a estabilidade do sistema de arrecadação aplicado no país.

O Brasil mantém a média histórica da carga tributária em torno de 40% desde 2012. Mesmo com uma carga tributária considerada alta, o esperado retorno em serviços públicos e investimentos é muito baixo, em razão da inexistência de políticas públicas eficientes.

Considerando o volume que se paga de tributos versus o baixo retorno dos serviços públicos, abre-se as portas para possíveis fraudes e práticas de sonegação.

A fraude ou sonegação pode ocorrer de forma direta ou indireta, sendo a primeira quando o contribuinte quer praticar qualquer ato ilícito para deixar de pagar tributos.

Além disso, o reconhecimento de fraude pode acontecer quando a Receita Federal não concorda com movimentos de planejamento tributário, considerando as operações realizadas pelo contribuinte como fraudulentas.

Há uma diferença substancial nas duas situações narradas, sendo que na primeira há vontade do contribuinte em manipular ou até mesmo descumprir a legislação tributária, já no segundo caso, não há nenhuma intenção de burlar a legislação, mas sim tão somente encontrar meios de diminuir a carga tributária dentro dos contornos legais.

Na prática, o planejamento tributário representa alternativas legais para conseguir diminuir a carga tributária e dar continuidade à operação empresarial.

Em um momento de incerteza como o atual, é compreensível que diversas empresas optem por analisar sua operação e verificar a pertinência de realizar algum tipo de planejamento, mesmo sabendo que a Receita Federal pode ou não concordar posteriormente.

Uma possível reforma tributária que traga regras mais claras e com percentuais menores, pode evitar este tipo de situação, que gera desgaste, riscos e insegurança jurídica.

Outro movimento recorrente no cenário de ausência de crescimento econômico é a opção da empresa em declarar seu débito e não recolher, fazendo com que seu nível de passivo tributário aumente, cuja resolução será tentar a liquidação a médio e longo prazo.

As três situações, que ocorrem com frequência, revelam a complexidade da legislação tributária e a alta carga dos impostos dificulta como fatores principais para estimular a fraude, seja por meio direto ou mesmo pela realização de planejamento tributários.

Desta forma, é necessário a imediata reforma tributária integral tanto para simplificar a legislação tributária e a forma de apuração, bem como, a redução significativa das alíquotas ou do campo de incidência para fins de arrecadação.

Por fim, o objetivo é simplificar o sistema tributário com foco na desoneração da produção e consumo.

 


Angelo Ambrizzi - advogado especialista em Direito Tributário pelo IBET, APET e FGV com Extensão em Finanças pela Saint Paul e em Turnaround pelo Insper e Líder da área tributária do Marcos Martins Advogados.

 

Marcos Martins Advogados

https://www.marcosmartins.adv.br


Especialista explica as vantagens de introduzir a educação financeira no cotidiano das crianças

Thiago Martello, especialista em educação financeira, quebra o mito de que não se deve falar sobre finanças com crianças, detalhando os principais benefícios a longo prazo


Muitos pais acham que as crianças devem ficar de fora das finanças da família, mas a educação financeira tem se mostrado benéfica e fundamental, podendo moldar positivamente esses jovens.

De acordo com Thiago Martello, fundador da Martello Educação Financeira, é essencial que mães e pais introduzam esse tema na vida de seus filhos. “As crianças aprendem como devem se comportar em diversos ambientes e seus pais estão atentos para que elas aprendam todas as matérias escolares, mas deixam de lado o comportamento com o dinheiro, que vai permear em diversas áreas durante toda a vida dessas crianças”, relata.

O administrador ressalta a relevância em transformar o assunto em algo cotidiano, com os pais alertando sobre assuntos em um dos momentos mais importantes da infância. “Eles crescem observando os hábitos dos pais e isso afeta, de uma forma ou de outra, o comportamento que terão ao longo da vida. Então é extremamente relevante que os pais falem sobre o assunto e ensinem conceitos corretos. Isso trará reflexos na vida adulta, resultando em comportamentos de consumo mais adequados”, explica.

Estudos recentes realizados pela Universidade de Cambridge apontam que as crianças formam boa parte dos seus conceitos e hábitos financeiros até os 7 anos de idade, portanto é necessário que durante esse período os conceitos apresentados sejam os mais corretos possíveis.

Segundo Martello, investir na educação financeira desde o colégio é primordial e tem se mostrado como algo positivo em diversos países. “Tem total importância e pode melhorar o cenário financeiro de um país a médio/longo prazo. Não é por coincidência que os países que mais dão ênfase nesse segmento estão entre os mais desenvolvidos no ranking de IDH, o índice de desenvolvimento humano. Alguns deles são a Finlândia, Noruega, Dinamarca, Suécia, Israel e Canadá”, pontua.

Mas antes de ensinar as crianças sobre educação financeira, é necessário que os pais tenham conhecimento sobre o assunto. “Busque profissionais qualificados e um conteúdo adequado e direcionado para a sua necessidade.Na Martello Educação Financeira, por exemplo, temos uma metodologia própria que é apresentada de forma estruturada, que gera um impacto positivo na vida dos clientes, seja nos cursos ou mentoria”, revela.

Para o especialista, trazer a pauta de educação financeira desde a infância pode resultar em benefícios gigantescos no futuro dessas crianças. “Um estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) mostra que o conhecimento de educação financeira na infância ajuda a formar adultos com noção de gerenciamento de riscos, que evitam assumir dívidas incontroláveis e promovem mais cuidados com a velhice e com a saúde, propiciando melhores condições para o desenvolvimento da pessoa”, finaliza.

 

Thiago Martello  - Apaixonado por finanças, Thiago é administrador de formação, pós-graduado pela FGV, especialista e agente autônomo de investimentos, além de atuar como educador e planejador financeiro desde 2015. Ele começou a trajetória aos nove anos, vendendo balas no farol perto de casa e hoje já mudou a vida de mais de mil pessoas através de uma metodologia exclusiva, simples e divertida e que impactou muitas famílias. Com bom humor, ele mostra que é possível organizar as contas de forma prática e dar uma "martellada" definitiva na desordem financeira. Para sabe mais, acesse https://martelloef.com.br/


As lições do mercado de fertilizantes em 2021

Momentos bons proporcionam alegrias e momentos de adversidade proporcionam experiência, em todas as ocasiões aprendemos e em 2021 não foi diferente! Vivenciamos mais um ano de muitas incertezas em todos os âmbitos da sociedade, porém no campo, o período foi marcado por muito trabalho e incremento de tecnologias por parte dos agricultores. Estimulados principalmente pelos bons preços das commodities agrícolas e pelo aumento da área plantada, houve um crescimento do mercado de fertilizantes especiais.

Segundo a Associação Brasileira de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), o mercado de fertilizantes especiais segue aquecido. Em 2020, por exemplo, mesmo diante dos desafios impostos pela pandemia, o segmento registrou um faturamento superior a R$ 10 bilhões, o que representa uma elevação de 41,8% em relação aos R$ 7,1 bilhões obtidos em 2019, para 2021 a expectativa era 24% de crescimento. Estes dados comprovam que o setor e o agronegócio brasileiro ganharam expressão durante a pandemia, o que reforçou no País uma figura protagonista para alimentação da população mundial.

Assim, podemos perceber que nos dois últimos anos o agricultor vem investindo mais em seu negócio e o segmento de fertilizantes é um dos que mais ganha destaque pelas taxas de adoção e incremento de tecnologias. Neste cenário de investimentos, temos o dever de consolidar o segmento de nutrição, desmistificando as incertezas do quanto o uso das tecnologias pode agregar para altos rendimentos agrícolas.

O desafio, portanto, é aproveitar que o produtor está mais comprador e simpático à ideia de aumento de tecnologias na fazenda, para que possamos apresentar soluções realmente inovadoras e que confirmem altos rendimentos para que mesmo em momentos de baixas ele entenda que deixar de investir irá potencializar suas perdas. Ou seja, o seu manejo deve ser sempre com produtos de alta excelência focando em altas produtividades com o melhor custo benefício. No caso da DVA, as soluções são compostas por produtos que permitem a ativação da planta com objetivo de nutri-la e ativá-la fisiologicamente a responder às condições bióticas e abióticas, resultando assim na expressão do potencial genético das plantas. Traduzindo, estamos vivenciando um grande momento para aplicação de tecnologias na agricultura com objetivo de agregar maior rentabilidade ao agricultor.

Neste cenário a DVA tem um posicionamento claro e embasado tecnicamente das nossas soluções ao agricultor, focando na rentabilidade e segurança a este com um time de profissionais preparados para o atendimento a campo. Mais do que isto, também pensamos no risco da atividade do agricultor e nosso pensamento é de participar do risco que sua atividade exige. Hoje temos uma proposta diferenciada para a cultura do café, por exemplo, que é participar do risco junto com o cafeicultor, pensamento diferente de como o mercado atua, pois querem participar dos ganhos, mas não quando o produtor sofre com alguma condição extrema climática.

