Pesquisar no Blog

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Dependência de Ritalina: o perigo do uso indevido do medicamento


A ritalina é um medicamento da família das anfetaminas. Ela é prescrita para crianças, adolescente e adultos portadores de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) — um tipo de distúrbio neurobiológico causado por um mau funcionamento das estruturas neurais, que provoca impulsividade, inquietação e desatenção. 
Ocorre que o consumo indevido e abusivo dessa droga pode causar uma dependência de ritalina. Ela é classificada pela Drug Enforcement Administration, como um narcótico e tem os mesmos mecanismo de ação da cocaína. 
Para entender mais quais são os sinais e os efeitos da dependência de ritalina, conversamos com o médico psiquiatra do Hospital Santa Mônica, Dr. Marcel Vella Nunes. Continue a leitura e saiba mais!

Consumo de ritalina no Brasil 

O metilfenidato — nome científico da ritalina — é o estimulante mais consumido no mundo. O seu uso é indicado para o tratamento de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Além disso, também é utilizado em casos de narcolepsia e obesidade, com algumas restrições. 
A ritalina vem sendo utilizada como a primeira opção no tratamento de TDAH, por muitos anos. Apesar de crianças e adolescentes serem os principais consumidores, a recente ampliação dos critérios de diagnóstico passaram a incluir adultos também, o que certamente contribui para a expansão da base de usuários do medicamento. 
O último dado do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos, publicado pela Veja, revelou que o Brasil é o segundo maior consumidor de ritalina no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Além disso, entre 2004 e 2014 a importação do medicamento cresceu 373% e a maior disponibilidade provocou um aumento de 775% no consumo. 
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária entre 8 a 12% das crianças do mundo foram diagnosticadas com TDAH. Em geral, são crianças com dificuldades comportamentais, agitadas e inquietas. No entanto, segundo especialistas, em muitos casos há um diagnóstico equivocado provado pela ansiedade dos pais por uma resposta, além da falta de compreensão e paciência. Para eles, essa é o principal motivo que elevou o Brasil ao posto de segundo maior consumidor. 
Contudo, existem dois tipos diferentes de usuários, de acordo com o médico psiquiatra do Hospital Santa Mônica, Marcelo Vella Nunes. Nas palavras do médico, “temos aqueles que fazem uso crônico, devido a alguns problemas de saúde, por isso, a frequência do consumo pode vir a causar uma potencial dependência. Mas temos também os usuários instrumentais, que são pessoas que fazem uso para obter ganhos específicos”.
Atualmente, os estudantes deram um novo uso para ritalina, ela entrou para lista das smart drugs. O medicamento passou a ser utilizado para melhorar a concentração no período pré-prova, quando estudantes passam horas se preparando para os exames. “Por isso, muitas pessoas chamam de droga da inteligência”, acrescenta dr. Marcel. 
Assim como também cresceu o uso recreativo, adolescentes misturam o medicamento com bebidas alcoólicas ou outras drogas para dar “onda”. Uma vez que, por se tratar de um estimulante, a ritalina mexe com o sistema nervoso central e tem um efeito psicoativo. Além disso, muitas pessoas a utilizam como anorexígeno, porque o remédio tende a diminuir o apetite. 

Perigos no uso indevido de ritalina 

O uso indevido da ritalina ocorre em todas as faixas de idade. Na infância, são os próprios pais que costumam dar o remédio aos filhos, na expectativa de que eles tenham um melhor comportamento e desempenho escolar. Adolescentes e jovens utilizam o medicamento tanto para melhorar a concentração nos estudos quanto em festas e baladas. Já adultos, consomem para ter um melhor resultado em cursinho e concurso, ou para emagrecer.
No entanto, de acordo com especialistas, estudos mostram que o medicamento não possui uma eficiência comprovada, se realmente melhoram o desempenho de indivíduos, sem as doenças para quais a ritalina é indicada. 
Até mesmo pessoas com diagnóstico positivo para TDAH podem sofrer com alguns efeitos colaterais, tais como: insônia, falta de apetite, irritabilidade e perda de peso. Há casos em que as crianças ficam ainda mais agitadas e propensas a desenvolver quadros psicóticos. Para quem usa o medicamento, além desse quadro, há ainda o risco de desenvolver dependência de ritalina.
Embora os psicoestimulantes tenham baixo potencial de dependência, o seu uso de maneira abusiva e sem prescrição e acompanhamento médico podem causar a necessidade de uso frequente. “A longo prazo, a ritalina pode levar a um quadro de dependência, bem como outros sintomas como supressão total do apetite, pressão alta, distúrbios de sono, ansiedade e depressão”, revela o médico psiquiatra. 

