Apego ao aparelho
se tornou tão sério e comum, que já ganhou até nome pelos especialistas
Atualmente, o celular é um item essencial para a
rotina de qualquer pessoa, seja para o trabalho, comunicação, pesquisa, estudos
ou até para o lazer. Entretanto, seu uso deve ser moderado, e a dependência do
aparelho, controlada, para não haver excessos. Um estudo realizado no Brasil
pelo Departamento de Medicina Comunitária do Instituto de Ciências Médicas de
Derhandun, Uttarakhand e do Departamento de Medicina Comunitária de PGIMER, Chandigarh,
na Índia, revelou que 68% dos participantes relataram dependência do aparelho.
De acordo com a psiquiatra e professora do curso de
Medicina da Universidade Positivo, Raquel Heep, ansiedade, depressão, solidão,
angústia, palpitações, falta de ar e dor de cabeça são alguns dos sintomas da
nomofobia. “Ela pode ser uma causa, por exemplo, de problemas de
ansiedade, transtornos de pânico, insônia, além de outras consequências
físicas e mentais”, esclarece. “É comum haver pessoas que acordam durante
a noite para checar o celular, o que afeta na qualidade de sono. Também tem
quem leve o aparelho para o banheiro, para a hora da refeição e inclusive para
o lazer”, complementa Raquel. Segundo ela, essas ações devem acender uma luz
vermelha nos hábitos para que não se tornem vícios. "Como o apego pelo
smartphone é muito grande na maioria das pessoas, o ideal é usá-lo cada vez
menos para gerar o mínimo de ansiedade pela falta do item durante a
rotina", salienta.
Em alguns casos, é necessário o uso de medicamentos
prescritos por psiquiatras, já que se trata de uma doença bem específica da
área da saúde mental. “Muitas vezes, é preciso associar com psicoterapia,
relacionar a medidas de higiene de sono, adequar rotinas, colocar limites no
uso do aparelho celular para o trabalho e até mesmo para o lazer”, completa a
especialista.
Universidade Positivo
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