Portanto, além do nosso portfólio como solução hoje oferecemos o seguro aliado ao nosso programa de uso, o que divide o risco caso a lavoura seja afetada. Acreditamos que assim, para um ano que será de muitas incertezas ao produtor rural devemos compartilhar do risco de sucesso ou insucesso de sua atividade. Outro fator que nos permite uma diferenciação é que a DVA, atualmente, tem acesso prioritário e direto com os principais países fornecedores de matérias primas e insumos agrícolas através de escritórios locais, o que gera uma maior confiança e domínio para obtermos o produto final a disposição do agricultor no tempo correto de uso em campo, gargalo este que muitos agricultores sentiram na falta ou demora na entrega de produtos durante a safra 21/22. Além disto hoje nossa linha de fertilizantes especiais tem baixa dependência de fontes convencionais de Nitrogênio, Fósforo e Potássio o que nos coloca em uma posição diferenciada de disponibilidade de produtos e menor sensibilidade às altas destes nutrientes no setor.

Outro ponto importante, é que temos um time em Pesquisa e Desenvolvimento com capacidade para responder de forma muito rápida as necessidades do mercado, gerando alternativas caso sejam necessárias. Temos um portfólio completo para as culturas brasileiras com efeito nutricional aliado ao efeito bioestimulantes, além de soluções de biocontrole, com formulações próprias.


Comportamento do mercado

Quando ocorre aumentos de custo de reposição como aconteceu nos últimos meses, já refletindo novos preços de insumos para próxima safra, não é um ambiente positivo para a cadeia, pois gera uma maior exposição e achatamento das margens de todos compreendidos nela, desde a indústria até o agricultor, ou seja, reduz a rentabilidade de todos. Para o produtor isto é ainda pior, pois ele inicia sua safra com custo de produção mais alto em referência à safra anterior e com pouca liquidez para seu produto final, por fim ainda temos o risco da atividade em si: uma empresa a céu aberto.

A pandemia proporcionou restrições nas ofertas de matérias primas e insumos propriamente dito, que já influenciaram e refletiram no aumento de custos de produção. Além disso, não temos ainda uma visão clara do fim deste período, até porque teremos ainda em 2022 eleições no Brasil que afeta a estabilidade política com reflexo no agronegócio, devido às oscilações na cotação do dólar e taxas de juros. Sendo assim, será muito importante o bom planejamento do agricultor buscando os melhores parceiros, no sentido de garantirem a oferta dos insumos para que estes enfim possam conduzir suas lavouras e planejamento de compra, para que consigam maximizar sua rentabilidade.


Planejamento 2022

Os primeiros sinais em 2022 reforçam as grandes adversidades e dificuldades que os agricultores enfrentam anualmente. Estou me referindo às adversidades climáticas, pois temos seca na região Sul do País e ao mesmo tempo excesso de chuvas em Minas Gerais e parte do Espírito Santo, Tocantins e Bahia. Além disto, temos eleições como já citado, que afetarão os preços das commodities agrícolas e a certeza de iniciar uma safra 2022/23 com custos de insumos mais elevados do que a safra anterior e ainda uma pandemia não resolvida quanto a seus gargalos em ofertas de insumos e matérias primas.

O momento de grande instabilidade, gera no mesmo instante uma oportunidade do Brasil se apropriar da imagem e consolidar como um país capaz de alimentar boa parte da população mundial com diversas culturas. Isso claro, sendo produzidas com responsabilidade o que pode garantir ao agricultor boa liquidez em seu produto e rentabilidade em seu negócio.

Nossa visão para 2022, não é de uma recuperação plena do fornecimento de insumos, o que implica em dizer que ainda podemos ter momentos de alta complexidade, como aconteceu no final de 2019 com a falta de embalagens, principalmente papelão. Novamente será exigido de todos um bom planejamento de compra e alianças estratégicas para garantir o fornecimento.

Portanto sou um entusiasta em falar do agronegócio brasileiro e acredito que se tem um local no mundo onde os produtores podem ser protagonistas este local se chama: Brasil. Entendo que devemos nos apropriar desta imagem, de um país agrícola capaz de alimentar o mundo de forma sustentável e garantir que os agricultores aproveitem para manterem os preços de vendas de seus alimentos e garantir sua rentabilidade! 

 

Thiago Queiroz Pedroso - Engenheiro agrônomo e Commercial Manager Brazil da DVA


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