Até quando vale a pena realizar procedimentos estéticos em busca da perfeição?
Cirurgião
Plástico Alan Landecker alerta sobre distúrbio que faz com que pessoas busquem
procedimentos estéticos (reais) para se aproximarem de suas versões perfeitas
de beleza
O estilo de vida da
sociedade atual, pautada pelo consumo e pela imagem perfeita, estimula as
pessoas a cada dia tornarem-se mais insatisfeitas com o próprio corpo e tomarem
medidas extremas para mudar suas imperfeições.
Conhecido também como
“transtorno dismórfico corporal”, a dismorfofobia corporal é uma doença
psiquiátrica, que precisa de atenção, uma vez que é capaz de colocar a vida do
paciente em risco.
Há diversos casos que
repercutem na mídia, principalmente de celebridades que exageraram e adquiriram
a Síndrome Dismórfica. Exemplos do cantor Michael Jackson, do modelo brasileiro
Rodrigo Alves (mais conhecido como Ken Humano) que se tornou Jessica Alves e,
recentemente, Liziane Guitierrez, que participou do reality show A Fazenda, da
TV Record.
Para Alan Landecker, membro
da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), esses pacientes apresentam
uma preocupação desmedida com a aparência e acabam realizando um número
exagerado de cirurgias plásticas. Com isso, acabam desenvolvendo complicações
devido à realização excessiva de intervenções no mesmo local. “O paciente que
sofre de dismorfofobia corporal se sente angustiado com a aparência e, por mais
que tentamos alertar e impor limites, ele irá buscar um profissional que possa
mudar o que ele acha que está errado para ter a tão sonhada proporção perfeita
e simétrica no rosto e no corpo. Mas, se a pessoa deseja melhorar alguma coisa
e o resultado for natural e o satisfaz, isso não é um vício”, adverte o médico.
Segundo o cirurgião
plástico, ainda que pareçam inofensivos, tais procedimentos podem causar
intenso sofrimento às pessoas, já que o objetivo principal da cirurgia plástica
é fazer um procedimento que fique o mais natural e harmônico possível. Quando
bem indicada e realizada, a cirurgia plástica eleva a autoestima e traz
resultados extremamente positivos, restabelecendo não só a dignidade física,
como também a emocional. “Passando dos limites o resultado fica artificial. O
importante é saber escolher o local onde será realizado o procedimento e que
tipo de intervenção seja indicada pelo médico. Além disso, é preciso debater
mais sobre o assunto para ajudar a livrar essas pessoas desse sofrimento. As
pessoas precisam entender que atrizes, modelos e digitais influencers possuem
imperfeições como todos. Cada corpo tem sua beleza e característica”, pondera
Landecker.
Dr. Alan Landecker - membro
titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), da Sociedade
Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da (Sociedade
Internacional de Rinoplastia) com cerca de 20 anos de experiência. É formado em
medicina e cirurgia geral pela Universidade de São Paulo (FMUSP) CRM-SP 87043 e
em Cirurgia Plástica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e
Clínica Ivo Pintanguy. Especialista em Rinoplastia estruturada primária e
secundária (Rhinoplasty Fellow) pela University of Texas Southwestern em
Dallas, Texas, EUA, sob o Dr. Jack P. Gunter. É precursor da Rinoplastia
Balanceada, que tem por base utilizar a técnica inovadora de piezoelétrica
(ultrasônica) aliada às técnicas cirúrgicas de rinoplastia estruturada e
preservadora com o objetivo de realizar uma cirurgia capaz de oferecer o máximo
de previsibilidade, com o menor trauma cirúrgico possível e minimizar as
chances de complicações, além de facilitar eventuais reoperações. www.landecker.com.br - Instagram:
@drlandecker
Nenhum comentário:
Postar um comentário