Rico em vitaminas
B e C, fonte de proteína, carboidratos e minerais, a leguminosa tem perdido
espaço para alimentos ultraprocessadosFreepik
No dia 31 de março é celebrado o Dia da Saúde e da
Nutrição, data que busca refletir e debater práticas
nutricionais e hábitos alimentares desde a infância. Segundo a análise global
conduzida pela NCD Risk Factor Collaboration (NCD-RisC), em colaboração com a
Organização Mundial de Saúde (OMS), publicada este mês, as taxas de obesidade
entre crianças e adolescentes em todo o mundo aumentaram quatro vezes nos
últimos 30 anos.
Muito conhecido por fazer parte das refeições diárias
do brasileiro, rico em vitaminas B e C, fonte de proteína, carboidratos e
minerais, o feijão tem perdido espaço no prato das crianças com o avanço dos
alimentos ultraprocessados. “Quando falamos de feijão falamos de saúde!
Queremos trazer um alerta sobre como estamos alimentando nossas famílias,
levantando a bandeira da importância de uma alimentação equilibrada desde a
primeira infância”, comenta Mauro Bortolanza, fundador e Diretor Presidente da Kicaldo, especialista em grãos há 25 anos no mercado.
Não consumir feijão, por exemplo, pode aumentar em 10% as chances
de desenvolver excesso de peso e em 20% o risco de obesidade. Além disso,
espera-se que em 2025 apenas 46,9% dos brasileiros irão consumir algum tipo de
leguminosa regularmente, aponta o levantamento do Programa de Pós-graduação em
Saúde Pública da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG).
O pediatra infectologista e Presidente do Departamento de
Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, explica mais
sobre as vantagens do consumo do grão entre as crianças. “O feijão é um
alimento rico em diversos nutrientes importantes, não só para o crescimento e o
desenvolvimento da criança, mas para a manutenção do equilíbrio imunológico
intestinal. A presença dos aminoácidos, que como eu falei, auxiliam no
crescimento das proteínas e também na produção de anticorpos, são
complementados pelas fibras fundamentais para o funcionamento do intestino,
além, é claro, dos sais minerais, do ferro, do cálcio, do cobre, do zinco e de
algumas vitaminas, especialmente as do complexo B. Então essa combinação no
feijão de vitaminas, o complexo B, cálcio, minerais, o ferro, a proteína, faz
dele um alimento extremamente rico e oportuno já na introdução da alimentação
complementar”, finaliza Renato.
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