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sábado, 25 de maio de 2019

PESQUISAS MOSTRAM OS IMPACTOS DA MENSTRUAÇÃO NA VIDA DAS MULHERES


 SEMPRE LIVRE® e Plan International contribuem com as discussões sobre o tema com dados que reforçam a importância de falarmos mais abertamente sobre menstruação.


Tendo em vista o Dia Internacional da Higiene Menstrual (28 de maio) e a importância de conscientizar cada vez mais pessoas sobre a necessidade de se falar mais abertamente sobre menstruação , SEMPRE LIVRE® e Plan International se uniram para levar informações a 6 mil meninas e meninos, colaborando para que elas se sintam mais confortáveis com o seu próprio corpo e progridam na vida.
Desde maio de 2018, quando lançou o seu novo posicionamento de marca, SEMPRE LIVRE® vem trabalhando para incentivar debates e contribuir para a naturalização das conversas sobre menstruação por meio de estratégias diversas para oferecer mais informações e quebrar os estigmas em torno do assunto. Um exemplo é o site Só Delas, um hub que oferece conteúdos diversos sobre saúde da mulher, higiene íntima feminina e lifestyle.
Este ano, a marca vai trazer ações para o seu discurso e movimento por meio da campanha Sempre Juntas pelo Progresso, doando 30.000 absorventes e R$ 155.000,00 para a ONG Plan International para financiar projetos de educação voltados para meninas em situação de vulnerabilidade no Piauí e no Maranhão.
“A relação das meninas e mulheres com o seu próprio corpo é um reflexo dos muitos parâmetros sociais que ainda são carregados de preconceitos. Se nos educarmos para parar de ver o corpo da mulher como um objeto, passaremos a enxergá-las como pessoas, e isso é parte da desconstrução que precisamos trabalhar, principalmente sobre temas como a menstruação”, diz Viviana Santiago, Gerente de Gênero e Incidência Política na Plan International.
E não faltam dados para endossar a necessidade de levar informações sobre menstruação e temas relacionados a mais pessoas e incentivar essas conversas: no ano passado, SEMPRE LIVRE® e KYRA Pesquisa & Consultoria fizeram uma pesquisa com 1500 mulheres de cinco países diferentes para falar sobre os principais estigmas da menstruação. Os resultados mostraram que 54% das entrevistadas sabiam muito pouco ou nada sobre menstruação antes da menarca e que 56% se sentiam incomodadas durante o período em que estavam menstruadas. Além disso, 33% não saíam de casa e 49% costumavam perder aulas por causa da menstruação.
Além de dados globais, a pesquisa também proporcionou recortes locais mostrando aspectos da cultura de cada país que ainda influenciam na relação das mulheres com a menstruação e refletem até mesmo no seu papel social. No Brasil, por exemplo, 43% das entrevistadas não andam descalças quando estão menstruadas. Sem as informações corretas, meninas e mulheres mudam os seus hábitos simplesmente por não compreenderem totalmente o que está se passando com o seu corpo durante o ciclo menstrual.
Um grupo de pesquisas realizado pela Plan International com 23 meninas em situação de vulnerabilidade e atendidas pelos projetos da ONG no Maranhão também ajudou a trazer insumos para a discussão. Dados colhidos nas conversas com as entrevistadas mostram que 43,48% das participantes já deixaram de fazer alguma coisa porque estavam menstruadas. Algumas meninas disseram que deixavam de comer algo, de nadar ou ir à praia ou piscina. Os motivos vão desde a vergonha e interdições sociais a limitações físicas relacionadas com sintomas associados à menstruação.
A maioria das meninas e mulheres que responderam à pesquisa dizem que se sentem sujas e doentes quando estão menstruadas. Ao mesmo tempo, apesar dos sintomas associados à menstruação, a procura dessas meninas pelo serviço de saúde para tratarem esses sintomas ainda é baixa. Em uma das escolas, 65,22% das participantes que disseram nunca terem procurado o serviço de saúde para tratarem do tema.
A forma como a sociedade ainda enxerga e trata a menstruação também gera um grande impacto na relação das meninas com o seu próprio corpo e nos seus hábitos que acabam mudando simplesmente por estarem menstruadas. 65,22% das participantes da pesquisa sentiram que as pessoas passaram a tratá-la de forma diferente depois da menstruação. Durante as discussões nos grupos, as meninas afirmaram que a família disse que elas viraram “mocinhas”, e por isso atribuíram mais responsabilidades a elas, principalmente atividades domésticas. Além disso, elas deixavam de brincar com as outras crianças que ainda não tinham menstruado.
A higiene menstrual é um cuidado muito importante na rotina de muitas pessoas que se identificam como mulheres. No entanto, ainda existem muitos estigmas em torno do tema, gerando não só inseguranças até a menopausa, mas também infecções devido ao uso de materiais inapropriados e não higiênicos durante os dias da menstruação. Precisamos dar visibilidade ao tema, como também quebrar os tabus e medos que ainda impedem muitas mulheres de se sentirem mais confortáveis para expor suas dúvidas e mais confiantes em si mesmas e na sua feminilidade.
“Enquanto marca pioneira da categoria, SEMPRE LIVRE® acredita que sua principal contribuição dentro desse cenário é promover essas discussões em prática e ajudar a conscientizar mais pessoas sobre uma realidade em que milhares de mulheres ainda são afetadas pela falta de informações sobre higiene menstrual e menstruação” afirma Cristina Santiago, diretora de Marketing de Essentials e Self Care da Johnson & Johnson Consumo.


