Imunizante protege contra o vírus influenza, causador do H1N1, alerta infectologista do CEJAM
Enquanto o SUS (Sistema Único de Saúde) celebra
o avanço da vacinação contra a Covid-19 em todo Brasil, uma outra campanha de
imunização tem preocupado os especialistas. Neste ano, a adesão à vacinação
contra a gripe está bem abaixo do esperado, mesmo durante o inverno, estação do
ano em que a incidência de doenças respiratórias, como rinite, asma e
resfriado, é maior.
Segundo o Ministério
da Saúde, cerca de 72% das pessoas que fazem parte dos grupos prioritários,
compostos por idosos, crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas e
trabalhadores da saúde e educação, tomaram a vacina. O objetivo é imunizar ao
menos 90%.
Além destes grupos, a
vacinação já foi liberada para a população geral, e a busca do imunizante por
estas pessoas também está baixa.
A dose é responsável
pela imunização contra o vírus influenza e é capaz de proteger a população
contra os sorotipos A, conhecido como (H1N1) e (H3N2); e B, que não possui
subtipos e é considerado mais grave.
A infectologista e
coordenadora do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) do CEJAM -
Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", Dra. Rebecca Saad,
destaca a importância da vacinação contra a gripe para reduzir a gravidade da
doença.
"A vacina, além de
prevenir, suaviza os efeitos numa eventual infecção, reduzindo
consideravelmente a necessidade de internação e evolução de quadro",
explica.
Vacina gripe x Vacina
Covid-19
De acordo com a Dra.
Rebecca, um dos motivos pelos quais as pessoas têm deixado de tomar a vacina
contra a gripe este ano é a preocupação de que interfira na imunização contra o
Coronavírus.
"Soma-se a isso o
fato de, na maioria dos casos, as pessoas terem que ir à unidade de saúde uma
terceira vez para tomar a vacina. Isso também tem contribuído para o descuido
da população", observa a especialista.
A vacina contra a
gripe é disponibilizada gratuitamente pelo SUS e o intervalo entre ela e as
doses que previnem contra o Coronavírus deve ser de ao menos 14 dias.
"Assim como a
vacina contra a Covid-19 e todos os imunizantes disponibilizados para prevenir
doenças virais, é importante que o máximo da população esteja imunizado para
que haja a diminuição da circulação e propagação dos vírus", alerta a
infectologista.
Contraindicação
A campanha de
vacinação contra a gripe 2021 foi lançada em 12 de abril e a liberação da
imunização à população geral aconteceu no mês de julho, podendo ser realizada
em postos e UBSs (Unidades Básicas de Saúde), enquanto durar o estoque nas
unidades.
O imunizante é
contraindicado apenas para crianças menores de 6 meses e pessoas com histórico
de anafilaxia (reação a um alérgeno) nas doses anteriores.
Pacientes alérgicos a
ovo podem e devem tomar a vacina normalmente, pois, segundo a Asbai (Associação
Brasileira de Alergia e Imunologia), graças aos avanços da ciência, a
quantidade utilizada foi reduzida substancialmente na produção das doses,
tornando improvável algum efeito colateral por conta componente.
"Se você ainda
não tomou a dose da vacina contra a gripe, sendo ou não parte dos grupos de
prioritários, vá até uma unidade de saúde próxima e faça a sua parte,
imunizando-se também contra esta doença, principalmente neste período em que
tantas pessoas tendem a ficar gripadas", finaliza a médica.
CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas
"Dr. João Amorim"
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