Pesquisar no Blog

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Cirurgia de catarata pode tornar a direção mais segura


Embora muitas vezes seja essencial para preservar a visão em pacientes idosos, uma nova pesquisa descobriu que a cirurgia de catarata pode render grandes dividendos em termos de melhorar a segurança de um paciente ao dirigir um veículo



A capacidade da cirurgia de catarata para restaurar a visão é bem conhecida.  Os pacientes que já fizeram o procedimento relatam ficar  impressionados com a “vibração” das cores após a cirurgia e com a melhoria da visão noturna. Alguns podem até reduzir sua dependência de óculos. Mas será que é possível quantificar essa qualidade de visão aprimorada?

Para descobrir, pesquisadores da Austrália usaram um simulador de direção para testar a visão dos pacientes antes e depois da cirurgia de catarata. Eles descobriram que os “quase acidentes” e os acidentes diminuíram em 48% após a cirurgia. Os pesquisadores apresentaram o estudo durante a Reunião Anual da Academia Americana de Oftalmologia, 2019.

“A catarata é uma consequência normal do envelhecimento. A doença se desenvolve gradualmente, ao longo dos anos, à medida que o cristalino se torna turvo. Às vezes, é difícil distinguir os efeitos de uma catarata em desenvolvimento de outras alterações na visão relacionadas à idade. Com o envelhecimento, você pode ficar mais míope; as cores parecem mais sombrias e o brilho das luzes dificulta a visualização à noite. Aos 80 anos, cerca de metade de nós terá desenvolvido catarata”, explica o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do Instituto de Moléstias Oculares, IMO.

A cirurgia de catarata substitui o cristalino por uma lente artificial. A cirurgia é de baixo risco e eficaz. Mas nem todos fazem esta cirurgia imediatamente após  o diagnóstico. A decisão geralmente se baseia em quanto a catarata está interferindo nas atividades da vida diária. Oftalmologistas normalmente operam um olho por vez, começando com a catarata mais densa. Se a cirurgia for bem-sucedida e a visão melhorar substancialmente, opera-se o segundo olho. “No entanto, a maioria das pessoas obtém benefícios significativos com a cirurgia no segundo olho. A percepção de profundidade é aprimorada, a visão torna-se mais nítida, facilitando a leitura e a direção”, afirma Virgílio Centurion.


Benefícios da cirurgia

Para entender melhor os verdadeiros benefícios da cirurgia de catarata para a qualidade de vida dos pacientes, Jonathon Ng e seus colegas da Universidade da Austrália Ocidental, testaram o desempenho da condução de 44 pacientes antes da cirurgia de catarata. O simulador de direção avaliou uma variedade de variáveis: limites de velocidade ajustados, densidades de tráfego, cruzamentos não controlados e travessias de pedestres.

Os pacientes foram submetidos ao simulador de direção novamente após a primeira cirurgia de catarata e depois novamente, após a cirurgia do segundo olho. Após a cirurgia do primeiro olho, os “quase acidentes” e acidentes diminuíram em 35%; após a segunda cirurgia, o número caiu para 48%.

“A acuidade visual é um método importante para avaliar a aptidão de uma pessoa para dirigir, mas é uma avaliação incompleta. A qualidade da visão também é um indicador importante. Maior sensibilidade ao contraste e melhor visão noturna aumentam a segurança do motorista na estrada”, defende Centurion.

Os resultados deste estudo australiano destacam a importância da cirurgia de catarata oportuna na manutenção da segurança e da mobilidade/ independência  dos motoristas idosos.





IMO-Instituto de Moléstias Oculares
Fanpage: @imosaudeocular
Instagram:@imosaudeocular

Campanha do Câncer de Pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia registra mais de 4 mil casos da doença no Brasil



Dermatologistas realizaram milhares de atendimentos gratuitos à população 



As estatísticas da 21ª Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele mostram que o brasileiro ainda não se protege adequadamente do sol: 63,05% das pessoas se expõem sem qualquer proteção. No total, 22.749 pessoas foram atendidas gratuitamente em 123 serviços de saúde do país, no primeiro sábado de dezembro (7/12), sendo diagnosticados 4.197 casos de câncer da pele. A iniciativa abriu a programação do #DezembroLaranja, mês de prevenção ao câncer da pele, que objetiva difundir informações para o diagnóstico precoce, por meio do cuidado com o corpo, ao observar sinais e pintas suspeitas, além de desconstruir a cultura de que só devemos prestar atenção em outros tipos do tumor.  

Durante o atendimento foram observados 2.744 casos de carcinoma basocelular (CBC), seguido do carcinoma espinocelular (CEC), com 835, e do melanoma, com 420 casos, além de 198 outros tumores malignos. Houve 3.894 agendamentos em serviços de saúde para acompanhamento dos casos detectados.  

A campanha que leva Informação e atendimento à população, também ilumina de laranja monumentos nacionais, realiza divulgação extensiva, firma parceria com entidades públicas e privadas e engaja personalidades para amplificar o Dezembro Laranja. Com o lema "Um sinal pode ser câncer de pele", a ação continua ao longo do ano alertando a população sobre as medidas de fotoproteção, bem como a necessidade de se consultar regularmente com um médico dermatologista. 

Segundo Sérgio Palma, presidente da SBD, “é preciso conscientizar as pessoas sobre o câncer da pele a partir da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado com o médico dermatologista. A exemplo das edições anteriores, a SBD mobilizou o país inteiro em prol desse movimento de educação em saúde. O câncer de pele é uma das doenças que mais acometem a população mundial, e seu tratamento é da competência do médico dermatologista”, conclui. 


