A inteligência pode ser definida como o conjunto das características intelectuais de um indivíduo. Isso envolve, portanto, as habilidades de reconhecer, compreender, raciocinar, conhecer, pensar e interpretar.
Segundo o Prof. Dr. Fabiano
de Abreu, PhD, neurocientista, psicanalista e biólogo, que tem mais de 20
artigos científicos publicados sobre QI, a inteligência tem participação
genética, já que vem como priori, ou gatilho. “Um percentual de genes que
produzem proteínas funcionais está implicada em várias funções neuronais,
incluindo a função sináptica para a neuroplasticidade, bem como as interações
celulares e o metabolismo energético”, explica.
O especialista aponta que estudos de
neuroimagem funcional e estrutural mostram que a inteligência geral não pode
ser atribuída a uma região específica do cérebro. “A inteligência inclui uma
rede de conexões como o córtex pré-frontal dorsolateral, o lobo parietal e o
córtex cingulado anterior, além de múltiplas regiões dentro dos lobos temporal
e occipital e os principais tratos da substância branca”, ressalta.
Abreu explica, ainda, que as áreas frontais e
parietais do cérebro têm relação com a inteligência fluída, que consiste na
capacidade de pensar e de raciocinar de forma abstrata e de resolver problemas.
Por outro lado, segundo o neurocientista, os
lobos temporais estão relacionados com a inteligência cristalizada, que envolve
o conhecimento que vem de uma aprendizagem anterior e de experiências
passadas.
“A região do lado esquerdo do córtex
pré-frontal, relacionada à capacidade lógica, independente do conhecimento
adquirido, que tem relação com os testes de QI, é precursora para o
desenvolvimento cognitivo geral e a inteligência é o resultado, também, da
integridade na participação de neurônios, sinapses e sua composição genética”,
aponta.
O especialista explica que os neurônios de
indivíduos com QI mais alto são capazes de traduzir a entrada e a saída no
potencial de ação entre neurônios com maior eficácia e alcançam maior resolução
de integração sináptica nas células piramidais do que indivíduos com QI mais
baixo.
“Hoje temos melhores resultados e descobertas
de como funciona a inteligência usando neuroimagens, estudos genéticos de GWAS,
neurociência celular em tecido cerebral humano ressecado, entre outros, que
revelam como funciona a inteligência humana, usando como referência indivíduos
com avaliação em testes de QI. Fazendo uma analogia: o genótipo para
inteligência é a região do raciocínio lógico, enquanto o fenótipo para a
inteligência é a cognição”, finaliza o neurocientista.
Este conteúdo faz parte do estudo denominado
'Inteligência DWRI' deste cientista, publicado em artigo científico, Dr.
Fabiano de Abreu é membro das associações brasileira e portuguesa de
neurociências, Federação Européia de Neurociências e membro da Mensa,
associação de pessoas mais inteligentes do mundo com sede na Inglaterra. O
estudo comprova que a região da lógica e tomada de decisões no cérebro
orquestra todas as demais inteligências e que o teste de QI é determinante para
avaliação de inteligência.
Notícia em Portugal: https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/cientista-luso-brasileiro-descobre-novo-tipo-de-inteligencia
Artigo publicado: https://www.journalijdr.com/sites/default/files/issue-pdf/20911.pdf
Fabiano de Abreu Rodrigues
- doutor em Ciências da Saúde nas áreas de
Neurociências e Psicologia, com especialização em Propriedades Elétricas dos
Neurônios pela Universidade de Harvard. É, também, diretor do CPAH (Centro de
Pesquisas e Análises Heráclito).
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