Número de óbitos caiu de 455 em setembro de do ano passado
para 396 no mesmo período de 2021
De
acordo com os novos dados do Infosiga SP, sistema do Governo do Estado
gerenciado pelo programa Respeito à Vida e Detran.SP, o Estado de São Paulo
teve queda de 13% no número de mortes no trânsito em setembro de 2021, na
comparação com o mesmo período do ano passado. Em setembro de 2020 foram
registrados 455 óbitos nas vias paulistas, contra 396 no mês passado.
No
acumulado dos primeiros nove meses de 2021 foram contabilizados 3.593 óbitos
por acidentes de trânsito, contra 3.576 entre janeiro e setembro do ano
passado, um pequeno aumento de 0,5%. Com relação aos acidentes com vítimas,
houve uma pequena redução de 0,2%, passando de 14.503 casos em setembro de 2020
para 14.475 em setembro de
2021.
Na Região Metropolitana de São Paulo e
na capital a redução de mortes no trânsito foi ainda maior. No comparativo
entre setembro de 2020 e de 2021, as quedas nos óbitos foram, respectivamente,
de 21% e 23%. Na Região Metropolitana o número de óbitos caiu de 145 em
setembro do ano passado para 114 em setembro de 2021; na capital, a queda foi
de 74 para 57 mortes na comparação dos mesmos períodos.
“As fatalidades no trânsito vêm
apresentando gradativa e contínua queda. Isso demonstra o acerto das ações do
Programa Respeito à Vida na educação para o trânsito, mobilidade urbana e
segurança viária. E gostaria também de valorizar o papel das prefeituras na
adoção de ações que reduzem os acidentes”, destaca Neto Mascellani,
diretor-presidente do Detran.SP.
Meios
de transporte
Na
comparação entre setembro de 2020 e de 2021, a maior redução de óbitos no
trânsito no Estado de São Paulo foi referente aos acidentes envolvendo ciclistas,
que caíram 37,5%, de 32 em 2020 para 20 em 2021. Também se verificou uma queda
de 26,9% nas mortes de ocupantes de automóveis, que passaram de 119 no ano
passado para 87 em 2021. Houve ainda uma redução significativa de 26,2% nas
mortes de pedestres, que caíram de 84 em setembro do ano passado para 62 no
mesmo período deste ano. O único modal que registrou aumento de mortes foi o de
motocicletas: em 2020, foram 184 ocorrências, contra 197 em 2021, um acréscimo
de 7,1%.
Sobre
o programa Respeito à Vida
Programa
do Governo do Estado de São Paulo, atua como articulador de ações com foco na
redução de acidentes de trânsito. Gerido pela Secretaria de Governo por meio do
Detran.SP, envolve ainda as secretarias de Comunicação, Educação, Segurança
Pública, Saúde, Logística e Transportes, Transportes Metropolitanos,
Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento Econômico e Direitos da Pessoa com
Deficiência.
O
Respeito à Vida também é responsável pela gestão do Infosiga SP, sistema
pioneiro no Brasil, que publica mensalmente estatísticas sobre acidentes com
vítimas de trânsito nos 645 municípios do Estado. O programa mobiliza a
sociedade civil por meio de parcerias com empresas e associações do setor
privado, além de entidades do terceiro setor. Em outra frente, promove
convênios com municípios para a realização de intervenções de engenharia e
ações de educação e fiscalização.
Diversas
medidas têm sido adotadas para reduzir a mortalidade relacionada nas rodovias
do Estado de São Paulo Entre elas, algumas de maior impacto podem ser
destacadas.
Velocidade
no atendimento
A
redução no tempo de atendimento às vítimas de acidentes pode reduzir a
mortalidade em até 60%. Em rodovias, esse aspecto é ainda mais relevante, dado
os tempos naturalmente dispendidos entre o deslocamento da equipe de resgate
até o local do acidente e, em situações mais graves, dali para o hospital mais
próximo. Os socorristas chamam esse período crítico de “A Hora de Ouro”, que é
absolutamente relevante para as estatísticas de salvamentos de acidentes de
trânsito.
Iluminação
em trechos urbanos
Estudos
indicam forte redução de mortalidade em trechos urbanos de rodovias que foram
iluminadas. Um estudo que reuniu resultados de 50 pesquisas referentes ao
impacto sobre os acidentes da iluminação em vias previamente não iluminadas
concluiu pela de redução de 60% em acidentes fatais nessas áreas.
Cinto
de segurança no banco traseiro
Uma
pesquisa realizada pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP)
em rodovias concedidas indicou, em 2019, que em torno de 10% das pessoas não
usam o cinto de segurança nos bancos dianteiros e 30% no banco traseiro. Essa
prática é de extrema importância e vem sendo estimulada por meio de campanhas
educativas e fiscalização, uma vez que estudos indicam redução de mortalidade
em torno de 25% para ocupantes do banco traseiro e 45% para os bancos
dianteiros.
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