A desidratação é desencadeada pela falta de água no organismo e é mais comum em crianças e idosos, especialmente durante o verão. Nesse momento, é preciso se atentar ao consumo de água e aos sintomas que podem ser ocasionados por essa condição, como dores de cabeça e cansaço.
Com o auge do verão, os casos de desidratação podem
aumentar porque as altas temperaturas demandam um consumo maior de água, assim
como um maior cuidado com a alimentação.
Segundo dados do DataSUS, analisados pela
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, entre janeiro e março de 2019,
ocorreram mais de mil e duzentas internações causadas pela desidratação no
estado, sendo que 40% se referiam a pacientes com mais de 60 anos e 25% eram
crianças menores de 5 anos.
Dentre os sintomas de desidratação estão dores de
cabeça, sede excessiva, cansaço, boca seca e, em casos mais graves, pode
ocasionar tontura. Geralmente a desidratação é mais frequente em crianças e
idosos, devido à apresentarem uma perda de líquido mais elevada do que o usual.
Em crianças pequenas e bebês também pode se
manifestar por meio de sonolência excessiva, irritabilidade maior, choro sem
lágrimas, moleira mais mole do que o habitual, assim como, pouca urina e com o
cheiro mais forte.
Além disso, algumas causas para a condição são
vômito e diarreia – ou seja, alguns quadros de viroses, comuns no verão, podem
ocasionar desidratação –, uso de diuréticos, insuficiência renal, sudorese
intensa e queimaduras. No entanto, a prevenção da desidratação vai além do
consumo correto de água para cada faixa etária.
Qual a melhor maneira de
prevenir?
Inicialmente, o tratamento pode ser feito por meio
da reposição de água e sais minerais que estão em falta no organismo. Porém, a
alimentação tem um papel fundamental durante o cuidado e prevenção da
desidratação, afinal, a ingestão de água também pode ser feita por meio de
alimentos ricos em água como melancia, laranja, chuchu ou melão, o que pode ser
importante durante o tratamento.
Também é preciso evitar a ingestão excessiva de
bebidas que podem causar desidratação, entre elas: os refrigerantes, bebidas
alcoólicas e o café. Outra forma de prevenir a doença é evitando a exposição ao
sol nas horas de maior calor do dia, especialmente no verão, e beber água
durante a prática de exercícios físicos.
Contudo, é essencial o consumo diário de água para
a prevenção, que pode variar considerando fatores como idade, peso, gênero e
frequência de atividade física. A recomendação ideal para realizar esse cálculo
é de cerca de 40ml para cada kilo para pessoas de até 17 anos, 35ml por kilo
para adultos entre 18 e 55 anos e 30ml por kilo para pessoas acima de 55 anos.
Importante ressaltar que os alimentos também têm água na composição e essa água
faz parte da quantidade que deve ser ingerida diariamente.
Para algumas pessoas, ingerir água em grande
quantidade pode ser um desafio, porém, é possível fracionar em pequenas porções
a ingestão de água no decorrer do dia para que o hábito de beber água se torne
mais natural.
Além disso, algumas sugestões interessantes são
beber água após urinar, ter sempre que puder uma garrafa de água à mão e
alternar a ingestão de líquidos no momento em que estiver consumindo bebidas
alcoólicas.
Celso Cukier - nutrólogo na Rede de Hospitais São
Camilo de São Paulo
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