Previsões econômicas para 2023: quais serão os setores mais influentes
no próximo ano?
O ano de 2022 está se encerrando, e, em partes, ele
superou as expectativas criadas em torno da economia, tendo contado com uma boa
aceleração no primeiro e no segundo trimestres do ano. Inclusive, a expectativa
era que o PIB, inicialmente, chegasse a 0,6% de crescimento anual, e, logo
depois, essa expectativa foi reajustada para próximo dos 3% pela própria
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Já no terceiro trimestre, houve uma pequena
desaceleração, mas ainda com crescimento, e espera-se que no quarto trimestre
de 2022 se contabilize um pouco mais de desaceleração, estabilizando um
crescimento próximo a 3%, 3,5% do PIB nacional.
Falando de 2023, posso citar algumas dicas para
empreendedores para o próximo ano.
O primeiro ponto é em relação às taxas de juros
básicos. Há uma grande probabilidade de que elas se mantenham altas até meados
de 2023. Essa elevação pode se estender até o final do ano, muito em virtude
das incertezas em torno da política orçamentária, que pode perturbar os
mercados financeiros e acabar obrigando o Banco Central a mantê-las por mais
tempo.
Isso pesa no crescimento econômico, porque altas
taxas de juros dificultam bastante a solicitação de empréstimo dos empresários
para financiar seus projetos. Então, a primeira dica é ter um caixa próprio
para financiar os planos de crescimento e inovação.
O segundo ponto diz respeito à inflação. Ela deu
uma ligeira reduzida no final de 2022, muito por causa do preço dos
combustíveis, que têm uma forte influência no IPCA, mas isso não teve tanto
impacto nos bens industriais e nos demais setores de serviços. De toda forma,
também é sempre importante ficar atento a essa questão, tendo em vista que
alguns setores são mais atingidos que outros, em razão desse alto valor do
IPCA.
O terceiro ponto é sempre investir em inovação.
Isso envolve investimentos de risco mais elevado, claro, mas com taxas de
retorno muito maiores que a média também. A recomendação é investir com
processos e métodos, para realmente mitigar o risco que a própria inovação por
si só já tem por visar setores e áreas que ainda não foram muito bem
trabalhados na economia.
Com a previsibilidade de uma taxa alta de juros, o
setor bancário é um dos fortes candidatos a se manter em alto crescimento,
porque são bastante favorecidos com a elevação da taxa. Falando economicamente
da nova política, os setores de artistas vão ser beneficiados pelas políticas
públicas, e é possível que o setor público também seja mais encorajado a ter os
reajustes que, por alguns anos, não foram atendidos.
Então, o setor público, a classe artística e, do ponto de vista econômico, o setor bancário, que empresta dinheiro a juros altos, provavelmente vão ser mais beneficiados em 2023.
Diogo Catão - CEO da Dome Ventures, uma Corporate Venture Builder GovTech que nasceu com o propósito de transformar o futuro das instituições públicas no Brasil — domeventures@nbpress.com.br
Dome Ventures
https://dome.ventures
@dome.ventures
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