É provável que você já tenha lido ou escutado a
palavra a leishmaniose, ou até mesmo Calazar, como é popularmente conhecida
a doença, mas você sabia que essa é uma enfermidade
considerada endêmica no Brasil que afeta um número incontável de cães a cada
ano? Neste mês, o debate sobre esse tema é estimulado pelo “Agosto Verde”, uma
relevante campanha de conscientização sobre a importância da adoção de medidas
de prevenção.
A Leishmaniose é uma zoonose, ou seja, afeta
animais e humanos. A doença é transmitida para os cães por meio da picada do
mosquito palha infectado (principalmente pelo flebótomo Lutzomyia
longipalpis).
Um dos maiores desafios impostos pela patologia é o
controle da transmissão, pois a infecção ocorre de forma silenciosa. Os animais
contaminados podem demorar anos para manifestar os sintomas.
Desta forma, a prevenção é uma aliada indispensável
para conter os avanços da doença. Para isso, é preciso investir no chamado
conceito de dupla defesa que engloba a vacinação, para estimular o sistema
imune do animal contra o parasito, e uso de produto repelente, que evita a
picada do mosquito.
Paralelamente, também é necessário investir em
medidas de sanidade, como evitar o acúmulo de lixo e restos orgânicos no
quintal e em locais abertos, pois isso cria o ambiente ideal para a
proliferação do mosquito-palha.
A falta de informação sobre a Leishmaniose visceral
canina dificulta a implementação de medidas de prevenção. Por isso, para
conscientizar os tutores sobre o tema, a médica-veterinária e gerente de
produtos da Unidade de Pets da Ceva Saúde Animal, Nathalia Fleming listou cinco
informações imprescindíveis sobre a doença. Confira:
Os cães podem demorar vários anos para manifestar
os sintomas: Os sinais clínicos podem demorar a surgir. Isso
acontece porque há um período de incubação do protozoário que pode variar de
três meses a seis anos.
Os cães não transmitem a doença para os humanos: Tanto os
cães, como os humanos só são contaminados por meio da picada do
mosquito-palha-infectado.
A prevenção deve ser feita mesmo em regiões que não
são consideradas endêmicas: A leishmaniose está presente em todo o país.
Não morar em uma região considerada endêmica não significa estar fora de risco,
afinal, os cães podem viajar para uma área afetada e se infectar no local. Por
isso, a prevenção é sempre indicada.
Os cães devem ser vacinados anualmente e precisam
usar produtos repelentes: Assim como acontece com outras vacinações, a
revacinação deve acontecer seguindo o protocolo e o calendário de imunização do
animal. Atrasar ou não imunizar o pet anualmente o deixará susceptível a
leishmaniose. Além disso, é preciso utilizar produtos repelentes para manter o
animal protegido contra a picada do vetor, que é a principal forma de
transmissão da doença
Não existe cura para a leishmaniose: Lamentavelmente,
até o momento não há comprovação de cura parasitológica para essa doença nos
cães. As medicações disponíveis no mercado podem diminuir o número de parasitas
circulantes no organismo. Isso pode amenizar as manifestações clínicas da
doença e melhorar a qualidade de vida do pet, mas o acompanhamento veterinário
será necessário pelo resto da vida do animal.
Ceva Saúde Animal
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