Pesquisar no Blog

terça-feira, 26 de julho de 2022

Entenda o que é a hérnia de disco, doença que levou Wesley Safadão para o centro cirúrgico

Fisioterapeuta Dra. Walkyria Fernandes explica como o sedentarismo é um fator de risco e como a doença pode gerar perda de sensibilidade e de força na perna, caso não seja tratada
 

Há pouco dias, o cantor Wesley Safadão teve que ser operado às pressas por causa de uma hérnia de disco - uma lesão que ocorre com mais frequência na região da lombar. Não à toa, de acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em 2018, cerca de 5,4 milhões de brasileiros passaram por esse desconforto. O artista contou que há quatros anos teve uma crise e travou, mas que dessa vez a dor foi mais intensa, com a perda de sensibilidade nos testículos. A fisioterapeuta Walkyria Fernandes explica que a hérnia é um processo degenerativo e que faz parte do envelhecimento, mas que o sedentarismo é um dos principais fatores de risco. Segundo a especialista, o paciente não deve ignorar os sintomas, pois em alguns casos, se não for tratado, a pessoa pode perder a sensibilidade ou força dos membros inferiores. 

“Temos os discos intervertebrais, localizados entre as vértebras, constituídos por um tecido cartilaginoso, que tem como função principal amortecer o movimento. Esse disco é composto por anéis fibrosos, que envolvem o núcleo pulposo, a parte de dentro, que é mole; igualzinho aquele antigo chiclete Bubbaloo. Quando há a ruptura do anel fibroso, o núcleo pulposo vaza, aí damos o nome de hérnia de disco extrusa. Quando essas fibras se rompem completamente, o núcleo pulposo pode migrar para o canal medular, pode acontecer a compressão de alguns nervos e em pouquíssimos casos gerar alteração de sensibilidade na genitália e ter comprometimento motor, que foi o caso do cantor”, explica a fisioterapeuta. 

Ainda de acordo com a Dra. Walkyria, quem tem desequilíbrio e fraqueza muscular, e diminuição de mobilidade em uma das partes do corpo, quem trabalha muito tempo sentado ou é sedentário tem grandes chances de desenvolver uma hérnia de disco. “Alguns desses fatores fazem com que a pessoa sobrecarregue, ainda mais, os níveis da coluna vertebral, como a lombar. O aparecimento da hérnia também pode ser por trauma ou acidente, mas não é o mais comum”, afirma ela.

A fisioterapeuta explica que os discos intervertebrais são formados por 80% de água, e quando eles vão perdendo essa água, vão desidratando. Esse processo de degeneração, evolui até formar uma protrusão. “É como se eu pegasse o Babbaloo -- que seria o disco intervertebral - e desse uma esmagada nele. No caso do Wesley Safadão, ele tinha uma protrusão discal e isso foi piorando ao longo do tempo, até que desenvolveu a hérnia de disco extrusa, e teve que ser operado. Menos de 5% dos casos, não respondem ao tratamento conservador, e a cirurgia é a solução. No caso do cantor, ele estava com uma crise aguda, ou seja, com dor, travado e evolui para sintomas como não sentir os testículos”, descreve Fernandes. 

Walkyria orienta ainda que o tratamento de um paciente com hérnia de disco deve ser feito com um fisioterapeuta, que vai avaliar o que está causando a sobrecarga na coluna. “Usamos as técnicas de fisioterapia manual, organizamos a mobilidade do corpo desse paciente e fazemos exercícios específicos. É preciso entender qual é o tipo de hérnia de disco desse paciente, qual é o padrão que está gerando a posição antálgica, que é a posição que o paciente adota para não sentir dor e corrigir isso. Para que não aconteça novas crises fazemos a manutenção com o fortalecimento da musculatura”, esclarece Fernandes. 

Por último, a especialista explica que o tempo de um tratamento conservador, sem cirurgia para um paciente travado, varia, mas a média são de oito semanas. “Já um paciente que fez a cirurgia, vai precisar esperar uns 15 dias para retirar os pontos e aí sim começar a fazer exercícios de exposição gradual, como por exemplo dobrar a coluna pra frente, que é o movimento de flexão ou jogar a coluna para trás, que é o movimento de extensão. E assim começar a ativar a musculatura das costas novamente”, finaliza a fisioterapeuta.

 

Walkyria Fernandes - graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Paraná) há 18 anos. Tem especialização em ortopedia e traumatologia desportiva, pela Faculdade Evangélica do Paraná. Além disso, conta com uma especialização em osteopatia pela Escuela de Osteopatía de Madrid (EOM) e D.O. reconhecido pela Scientific European Federation of Osteopaths (SEFO). É mestre em Tecnologia em Saúde, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), e fez doutorado sanduíche -- parte na UniNove, em São Paulo e parte na Universidade de Sevilla, na Espanha.  A fisioterapeuta clínica ainda é idealizadora do método “Raciocínio Clínico Avançado -- RCA 360”, curso on-line que já conta com mais de 5 mil alunos no Brasil e em nove países. Já foi proprietária de uma grande clínica de fisioterapia no estado do Mato Grosso, onde também atuou durante 7 anos como professora de anatomia, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMT), no curso de Medicina.


Dia Mundial da Prevenção do Afogamento: 10 dicas para curtir o mar com segurança

UPA 24h Zona Leste, em Santos, alerta para os perigos de acidentes nas praias, que atraem turistas neste período de férias escolares e calor fora de época


Na semana em que é celebrado o Dia Mundial da Prevenção do Afogamento (25/7), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste alerta para os perigos de acidentes nas praias. A unidade está localizada na cidade de Santos, litoral sul de São Paulo, destino de muitos turistas neste período de férias escolares e calor fora de época. 

Gisele Abud, diretora Técnica da unidade, explica que o afogamento ocorre, de forma geral, por asfixia decorrente da aspiração de líquido, que obstrui as vias aéreas (traqueia, brônquios ou pulmões), ocasionando alterações das trocas gasosas, que levam a falta de oxigênio no sangue e, por consequência a acidez excessiva do sangue e fluidos corporais. 