Câncer não melanoma e melanoma 
 
O câncer não melanoma mais frequente no Brasil em ambos os sexos é também o menos grave, mas pode causar deformações. “A exposição excessiva ao sol é a principal causa da doença. Já o melanoma é a forma mais grave. Ocorre mais raramente e pode levar à morte. Ambos têm cura se forem descobertos logo no início, explica Elimar Gomes, Coordenador Nacional da ação. 

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele não melanoma é o mais incidente em homens nas regiões Sul (160,08/100 mil), Sudeste (89,80/100 mil) e Centro-Oeste (69,27/100 mil). Já no Nordeste (53,75/100 mil) e Norte (23,74/100 mil), encontra-se na segunda posição. Entre as mulheres, é o mais comum em todas as regiões do país, com um risco estimado de 97,46/100 mil na região Sul; 95,16/100 mil, na Sudeste; 92,66/100 mil, na Centro-Oeste; 45,59/100 mil na região Nordeste; e 27,71/100 mil na região Norte.  

Quanto ao melanoma, sua letalidade é elevada, entretanto a ocorrência é baixa, considerando todos os órgãos afetados pelo câncer (2.920 casos novos em homens e 3.340 casos novos em mulheres por ano). As maiores taxas estimadas em homens e mulheres são verificadas na região Sul.  


Aplicativo para auxiliar a estatística 

Pela primeira vez, a fim de otimizar o processo de compilação de dados de atendimento realizada pelos dermatologistas nos postos de saúde do país, a SBD utilizou um aplicativo, que monitorou em tempo real as principais informações obtidas na campanha, como números dos diferentes tipos de câncer da pele e de atendimentos nos Serviços participantes, entre outros.  

Além de agilizar a coleta de dados e produzir relatórios mais eficientes, a inovação trouxe mais confiabilidade à ação da entidade. Por meio de uma ferramenta moderna e de simples uso, a compilação dos números de atendimento da campanha nacional de câncer da pele foi acelerada, contribuindo na divulgação dos resultados e na participação da Sociedade Brasileira de Dermatologia no desenvolvimento de políticas públicas de saúde voltadas para o enfrentamento da doença. 

“O controle do câncer da pele é um desafio para a saúde brasileira, e a Sociedade Brasileira de Dermatologia atuou conjuntamente na construção de estratégias de prevenção da doença que envolvessem não apenas o dia de atendimento à população, mas que também promovessem a disseminação da informação, e especial atenção aos grupos populacionais mais suscetíveis à doença, como as pessoas de idade mais avançada”, diz Sergio Palma, presidente da SBD. 

Como identificar precocemente o Transtorno do Espectro Autista (TEA)?


     O Transtorno do Espectro Autista é uma condição do neurodesenvolvimento, de início precoce caracterizado por prejuízos na comunicação, interação social associado a comportamentos restritos, repetitivos e estereotipados, geralmente associado a alterações sensoriais. A prevalência estimada é de 1 a 2% em todo o mundo. Estima-se mais de 2 milhões de autistas no Brasil, porém teremos uma estatística mais real possivelmente após dados do Censo 2020 (o autismo foi recentemente incluído no Censo). A incidência é maior em meninos em uma proporção de 4:1.

    Conhecer as principais características deste transtorno é essencial para que os pais estejam atentos e não hesitem em buscar ajuda especializada tão logo notem algum dos sinais de alerta em seus filhos. Nos primeiros meses de vida, algumas mães já observam uma estranheza em seu bebê, que parece não procurar contato visual quando está sendo amamentado, não se acalenta no colo ou no seio materno. São bebês que podem ficar por horas quietos com o olhar “perdido” ou chorar excessivamente sem motivo aparente; podem não apresentar sorriso social; não reconhecer o som do seu nome, a voz dos pais ou pessoas próximas e não se importar quando os pais saem do seu campo visual.

    Alguns pais relatam que a criança brinca bem, mas geralmente sozinha. Quando há outra criança ou adulto, até brincam junto, mas não há troca entre eles, não há a procura do outro para brincar. E, algo a se atentar é também a utilização do brinquedo de forma inusitada.

     Eles observam, já no primeiro ano de vida, que a criança fica mexendo com as mãos ou dedinhos de forma peculiar; ficam fascinados por algo em movimento, que gire (rodinhas, ventiladores); ou assistem a um único desenho ou filme. Nestes primeiros meses, gritos ou sons sem contextos e atrasos nos marcos do desenvolvimento motor, como sentar, engatinhar, ficar em pé, são frequentes, assim como andar na ponta dos pés de forma aleatória.

     Os prejuízos na comunicação nem sempre evolvem atrasos na fala propriamente dita, mas comprometimentos na linguagem expressiva (habilidade em apontar, dar “tchau”, gestos com função comunicativa), linguagem receptiva (compreender linguagem corporal, o que está sendo dito) e dificuldade em compreender linguagem figurada (expressões faciais, gírias, piadas). Alguns adquirem linguagem dentro dos marcos do desenvolvimento, mas com particularidades como vocabulário rebuscado, repetitivo e monótono, inversão pronominal; outros chegam a adquirir a linguagem verbal e em algum momento, perdem essa habilidade. Ecolalia que é repetição de palavras ou frases sem função, costuma ser frequente.
 
