É normal ouvirmos frases como “A pandemia vai deixar novos hábitos de cuidado na sociedade” ou “Ficamos mais atentos à nossa saúde depois da pandemia”. De fato, todos os impactos que tivemos se refletem nos nossos costumes e rotinas, assim como no funcionamento de instituições. Mas, para empresas do setor de saúde, que viram a sua área tão em evidência, talvez esse momento tenha causado uma maior reflexão do que em outros grupos.
De repente, surgiu um novo desafio a ser enfrentado, com novas
demandas e soluções que ainda eram desconhecidas. O tempo para se adaptar era
curto e capacidade de reação das empresas era colocado à prova. Testagens,
protocolos de segurança, tratamentos, abastecimento de insumos e adequação da
capacidade de atendimento, entre outros fatores: tudo exigia um direcionamento
diferente do habitual.
Além de tudo isso, encaramos uma situação em que os profissionais
de saúde também demandaram cuidado nas ocasiões - ao atender alguém, seja em um
teste rápido ou em uma internação, ele precisava estar atento, pois descuidos
poderiam fazer dele o paciente.
Acredito que veremos a agilidade, tecnologia e inovações do
período de pandemia refletindo nas rotinas pessoais e profissionais das
pessoas. As empresas de saúde conheceram mais de perto as demandas do público e
devem se aprimorar para atendê-las com mais agilidade e eficácia, o que também
vai gerar uma otimização nos processos internos das instituições. Além disso, as
relações com funcionários devem mudar - as organizações, não só as de saúde,
tiveram que olhar para os colaboradores por diferentes visões nesse período e
se atentaram mais à pessoa além do funcionário.
Essa mistura de papéis trouxe aprendizados para toda a sociedade -
todos dependemos de todos e não sabemos em qual posição podemos estar no dia
seguinte. Essa visão mais humana e empática é uma das lições que devem
permanecer, puxando um gancho também - dessa vez focando mais nas empresas de
saúde - para o aperfeiçoamento e adaptação dos produtos e serviços. Por
exemplo, ao oferecer um exame em domicílio, o que a empresa proporcionou ao
cliente além do serviço em si? Mais tempo para ficar com pessoas queridas? Mais
tempo para se dedicar às atividades que gosta? Um cuidado com si próprio que
provavelmente seria deixado para depois? São nessas questões que os pontos se
ligam e a empatia se junta aos negócios.
Ainda nessa questão, podemos trazer o clássico exemplo da
telemedicina - o que existe por trás de um atendimento online? O que as
facilidades que a ferramenta proporciona representam na vida das pessoas? Todas
essas questões passam a ser respondidas, mesmo que parcialmente, com as
mudanças que a pandemia nos forçou a fazer, e cabe a cada pessoa, grupo ou
instituição, saber abraçar as respostas positivas.
Gilberto Barbosa - diretor de Marketing da
VidaClass
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