“Infelizmente o risco de afogamento em cidades litorâneas é real. A maioria das mortes ocorre porque as pessoas ignoram os riscos, não respeitam seus limites pessoais e não sabem como agir nessas situações”, alerta a profissional da UPA Zona Leste, que pertence a rede pública de saúde da Prefeitura de Santos e é gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde.  

Estudo da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), aponta que a cada uma hora e meia um brasileiro morre afogado e 90% dos óbitos acontecem em águas naturais, ou seja, rios, oceanos, represas, cachoeiras etc. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os afogamentos são a terceira causa de morte acidental no mundo e representam quase 8% do total de mortes globais. 

No Brasil, as principais causas de afogamento nas praias são a ingestão de bebidas alcoólicas (que alteram a capacidade de julgamento e resposta do banhista), correntes de retorno (onde o banhista é puxado para dentro do mar), depressão no fundo das praias e o impacto das ondas (onde o movimento forte da água arremessa o banhista para baixo).

 

Como a prevenção é a ferramenta mais eficaz contra os afogamentos, a UPA destaca algumas orientações importantes: 

1- Procure o guarda-vidas mais próximo antes de entrar na água, ele saberá informar sobre as condições do mar e o local mais apropriado para banho;

2- Respeite as sinalizações, como bandeiras verde, amarela e vermelha. Em caso de alerta de perigo, não entre no mar;

3- Fique na parte rasa, principalmente se não souber nadar. Como diz o ditado: “Água no umbigo, sinal de perigo”;

4- Entre no mar acompanhado;

5- Não entre no mar sob efeito de drogas ou álcool ou após ter ingerido alimentos pesados;

6- Não entre no mar a noite e em situações com chuva e raios;

7- Nade em locais seguros, longe de pedras e costões;

8- Tenha atenção redobrada com crianças, que devem entrar no mar sempre acompanhadas por um adulto. É importante também colocar pulseiras de identificação;

9- Lembre-se que no mar há condições adversas. Dados apontam que 50% dos afogados são pessoas que sabem nadar, então cuidado com o excesso de confiança.

10- No caso de uma ocorrência ligue imediatamente para os bombeiros (193), ou chame o guarda-vidas quando perceber pessoas em situação de afogamento. 

Caso seja necessário agir, entre no mar sempre com uma boia ou objeto flutuante que possa ser jogado para o banhista em dificuldade agarrar. “Evite se aproximar, pois no momento do desespero, o banhista pode se agarrar a você e ambos se afogarem”, alerta a médica.


Vitamina D: hormônio tem inúmeras funções na manutenção do organismo

A falta de exposição solar pode fragilizar a saúde 

 

A vitamina D é considerada um hormônio de extrema importância para o bom funcionamento do nosso organismo, incluindo o fortalecimento da nossa imunidade. Sua função é reforçar as células de defesa e proteger o nosso corpo contra uma série de complicações, como diabete, esclerose múltipla, lúpus e artrite reumatoide. 

A nutricionista da Puravida, Alessandra Feltre, explica a sua importância para a manutenção da saúde. “A vitamina D é usada pelo corpo para o desenvolvimento e a manutenção dos ossos. Ela atua de forma sistêmica em todo o organismo, promovendo a saúde muscular, articular, cognitiva, reprodutiva e cardiovascular, além de auxiliar na proteção contra infecções e doenças autoimunes. Por isso ela é considerada mais do que um nutriente, sendo um pró-hormônio indispensável, desde a formação do feto até o fim do ciclo da vida”, diz.

É durante o inverno  que os níveis costumam cair. Geralmente, devido à menor incidência de raios solares e da menor exposição ao sol. E essa queda merece atenção, já que coloca a saúde em risco. A longo prazo, ela pode causar o surgimento de doenças autoimunes, além do enfraquecimento dos ossos. “A vitamina D promove a absorção de cálcio no intestino, além de ajudar a proteger os adultos mais velhos da osteoporose e atuar na redução de inflamações, nos sistemas neuromuscular e imunológico e no metabolismo da glicose. Sem vitamina D suficiente, os ossos podem se tornar finos e quebradiços”, diz a nutricionista. 

De forma geral, manter o hábito de exposição à luz solar entre às 11h e 13h, sem aplicação de protetor na área exposta, durante um período de 15 a 20 minutos diários, pode auxiliar na manutenção de níveis adequados de vitamina D.

Outro ponto que merece atenção é o cardápio diário. Consumir alimentos ricos em vitamina D, como peixes e ovos, podem ajudar a manter os níveis adequados. A reposição também pode acontecer por meio da suplementação 

“Uma parte da população não consegue se expor ao sol diariamente pelo período e horários adequados, ou, até mesmo, seguir uma dieta mais saudável por conta da rotina. Nesses casos, é preciso entrar com suplementação prescrita por um médico ou nutricionista que pode ser encontrada em cápsulas ou gotas”, pontua Alessandra Feltre.

A Puravida oferece as duas opções para suprir essa necessidade, como o Vitamina D3 Synergy em cápsulas – complexo de vitaminas A, D, K, selênio e magnésio. A empresa também tem o D3 + K2 em gotas, de uso sublingual. Enquanto a vitamina D promove a absorção do cálcio, a K2 direciona o cálcio para ossos e dentes. 

 

Puravida


Neuroimagens comprovam atuação da auriculoterapia no sistema nervoso

A auriculoterapia é uma técnica milenar, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006. A comprovação da efetividade da técnica está descrita em centenas de artigos científicos. Prova de que a auriculoterapia vem sendo amplamente estudada, é que o Consórcio Acadêmico Brasileiro de Saúde Integrativa (CABSIN) e o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde da Organização Pan-Americana da Saúde (Bireme/Opas/OMS) realizam uma série de estudos sobre como a prática contribui para o cuidado de diferentes problemas de saúde. 