    Alterações no processamento sensorial comumente encontradas no autismo podem se apresentar como hiper ou hipossensibilidade relacionadas às nossas entradas sensoriais (visão, audição, olfato, paladar, tato) e à propriocepção. Comportamentos restritos, rígidos e estereotipados se apresentam por exemplo, como baixa tolerância a frustrações, dificuldades com mudanças de rotina. Estereotipias são movimentos repetitivos, ritmados e sem função para quem observa, mas para pessoas com autismo, são uma maneira de autorregulação ou auto estimulação; podem ser motoras ou verbais. Em torno de 30% apresentam algum prejuízo na cognição, porém, temos aqueles com alto QI e altas habilidades.

    À medida que a criança cresce, as dificuldades na interação social, especialmente com os pares (da mesma idade) vai ficando mais evidente porque as demandas sociais aumentam. A escola ou a creche nesta primeira infância passa a ter um papel crucial na identificação de padrões não habituais de comportamento e de linguagem.

     Em alguns casos, os sinais não são tão facilmente identificados por serem mais brandos. Há casos, também, em que a criança apresenta um desenvolvimento normal nos primeiros anos de vida, sorri, mantém contato visual, interage, já fala algumas palavras, dá “tchau”… E, de repente, os pais relatam que seu (ua) filho(a) ficou “diferente”, que se fechou em mundo próprio, deixou de fazer o que já havia adquirido.

    Há uma grande possibilidade sintomatológica e cada criança é única. Não iremos observar todos os sinais e sintomas característicos, porém, quando houver prejuízos nas interações sociais, no comportamento, na comunicação e/ou perda de habilidades já adquiridas; o quadro merece investigação e intervenção imediatas para favorecer o desenvolvimento da criança, bem como sua qualidade de vida e de sua família.

    O diagnóstico é iminentemente clínico, baseados no “Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders” (DSM-V). O tratamento deve ser multiprofissional, interdisciplinar e individualizado para atender às necessidades específicas de cada criança e adolescente e assim, promover seu desenvolvimento em toda a sua potencialidade. Todos nós para nos desenvolvermos de maneira saudável, necessitamos de apoio, acolhimento, tolerância, respeito e muito amor.



Deborah Kerches (CRM 102717-SP) - Neuropediatra especialista em Transtorno do Espectro Autista (TEA), diretora do Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil de Piracicaba, membro da Sociedade Brasileira de Neuropediatria, da Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil (ABENEPI), da Academia Brasileira de Neurologia e da Sociedade Brasileira de Cefaleia. Além de ser palestrante e preceptora do Programa de Residência Médica em Pediatria da Prefeitura do Município de Piracicaba com Especialização em Preceptoria pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês.Também ministra cursos e workshops sobre os mais variados temas ligados a Neuropediatria, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Saúde Mental Infanto Juvenil.

A Força do Comprometimento



A educação formal realizada por instituições de ensino não é tarefa individual, e sim coletiva. Isoladamente, ainda que haja competência e boas intenções, os resultados do trabalho educacional são quase sempre limitados. Uma escola se distingue de outra em virtude do maior ou menor grau de comprometimento entre professor e escola, entre professor e aluno, escola e família, entre alunos, professores. Quando essas relações estão desafinadas, por melhor que seja o desempenho particular de cada indivíduo, sempre haverá perdas.

Mais do que energia, a atividade educativa necessita de sinergia. Um grande desafio da gestão é atingir alto nível de comprometimento das pessoas em relação aos objetivos de uma escola. Não se trata de um compromisso, que é entendido e relacionado apenas àquilo que é feito, o comprometimento refere-se a como se faz, ou seja, este último é composto do que se faz e como se faz. Assim sendo, o comprometimento é mais amplo e, consequentemente, mais valioso que o compromisso.

O comprometimento inclui movimento ativo por parte do sujeito; estar comprometido com determinado objetivo significa total envolvimento voluntário – não existe sem que haja vontade particular, sem a disposição em realizar algo. Comprometimento é um contrato que se faz consigo mesmo, cuja cláusula principal é oferecer aquilo que há de mais refinado em si, para atingir um objetivo comum a todos (ou não).

As conquistas, assim como o sucesso em gestão, surgem essencialmente no campo da aspiração, da intenção, na imaginação – e se realizam por meio do comprometimento com essa utopia. Pessoas comprometidas são decididas, ousadas. É necessária, evidentemente, sempre uma boa dose de otimismo, coragem e entusiasmo quando se está genuinamente comprometido com um propósito. Sem essas características, possivelmente existirá apenas envolvimento.

Não raro se ecoa a máxima de que é preciso que todos vistam a camisa da instituição. A ideia de vestir a camisa parece mais conversa de gente apenas envolvida que quer aparentar ser comprometida! Quando se está verdadeiramente comprometido com um projeto, a camisa que se vai usar é o que menos importa. Relevante mesmo será é o sentimento percorrendo nas veias e irrigando o coração a ponto de fazer mover algo com que se está empenhado. É fundamental trocar a camisa todos os dias, às vezes até mais de uma vez por dia. Saber compor a melhor vestimenta, eis um diferencial de quem é comprometido! 





Milena Kendrick Fiuza - gerente pedagógica do Sistema Positivo de Ensino

Como estimular o companheirismo e o respeito entre irmãos



 A relação entre irmãos é um dos mais especiais dentro do universo das relações afetivas. Os irmãos têm uma importância fundamental no desenvolvimento da personalidade, na formação de vínculos duradouros e no aprendizado mútuo, habilidades que irão repercutir na vida futura. Além do laço sanguíneo, é possível observar uma forte ligação afetiva, estabelecida pela convivência e compartilhamento de experiências do cotidiano.