Dados adicionais sobre as pesquisas de SEMPRE LIVRE e da Plan International
A pesquisa de SEMPRE LIVRE® com a KYRA Pesquisa & Consultoria, perguntou a 1500 mulheres de diferentes países e faixas etárias sobre como se sentem quando estão menstruadas, e se a menstruação atrapalha as suas vidas de alguma forma. Foram mulheres do Brasil, Argentina, Índia, África do Sul e Filipinas.
·         79% das entrevistadas sentem-se confortáveis em falar sobre menstruação com pessoal com quem têm intimidade, como sua mãe e amigas, mas evitam falar com homens (pais, irmãos, amigos, professores, e até mesmo seus parceiros);
·         54% das entrevistadas afirmam mudarem seus hábitos quando estão menstruadas. Dentre as atividades que mais evitam fazer estão: entrar na piscina, praticar esportes, ir à praia, dormir fora de casa, e até mesmo sair de casa ou ir viajar;
·         39% das entrevistadas nos cinco países sentem vergonha quando precisam pedir um absorvente emprestado – no Brasil o número sobe para 46%;
·         Algumas das principais sensações/sentimentos que as mulheres relatam sobre quando estão menstruadas são: desconforto, ansiedade, fragilidade, preocupação, inchaço, mal odor e não se sentem atraentes.
Uma roda de conversas, realizada pela Plan International sobre higiene menstrual e acesso à informação sobre o tema, entrevistou 23 meninas em situação de vulnerabilidade social, atendidas pelos projetos da ONG no Maranhão, e levantou alguns insights relevantes sobre a questão;
·         O perfil das meninas participantes da pesquisa conta com 78,27% são negras (pretas e pardas). 78,26% das garotas estudam; 73,91% não trabalham; 86,96% menstruam e a maioria possui o ensino médio incompleto;
·         65,22% das participantes da pesquisa sentiram que as pessoas passaram a tratá-la de forma diferente depois da menstruação. Durante as discussões nos grupos, as meninas afirmaram que a família disse que elas viraram “mocinhas”, e por isso atribuíram mais responsabilidades a elas, principalmente as atividades domésticas. Além disso, elas deixavam de brincar com as outras crianças que ainda não tinham menstruado. Também disseram que o fato de terem menstruado era exposto para várias pessoas da comunidade onde viviam;
·         68,87% das participantes da pesquisa não se sentem confortáveis com a estrutura dos banheiros que utilizam nas escolas. Todas concordaram que mobilizar mais meninas e jovens em torno da discussão sobre saúde menstrual é uma boa oportunidade de realizar uma sensibilização sobre o tema da falta de higiene e de estrutura nos banheiros;
·         78,26% das participantes da pesquisa disseram que a menstruação é um período normal na vida das mulheres e apenas 4,35% disseram que é uma coisa boa;
·         Nas rodas de diálogo as meninas falaram muito sobre os sintomas associados à menstruação (dores, náuseas, alterações de humor e inchaço) e como isso afeta negativamente a relação delas com a menstruação;
·         Também foram pontuados os aspectos da vergonha, da limitação de poder sair ou fazer determinadas coisas, e de ter restrições alimentares. A maioria desses aspectos estava relacionada com o tabu da menstruação;
·         91,3% das participantes da pesquisa usa absorvente externo durante a menstruação e as demais usam absorvente interno;
·         A maioria das meninas e mulheres que responderam à pesquisa disse que se sentem sujas e doentes quando estão menstruadas;
·         Os estereótipos estavam presentes na sujeira, vergonha, fragilidade, doença, mal-estar e isolamento;





Johnson & Johnson Consumo do Brasil

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