Em minha trajetória na auriculoterapia, também venho buscado demonstrar, por meio de estudos, as comprovações científicas dos benefícios da técnica. Com esse intuito, apresentei em diversos congressos, uma pesquisa com neuroimagens em que comprovo a atuação da auriculoterapia no sistema nervoso central. A relevância do estudo foi tamanha, que participei do Congresso Internacional de Acupuntura em Boston, na Universidade de Harvard; no Congresso Internacional de Medicina Tradicional Chinesa, na China; e também em congressos nas cidades de Barcelona, Chicago, Munique e Dubai. Os resultados da pesquisa permitiram observar que a auriculoterapia neurofisiológica, e especialmente os três pontos estudados quando aplicados em conjunto, apresentaram efeitos no sistema nervoso autônomo e foram captados pelo equipamento de neurometria, conforme demonstro no artigo escrito sobre o tema. 

O meu estudo clínico foi realizado com voluntários saudáveis, homens e mulheres na faixa etária de 25 a 55 anos de idade. Eles não faziam uso de medicação contínua, não eram fumantes e nem tinham histórico de doenças. Por meio de sensores conectados nas mãos e na cabeça, o exame de neurometria foi realizado em três pontos do pavilhão auricular e metrificado em três momentos, sendo analisadas as imagens cerebrais aos 15 minutos após a aplicação, após 24 horas e após 48 horas. Durante o monitoramento foi registrado o controle de ansiedade e as variações cardíacas dos voluntários por meio de parâmetros específicos. 

Na pesquisa os voluntários tinham grau de estresse de grave a leve e quadros de exaustão das adrenais. Após 48 horas da aplicação da técnica percebeu-se a redução dos níveis de ansiedade e estresse. Conforme já sabemos a ansiedade está intimamente associada ao sistema nervoso simpático e os indivíduos estudados tinham sintomas compatíveis com estresse e exaustão. Após a aplicação foram percebidas melhoras funcionais e um aumento na atividade dos neurotransmissores, e ao mesmo tempo um estado de relaxamento, controle da ansiedade e também da frequência cardíaca.

 

Lirane Suliano - É cirurgiã-dentista, mestre e doutora pela UFPR. Especialista em Acupuntura e docente da pós-graduação nas áreas de Auriculoterapia, Eletroacupuntura e Laserpuntura, já ministrou aulas para mais de 6 mil alunos, desde 2010, quando iniciou como docente de acupuntura e auriculoterapia em universidades. Autora do livro “Atlas de Auriculoterapia de A a Z”, obra em sua 5ª Edição, é hoje referência no Brasil no ensino dessa técnica, sendo responsável pela criação da pós-graduação em Auriculoterapia Neurofisiológica, na Universidade Focus, em Cascavel, no Paraná, e por cursos on-line, formando profissionais no Brasil e em diversos países, dentre eles, Argentina, Canadá, Alemanha, Irlanda, Itália, Malásia, México, Holanda, Panamá, Portugal, Ruanda, Emirados Árabes, Uruguai e Estados Unidos.


Insuficiência cardíaca afeta mais de 147 mil cariocas

Assiduidade ao tratamento é baixa, mesmo com terapias disponíveis no Sistema Único de Saúde 

 

O Rio de Janeiro possui 147.510[1] pessoas diagnosticadas com insuficiência cardíaca, uma das principais causas de mortalidade e morbidade do mundo[2]. A insuficiência cardíaca é uma doença crônica que chama atenção para a condição grave e atinge, principalmente, a população idosa[3]. Contudo, outros fatores de risco podem ser levados em consideração como sedentarismo, tabagismo, diabetes, hipertensão e predisposição genética[4].

A internação de pacientes com insuficiência cardíaca gera uma perda de 22 bilhões de reais por ano à economia do País, por custos no sistema de saúde e redução de produtividade, tanto do paciente quanto dos cuidadores[5]. O custo médio de internação é de R$ 1.600,00[6] por dia, sendo que o paciente fica em ambiente hospitalar por aproximadamente 10 dias². Além disso, a sobrevida é de 35%, após cinco anos de diagnóstico[7].

A forma mais eficaz de evitar a internação e a abstenção do mercado de trabalho dos pacientes e cuidadores, é a assiduidade no tratamento que, por vezes, é afetada por diversos fatores, dentre eles, econômicos. A boa notícia é que a população carioca tem acesso a tratamentos na farmácia do Sistema Único de Saúde do Rio de Janeiro (SUS-RJ). “Pacientes que estejam com o tratamento interrompido, ou sendo realizado de forma incompleta, devem procurar com urgência a unidade de posto de saúde mais próxima de sua residência e realizar a solicitação ou agendamento com um médico cardiologista”, comenta Dr. Ricardo Mourilhe, Professor Adjunto de Cardiologia e Chefe da Clínica de Insuficiência Cardíaca da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Ainda segundo o especialista, é importante alertar sobre a necessidade da continuidade do tratamento. “Pacientes que deixam de tratar corretamente renunciam à qualidade de vida e estão predispostos a diversos riscos de saúde, que podem ser fatais. Por isso é extremamente importante que o tratamento seja acompanhado por um médico e as medicações sejam utilizadas de forma correta.” 

 

Sobre a insuficiência cardíaca e o tratamento 

A insuficiência cardíaca é uma doença crônica e está presente na vida de cerca de dois milhões de pacientes no Brasil, país onde são diagnosticados 240 mil novos casos por ano, segundo dados do DATASUS2. De acordo com projeções, estima-se que em 2025 o Brasil terá a sexta maior população de idosos[8], o que também deve resultar no aumento dos casos de insuficiência cardíaca.

O paciente de insuficiência cardíaca sofre com a falta do bombeamento correto do sangue, impedindo a sua boa circulação e, por consequência, comprometendo as necessidades do órgão do corpo. Sua origem pode ser dar sedentarismo, má alimentação[9], episódios de infarto, o diabetes, hipertensão, arritmia cardíaca, entre outras enfermidades[10]. Apesar de não haver cura e ser crônica, existem tratamentos disponíveis no Brasil que auxiliam na melhor qualidade de vida[11], realizado através de uma combinação de remédios.

 


[1] Nogueira et al. Acta Fisiatr 2019; 26(1):95-101.