Os benefícios gerados pelo vínculo entre irmãos são diferentes em cada fase da vida. Na primeira infância, por exemplo, a ligação fraterna desenvolve diversas habilidades emocionais, além de encarar processos mais desafiadores, como o fato de precisarem lidar com as diferenças individuais. Aprender a respeitar o outro, com as suas próprias características, é um bom exercício de empatia, uma habilidade socioemocional essencial a ser praticada nos dias atuais.

Nos momentos em que as discrepâncias de idade entre irmãos e as diferenças individuais vierem à tona, causando possíveis conflitos, é essencial que os pais estejam presentes. O papel da família é o de atuar como mediadora, ensinando as crianças a lidarem da melhor forma com sentimentos e emoções que, dependendo da idade, os pequenos ainda estão aprendendo a superar. Esses sentimentos podem incluir ciúme, inveja, raiva, entre outros sentimentos.

É importante que na mediação com os filhos, os pais evitem tomar partido de um dos seus filhos, para não ampliar uma rivalidade desnecessária. Deve-se evitar a comparação entre os irmãos, pois cada indivíduo mesmo que inserido em um ambiente comum, vai reagir de maneira única, de acordo com os seus recursos internos e habilidades. O ideal é que os filhos sintam-se ouvidos, acolhidos em suas queixas, mas que os pais estimulem e acompanhem a resolução dos conflitos. Irmãos naturalmente disputam o afeto, a atenção e o espaço na família.  Este processo é fundamental no desenvolvimento da autoestima, autonomia e fornece elementos para ampliação da interação social.

Algumas atitudes são capazes de fortalecer o vínculo fraterno, como incentivar atividades em conjunto, compartilhamento de brinquedos, passeios e práticas de atividades físicas. Desta forma, eles podem se tornar companheiros. É importante lembrar que conflitos  é algo esperado, o que vai fazer a diferença é a postura dos pais diante de uma circunstância como esta. É aconselhável sempre tentar estabelecer o diálogo, valorizar e reforçar as características positivas de cada irmão e da relação entre eles, e ajudá-los a refletir sobre os fatos que geraram conflitos, procurando a responsabilização que cabe a cada um dos envolvidos.

Quando os pais oferecem um bom exemplo, estimulando a escuta e a compreensão do outro, os filhos assimilam e internalizam esse comportamento. Com isso, há uma facilidade de resolução de conflitos, o que reverbera em um amadurecimento das relações como um todo.

Se os pais interveem de forma adequada com essas emoções, trazem para os filhos uma maturidade de atuação que vai refletir em um melhor preparo das crianças diante desses sentimentos. Assim, à medida que crescem, têm maior probabilidade de serem adultos emocionalmente mais saudáveis e capazes de lidar de forma mais madura com os seus sentimentos e relacionamentos.




Robinson de Vargas - especialista em Dinâmica de Grupos e Gestão de Pessoas e coordenador do Ensino Fundamental Anos Finais e do Ensino Médio no Colégio Marista

A inclusão começa em casa


Depois de anos trabalhando em salas de aula, não foi surpresa para mim a constatação, por meio de pesquisa, de que uma das grandes barreiras enfrentadas no processo inclusivo de crianças com necessidades educativas especiais, era oriunda das próprias famílias. Pais simplesmente não aceitavam a condição dos filhos e não passavam informações para a escola. Eram frequentes os casos em que os pais omitiam questões sobre a saúde dos filhos. Eles conheciam as escolas no período de matrículas (sem as crianças), faziam muitas indagações acerca dos processos pedagógicos, mas apenas no primeiro dia de aula que a professora conhecia a criança e se deparava com a deficiência aparente. Casos evidentes, como a síndrome de Down, hidrocefalia ou até deficiência visual eram ignorados pelos pais no contato anterior com a escola. 

Devido a observações realizadas acerca do comportamento e do baixo rendimento, quando a escola realizava a primeira reunião com os pais, trazendo relatos e solicitando auxílio de um pediatra, é que alguns casos eram desvendados: autismo, síndromes comportamentais, entre outros. Havia ainda relatos de que, mesmo diante dos dados levantados pela escola, os pais se posicionavam contra buscar ajuda pediátrica e diziam que seu filho era “normal”, que a escola anterior nunca disse o contrário. Quando, na verdade, a busca dessas famílias por novas escolas é dada justamente pelo fato de não aceitarem o posicionamento da escola anterior e de laudos já realizados por especialistas.

Ainda hoje recebo relatos de que, infelizmente, os dados da pesquisa, feita há mais de uma década, ainda são atuais e reais. Ainda que apresentemos progresso nas leis e que elas assegurem maior acessibilidade aos lugares sociais e às escolas, há muito ainda para avançar. Não bastam mudanças arquitetônicas: rampas com largura mínima de 80 cm, área de circulação nas salas permitindo rotação de 360 graus, lousas instaladas a uma distância de 90 cm do chão, elevadores. As mudanças precisam ser internas, de concepção, de paradigma, de reeducação, de convivência, de aceitação, de respeito.

É insuficiente oferecer capacitação somente aos gestores, professores e funcionários. Toda comunidade escolar deve ser preparada para essa realidade, inclusive alunos e seus familiares, com ou sem deficiência. A escola só é inclusiva quando todos caminham na mesma direção, respeitando e convivendo com as diferenças, dando o apoio e suporte necessários para que a comunidade escolar possa ter acesso às informações necessárias e contribua com essa caminhada.  

