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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

26 de setembro: Dia Mundial de Prevenção da Gravidez não Planejada



O Brasil tem uma taxa alarmante de gestações não planejadas e parece não haver a priorização para programas de planejamento familiar, o que pode gerar complicações na saúde e até mortalidade materna e infantil.


·        Apesar da prevalência do uso de anticoncepcionais ser elevada no Brasil, ainda há um percentual significativo de mulheres com necessidade de anticoncepção não atendida, que se reflete no percentual significativo de gravidezes não desejadas[i]

·        O país registra 1,8 milhão de gestações não planejadas por ano, o que representa 55,4% de todos os partos[ii].

·        O medo da reprovação social ou a postura contrária do parceiro ainda são barreiras para o uso de métodos contraceptivos para evitar esse tipo de gestação. Além disso, temores dos efeitos colaterais, preocupações com a saúde e falta de conhecimento sobre as opções de contracepção e seu uso também impedem a adesão de algumas mulheres aos métodos anticoncepcionais[iii].

·        As mulheres mais pobres e com menor grau de instrução estão entre as que menos fazem uso de contraceptivos[iv]

·        O acesso aos métodos anticoncepcionais e aos serviços de planejamento familiar varia entre as regiões e é menor nas áreas mais pobres, como na região Nordeste do Brasil, onde a prevalência relatada de uso de contraceptivos atinge somente 62%[v]

·        Muitas mulheres engravidam por estarem em situação de vulnerabilidade social, o que faz com que o pré-natal não seja feito da forma correta, afetando diretamente a saúde da mãe ou do bebê.  62% desses bebês têm complicações entre o nascimento e o primeiro ano de vida e mais de 32 mil vão a óbito nesse mesmo períodoii

·        Um dos fatores que pode modificar essa realidade é o investimento em educação e o acesso à informação. Cada ano adicional de escolaridade da mãe pode reduzir a mortalidade de seus filhos entre 5 e 10%[vi].


Investir em planejamento reprodutivo para reduzir o impacto socioeconômico das gestações não programadas seria mais efetivo do que administrar suas complicações.


·        Metade das gestações que acontecem anualmente no país não são planejadas, atingindo 1,8 milhão no períodoi

·        O custo relacionado às gestações não planejadas alcança R$ 4,1 bilhões por ano, sendo que a maior parte (70%) é proveniente de recursos das complicações no nascimento bebê e desse valor, 52% estão envolvidos com a readmissão hospitalar no primeiro ano de vidai.

·        Cada gestação não planejada gera um custo de R$ 2.293,001.

·        Políticas públicas que priorizam o investimento preventivo em planejamento reprodutivo economizam recursos e podem evitar não apenas gastos, mas uma série de problemas sociais. Um estudo mostrou que haveria uma redução de 288 milhões de dólares ao ano em custos médicos nos Estados Unidos se 10% das mulheres de 20 a 29 anos, usuárias de contraceptivo oral, mudassem para contraceptivos reversíveis de longa ação[vii].

·        Prevenir uma gravidez indesejada evitaria uma quantidade significativa de futuras despesas públicas. Um estudo da UNICAMP, que avaliou gestações não planejadas no Brasil entre 2010 e 2014, concluiu que reduções nas taxas de gravidez não planejada não só diminuem gastos como também as taxas de morbidade e mortalidade materno-fetali.

·        Esse mesmo estudo concluiu que uma abordagem mais eficaz para prevenção de gravidez não planejada pode ser feita não só por meio da educação, mas também do uso de métodos contraceptivos. Quando analisada a eficácia de cada método, os contraceptivos reversíveis de longa ação (LARC) atingem as melhores taxas, por isso são considerados mais efetivosi.

·        Cada dólar gasto em planejamento familiar pode economizar até 6 dólares, possibilitando que os governos invistam mais em atenção básica e outros serviços públicos de saúde[viii].

·        A cada dois anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) atualiza sua lista de medicamentos essenciais como um guia de referência para os países desenvolverem suas listas nacionais de medicamento para o sistema básico de saúde. Devido à eficácia, segurança e custo-efetividade, os três tipos de LARC (implante de etonogestrel, DIU de levonorgestrel e DIU de cobre) estão inclusos nessa lista[ix].



Pouco se fala sobre a real eficácia dos métodos contraceptivos, mas a probabilidade de não haver uma gestação não planejada aumenta de acordo com a idade, o tempo de uso e depende do método anticoncepcional utilizado[x].