[2] Cardoso, Daniel Madeira, Ferreira, Miriã V S et al. Análise da produção científica mundial sobre insuficiência cardíaca e as tendências de progressão do conhecimento: um estudo bibliométrico. Brazilian Journal of Development 2021, p. 52845. Disponível em: https://brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/30436. Acesso em 24 jun. 2022.

[3] Souza, Marília Pacheco, et al. "Perfil epidemiológico de idosos com insuficiência cardíaca na unidade de terapia intensiva." Revista Enfermagem Contemporânea 6.1 (2017): 42-48.

[4] Biolo, Andréia, and L. E. Rhode. "O impacto dos polimorfismos genéticos e da farmacogenética na avaliação e manejo da insuficiência cardíaca." Rev Soc CardioL RS 3 (2004): 1-5.

[5] Stevens B, Pezzullo L, Verdian L et al. The Economic Burden of Heart Diseases in Brazil. World Congress of Cardiology & Cardiovascular Health 2016 Poster code: PS023.  

[6] Brasil, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. Sistema de Informações Hospitalares-SIH Disponível em https://datasus.saude.gov.br/acesso-a-informacao/producao-hospitalar-sih-sus/ [Acessado em 23 de maio de 2022] .

[7] Comitê Coordenador da Diretriz de Insuficiência Cardíaca Rohde, Luis Eduardo Paim et al. Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda. Arquivos Brasileiros de Cardiologia [online]. 2018, v. 111, n. 3, pp. 436-539. Disponível em: https://doi.org/10.5935/abc.20180190. Acesso em 24 jun. 2022.

[8] Nasri, Fabio. "O envelhecimento populacional no Brasil." Einstein 6.Supl 1 (2008): S4-S6.

[9] Oliveira, Raquel Duarte Medeiros de. Consumo de alimentos ultraprocessados por indivíduos com insuficiência cardíaca atendidos ambulatorialmente. BS thesis. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021.

[10] Gossec L, Smolen JS, Ramiro S et al. European League Against Rheumatism (EULAR) recommendations for the management of psoriatic arthritis with pharmacological therapies: 2015 update. Ann Rheum Dis. 2016 Mar;75(3):499-510.

[11] Guimarães, Jorge Ilha, et al. "Revisão das II Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia para o diagnóstico e tratamento da insuficiência cardíaca." Arquivos Brasileiros de Cardiologia 79 (2002): 1-30.


Médica infectologista alerta para os fatores de risco durante o surto de dengue

Crianças, idosos, gestantes, pessoas com comorbidades, imunossuprimidos e pacientes com reinfecção tendem a ter casos mais agravados


Até junho de 2022, ocorreram 1.172.882 casos prováveis de dengue no Brasil, um aumento de 195,9% se comparado ao mesmo período do ano anterior, segundo o Ministério da Saúde. Do total de casos, a região Centro-Oeste foi a que apresentou maior taxa de incidência da doença, seguida pelas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Norte. 

De acordo com a Dra. Ana Helena A. Figueiredo, médica infectologista parceira da Docway, empresa pioneira em soluções completas de telemedicina, o surto desse ano já era esperado. “O aumento nos casos de dengue é decorrente de um maior índice de chuva, que dessa vez começaram já em dezembro, desencadeando um surto precoce em 2022”, comenta. “Além disso, tivemos o enfraquecimento da vigilância por conta do direcionamento à Covid, resultando em um déficit de atenção e verba para o cuidado contra a dengue”, diz. 

A especialista explica que, no caso de arboviroses, doenças causadas por vírus transmitidos por mosquitos, a probabilidade de infecção está diretamente relacionada a região de moradia ou trabalho do indivíduo. “A proporção de Mata Atlântica remanescente no entorno de áreas urbanas está diretamente relacionada a esses tipos de surtos, tanto no caso da dengue quanto de zica e chicungunha”, aponta. “Em São Paulo, quando comparamos as regiões mais nobres, a área com maior incidência de infecção é nos arredores do Rio Pinheiros e Pacaembu, por ser uma região bem arborizada”, complementa. 

Moradores de áreas socioeconômicas desvalorizadas também se tornam mais vulneráveis à doença, explica a infectologista. “Quando a gente pensa em construções mal organizadas, pensamos em muita água parada. Então a situação socioeconômica também está relacionada a um surto aumentado”, conta a especialista da Docway. 

Já quando o assunto é a gravidade da doença, crianças, idosos, gestantes, pessoas com comorbidades e imunossuprimidos tendem a ter casos mais agravados. “O grande problema nas crianças é a identificação da doença, pois os sintomas são inexpressivos. Já no caso das gestantes, quando há infecção grave, existe o risco de morte fetal e parto prematuro após o terceiro trimestre da gestação”, explica. “Além disso, a dengue tem uma situação específica relaciona a reinfecção, pois quadros de infeção adjacente tendem a ser também mais graves”, aponta. 

O diagnóstico pode ser feito tanto em consultas presenciais quanto via telemedicina. “Dor no corpo, dor de cabeça aguda, afetando principalmente a região dos olhos, e febre alta são os primeiros sinais de dengue”, afirma. Após a confirmação da doença, é papel dos médicos e enfermeiros acompanhar a evolução dos sintomas. “Geralmente, o paciente que vai ficar grave piora depois que a febre passa, por isso o acompanhamento clínico e a consulta de retorno são tão importantes”, finaliza a Dra. Ana Helena A. Figueiredo.


73 milhões de pessoas sofrem com insônia no Brasil

Especialista comenta a influência da alimentação no sono e dá dicas para dormir bem através de uma dieta saudável


 

Segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), mais de 73 milhões de pessoas sofrem de insônia no país. Esse é um distúrbio do sono que se torna cada vez mais comum, principalmente com o aumento do estresse e ansiedade na população. Rosana Simões, especialista em clínica médica que atua nas áreas de Medicina Preventiva, Integrativa e Regenerativa, explica que a condição pode ser motivada por uma série de fatores, combinados ou não, que impedem o paciente de obter uma rotina adequada de sono. Como consequência, diversos aspectos da vida podem ser prejudicados, com interferências na saúde mental e física.

