Pesquisar no Blog

domingo, 28 de novembro de 2021

QI define inteligência e influencia nas demais inteligências, aponta especialista

A inteligência pode ser definida como o conjunto das características intelectuais de um indivíduo. Isso envolve, portanto, as habilidades de reconhecer, compreender, raciocinar, conhecer, pensar e interpretar. 

Segundo o Prof. Dr. Fabiano de Abreu, PhD, neurocientista, psicanalista e biólogo, que tem mais de 20 artigos científicos publicados sobre QI, a inteligência tem participação genética, já que vem como priori, ou gatilho. “Um percentual de genes que produzem proteínas funcionais está implicada em várias funções neuronais, incluindo a função sináptica para a neuroplasticidade, bem como as interações celulares e o metabolismo energético”, explica. 

O especialista aponta que estudos de neuroimagem funcional e estrutural mostram que a inteligência geral não pode ser atribuída a uma região específica do cérebro. “A inteligência inclui uma rede de conexões como o córtex pré-frontal dorsolateral, o lobo parietal e o córtex cingulado anterior, além de múltiplas regiões dentro dos lobos temporal e occipital e os principais tratos da substância branca”, ressalta. 

Abreu explica, ainda, que as áreas frontais e parietais do cérebro têm relação com a inteligência fluída, que consiste na capacidade de pensar e de raciocinar de forma abstrata e de resolver problemas.  

Por outro lado, segundo o neurocientista, os lobos temporais estão relacionados com a inteligência cristalizada, que envolve o conhecimento que vem de uma aprendizagem anterior e de experiências passadas. 

“A região do lado esquerdo do córtex pré-frontal, relacionada à capacidade lógica, independente do conhecimento adquirido, que tem relação com os testes de QI, é precursora para o desenvolvimento cognitivo geral e a inteligência é o resultado, também, da integridade na participação de neurônios, sinapses e sua composição genética”, aponta. 

O especialista explica que os neurônios de indivíduos com QI mais alto são capazes de traduzir a entrada e a saída no potencial de ação entre neurônios com maior eficácia e alcançam maior resolução de integração sináptica nas células piramidais do que indivíduos com QI mais baixo. 

“Hoje temos melhores resultados e descobertas de como funciona a inteligência usando neuroimagens, estudos genéticos de GWAS, neurociência celular em tecido cerebral humano ressecado, entre outros, que revelam como funciona a inteligência humana, usando como referência indivíduos com avaliação em testes de QI. Fazendo uma analogia: o genótipo para inteligência é a região do raciocínio lógico, enquanto o fenótipo para a inteligência é a cognição”, finaliza o neurocientista.  

Este conteúdo faz parte do estudo denominado 'Inteligência DWRI' deste cientista, publicado em artigo científico, Dr. Fabiano de Abreu é membro das associações brasileira e portuguesa de neurociências, Federação Européia de Neurociências e membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo com sede na Inglaterra. O estudo comprova que a região da lógica e tomada de decisões no cérebro orquestra todas as demais inteligências e que o teste de QI é determinante para avaliação de inteligência.  

Notícia em Portugal: https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/cientista-luso-brasileiro-descobre-novo-tipo-de-inteligencia

https://www.jm-madeira.pt/comunidades/ver/117806/Cientista_luso-brasileiro_descobre_novo_tipo_de_inteligencia

Artigo publicado: https://www.journalijdr.com/sites/default/files/issue-pdf/20911.pdf

 


Fabiano de Abreu Rodrigues - doutor em Ciências da Saúde nas áreas de Neurociências e Psicologia, com especialização em Propriedades Elétricas dos Neurônios pela Universidade de Harvard. É, também, diretor do CPAH (Centro de Pesquisas e Análises Heráclito). 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados