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sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Candidíase pode evoluir para dor gênito-pélvica

Aumento dos casos de candidíase no verão pode levar a dispareunia e dor na relação sexual

 

O aumento dos casos de candidíase é comum em todo verão. Essa infecção fúngica que atinge cerca de 75% das mulheres ao longo da vida, segundo estudos é aumentada em dias de calor combinados com uso de roupas mais justas e sintéticas que criam o ambiente perfeito para a proliferação do fungo Candida albicans. Além do desconforto habitual, a candidíase pode desencadear dores durante a relação sexual, conhecidas como dispareunia, que, se não tratada, pode evoluir para um transtorno de dor gênito-pélvica. 

A fisioterapeuta pélvica Débora Pádua explica que, no verão, os casos de candidíase podem aumentar em até 30%, e quando acontece de forma repetitiva, pode gerar inflamações que sensibilizam os tecidos vaginais. “Essa condição torna a relação sexual dolorosa e, em casos mais graves, pode levar à dispareunia crônica, afetando tanto a saúde física quanto emocional", alerta a especialista. 

Débora destaca que cerca de 30% das mulheres que apresentam candidíase recorrente relatam dor durante a relação sexual, o que pode desencadear uma condição de tensão muscular e sensibilidade exacerbada na região pélvica. "Esse ciclo de dor e desconforto gera ansiedade e medo associados à relação sexual, agravando o quadro clínico", afirma. 

Em especial no verão, o uso frequente de roupas molhadas, como biquínis, e a transpiração excessiva criam um ambiente propício para o crescimento do fungo. O mesmo acontece por conta das alterações no pH vaginal, agravadas por banhos de piscina ou mar ou ainda pelo hábito de não trocar absorventes íntimos regularmente durante viagens ou atividades prolongadas. “Tudo isso são ambientes que favorecem a candidíase que precisa ser tratada e ter as causas investigadas, já que quando não cuidada adequadamente, pode se tornar uma porta de entrada para problemas maiores, impactando a saúde sexual e a qualidade de vida da mulher", finaliza Débora. 



Débora Padua, educadora e fisioterapeuta sexual - Graduada pela Universidade de Franca (SP) durante 5 anos fez parte do corpo clínico da Clínica Dr. José Bento de Souza e foi responsável pelo setor de Uroginecológia do Centro Avançado em Urologia de Ribeirão Preto (SP). Hoje atende em consultório particular especializado.
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Telefone: (11) 3253-6319
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