 

O papel da alimentação

 

Rosana, que também é especialista em gastroenterologia, comenta que a alimentação possui uma função essencial para o cérebro, o que pode também influenciar diretamente a saúde do sono. “Se toda a água do cérebro fosse extraída, e ele decomposto em seu conteúdo nutricional, o que sobraria da estrutura? A maior parte do peso de seu cérebro desidratado é composto por gorduras também conhecidas como lipídios. Na matéria remanescente, você encontraria proteínas, aminoácidos, traços de micronutrientes e glicose. O cérebro é mais do que a soma de suas partes nutricionais, obviamente, mas cada componente certamente tem um impacto específico no funcionamento, desenvolvimento, humor e energia”, explica.

 

Como exemplo, Rosana cita aquela apatia após o almoço ou falta de sono quando já é tarde da noite, que pode ser simplesmente o efeito da comida no cérebro. “Embora o cérebro humano constitua apenas 2% do peso do nosso corpo, ele utiliza 20% dos nossos recursos energéticos. A maior parte dessa energia vem dos carboidratos que o nosso corpo transforma em glicose, ou açúcar no sangue. Os lóbulos frontais são tão sensíveis à queda de glicose, que a mudança no funcionamento mental é um dos primeiros sinais de deficiência de nutrientes”, esclarece.

 

Dieta saudável

 

Já que a alimentação é uma das principais formas de prevenir a insônia, Rosana cita alguns tipos de nutrientes que não podem faltar na rotina. “As gorduras ômega-3 e ômega-6 são as mais importantes para o cérebro. Esses ácidos graxos essenciais previnem condições degenerativas do cérebro e devem vir da nossa dieta. Logo, comer alimentos ricos em ômega-3, como nozes, grãos e peixes gordurosos é crucial para a criação e manutenção de membranas celulares”, comenta.

 

Além disso, Rosana ainda fala sobre a importância das proteínas, aminoácidos, entre outros nutrientes. “Os aminoácidos contêm os precursores dos neurotransmissores, mensageiros químicos que carregam sinais entre neurônios, afetando coisas como o humor, sono, atenção e peso. Antioxidantes, em frutas e vegetais, fortalecem o cérebro no combate aos radicais livres, que destroem células cerebrais, permitindo que seu cérebro funcione bem por um longo período de tempo. Enquanto isso, ainda temos os micronutrientes, como as vitaminas B6, B12 e ácido fólico, que previnem contra doenças cerebrais e ao declínio mental. Traços de minerais, como ferro, cobre, zinco e sódio, também são fundamentais para a saúde do cérebro e o desenvolvimento cognitivo inicial das crianças. Uma dieta variada fornece uma mistura balanceada de neurotransmissores e mantém seu ânimo, impedindo que ele vá de um extremo a outro”.

 

Por fim, para manter a capacidade cerebral é fundamental optar por uma dieta variada de alimentos ricos em nutrientes. “Quando se trata do que você morde, mastiga e engole, suas escolhas têm um efeito direto e de longa duração no órgão mais poderoso do seu corpo. Saiba disso e pense antes de errar, ok?”, ressalta. 

 

Fonte: Rosana Simões -  especialista em clínica médica, gastroenterologia, hematologia, transplante de fígado e terapia intensiva. Atualmente, atua com suas especialidades dentro da Medicina Preventiva, Integrativa e Regenerativa. No âmbito acadêmico, possui destaque passando sempre em primeiro lugar em residências médicas renomadas, todas credenciadas pelo MEC.


Varizes pélvicas podem ser diagnóstico diferencial para endometriose

Doença afeta cerca de 15% do público feminino entre 18 e 50 anos, segundo médico especialista

 

A cantora Anitta veio a público por meio das redes sociais e revelou ter sido diagnosticada com endometriose. A doença afeta a mucosa que reveste as paredes internas do útero, conhecida como endométrio, e a faz crescer para fora do órgão, atingindo, por exemplo, os ovários e a bexiga.

Nesse cenário, as varizes pélvicas são um diagnóstico diferencial para a endometriose, pois ambas possuem alguns sintomas similares, como dor crônica na região da pelve e durante a relação sexual. Elas são veias aumentadas e tortuosas na região do útero e dos ovários, que dificultam o retorno venoso, causando dores com duração maior que seis meses.

De acordo com o médico especialista em cirurgia vascular do Hospital Nove de Julho em São Paulo, Dr. Carlos André Vieira, essa doença pode atingir até 15% das mulheres entre 18 e 50 anos. “Além de ser considerada no diagnóstico diferencial para endometriose, doenças inflamatórias pélvicas e cistite intersticial, alguns dos sintomas dessas doenças são semelhantes aos de varizes pélvicas. Infelizmente, apesar de sua alta prevalência, é subdiagnosticada por muitos médicos”, afirma. 

O aparecimento das varizes pélvicas não é perfeitamente explicado. Acredita-se que níveis elevados de estradiol - hormônio que atua no crescimento dos órgãos reprodutivos femininos - podem ser responsáveis pelo surgimento das dores. Isso pode explicar a maior prevalência em gestantes e em mulheres que possuem ovários policísticos. 

Embora a origem primária da doença seja desconhecida, podem existir fatores secundários bem definidos. As síndromes compressivas, em muitos casos, podem ser identificadas e perfeitamente tratadas. “As síndromes compressivas, que acometem as veias na região pélvica, geram dificuldade no retorno venoso do sangue ao coração, levando à dilatação das veias e a formação de varizes”, exemplifica Carlos. 

Dois dos principais exemplos dessas síndromes são a Síndrome de Cockett, em que a veia ilíaca comum esquerda é comprimida pela artéria ilíaca comum direita e a Síndrome de Quebra-nozes (Nutcracker), em que a veia renal esquerda é comprimida também por uma artéria. Ambos, são passíveis de correção endovascular. 

A maioria dos casos diagnosticados são assintomáticos. As varizes pélvicas só são relevantes e só devem ser tratadas quando geram algum sintoma; nesse caso, denomina-se Síndrome Congestiva Pélvica, que apresenta:

  • Dores crônicas na região da pelve (com mais 6 meses de duração); 
  • Alterações no ciclo menstrual; 
  • Dores durante a relação sexual (dispareunia); 
  • Presença de veias varicosas no períneo ou na vulva. 


