Setor de Serviços,
porém, apresentou a maior confiança dos últimos sete anos, segundo Sondagem
econômica das MPE, realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV
A confiança dos donos de pequenos negócios voltou à
estabilidade, em outubro, após ter apresentado uma ligeira queda no último mês
de setembro. A Sondagem
Econômica das Micro e Pequenas Empresas, realizada mensalmente pelo Sebrae,
em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), detectou que o IC-MPE, que
agrega os índices de confiança dos três principais setores da economia
(comércio, serviços e indústria de transformação) se manteve nos 98,7 pontos.
Apesar da estabilidade em relação a setembro, desde
o início de 2021 a confiança dos empreendedores tem apresentado um crescimento
sustentado. Em janeiro, o Índice de Confiança dos Pequenos Negócios estava em
90,8. “Essa evolução do nível de confiança confirma uma recuperação consistente
dos pequenos negócios, mas indica também que ainda há uma certa insegurança
entre os empresários. Com a campanha de vacinação e as medidas do governo que
ampliaram o crédito e reaqueceram a economia, estamos virando a página da
pandemia. Mas, o receio pela alta da inflação e da instabilidade econômica
ainda geram preocupação”, comenta o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Melles explica que grande parte do aumento do
índice de confiança dos pequenos negócios, desde o início do ano, pode ser
explicado pelo impulsionamento do Serviços. De acordo com a Sondagem, pelo
sétimo mês consecutivo os empreendedores desse setor apresentaram aumento no
índice de confiança que atingiu, em outubro, 99,1 pontos, um aumento de 2,3
pontos se comparado com setembro e o maior índice desde dezembro de 2013,
quando atingiu o patamar de 100,2 pontos.
A alta do MPE-Serviços deveu-se à percepção atual
das atividades por parte donos de pequenos negócios. O Índice da Situação Atual
das MPE de Serviços (ISA-S-MPE) avançou 6 pontos, alcançando o patamar de 97
pontos. Esse resultado foi influenciado tanto pela percepção de melhora das
empresas sobre o volume de demanda atual, cujo índice subiu 7,3 pontos, quanto
pela situação atual dos negócios, que avançou 4,8 pontos. “Essas boas
expectativas acabam influenciando também no mercado de trabalho. De acordo com
a Sondagem de outubro, o aumento da expectativa de contratação por esses
empreendedores cresceu pelo quinto mês consecutivo e obteve seu melhor
resultado em oito anos. Cerca de 22% pretendem fazer novas contratações”,
frisou o presidente do Sebrae.
Os destaques para a melhora da confiança desse
setor foram os serviços de informação, os serviços prestados às famílias e os
de transporte. O segmento que representa os demais serviços (outros) se manteve
relativamente estável ao recuar 0,2 ponto. Enquanto a confiança das empresas do
segmento de serviços profissionais recuou 1,1 ponto.
Comércio
O Índice de Confiança das MPE do Comércio, em
outubro, manteve-se estável em 92,9 pontos. Apesar de um recuo no Índice da
Situação Atual e no indicador que mede o volume da demanda atual, o Índice de
Expectativas das MPE do Comércio avançou 3,3 pontos, para 91,0 pontos,
recuperando 2/3 das perdas sofridas em setembro.
“Esta percepção de melhora no curto prazo por
parte do setor pode estar relacionada à diminuição do número de casos e mortes
relacionadas a Covid-19 e à flexibilização das medidas restritivas. Como
consequência, o setor está ‘apostando’ no aumento das vendas para as festas de
final do ano”, pontua o presidente do Sebrae.
Indústria de Transformação
A confiança das MPE da
Indústria de Transformação (MPE-Indústria) manteve o movimento de queda pelo
terceiro mês consecutivo recuando 3,6 pontos, para 98,4 pontos, passando para
zona de pessimismo. “O sentimento de piora com as expectativas de curto prazo
por parte dos donos de micro e pequenas empresas no segmento da indústria foi
fator preponderante da queda da confiança. Todos os indicadores que o compõem
recuaram, com destaque para o de produção para os próximos três meses que caiu
7,6 pontos, para 96,7 pontos”, observou o presidente do Sebrae. As empresas de
vestuário foram as que mais sofreram negativamente no mês de outubro: a
confiança caiu 9,1 pontos, para 90,0 pontos, menor nível desde junho de 2021
(80,9 pontos).
Confira o Infográfico com os detalhes da sondagem aqui
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