Os métodos geralmente mais usados, como camisinha e pílula, apresentam um maior índice de falha ao longo de um ano, enquanto os métodos reversíveis de longa ação, que são à prova de esquecimento e não dependem da disciplina da usuária, são mais eficazes, porém menos conhecidos[xi].

·        Métodos anticoncepcionais que dependem da disciplina da mulher são mais propensos ao uso incorreto ou a problemas de adesão, o que resulta em falha e consequentemente em uma gravidez não planejada[xii].

·        A camisinha, seja a feminina ou a masculina, são recomendadas nas relações sexuais, pois os únicos métodos que previnem DSTs. Mas como nem sempre são utilizados adequadamente, a eficácia contraceptiva de ambas é baixa. A cada 100 mulheres usando camisinha, entre 18 e 21 engravidarão no período de um ano3

·        Esse também é o caso de mulheres que utilizam a pílula hormonal oral, o anel e o adesivo. Para que a eficácia desses métodos seja alta, as indicações da bula precisam ser seguidas rigorosamente. Como nem todas conseguem ser tão disciplinadas, 9 em cada 100 mulheres (ou seja, quase 10%) engravidam usando um desses métodos ao longo de um anoxi.

·        Segundo estudo, quase metade das mulheres que engravidaram sem planejamento (45%) estavam usando pílulas ou injeções anticoncepcionais quando engravidaram[xiii]

·        Apesar de pouco conhecidos, existem métodos contraceptivos que não dependem da ação da usuária e por isso não contam com uma possível redução da eficácia em caso de esquecimento do uso. Existem três opções de contracepção reversível de longa ação (LARC): o DIU de cobre, o DIU hormonal e o implante hormonal, sendo que dentre eles, o implante de etonogestrel apresenta o menor risco de falhaxi.




[i] Tavares LS, Leite IC, Telles FSP. Necessidade insatisfeita por métodos anticoncepcionais no Brasil. Rev Bras Epidemiol. 2007;10(2)139-148.

[ii] HOA, H.; YU, Jingbo; HU, Henry X. The burden of unintended pregnancies in Brazil: a social and public health system cost analysis. International Journal of Women’s Health, v. 6, p. 663-670, 2014.Acesso em: 11/08/16. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Jose_Cecatti/publication/264396574_The_burden_of_unintended_pregnancies_in_Brazil_a_social_and_public_health_system_cost_analysis/links/541c19e70cf2218008c4e6ca.pdf.
[iii] USAID – Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos Divisão de Saúde GlobaL – Planejamento Familiar. 2007. Acesso em: 05/04/2016. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/44028/6/9780978856304_por.pdf
[iv] BELLIZZI, Saverio et al. Underuse of modern methods of contraception: underlying causes and consequent undesired pregnancies in 35 low-and middle-income countries. Human Reproduction, v. 30, n. 4, p. 973-986, 2015. Acesso em: 05/04/2016. Disponível em: http://humrep.oxfordjournals.org/content/early/2015/02/02/humrep.deu348.full
[v] USAID – Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos Divisão de Saúde GlobaL –Contraceptive Procurement Policies, Practices, and Lessons Learned: Brasil. 2006. Acesso em: 05/04/2016. Disponível em: http://pdf.usaid.gov/pdf_docs/Pnadm532.pdf
[vi] Herz, Barbara Knapp, and Gene B. Sperling. What works in girls' education: Evidence and policies from the developing world. Council on foreign relations, 2004. Acesso em: 05/04/2016. Disponível em: http://www.cfr.org/education/works-girls-education/p6947
[vii] Trussel J, Henri N, Hassan F, et al. Burden of unintended pregnancy in the United States: potential savings with increased use of long-acting reversible contraception. 2013; 87(2):154-61. Acesso em: 05/04/2016. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22959904
[viii] Bill & Melinda Gates Foundation. Acesso em: 0504/2016. Disponível em: http://www.gatesfoundation.org/What-We-Do/Global-Development/Family-Planning.
[x] WINNER, Brooke et al. Effectiveness of long-acting reversible contraception. N Engl J Med, v. 2012, n. 366, p. 1998-2007, 2012. Acesso em 05/04/2016. Disponível em: http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1110855#t=article