Como funciona o tratamento?

O diagnóstico acidental é comum quando se está realizando algum exame por qualquer outra causa. Nessa situação, o médico explica que a maioria dos casos não demanda intervenção, pois não se deve tratar exames, mas, sim, o indivíduo. “As repercussões de uma cirurgia desnecessária podem ser piores e, por exemplo, trazer dor a uma pessoa que vivia sem sintomas”, explica Dr. Carlos André. 

Quando há a necessidade de tratamento, o especialista ressalta que existem opções tanto clínicas quanto cirúrgicas. De acordo com ele, o tratamento clínico consiste em supressão ovariana ou medicamentos que induzem a vasoconstrição venosa.

“Se não houver melhora após tratamento clínico, pode ser necessário algum tipo de intervenção. Uma das técnicas seria uma punção para que, com catéteres, se acesse a veia ovariana. Através dela, é feito um procedimento de fechamento dos vasos dilatados, conhecido como embolização”, comenta Vieira. O tratamento também é de baixo risco e, normalmente, é possível receber alta no mesmo dia.

Vale ressaltar que apenas um especialista deve esclarecer se há a necessidade de tratamento ou não. Embora não haja evidência de que seja uma doença com risco de morte aumentado, as varizes pélvicas podem levar a questões físicas e psicológicas que, muitas vezes, são incapacitantes.

“Muitas mulheres têm dores crônicas na região abdominal baixa e na pelve, além de apresentarem alterações menstruais. Isso pode ser importante causa de ansiedade e, em muitos casos, depressão, e consequências nos relacionamentos afetivos”, finaliza Dr. Carlos Vieira. 

  

Dr. Carlos André Pereira Vieira - É médico com 15 anos de experiência (2007). Graduação em medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (2002-2007), fez residência médica em Cirurgia Geral pela Irmandade Santa Casa de São Paulo (2008-2010) e residência em Cirurgia Vascular no Hospital do Servidor Público Estadual (IAMSPE) 2010-2012. Possui Título de Especialista em Cirurgia Vascular, Endovascular e Ecodoppler pela SBACV e CBR desde 2013. Médico titular em cirurgia vascular no Hospital Paulistano de 2012 a 2019. Atualmente, é médico titular no principal hospital do Grupo DASA em São Paulo (Hospital Nove de Julho). Atua em consultório próprio na realização de exames e consultas na Av. Paulista, 91, conj. 307.


Balão intragástrico ou cirurgia bariátrica: quais as indicações de cada procedimento?

Técnicas são seguras e eficazes para promover emagrecimento

 

Arredondando, e sem nenhum trocadilho, 6 em cada 10 brasileiros estão acima do peso considerado ideal, segundo a pesquisa mais recente do Ministério da Saúde, com dados consolidados de 2021. Entre aqueles considerados obesos, com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30, o número dobrou em 15 anos: de 11,86% da população, em 2006, para 22,35%, no último ano.

O problema do ganho de peso nem sempre é estético e pode se relacionar a diversos problemas de saúde, como diabetes, aumento do risco de infarto e inflamações no fígado. Em casos avançados, os especialistas recomendam soluções mais diretas e objetivas, como o balão intragástrico e a cirurgia bariátrica. Mas quando cada um desses procedimentos é mais indicado?

Sem nenhum tipo de corte e, portanto, menos invasivo que uma cirurgia, o balão intragástrico é um equipamento de silicone inserido no estômago do paciente. “Ele proporciona saciedade ao paciente, de forma a pessoa não sente a necessidade de comer com tanta frequência e em grandes quantidades. Consequentemente, diminui o peso na balança”, explica Dr. Leonardo Salles de Almeida, cirurgião bariátrico e do aparelho digestivo do Instituto Mineiro de Obesidade (IMO). A indicação é para pacientes com IMC acima de 35.

O balão é inserido no corpo por meio de um procedimento endoscópico, com sedação, pela boca, ainda vazio. Dentro do estômago, ele é preenchido com um soro e um líquido azul: caso estoure, a urina e as fezes ficarão dessa cor, indicando que o paciente deve procurar o médico para recolocação. “Devido a seu material, o equipamento se adapta facilmente ao corpo, sem necessidade de internação: a pessoa deve apenas repousar na clínica ou no hospital por algumas horas”, informa Salles.

Mas há um período de adaptação, entre três a cinco dias posteriores à aplicação, em que mais de 80% dos pacientes apresentam desconforto abdominal, com sintomas como cólica, náusea, refluxo e vômito. Depois de uma semana, a vida segue o ritmo normal – mas com menos calorias. “A primeira fase tratamento pode durar até seis meses, com perda média de 15% a 20% do peso corporal. Se for necessário, a aplicação pode ser refeita por mais seis meses, totalizando 30% de emagrecimento”, descreve o médico. Nesse período, é importante seguir uma dieta orientada e fazer atividades físicas regularmente.

Já a cirurgia bariátrica, a gastroplastia, reduz, literalmente, o tamanho do estômago e altera sua ligação com o intestino. Ao mudar o formato original do órgão, a técnica impede que o paciente coma a quantidade de alimentos a que estava acostumado. “Para efeito de comparação, o estômago de uma pessoa não operada tem capacidade para consumir entre 1 a 1,5 litro de alimentos. Depois da cirurgia, a quantidade cai para, no máximo 200 mililitros. Ela é indicada a pacientes com IMC acima de 40, ou acima de 35 com doenças associadas à obesidade, como hipertensão e diabetes”, informa o cirurgião bariátrico. Segundo ele, a gastroplastia costuma resultar em redução de 35% a 40% do peso corporal.