Dependência de ritalina: como procurar ajuda

A dependência de ritalina acontece quando o usuário não tem mais controle sobre a sua vontade ao utilizar o medicamento. Assim, por vezes algo que começa como uma ajuda para concentrar nos estudos se torna uma necessidade, sem o qual a pessoa já não consegue ficar mais sem. A dependência pode causar ainda crise de pânico e ansiedade. 
“A grande questão da dependência é que além da repercussão clínica, ela também causa um efeito social. Então, além dos efeitos colaterais na saúde, a pessoa ainda tem que lidar com a incapacidade de trabalhar, estudar, manter os compromissos e a agressividade, o que causa um grande efeito no meio social”, completa dr. Marcel
No entanto, é válido ressaltar que não é apenas o uso sem prescrição médica que pode causar a dependência de ritalina. Até mesmo pessoas que recebem a orientação de um profissional podem desenvolver uma compulsão pelo medicamento se o utilizarem de maneira abusiva. 
Também é importante entender que existem dois tipos básicos de formulação da ritalina. Uma tem liberação imediata no organismo e a outra prolongada. A primeira, é a mais comumente utilizada como droga recreativa, por isso o seu uso deve ser restringido apenas a casos especiais. Já a segunda, não causa o “barato” que muita gente procura, por isso tem sido mais prescrita, como forma de diminuir o consumo indevido. 
O tratamento para dependência de ritalina é no igual ao utilizado para tratar outras dependências. O paciente passa por um processo de desintoxicação e acompanhamento psicológico para que consiga ficar limpo da medicação de forma saudável e duradoura. Durante, esse período também é comum que as clínicas e hospitais trabalhem um plano de conscientização para diminuir os riscos de recaídas. 
A dependência de ritalina é uma dependência química como qualquer outra, por isso é muito importante que ela seja identificada e tratada o quanto antes. Porém, fazendo uso correto da medicação, ela é benéfica para os casos em que é indicada, como o TDAH. No entanto, é importante que o consumo desse remédio seja acompanhado por um médico psiquiatra.

Sem vacina e tratamento específico, higienização das mãos é a melhor forma de prevenção ao novo coronavírus


No Brasil, a classificação de risco subiu de “alerta” para “perigo iminente”

Na última quinta-feira (30), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência de saúde pública de interesse internacional as infecções pelo novo coronavírus. Um dia antes, na quarta-feira (29), o diretor-executivo do programa de emergências da organização, Michael Ryan, já havia afirmado que 2% dos casos de infecção confirmados até o momento resultaram em morte - o número equivale a 170 pessoas. No Brasil, apesar de nenhum caso ter sido confirmado, há nove casos suspeitos, um deles em Belo Horizonte. Com o aumento das suspeitas, o Ministério da Saúde elevou a classificação de risco de “alerta” para “perigo iminente”.
De acordo com o infectologista e diretor do Hospital Felício Rocho, Dr. Adelino de Melo Freire Júnior, o aumento do grau de risco indica a existência de suspeita real de infecção pelo novo coronavírus. “O próprio nome revela. O perigo iminente aumenta a atenção do serviço de saúde. O poder público, por exemplo, cria centros de informações, com publicações praticamente diárias de dados”, afirma.
O balanço oficial mais recente sobre a doença, divulgado na quinta-feira (30), registrou 7.700 casos confirmados e 170 mortes na China, além de pacientes infectados na Alemanha, Austrália, Camboja, Canadá, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, EUA, Finlândia, França, Japão, Malásia, Nepal, Singapura, Sri Lanka, Tailândia e Vietnã. 
A nova mutação, também conhecida como 2019-nCoV, apareceu inicialmente em Wuhan, capital da província de Hubei, na China, e rapidamente se espalhou. As pessoas infectadas apresentam febre, tosse, falta de ar e dificuldade em respirar.
Dr. Adelino explica que, apesar da falta de informações sobre o novo coronavírus, o Brasil conta com plano de contingência de doenças respiratórias agudas, criado, principalmente, devido à epidemia de Sars (outra variação do coronavírus), em 2002, e utilizado durante o surto de Mers, em 2012. O plano fornece orientações aos médicos que tiverem de tratar um paciente infectado. 
“Quando houve o surto de Sars, a discussão sobre um plano maior começou a acontecer e um documento foi elaborado. Já tivemos a oportunidade de colocar isso a prova, mas é difícil dizer se estamos realmente preparados, até porque ninguém sabe ainda a dimensão que essa epidemia vai ter dessa vez”, pontua.
O médico ainda afirma que a prevenção deve ser feita através da higienização das mãos e aconselha que as pessoas evitem contato com pacientes infectados. Segundo Dr. Adelino, por mais que as medidas possam parecer ineficientes, são as mais eficazes, dada a situação atual, com falta de vacina e de tratamento específico para a doença.