[xi] Trussel J. Contraceptive failure in the United States. Contraception, 83 (2011) 397–404. Acesso em: 05/04/2016. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21477680
[xii] Guazzelli CA,  de Queiroz FT, BArbieri M.et al. Etonogestrel implant in postpartum adolescents: bleeding pattern, efficacy and discontinuation rate. / Contraception 82 (2010) 256–259.
[xiii] Leventhal LC, Barbosa KSF. Planejamento gestacional em hospitais público e privado. RBPS 2008; 21 (4): 269-274. Acesso em: 05/04/2016. Disponível em: http://ojs.unifor.br/index.php/RBPS/article/viewFile/571/2236
 



Mais de 121 mil usuários da região tiveram seus dispositivos móveis atacados nos primeiros oito meses de este ano, diz Kaspersky Lab



De acordo com a empresa, Brasil é o país que mais sofre com ameaças direcionadas à dispositivos móveis da América Latina


Buenos Aires – Os pesquisadores da Kaspersky Lab revelaram durante a 7ª Conferência Latinoamericana de Analista de Segurança que o Brasil é o país que mais sofre com ameaças direcionadas à dispositivos móveis da América Latina. De acordo com a empresa, 31% dos brasileiros sofreram algum tipo de ataque em seu dispositivo móvel, como phishing, malware ou ataque a privacidade do usuário – seguido por 29% dos usuários do México e por 7% da Colômbia. 

Como 9 em 10 donos de smartphones na América Latina utilizam internet principalmente pelo celular e mais de 80% fazem compras online, as ameaças a esses usuários cresceram respectivamente nos últimos anos. A Kaspersky Lab detectou que mais de 121 mil usuários da região tiveram seus dispositivos móveis atacados de alguma forma nos oito primeiros meses de 2017.

“A cada ano, o número de ataques direcionados a dispositivos móveis crescem. E, apesar de os e-commerces melhorarem sua comunicação com seus clientes, os criminosos ainda visam esse público. É importante prestar bastante atenção nos links recebidos por SMS e por aplicativos como WhatsApp”, diz Thiago Marques, analista de segurança da Kaspersky Lab.

No último ano, os pesquisadores da Kaspersky Lab descobriram golpes direcionados para os dispositivos móveis e seu público, como uma campanha maliciosa que circulou pelo WhatsApp prometendo a usuários testar uma cafeteira Nespresso de graça. O golpe, que circulou pela América Latina, tinha conteúdo em português e espanhol com o objetivo de redirecionar os usuários para sites maliciosos que ofereciam aos usuários serviços premium ou a instalação de aplicativos com programas de afiliados que trazem grande lucros aos criminosos virtuais. Além disso, os criminosos também utilizam a técnica de sMishing, na qual um SMS é enviado para os usuários com uma mensagem falsa oferecendo alguma promoção ou serviço. Por exemplo, alguns criminosos enviam falsas mensagens em nome de bancos solicitando que o usuário clique em um link falso.

Neste ano, os pesquisadores da Kaspersky Lab descobriram que criminosos aproveitaram que trabalhadores brasileiros estavam ansiosos para resgatar o dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para aplicar golpes por meio de dispositivos móveis. Mais de 1 milhão de pessoas clicaram em um link malicioso usado para enganar usuários interessados em obter mais informações sobre o pagamento do valor esperado. Para disseminar os ataques os criminosos usaram mensagens compartilhadas por WhatsApp com o objetivo de distribuir trojans bancários, alterar o roteador da vítima e assim roubar dados pessoais.

Para se proteger de possíveis ataques em dispositivos móveis, a Kaspersky Lab separou algumas dicas para os usuários:

• Privacidade: é importante saber quais permissões o aplicativo que você baixou ou solicitou. Recentemente, a Kaspersky Lab descobriu casos de apps que pediam acesso a lista de contatos dos usuários sem necessidade. 

• Valorize seus dados: suas informações pessoais são muito importantes e você não deve deixar terceiros ter acesso a elas. Por isso, para se proteger de ataques ao seu dispositivo móvel, é importante que você tenha uma solução de segurança instalada. O Kaspersky Total Security fornece proteção para smartphones e tablets.

• Proteja seu roteador: é comum que criminosos configurem falsos sites informativos nos quais scripts irão tentar alterar as configurações de DNS do seu roteador, basta para isso visitar a página. Para evitar o golpe configure a senha do seu roteador diferente da senha padrão, que vem de fábrica. Use uma senha complexa, com letras, números e símbolos.

• Use um bom programa antivírus: usar um software, como o Kaspersky Internet Security, que irá bloquear o acesso aos sites maliciosos, scripts que tentam alterar seu roteador e assim você terá uma navegação mais tranquila.




Kaspersky Lab




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