Embora seja uma técnica segura, a gastroplastia exige uma avaliação prévia multidisciplinar, para evitar qualquer tipo de risco à vida do paciente. Em alguns casos, quando o IMC está acima de 55, é preciso, primeiro, inserir o balão, para reduzir um pouco do peso e, aí sim, submeter-se à cirurgia. O procedimento prevê anestesia geral e internação de pelo menos três dias. De início, a alimentação consiste apenas em líquidos; depois, por refeições pastosas; por fim, gradualmente, vêm os alimentos sólidos. Todo o processo deve ser rigidamente acompanhado por médico e por um nutricionista. Atividades físicas só são liberadas depois de alguns meses.

Tanto o balão intragástrico quanto a cirurgia bariátrica são muito eficientes para combater a obesidades e as doenças decorrentes dela. “Mas a resposta de qual é a mais recomendada para cada caso só é obtida depois de uma consulta médica individualizada, amparada por exames e pelo histórico familiar”, ressalta Salles.


Como o uso contínuo de medicamentos pode levar ao Alzheimer

 

Quem nunca se automedicou que atire a primeira pedra. Caso se lembre de onde está a pedra. O uso de certos medicamentos, sem um devido monitoramento, pode acarretar em diversos efeitos colaterais, entre eles, o mal de Alzheimer. 

Segundo estimativas, a previsão é que, em 2050, haja um aumento em 150% nos casos de demência e doenças neurodegenerativas, e esse aumento é impulsionado por pacientes que fazem uso contínuo de medicamentos sem acompanhamento periódico. 

Os indivíduos com 16 anos ou mais que tomam medicamentos por conta própria representam 89% da população, conforme pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade em parceria com o Datafolha, revelando um aumento significativo em relação à 2014, quando esse percentual era de 76%. 

Quanto aos pacientes que tomam medicamentos de uso contínuo para tratamento de patologias, sabe-se que é uma parcela alta da população – sendo este um dado alarmante. O acesso a alguns desses medicamentos – uma vez prescrito por um médico – é fácil e, proporcionalmente, incontrolável, por não haver um monitoramento regular do uso prolongado dessa medicação. 

A grande maioria dos remédios podem trazer efeitos colaterais, mas são necessários para cura e/ou tratamento de dores e doenças. Porém, uma classe de medicamentos de uso pontual ou contínuo podem acarretar problemas maiores ao que o paciente quer tratar naquele momento. 

Hoje, três classes de medicamentos precisam de um acompanhamento de perto de um farmacêutico clínico, que, tecnicamente, classificam-os como sendo da família dos “prazóis”, como o Omeprazol e o Pantoprazol – usados para tratamento gástrico; os “pans”, como o Diazepam e o Clonazepam – indicados para crises de ansiedade e tratamento de problemas neurológicos; e as estatinas, usadas para diminuição do colesterol. 

Tais remédios são muito eficazes no que se propõem. No entanto, esses mesmos medicamentos, administrados por um longo tempo, são os grandes responsáveis por aumentar as chances nos pacientes de desenvolver uma doença neurodegenerativa, e, se nada mudar em relação a esse comportamento, estima-se que, em 2050, haja um aumento de 150% desse tipo de patologia.

 A grande maioria dos pacientes, que fazem uso sequencial dessas medicações, não tem conhecimento dos altos riscos que estão se submetendo. Esses remédios podem fazer com que essas pessoas tenham um declínio cognitivo e talvez até recebam o diagnóstico de Alzheimer, por não estar sendo acompanhado por um especialista. 

Por isso, é imprescindível realizar um monitoramento de todos aqueles pacientes que fazem o uso contínuo de medicamentos, e essa função é justamente do farmacêutico clínico, que conhece o indivíduo e analisa os medicamentos que ele administra – e não do médico, que é responsável por diagnosticar a doença e prescrever a medicação. 

 

Luiz Antonio da Assunção - farmacêutico bioquímico, com pós graduação em acompanhamento farmacoterapêutico como também em gastroenterologia funcional e nutrigenômica. @luiz_assuncao_farmaceutico

 

Médico vascular Dr. Gustavo Marcatto explica as causas e tratamentos indicados para as varizes masculinas

            Apesar das mulheres ainda serem mais cuidadosas com as questões da própria saúde, de alguns anos para cá os homens também estão ficando cada vez mais atenciosos e querendo se cuidar mais.

            Um problema muito comum entre as mulheres, mas que também afetam seriamente os homens são as varizes. E disso pouca gente sabe ou se dá conta. E até mesmo eles acabam deixando passar uma coisa que pode se transformar em algo mais sério, muito além da estética.

            As varizes são veias superficiais dilatadas e tortuosas, mais comuns nos membros inferiores, que indicam problemas na circulação de retorno. Como a doença é progressiva e gera sintomas leves, o indivíduo pode demorar anos para descobri-la e tratá-la corretamente. Por isso é muito importante observar sempre.

Essa doença ainda é um tabu, e muitas pessoas não buscam tratamento por medo, vergonha ou falta de informação. “As varizes também podem afetar os homens, sim. E muitos deles têm medo de tratar por achar que só cirurgia resolve o problema. Quanto mais demora o cuidado, mas complicado pode ficar o quadro,” explica Dr. Gustavo Marcatto, médico vascular e referência no tratamento com laser para varizes.

Os homens são menos propensos às varizes pela questão dos hormônios, por não engravidarem e por terem uma musculatura dos membros inferiores, naturalmente mais desenvolvidas do que as mulheres.

“A principal causa das varizes masculinas, então, é a hereditariedade, além de fatores comuns ao problema como sedentarismo, obesidade ou o fato de permanecer muito tempo em pé ou sentados”, explica Dr. Gustavo.

Os principais sintomas são: aparecimento de veias azuladas e muito visíveis, agrupamento de pequenos vasos avermelhados, sensação de peso nas pernas; câimbras, inchaço nas pernas, em especial ao final do dia, sensação de pernas ardendo, “Além de afetar a aparência, a doença causa inchaço, dor, cansaço e pode levar a feridas e até trombose”, detalha o vascular.


Tratamento

O que poucos homens sabem, e muitas mulheres já descobriram há algum tempo, é que é possível tratar varizes sem ter que recorrer à cirurgia, repousos ou pós-operatórios longos. O Dr. Gustavo Marcatto conta que o tratamento de varizes pode ser feito com laser usando técnicas modernas, não invasivas e que necessitam de poucas sessões.