Alimentos mal conservados podem aumentar números de intoxicação durante o verão


Especialista do Grupo Mattos & Mattos atenta para as recomendações: "consumidores devem prestar atenção na temperatura e no armazenamento"


Aproveitar o Sol no verão é ótimo para todo mundo. Inclusive para as bactérias. Elas aproveitam as brechas em alguns dos alimentos mais comuns do nosso consumo e se reproduzem rapidamente nas condições favoráveis. O resultado disso é o risco que quem curte o calor dos meses mais quentes do ano corre de ter uma intoxicação alimentar. Por isso, valem os cuidados minuciosos na hora de escolher o que ingerir, principalmente fora de casa.

Vera Santos, do Grupo Mattos & Mattos, especialista em controle e garantia de qualidade de alimentos pela UFRJ, chama a atenção para o fato de que a praia, ambiente muito frequentado nesta época do ano, é um dos lugares bem propícios para a grande oferta de produtos mal conservados.

“As pessoas já estão sofrendo a influência do clima quente, e a variação da temperatura nos alimentos oferecidos também pode ser prejudicial. Eu dou o exemplo da empada. Todo mundo gosta de uma empadinha”, brinca Vera. “Será que quem preparou a comida teve todo o cuidado necessário com os ingredientes? Nem tudo tem como sabermos, mas temos que ficar de olho na condição em que eles são vendidos. Um produto salgado, será que está quentinho, da maneira correta para que as bactérias não se proliferem?”, explica a especialista.

A intoxicação é geralmente causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados por bactérias, mas também pode ter outros agentes envolvidos, como vírus ou fungos. Em crianças e idosos, principalmente, a doença pode avançar para casos graves. Ela também está relacionada ao contato com a água imprópria para a lavagem de produtos. O sintomas da intoxicação muitas vezes são bem agudos.

“Os sintomas podem fazer a pessoa doente confundir até com insolação, pois ela sente dor de cabeça, enjoo e dor de barriga, ter forte diarreia. Esse é um quadro comum de intoxicação alimentar, por ingestão de toxinas ou coliformes”, afirma Vera Santos.

Além de tomar os demais cuidados com o corpo, a especialista aponta ainda que, neste calor, é necessário também estar sempre hidratado. E sempre ter cuidado sobre a água que será ingerida.

“A água mineral e a água de coco são ótimas opções, mas é também importante procurar pesquisar qual é a fonte da água, e como ela é comercializada”, conclui.
Outros cuidados importantes: lavar com frequência as mãos e higienizar bem os alimentos e as superfícies de preparo, bem como os utensílios de cozinha; não consumir alimentos com embalagens danificadas; ficar atento aos prazos de validade dos produtos.

Os dados sobre intoxicação no Brasil não são conclusivos em alguns aspectos, porque em muitas localidades há subnotificação dos casos. No entanto, os números apontam que a Região Sudeste é uma das mais atingidas, proporcionalmente. Mais informações sobre pesquisa e números estão no site https://sinitox.icict.fiocruz.br.





Laboratório Mattos & Mattos
R. Euzébio de Queirós, 45, Niterói - RJ
(21) 2613-1636 / (21) 2622-8163
(21) 97175-1636
Site: http://www.labmattos.com.br/


Posts mais acessados