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segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Tireoidite pós-parto pode evoluir para hipotireoidismo e acomete até 10% das gestantes


“A tireoidite pós-parto acomete de 5,5 % a 11,3 % das mulheres entre o 3º e 6º mês pós-parto. Neste período, é importante a mãe ficar atenta a alguns sinais e sintomas que podem ser fundamentais para o diagnóstico do médico”, comenta a Dra. Rosália Padovani, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo - SBEM-SP.

 

A tireoidite pós-parto se manifesta, na sua forma clássica, com quadro inicial de hipertireoidismo, onde a paciente pode sentir palpitações, fadiga, intolerância ao calor, seguida de uma fase de hipotireoidismo onde a mamãe pode apresentar sintomas como alteração da concentração, falta de interesse e preocupação, pele seca, alterações de memória e diminuição de energia. Em raros casos pode haver dor na região cervical.

 

Segundo a endocrinologista, poucas mães conseguem identificar que esses sinais e sintomas possam ser por conta de alguma disfunção tireoidiana, pois nesse período é comum a mulher estar com sua atenção 100% voltada ao bebê, sentindo-se mais cansada e, algumas vezes, ansiosa ou ligeiramente deprimida.

 

A tireoidite pós-parto acontece porque, durante a gestação, fisiologicamente o sistema imunológico da mulher fica “suprimido”, ou seja, as células de defesa se organizam para não combater o bebê, que é um corpo estranho dentro do organismo da mulher. Após o nascimento do bebê, essas células do sistema imunológico voltam a se reorganizar e ocorre um “rebote imunológico” e é, neste momento, que as doenças autoimunes podem aparecer. A evolução normalmente é para eutireoidismo, mas algumas mulheres podem evoluir para um hipotireoidismo permanente.

 

“As pacientes com anticorpos antitireoidianos positivos têm mais chance de ter tireoidite pós-parto. O médico endocrinologista precisa acompanhar de perto estas pacientes e avaliar se o quadro vai evoluir para um hipotireoidismo permanente ou recorrência em uma eventual gestação posterior”, alerta Dra. Rosália.

 


SBEM-SP - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo

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