Encontrar bons profissionais é um desafio constante. O match perfeito depende de inúmeros fatores – abrangendo as hard skills, soft skills e muitas outras características importantes para o bom desempenho do recém-contratado. O processo que, antes, demandava um trabalho árduo e cansativo por vias presenciais, se tornou mais ágil e otimizado graças à adoção das entrevistas online.
A tecnologia no setor quebrou todas as barreiras
geográficas, antes limitantes para a busca do profissional perfeito para uma
vaga. Horas parados no trânsito, longas distâncias até a sede da empresa e
dificuldades em conciliar uma série de entrevistas em meio às demais
responsabilidades, eram empecilhos que, hoje, foram praticamente extintos.
O contato e acesso entre o contratante e o
candidato foram extremamente favorecidos com a digitalização da área de recrutamento
e seleção. Em meio à inúmeras plataformas de gestão de processos, organização
de testes e canais de comunicação, se tornou muito mais fácil elaborar um
processo seletivo à distância – trazendo um enorme ganho de eficiência para
todos os envolvidos e, acima de tudo, mais assertividade quanto à escolha do
profissional.
Com a possibilidade de entrevistar e recrutar
profissionais de quaisquer lugares do mundo, o poder de comparação é muito
maior, diante de uma base de candidatos bem mais ampla para análise de todos os
requisitos exigidos para a vaga. Observando tamanha tendência, cada vez mais
empresas estão direcionando investimentos para essa missão.
Em um estudo divulgado pela Deloitte, 56% das
companhias já estão reformulando os seus processos de RH para torná-los mais
digitais. Ainda, 81% dos negócios em toda a América Latina consideram que um
departamento de recursos humanos tecnológico é essencial para a prosperidade no
mercado. As oportunidades de crescimento e destaque por meio de um processo de recrutamento
online são imensas – mas, acende certos cuidados a serem tomados nessa
adaptação.
O processo seletivo ideal deve sempre encontrar um
ponto de equilíbrio em sua análise. Ao invés de exigir que os candidatos
respondam à inúmeras etapas, questionários e testes, é preciso desenvolver uma
metodologia justa e direta – evitando desgastes de extensas horas de
questionários. Afinal, já se tornou claro que recrutamentos pautados apenas nas
hard
skills se mostram ineficientes como fatores decisivos para a seleção
de um candidato.
O conhecimento técnico é apenas a ponta de um
imenso iceberg de habilidades e competências de um profissional
excepcional. As empresas que se apegarem apenas a esse quesito, estarão fadadas
a uma limitação de recrutamento – visto que todo candidato pode ser treinado e
capacitado internamente para uma aprendizagem contínua em prol do
crescimento da organização no mercado. Todos esses pontos de análise devem
funcionar em harmonia, e não sendo desvalorizados diante de apenas uma característica.
Uma vez selecionado um amplo grupo de candidatos, é
importante utilizar os recursos tecnológicos, visando a comparação de cada
perfil com a aderência à cultura organizacional, conhecimentos técnicos
necessários e habilidades interpessoais para um bom relacionamento interno.
Uma boa organização, disciplina, boa vontade e
respeito, devem ser valores essenciais no processo de recrutamento. É preciso
obter a maior quantidade possível de informações acerca de cada profissional e,
principalmente, nunca deixar de organizar uma conversa pessoalmente para a
decisão final – afinal, o feeling obtido em uma entrevista
presencial é algo único e insubstituível, mesmo no universo digital. Unificando
as facilidades digitais na fase de avaliação e o bate papo frente a frente, as
empresas terão mais chances de encontrar o profissional ideal.
Ricardo Haag - sócio da Wide, consultoria
boutique de recrutamento e seleção.
Wide
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