O médico veterinário Rogério Fonseca alerta para os cuidados com a doença
O mês de agosto, conhecido como agosto verde, é dedicado ao
combate à leishmaniose. O objetivo é incentivar ações preventivas que promovam
o combate à doença, que acomete não só animais, mas também os humanos. No
Brasil, cerca de 3.500 casos são registrados anualmente e nos últimos anos, a
letalidade vem aumentando gradativamente, representando 7,1%, de acordo com
dados do Ministério da Saúde.
As principais fontes de infecção das leishmanioses são os insetos
flebotomíneos (mosquito fêmea infectada) e animais silvestres que abrigam o
parasita em seu tubo digestivo. Mas além disso, o hospedeiro pode ser um cavalo
ou até mesmo um animal doméstico, como um cachorro.
O médico veterinário Rogério Fonseca, responsável pelo Hospital
Veterinário Amparo, diz que existem dois tipos da doença. A primeira é a
tegumentar ou cutânea e a visceral ou calazar. No entanto, em ambos os casos se
trata de uma doença altamente infecciosa, que pode levar a morte. “O tratamento
da leishmaniose, assim como o diagnóstico, deve ser acompanhado por
profissionais da saúde. No Brasil, existem tratamentos veterinários autorizados
para cães acometidos pela doença”, explica Rogério.
É preciso ter atenção aos sintomas da leishmaniose visceral, que
são febre, perda de apetite, fraqueza, problemas respiratórios, diarreia,
emagrecimento e sangramento na boca e nos intestinos. Já na cutânea, pode haver
lesões inflamatórias no nariz e na boca, nódulos e feridas pelo corpo.
A prevenção, como sempre, é o melhor caminho para evitar a doença.
Por isso, é importante manter os quintais livres de matéria orgânica para
evitar mosquitos, pois é nesse material que as fêmeas põem seus ovos. Podar
árvores, fazer o uso de repelentes e manter seu animal de estimação vacinado
contra a doença também estão na lista de medidas para evitar a leishmaniose.
O médico diz ainda que o tratamento contra a doença está
disponível na rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo gratuito.
“90% dos casos, quando não tratados, evoluem para óbito, portanto, a população
deve ser corretamente orientada. Os animais devem ser levados ao médico
veterinário para orientação da conduta a ser tomada”, finaliza Fonseca.

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