Com base no que traz a Constituição Federal de 1988 e o estatuto da Criança e do Adolescente, o discurso entre escola e família precisa ser aberto e transparente. A indicação da escola deve ser sempre a busca pelo pediatra, e é esse profissional que fará a indicação para demais especialistas como neurologistas, fonoaudiólogos, psicólogos, entre outros. Lembrando que somos educadores, não podemos opinar no achismo: “acho que é autista porque não brinca com outras crianças”. Deixemos os laudos para os profissionais da saúde. 

Podemos reunir dados que facilitarão o laudo, mas não podemos fazê-lo.

As escolas precisam se posicionar baseadas nas leis, sendo seu dever assegurar que qualquer diagnóstico seja realizado da forma mais precoce possível, a fim de que a criança tenha a assistência necessária para desenvolver habilidades e ter sua aprendizagem respeitada. Família e escola precisam estar de mãos dadas. 




Ceres Costa Rosa - professora, pedagoga, especialista em Metodologia de Ensino e em Gestão Escolar, mestre em Organizações e Desenvolvimento - Sustentabilidade Social , com ênfase em Inclusão Escolar e coordenadora pedagógica regional do Sistema Positivo de Ensino.

VOCÊ SABE DIZER NÃO AO SEU FILHO?



A educação dos filhos permanece sendo um desafio que exige atenção, dedicação e, sobretudo, muito carinho. Invariavelmente, o ritmo estressante do dia a dia nos envolve de tal modo, que nos afastamos da família e dos filhos sem ter a real percepção do quanto, quando e como a educação se dá.

A falta da companhia dos pais junto a seus filhos, uma ausência que tem se tornado regra e não exceção, e o déficit em quantidade e qualidade na relação familiar, contribuem para que o afastamento físico se transforme num afastamento socioemocional com consequências diversas, que podem se manifestar no presente, mas também no futuro.

Conciliar os compromissos profissionais e familiares nunca foi tarefa fácil, mas o gerenciamento do tempo tem se mostrado fundamental, no sentido de cultivar uma boa relação com a família, o que demanda aprimorar a quantidade e, principalmente, a qualidade dessa relação entre os seus membros. Diante da inaptidão para cuidar dessa realidade relacional; muitos pais mergulham nos seus afazeres, visando suprir materialmente e com atividades excessivas a ausência no relacionamento afetivo com os filhos.

Nunca é demais lembrar que as crianças aprendem também por imitação, observando nossas atitudes, a expressão de nossos valores e ouvindo nossas palavras. As crianças, desde cedo, aprendem o tempo todo com sua família, sobretudo, pelo exemplo, pelo modo como os adultos agem e como lidam com os problemas. Não raras vezes, as famílias podem formar “pequenos tiranos” – crianças que não pedem, simplesmente exigem. Tal conduta dá margem para que elas cresçam desrespeitando seus professores, avós, babás, cuidadoras e outras pessoas de sua convivência. “Nascem” crianças que mandam em seus pais, com ansiedade demais e uma impaciência tal que, normalmente, elas gritam e reclamam de qualquer esforço, pois abdicaram de cultivar bons hábitos e as virtudes mais básicas da cidadania.

Contra esse caótico déficit de interioridade, eu acredito na força educativa dos pais para formar filhos saudáveis e equilibrados. As ações e valores cultivados no seio familiar são singulares no desenvolvimento do caráter e da personalidade das crianças. Negligenciar esse tempo de aperfeiçoamento do caráter pode nos aproximar, perigosamente, de um modo de ser, como dizia Zygmunt Bauman: “Em que esquecemos o amor, a amizade, os sentimentos, o trabalho bem feito. Assim, o que se consome, o que se compra são apenas sedativos morais que tranquilizam nossos escrúpulos éticos”.

Hoje, uma das ações mais desafiadoras para os pais no ambiente familiar é estimular seus filhos à aprendizagem socioemocional e ao estabelecimento de relações sociais e afetivas ainda melhores. Em parte, esse aprendizado não pode ser distorcido com permissividades demasiadas, a ponto dos pais se sentirem culpados quando dizem um “não” ao filho ou, ainda, dos pais errarem ao não agir com firmeza na educação deles, deixando-os livres para fazerem o que bem entendem.

Pais permissivos demais, seja pela falta de tempo ou pelo amor dedicado sem qualquer discernimento, correm o risco de não contribuir a contento na educação dos filhos, pura e simplesmente por não exercerem a sua natural autoridade de adultos na relação, o que impacta na formação da criança e na convivência familiar. Assim, formam filhos com comportamentos inadequados, que só sabem reagir com choro, raiva ou palavras desqualificadas.

O esforço cotidiano no lar deve ser o de ensinar as crianças a serem responsáveis, a dormirem no horário adequado, a verem programas construtivos na TV, a terem tempo reservado para estudar, a guardarem seus brinquedos, a cuidarem de seus pertences, dentre outras ações que requerem um esforço conjunto, reforçando a parceria família-escola.

Ao cumprirem bem a missão de educar os seus filhos, os pais colaboram para que pessoas melhores construam um mundo melhor, com seres humanos mais equilibrados e responsáveis.





Sueli Bravi Conte - educadora, psicopedagoga, doutoranda em Neurociência e mantenedora do Colégio Renovação, instituição de ensino com 35 anos de atividades que atua da Educação Infantil ao Ensino Médio.

