A Organização
Mundial da Saúde (OMS) já fez o alerta. Em 2050, cerca de 52% da população
mundial terá algum grau de miopia, sendo um dos problemas de saúde pública que mais crescem no mundo.
Esse aumento também é observado aqui no Brasil. “A atual geração de
crianças e jovens, durante a pandemia, com a prática mais intensa das
atividades com o uso da visão de perto, como o das telas de celulares e
computadores, apresenta um índice maior de miopia e progressão do grau”,
declara Dr. Gustavo Mori Gabriel - Oftalmologista Especialista
em Cirurgia Refrativa, Médico assistente do setor de cirurgia refrativa do HC
FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP), Coordenador do
Setor de Cirurgia Refrativa do Santa Cruz Laser Center (SP) e do COEP (Centro
Oftamológico de Ensino e Pesquisa (SP).
De acordo
com o oftalmologista, um dos fatores que geram a miopia no nosso sistema óptico
é o diâmetro axial - a distância entre a
parte de trás e a frente do olho. “Em adolescentes e adultos jovens é
comum esse crescimento ocular, portanto, é quando encontramos mudanças do grau
mais frequentemente. Estatisticamente, a partir dos 40 anos, é importante levar
em conta a presbiopia, uma redução do ajuste natural do grau que permite o
ajuste longe/perto”, explica.
Ainda no
caso do público infanto juvenil, o especialista orienta um maior controle do
uso de telas dos smartphones. “Acontece um estímulo do crescimento e mudanças
oculares que podem causar a miopia. Por isso, é importante ter acompanhamento
frequente, junto ao oftalmologista, para evitar esta e outras complicações”,
destaca.
A
dificuldade na leitura é um dos sintomas comuns dos pacientes míopes, mas
outros podem se manifestar com mais intensidade como, por exemplo, dores de
cabeça, olhos vermelhos e incômodos frequentes na visão. Existem 3 graus
da patologia: baixa miopia (até 3
graus), média miopia (de 3 a 6 graus)
e alta miopia (acima de 6 graus). Pessoas neste último
grupo estão mais propensas a sofrer cegueiras e outros problemas oculares
graves, como glaucoma, catarata, deslocamento de retina e degeneração macular.
Tratamentos
Para os
mais jovens, segundo o Dr Gustavo Mori, há opções como uso dos óculos e lentes
de contato, que modificam o modo como a luz chega e estimula a nossa retina
(captação no fundo de olho), além do laser na lente córnea.
Para os
adultos, em especial os que sofrem com a alta miopia, há a tecnologia do
Implante Fácico (lentes implantáveis), “bem indicado, é seguro, reversível,
mantém a acomodação (ajuste perto/longe) e alcança níveis mais altos de miopia
com bom ajuste também para o astigmatismo”.
Tecnologia
O mercado
de lentes implantáveis (intraocular) tem crescido e a Evo ICL, da
STAAR Surgical Company, com mais de 2 milhões de lentes vendidas no mundo, é
distribuída, com exclusividade no Brasil, pela Advance Vision.
Um dos
diferenciais da lente é ser produzida de Collamer®, material exclusivo do
fabricante, que contém colágeno e proporciona perfeita harmonia com os
olhos. O implante ou remoção da Evo ICL acontece sem remoção de tecido
córneo com 100% de biocompatibilidade. A diversidade de modelos e
especificações possibilita tratar uma ampla gama de erros refrativos
para corrigir/reduzir a miopia entre -5.00 D até - 18.00 D - autorizadas
para o Brasil pela Anvisa - e tratar o astigmatismo de 0.50 D a 6.0 D.
“Estas
lentes atuais aliam o que há de mais moderno para tratamento de miopia e
astigmatismo e podem ser consideradas uma evolução em correção visual,
desenvolvida para proporcionar resultados refrativos excelentes e aumentar o
conforto do paciente”, explica Dr. Gustavo Mori Gabriel. O médico lembra
que, como qualquer cirurgia, há a necessidade de exames e pré-requisitos. “Com
o paciente aprovado, o procedimento é rápido, entre 15 e 20 minutos, demanda
uma pequena incisão, com a preservação do cristalino, e a retomada às
atividades cotidianas acontece em poucos dias”, finaliza.
Dr. Gustavo Mori Gabriel - Formado pela Universidade de São Paulo – USP, o Oftalmologista é
especialista em Cirurgia Refrativa. Atua como Médico assistente do setor de
cirurgia refrativa do HC FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
da USP); é Coordenador do Setor de Cirurgia Refrativa do Santa Cruz Laser Center
(SP) e do COEP (Centro Oftalmológico de Ensino e Pesquisa (SP). Membro do
Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Brazilian Association of Cataract and
Refractive Surgery. @dr.gustavomorigabriel
Nenhum comentário:
Postar um comentário