Patologia pode ser mais
suscetível em tipo sanguíneo A e é responsável por cerca de 100 mil mortes por
ano no Brasil, mas pode ter os danos minimizados através de regra mnemônica
SAMU
Uma pessoa a cada cinco minutos pode sofrer um AVC, por isso, Dr. Fernando Gomes, médico neurocirurgião e neurocientista do Hospital das Clínicas de SP, explica o que é o Acidente Vascular Encefálico, também conhecido como AVC ou derrame cerebral, precisa ser diagnosticado precocemente para que o tratamento esteja instituído e as sequelas sejam diminuídas.
Ele ressalta que existem fatores de risco que podem ser conduzidos ou evitados. São eles: o tabagismo, o sedentarismo, o diabetes, colesterol alto, ou triglicérides alterados, são situações que podem ser evitadas e, dessa maneira, então o estilo de vida pode interferir positivamente para diminuir o risco.
Dr. Fernando cita ainda um fato curioso de um trabalho recentemente publicado e desenvolvido por médicos da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. “Foi realizada uma metanálise com mais de 46 estudos científicos que avaliou traços genéticos e uma correlação com o surgimento do AVC precoce com pessoas com até 60 anos de idade. Foram mais de 17 mil casos de pacientes e pessoas que tiveram AVC, comparados com 60 mil pessoas que não tiveram problema. A grande correlação mostrou um dado que indivíduos que tem o tipo sanguíneo A, apresentam risco maior de desenvolver AVC”, alerta o neurocirurgião.
Com a presença desse risco aumentado, o médico ressalta que qualquer que seja o tipo sanguíneo, todos precisam praticar atividade física regular e alimentar-se corretamente. “Se tiver diabetes, também é preciso tratar de uma maneira correta, se houver o hábito do tabagismo ou então do consumo de bebida alcoólica em excesso, também é importante evitá-la. Ou seja, cuidar do aparelho cardiovascular para evitar problemas correlacionados com essa situação”, diz.
Para o médico, o diagnóstico precoce de um AVC e o pronto atendimento é o que vai ajudar a reverter o quadro e, principalmente, preservar os neurônios.
“Para aprender a interpretar os sinais e chamar ajuda o quanto antes para ter acesso a um tratamento médico-hospitalar o mais rápido possível, já que existem diversos métodos para permitir que esse vaso entupido possa ter seu fluxo prontamente restabelecido. Se um acidente vascular cerebral do tipo hemorrágico - aquele que tem o sangramento - é totalmente atendido com todo cuidado e terapia multidisciplinar instituída, a chance de uma boa evolução são muito melhores”, fala Dr. Fernando que afirma: “Tempo significa neurônio viável”.
Por
isso, o especialista deixa uma regra bem fácil para reconhecer se uma pessoa
está tendo uma alteração do seu nível de consciência, ou da sua percepção
sensorial, ou habilidade motora ou linguística já que essas possuem correlação
com AVC.
A dica se baseia nas letras da palavra SAMU:
S - Sorriso
Ao
pedi para a pessoa executar essa mímica facial, fica mais fácil avaliar a
simetria da movimentação do rosto e assim perceber se existe alguma alteração.
- Abraço
Quando
a pessoa é solicitada a se levantar e caminhar para dar um abraço, esse
movimento torna possível avaliar a capacidade de se manter na posição bípede,
olhar o o equilíbrio e a movimentação dos pés e das pernas.
M- Música
Pedir
para a pessoa cantar uma música conhecida facilita para compreender o
entendimento dela em relação ao que foi solicitado e a existência de memória e
também
a comunicação neste momento.
U- Ligar um, nove, zero (190)
Se
qualquer um desses três itens estiver alguma alteração, é possível estar diante
de uma pessoa que está sofrendo um AVC. Nessa hora, é essencial ligar
imediatamente ao SAMU através do número 192 e pedir auxílio.
Dr Fernando Gomes - Professor Livre Docente de Neurocirurgia do
Hospital das Clínicas de SP com mais de 2 milhões de seguidores. Há 12 anos
atua como comunicador, já tendo passado pela TV Globo por seis anos como
consultor fixo do programa Encontro com Fátima Bernardes (2013 a 2019), por um
ano (2020) na TV Band no programa Aqui na Band como apresentador do quadro de
saúde “E Agora Doutor?” e dois anos (2020 a 2022) como Corresponde Médico da TV
CNN Brasil. É também autor de 8 livros de neurocirurgia e comportamento humano.
Professor Livre Docente de Neurocirurgia, com residência médica em Neurologia e
Neurocirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, é neurocirurgião
em hospitais renomados e também coordena um ambulatório relacionado a doenças
do envelhecimento no Hospital das Clínicas.
drfernandoneuro
Nenhum comentário:
Postar um comentário