Ouvir o que crianças têm a dizer pode ampliar aprendizado


Com a pedagogia da escuta, alunos ganham protagonismo


Dar voz às crianças e desenvolver a escuta sensível são dois princípios que norteiam a Pedagogia da Escuta, uma abordagem acolhedora que tem ganhado cada vez mais espaço na Educação Infantil. Aqui, o entendimento é de que as crianças têm o direito de serem ouvidas, com assuntos importantes a nos dizer e contar, mas não usam da verbalização espontânea como os adultos, explica a coordenadora do Segmento da Educação Infantil do Colégio Marista Cascavel, Rafaelly Carvalho da Silva Molina. “Elas se comunicam de múltiplas formas, seja textualmente ou corporalmente, por isso o desafio de compreendê-las muitas vezes pode se tornar difícil”, orienta.  

De acordo com a coordenadora, a sensibilidade de perceber o que a criança tem a nos dizer fez com que o ato de escutar fosse investigado com maior atenção e cuidado. “Atualmente, fala-se muito que a criança necessita exercer o protagonismo para aprender a fazer leituras do mundo e, com isso, construir significados, principalmente para ressignificar o mundo que a rodeia”. 


Somente dando oportunidades para que essa escuta seja exercida é que o desenvolvimento integral e intelectual da criança poderá ser impulsionado, transcendendo seus conhecimentos. Confira algumas dicas:

·         Principalmente na fase da primeira infância, permitir que a criança verbalize, se comunique de diversas formas, é primordial para que ela se expresse com segurança. 

·         A família e a escola têm um papel importante nesse processo de mediação na construção do pensamento. As tentativas e formas que são utilizadas para isso dependem exclusivamente da sensibilidade do adulto para encorajar a criança nas escolhas, oferecendo oportunidades para a independência e interdependência. 

·         Para adotar a escuta ativa é preciso estabelecer uma comunicação efetiva, se agachando na mesma altura da criança e olhando nos olhos. Assim, as crianças sentem que estão sendo ouvidas e compreendidas. 

·         oferecer tempo para a criança pensar, interagir, se relacionar e estabelecer conexões é outro ponto muito importante. Isso significa reconhecer que uma ampla série de oportunidades devem estar disponíveis para apoiar a participação das crianças, respeitando assim seu potencial.




Rede Marista de Colégios (RMC)
www.colegiosmaristas.com.br

Foco total no processo de alfabetização



Com a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Fundamental, o processo de alfabetização a partir de agora deverá ser efetivado no final do 2º ano e não mais no 3º ano. A medida gerou certa polêmica quando foi aprovada, em 2017. No entanto, algumas escolas já vinham trabalhando com o foco de alfabetizar as crianças até os 7 anos de idade.

Pesquisas neurocientíficas apontam que aos 6 anos de idade a criança já pode ser incluída no processo sistemático de alfabetização, no entanto, o caminho utilizado para alfabetizar pode ser iniciado bem antes, já aos 2 anos. Nesta fase, ela pode ser estimulada com cores, sons, letras, trabalho da coordenação motora e outras ferramentas, de forma lúdica. Esse exercício constante é realizado para abrir uma janela no sistema cognitivo dos pequenos, possibilitando a assimilação do que é ensinado.

É importante promover a etapa da estimulação lúdica para preparar melhor a criança ao contato com a leitura e a escrita. Assim, por volta dos 6 anos, esse processo ocorrerá de forma mais efetiva e complexa se efetivando no 2º ano do Ensino Fundamental. É a partir dessa idade que as sílabas mais complexas e as dificuldades de ortografia podem ser trabalhadas com mais ênfase, aumentando o repertório da criança.

Alfabetizar significa ensinar a criança a codificar e decodificar o código da língua escrita. Portanto, ela irá aprender as características da tecnologia da escrita, que inclui letras, números e acentuação, e a maneira como ela é estruturada. No processo de alfabetização, por exemplo, mostram-se de que forma as sílabas se juntam para formar palavras, e assim por diante até a construção de um texto. Isto é, a alfabetização é o resultado do processo gradativo da construção e desenvolvimento da oralidade e escrita passando também pela coordenação motora.




Teresa Cristina Citelli Coordenadora do Ensino Fundamental Anos Iniciais do Colégio Marista Champagnat, de Ribeirão Preto (SP)





Proteja seu filho para que ele não seja vítima da violência.



Veja com a educação pode evitar o crescimento da violência


No Brasil, homens jovens morrem onze vezes mais que mulheres em situações ligadas à violência na rua, por outro lado, é crescente o número de mortes por violência contra a mulher dentro de casa, esses são números do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Dados do Ministério da Saúde registra, que a cada 4 minutos uma mulher é agredida. Em 2018, foram registrados mais de 145 mil casos de violência física, sexual e psicológica. Só na Região Metropolitana do Vale do Paraíba, são registrados nas DDMs (Delegacia da Mulher) 20 boletins diariamente.
Essa informação é um convite para os pais refletirem. O que está acontecendo com a estrutura familiar dos brasileiros? Como estão educando seus filhos?

Analisando esses dados a Educadora em Sexualidade Lilian Macri diz que é muito comum, pais de forma inconsciente, educarem seus filhos meninos para serem violentos levando a vivência do que chamamos de masculinidade tóxica. “Esse comportamento vem da crença que homem que é homem não chora, não leva desaforo para casa, homem tem que pegar todas, arruma briga no trânsito, etc. De forma crônica vamos retirando dos nossos meninos a possibilidade de vivenciar características do ser humano como todo. Trabalhar sentimentos, conversar sobre eles, faz parte do desenvolvimento saudável de qualquer criança. Isto ajuda inclusive, no cuidado que eles terão com eles mesmos no que diz à atenção à saúde na vida adulta. Não só as meninas precisam ter este direito”, explica a especialista.

