Estimativa
é que vendas ligadas a vestuário, farmácia e perfumaria sejam alavancadas pela
data
No mês de
maio, as vendas no comércio varejista do Estado de São Paulo devem alcançar R$
83,1 bilhões, de acordo com estimativa da Federação do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Apesar da retração de
1,6% em comparação ao mesmo período de 2021, caso os números se concretizem,
este será o segundo melhor “mês das mães” desde o início da série histórica da
pesquisa, em janeiro de 2008.
O levantamento aponta, contudo, menos impacto da data no comércio, já que as
vendas das atividades mais sensíveis à ocasião devem apresentar retração de
3,4%. Em termos monetários, seriam R$ 1,6 bilhão abaixo do observado no mesmo
período de 2021.
Dentre as atividades que geralmente se destacam no período, apenas as lojas de
vestuário, tecidos e calçados (3,2%) e de farmácias e perfumarias (0,6%) tendem
a mostrar crescimento em função do Dia das Mães. Para o faturamento das lojas
de eletrodomésticos e eletrônicos, estima-se queda de 17%, enquanto que para as
lojas de móveis e decoração, a redução prevista é de 9,7%. Nos supermercados,
por sua vez, as vendas devem diminuir 2,6%.
A previsão é que, no mês, cada família destine R$ 2.973,40 – queda de 4,7% ante
maio do ano passado, quando alcançou R$ 3.120,48 – para a aquisição/o consumo
nos segmentos que, historicamente, são os mais procurados na data, ou seja,
assistência à saúde/beleza, eletrodomésticos e eletrônicos, mobiliários e
artigos do lar, vestuário, alimentação e produtos de higiene. Dentre eles,
vestuário é o único com estimativa de aumento nas vendas em tíquete médio
familiar. O segmento deve alcançar R$ 404,16 – 1,7% superior ao consolidado no
mesmo mês de 2021 (R$ 397,25).
Vendas em maio
Apesar da retração de 1,6% prevista para as vendas do varejo no mês de maio, de
acordo com a FecomercioSP, o ritmo que estes números sinalizam é o principal
fator a ser avaliado. Isso, porque é preciso considerar a base de comparação
bastante positiva, já que o resultado alcançado no mesmo período do ano passado
foi o maior de toda a série histórica, atingindo R$ 84,4 bilhões.
A taxa estimada para este ano pode ser um indicativo de redução no ritmo do
consumo. Neste sentido, o fator mais preocupante – e o obstáculo que pode ser
decisivo para a manutenção de um ciclo mais aquecido e sustentado de vendas – é
a inflação, elemento de maior impacto negativo sobre o poder de compra das
famílias, em especial se considerarmos o alto nível de endividamento dos
consumidores.
FecomercioSP
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