Especialista da Fecomércio MG explica como empresários e consumidores podem fazer dessa data uma oportunidade para bons negócios
Lojas movimentadas e expectativa por
descontos acima da média. Sinônimo de promoções e oportunidades, a Black Friday
registra números expressivos para o comércio varejista. Neste ano, a data deve
movimentar R$ 3,93 bilhões no país, sendo R$ 377,01 milhões em Minas Gerais.
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC),
essa projeção é a maior registrada para o período, desde a sua chegada ao
Brasil, em 2010.
Assim, o faturamento das vendas on-line e
presenciais deve crescer 3,8% em relação ao ano passado. Entretanto, a data,
marcada neste ano para o dia 26 de novembro, deve sofrer os efeitos da inflação
em alta. Com o aumento da pressão sobre os preços, o volume faturado deve
recuar 6,5% pela primeira vez desde 2016. Em outubro, o Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação no país, alcançou o patamar de
10,67% para os últimos 12 meses.
Em Minas Gerais, mesmo diante da inflação,
45,2% dos empresários esperam um aumento de até 25% do volume de vendas para a
Black Friday em função das ações previstas para o período. Para atingir esse
objetivo, 29% das empresas mineiras planejaram ações para a data, sendo que
17,5% oferecerão descontos superiores a 50% a fim de atrair os consumidores.
O economista-chefe da
Fecomércio MG, Guilherme Almeida, destaca os diferenciais da data para o
varejo, em especial aos canais digitais. “O período movimenta atividades e
proporciona a integração dos ambientes físicos e on-line. Não à toa, neste ano,
11,2% dos empresários pretendem realizar vendas on-line para a data, o que
requer atenção especial aos canais de atendimento”, explica.
Se você pretende driblar a inflação na Black
Friday, confira as dicas do nosso economista-chefe e aproveite para vender e
comprar com qualidade.
Dicas ao consumidor
1. Tenha um objetivo: identifique qual produto você quer ou precisa. Faça pesquisas em vários
sites e filtre suas preferências. Assim, você economiza tempo e dinheiro no
momento das buscas.
2. Identifique o valor
regular: pesquise o valor do
produto antes do anúncio da oferta. Confira se a promoção é realmente uma
oportunidade e não ‘a metade do dobro do preço’.
3. Pesquise os
fornecedores: faça compras com
empresas que possuem bom histórico e comentários positivos de clientes. Muitos
sites de busca reúnem esses dados conforme o produto e os comentários sobre a
entrega.
4. Estude as formas de
pagamento: algumas promoções
possuem condições especiais à vista. Por outro lado, o uso do cartão de crédito
sem juros pode ser a solução para realizar mais de uma compra, se você estiver
sem dinheiro. Se a compra for a prazo, planeje-se e tente pagar as prestações
sem se endividar.
Dicas ao empresário
1. Aproveite as
oportunidades: o ideal é aproveitar a
data – e o ‘esquenta da Black Friday’ para oferecer descontos imbatíveis, em
pelo menos um artigo da loja.
2. Negocie com os
fornecedores: desta forma, é
possível garantir um mix de produtos atrativos ao consumidor e repor
rapidamente os estoques para itens que possuam alta procura, não frustrando o
cliente.
3. Tenha atenção às
vendas on-line: verifique desde o
conteúdo dos seus canais de venda até se o servidor suportará o aumento das
visitas durante o período. Isso garantirá uma boa experiência ao usuário e a
conclusão da compra.
4. Fidelize o cliente: aproveite a data para ativar os canais de comunicação e manter o
cliente. Com informações mais precisas sobre o perfil desse consumidor, seus
interesses e desejos, é possível criar campanhas mais diretas e assertivas.
5. Diversifique as
formas de pagamento: com a pandemia de
Covid-19, os meios de pagamento digitais e eletrônicos ganharam terreno. Por
isso, ofereça desde possibilidades de compra à vista com desconto, no dinheiro,
até o uso de cartões de crédito, débito, Pix e boletos, se possível.
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