Falar sobre sentimentos não é coisa de mulher ou de gente “fraca”. É coisa de ser humano que tem a possibilidade de crescer bem resolvido e feliz. Mas, infelizmente nem todas as famílias e escolas conseguem colocar isto em prática.
As grandes desigualdades de gênero que afetam meninas e meninos começam a ser construídas pela educação que as famílias dão a eles desde pequenos. O mesmo caminho que leva à violência doméstica também leva às estatísticas que homens morrem mais em situação de violência nas ruas.

De acordo com a educadora tudo começa dentro de casa, com os exemplos dos próprios pais. “É dentro de casa que devemos ensinar que as meninas devem ter as mesmas possibilidades que os meninos. Entre irmãos, vamos exercitando que o menino não pode decidir a roupa da menina ou outras coisas dela. Também deve ser ensinado que meninos podem sim expressar sentimentos e, que podem não revidar uma provocação numa situação de violência e que isto não irá torná-lo “menos homem”, e assim, retirá-lo da situação de risco. Ao pensar em tudo isso, vamos entendendo que respeito por si e pelo outro se ensina sim, desde pequenininhos! As crianças vão crescendo mais fortes como seres humanos”, explica.

Uma forma de educar os filhos é ensiná-los o que é consentimento. A palavra Consentimento significa permissão, mas a questão é: como educar uma criança para que ela entenda que o que ela pode ou não permitir, que os outros façam a ela? Falar sobre consentimento é ensinar limite, respeito, compreensão e autoconhecimento para o indivíduo.

“Desde bem pequena, ao brincar com a criança, ensiná-la que ela deve pedir para parar quando ela não quiser mais. Explicar mesmo! Dizer isto: filha, se não gostar da brincadeira e quiser parar é só falar. Das brincadeiras em grupo até “o fazer cócegas”, e também em situações onde, por exemplo, vá fazer uma troca de roupa ou da fralda. Converse com a criança desde bebê e explique o que está fazendo. Ao crescer ela vai aprender que o corpo é dela e que ela pode e deve escolher quem vai tocá-la, com quem vai brincar, seus limites e os dos outros. 

Entendendo que não precisa se submeter às situações que sejam desconfortáveis e desnecessárias simplesmente para agradar alguém, chegando até as de violência, sejam elas quais forem, tanto para meninos quanto para as meninas. Lembrar sempre que crianças não vivem para servir ou agradar adultos. São seres humanos em desenvolvimento. Quando uma criança, menino ou menina, tem uma educação em sexualidade conduzida de forma séria e ética pela família e a escola, muitos problemas são evitados, entre eles, a violência”, conclui Lilian.

 Gênero e consentimento são alguns dos temas que Lilian Macri aborda no seu livro “Mamãe, o que é sexo? Vem que eu te ajudo com a resposta!”, da Editora Êxito e em suas palestras.

O livro tem a proposta de sanar dúvidas, esclarecer o papel da família e da escola, alertar sobre a prevenção de abuso sexual infantil e ajudar famílias e educadores, por meio de metodologia, a desenvolver uma educação em sexualidade sadia e eficiente.






Lilian Macri - Mãe, médica (CRM 99193), pós-graduada em sexualidade pela Universidade de São Paulo, em educação em sexualidade pela UNISAL e especialista em terapia sexual pela SBRASH. Atua como colaboradora do Projeto Afrodite da UNIFESP, no ambulatório de disfunções sexuais femininas. Atende em seu consultório e ministra palestras sobre sexualidade pelo país, com foco em orientação de famílias e educadores sobre a sexualidade infantil. É idealizadora do Método Educando para a Vida, que visa à inclusão da família e da escola na construção de valores éticos com os filhos/alunos, priorizando a humanização das relações e pessoas envolvidas. A ideia é trabalhar os três pilares: família, escola e filhos/aluno.
 Instagram: @lilianmacrioficial
Facebook :lilianmacritransforme-se

Volta às aulas: Como montar uma lancheira saudável


Nutricionista dá dicas de como preparar o lanchinho das crianças
Com o retorno das atividades escolares, voltam às dúvidas na hora de montar o cardápio da criançada. O que colocar na lancheira do seu filho? Crianças em idade escolar muitas vezes manifestam suas vontades alimentares e algumas torcem o nariz para frutas, verduras e legumes. A missão é fazer com que os pequenos troquem as guloseimas, como salgadinhos, bolachas, refrigerantes e balas por alimentos mais saudáveis e nutritivos.

Mas, de que forma é possível montar este cardápio? Quais alimentos não podem faltar na rotina alimentar das crianças? Como montar pratos coloridos e interessantes a fim de despertar o interesse dos pequenos que não gostam de legumes e verduras? Como preparar lanches para crianças diabéticas ou com alto nível de colesterol? Como montar um cardápio para a semana inteira, de forma saudável e sem restrições?

Cristiane Botelho, nutricionista da Clínica de Nutrição da Universidade UNG explica como preparar uma lancheira saudável, mais sem perder o sabor.