“As técnicas de tratamento para as varizes dos homens e das mulheres são as mesmas. Cada um com sua particularidade, mas, em geral, mantêm os mesmos princípios”, conta Dr. Gustavo.

Ele destaca duas técnicas mais efetivas: a primeira, CLaCS (Cryo Laser & Cryo Sclerotherapy) criada pelo Dr Kasuo Miyake que, guiada pela realidade aumentada, identifica os vasos e utiliza a sinergia entre o laser e a escleroterapia. “É um método seguro que evita em 85% os casos de cirurgia eliminando as varizes e os vasinhos e sem necessidade de internação ou repouso”, pontua Dr. Marcatto.

            A segunda é mais específica para varizes grossas e a veia safena. “Antigamente para tratá-la era preciso fazer cortes na perna e ficar mais de 30 dias de repouso. Hoje, com o Endolaser não há necessidade. O paciente realiza o procedimento na própria clínica e volta para casa andando”, descreve Dr. Gustavo.


25% das brasileiras não sabem quanto tempo os espermatozoides podem sobreviver no organismo, diz estudo

Principalmente as mulheres dos 18 aos 24 anos, com 26% das participantes.

 

Os espermatozoides mais poderosos conseguem sobreviver até 5 dias no organismo feminino. No entanto, isso acontece apenas se eles conseguirem entrar no colo do útero, e não quando eles permanecem no ambiente vaginal regular (nessa região, seu tempo de sobrevivência não passa de duas horas).

Apesar desta informação ser relevante, principalmente para mulheres que têm intenção, ou estão tentando engravidar, 25% das brasileiras não sabem que os espermatozoides mais fortes podem sobreviver por até 5 dias no organismo feminino, se dentro do colo do útero. Principalmente as mulheres dos 18 aos 24 anos, com 26% das participantes. Já entre os homens, 47% desconhecem esta informação, conforme constatou a Famivita em seu mais recente estudo.

Os dados por estado demonstram que no Distrito Federal 42% das participantes não sabem que os espermatozoides mais fortes podem sobreviver por até 5 dias no organismo feminino, se dentro do colo do útero. Em Alagoas, pelo menos 30% das mulheres desconhecem este fato. Já em São Paulo e no Rio de Janeiro, 27% e 23%, respectivamente, não sabem sobre esta informação.

Para as mulheres que estão tentando engravidar, existem alguns recursos que ajudam a segurar o esperma dentro do colo do útero, como é o caso do SpermiFica. Ele atua como um promotor da fecundação, permitindo que os espermatozoides se movam em apenas uma direção: o óvulo, dando uma ajudinha para quem busca engravidar. Conforme demonstra um estudo publicado no Journal of Pregnancy and Newborncare, na Holanda, um auxiliar para concepção aumentou as chances de concepção para 48% das participantes.


Inverno e resfriado: quando levar o bebê ao médico?

A MAM Baby reuniu orientações que podem facilitar os cuidados e garantir que os pequenos permaneçam saudáveis no período mais frio do ano 

 

No inverno, é muito importante que os pais fiquem ainda mais atentos à saúde dos bebês, que sentem os impactos das baixas temperaturas, das amplitudes térmicas e do clima mais seco. Muitas vezes, surgem dúvidas com relação ao momento de buscar um atendimento no pronto-socorro, ou manter os cuidados em casa, com a orientação de um pediatra. 

Por esse motivo, a MAM Baby, marca especialista em bebês, reuniu essas e outras dúvidas de pais e mães e convidou Thiago Caldi, pneumopediatra e influenciador digital na área da saúde, para responder e gerar informações úteis sobre como curtir o friozinho em família de maneira segura, em uma live realizada no dia 18 de julho.

Segundo o médico, as doenças mais comuns no inverno são resfriados, pneumonias, otites, sinusites, bronquites etc. Apesar de serem doenças com possibilidade de evolução para casos graves, por vezes, é possível manter os cuidados em casa, com o apoio de um profissional, e evitar novos contágios no pronto-socorro.  

Dr. Caldi explica que essa decisão também depende da idade do bebê. No caso de recém-nascidos, entre 1 e 3 meses, qualquer quadro de febre já indica necessidade de buscar um médico, uma vez que, nessa faixa etária, o sistema imunológico ainda é muito frágil, e o cronograma de vacinação, muitas vezes, nem sequer foi iniciado. 

“Nos casos de bebês maiores, após o início da vacinação e com o sistema imunológico fortalecido, os pais devem recorrer ao hospital, ao perceber sintomas como respiração ofegante, extremidades roxas, dificuldade para a ingestão de líquido, prostração e sonolência”, explica o especialista. “Caso a criança esteja com febre alta e brincando normalmente, os pais podem administrar os remédios em casa e evitar uma exposição desnecessária”, completa. 

Durante a live, que foi moderada pela influenciadora Silvia Faro, jornalista e criadora do canal Mãe de Primeira Viagem, Dr. Caldi também explicou que crianças saudáveis, isto é, com o sistema imunológico funcionando normalmente, podem ter de oito a dez infecções por ano e, em cada uma delas, ter um quadro de tosse que pode durar até 21 dias. 

“Apesar de o resfriado e outras doenças respiratórias serem um revés na rotina da família, não é necessário que os cuidadores fiquem extremamente preocupados em todas as ocorrências. A imunidade está em construção durante a infância. Assim, é normal que os pequenos tenham algum tipo de infecção com mais frequência do que nós, adultos”, ilustra o médico. 

Para evitar as infecções, Dr. Caldi indica ações simples como a lavagem frequente das mãos, cronograma de vacinação completo, hidratação, lavagem nasal, preferência a locais abertos e manutenção de uma dieta equilibrada. Durante a live, o pneumopediatra também trouxe insights que desmistificam tabus relacionados à pneumologia pediátrica, com dicas práticas e eficientes para manter os bebês saudáveis e protegidos durante o inverno. O bate-papo completo está disponível no Instagram da MAM Baby


Posts mais acessados