Para ser uma bruxa é preciso sabedoria e muito conhecimento
Por muito tempo as bruxas foram e ainda são
estigmatizadas como pessoas do mal, mas a bruxaria é muito mais do que uma
religião, é um estilo de vida, uma filosofia. As mulheres sábias de antigamente
eram consideradas bruxas e, nas comunidades religiosas, eram condenadas ao
isolamento e até à morte. Hoje a bruxaria ainda enfrenta muitos preconceitos
religiosos, mas vem ganhando mais adeptos.
“O tema bruxaria também passa pela emancipação
feminina, com as mulheres saindo um pouco da posição de discípulas, que vão na
igreja, precisam de pastor, depende de marido. Elas estão buscando uma
autonomia através da magia. É um movimento muito importante”, afirma a
astróloga, bruxa e magista Sara Koimbra.
Ela ensina em seus cursos como se tornar uma exímia
bruxa, apta para fazer rituais, trabalhar com oráculos e fazer atendimentos com
propósito de ajudar. “Muitas vezes o magista é a última alternativa daquela
pessoa. Somos os últimos a serem procurados quando alguém precisa de ajuda, a
última esperança de algo dar certo. Mas exatamente por isso é preciso muito
discernimento para buscar o melhor caminho”, comenta a especialista.
Como professora, Sara busca conscientizar os alunos
sobre os estudos. Para se tornar uma bruxa, é preciso se aprofundar e as
principais matérias a serem estudadas são enumeradas pela magista.
Astrologia – saber a influência dos planetas, as
características de cada um deles e o que eles provocam dependendo da posição no
céu e no mapa individual ajuda a entender muito do ser humano e do universo.
Numerologia – o mundo é regido por números e o
universo é matemático, por isso é muito importante conhecer mais a fundo.
Oráculos – é preciso saber oracular, ler padrões,
entender e aflorar a intuição e a adivinhação divinatória.
Alquimia – esse conhecimento envolve física,
química, os elementos. É um pouco de tudo e mistura ciência, arte e magia que
visa a transmutação do ‘eu’.
Cabalah – é um sistema filosófico místico, que
trata da ascensão espiritual, que também contém as leis herméticas segundo a
tradição judaica.
Depois destas cinco, a especialista recomenda o
estudo de magia planetária e outros sistemas. “Não tem a ver com religião. Se
trata de conhecer bem as leis do Universo, conhecer a filosofia e o que rege o
plano sutil. A bruxa sábia tem a capacidade de intuir e manipular, o bem e o
mal são subjetivos e podem ser tratados de acordo com o caráter, com a ética do
magista. Ele tem o poder de abrir caminhos, mas se não souber usar pode
realmente acabar com uma vida”, alerta Sara.
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