Para montar uma lancheira saudável a dica principal é variar e usar a criatividade. Resumidamente, incluir um carboidrato (como pão, bolacha, bolo ou cereal), uma fruta e um lácteo. Procure variar as opções ao longo da semana, isso incentiva a criança a comer com mais prazer. Outra dica bacana é convidar a criança para ajudar a montar a lancheira e pedir, por exemplo, para ela escolher qual fruta quer comer naquele dia, ou qual sabor de suco deseja, dentro das opções disponíveis.  Desenvolver a autonomia dos pequenos nessa hora, vai estimular o consumo do produto escolhido para levar para escola e vai contribuir para que eles se tornem adultos com hábitos alimentares mais conscientes.

Alegando a praticidade, muitas famílias acabam optando por alimentos industrializados. Nesse caso, a dica é que se façam escolhas mais inteligentes, optando por alimentos nas versões assadas, integrais e com menos teor de sódio e açucares. A Água de coco deve pasteurizada, e no caso dos sucos a sugestão é optar pelo de uva integral (vendidos em garrafas de vidro no supermercado).

Lembrar sempre de mandar uma garrafa de água na mochila também é muito importante. Com pequenas trocas, é possível seguir uma alimentação equilibrada, que refletirá em mudanças para toda a vida e em um crescimento saudável.


Dicas de composição das lancheiras:

LANCHE 1: Cookies integrais + fruta + suco caseiro


LANCHE 2: 1 fatia de melão cortada em cubinhos + 2 fatias de pão integral + 1 fatia de queijo branco com tomate e orégano


LANCHE 3: 1 potinho de salada de frutas + 1 pedaço de bolo caseiro + 1 iogurte


LANCHE 4:  1 maçã + 2 fatias de pão integral com patê de ricota ou atum + 1 água de coco


LANCHE 5: 1 iogurte + 1 porção de cereal integral + 1 banana


LANCHE 6: 1 fatia de torta caseira de frango ou atum ou legumes + 1 porção de fruta + chá gelado


Fique atento:

Bebidas: No caso dos sucos de frutas prefira as que possuem menor velocidade de oxidação, como melancia, acerola, abacaxi, mamão, goiaba e maracujá. Com o tempo, os sucos naturais podem perder uma parte das vitaminas, mas, ainda assim, é mais saudável que as versões de caixinhas.

Iogurtes e lácteos: Para evitar que estrague o produto desse ser mantido no freezer por algumas horas, até começar a congelar. Depois disso, retirar do freezer um pouco antes da criança ir para a escola e colocar na lancheira. Dessa forma, até a hora do recreio, o produto estará descongelado e fresco para o consumo.

Patês: Para deixar a receita mais saudável recomenda-se o uso de ricota, queijo tipo cottage ou cream-cheese como base. O alimento escolhido deve ser batido no liquidificador com cenoura, atum, salsa ou outro ingrediente de preferência da criança. Esse alimento pode ser guardado na geladeira, em um pote com tampa, e usado para rechear pães, que podem ser embrulhados com papel filme ou alumínio. A durabilidade média é, normalmente, de três ou quatro dias.

Petiscos: Mix de castanhas, cereais sem açúcar ou frutas desidratadas. É prático e nutritivo. Basta manter em potes ou saquinhos.

Como o seu inconsciente afeta sua vida financeira?


 
Crenças negativas influenciam diretamente a prosperidade em relação ao dinheiro. O método ThetaHealing é aliado para eliminar tais limitações


Durante a vida, principalmente na infância, costumamos ouvir definições das mais diversas sobre o dinheiro. Para alguns, esse “pedaço de papel” pode vir carregado de energias ruins, ser a motivação para sentimentos e desejos sombrios e, até mesmo, destruir relações com pessoas próximas. Mas, ao mesmo tempo, em vários momentos, todos são condicionados a lutar por uma vida financeira próspera e repleta de abundância. Mas, o que muita gente não imagina, é que essas duas situações interligadas podem trazer diversas frustrações ao longo da vida, entre elas, a dificuldade em manter uma relação saudável com o dinheiro.

A instrutora de ThetaHealing, Amanda Pissolati, explica que, em diversos casos, a falta de prosperidade tem relação direta com as crenças limitantes: “Essas crenças são o que somos condicionados a acreditar, mas esses padrões de escassez também estão ligados diretamente a falta de estrutura e apoio familiar.
Por exemplo, quando escutamos diversas pessoas dizerem que o dinheiro causa a corrupção ou que ele é a raiz para todo o mal existente no mundo, inconscientemente, criamos uma relação de afastamento com o mesmo. Consequentemente, na vida adulta, mesmo que o nosso objetivo seja ter uma vida financeira saudável, sempre que nos deparamos com a oportunidade de ganhar mais dinheiro, nos auto sabotamos”, complementou.


ThetaHealing

De acordo com Amanda, o ThetaHealing é uma técnica de cura quântica, que atua em todos os níveis, seja físico, emocional, mental e espiritual. “Ela é baseada no fato que nossa realidade se manifesta a partir das nossas crenças. Então, trabalhando as nossas crenças, também podemos nos curar. Uma opção para auxiliar no desbloqueio dessas emoções é o ThetaHealing”, afirmou.

Exatamente por isso, esse método é um dos principais aliados para eliminar as temidas crenças limitantes em relação ao dinheiro. “Dessa forma, conseguimos identificar como e em que momento surgiu o ‘medo’ pelo dinheiro e, consequentemente, é possível reprogramar o cérebro e o inconsciente para lidar melhor com a vida financeira”.





Amanda Pissolati - administradora, empreendedora e instrutora de ThetaHealing do Semente Quântica. Certificada como instrutora máster da técnica. Com mais de 30 cursos como praticante e 12 como instrutora.


Posts mais acessados