O dia 31 de maio foi escolhido pela OMS
(Organização Mundial da Saúde) para alertar sobre as doenças relacionadas
ao tabagismo
O Dia
Mundial Sem Tabaco, que acontece em 31 de maio, foi criado em 1987 pela OMS
(Organização Mundial da Saúde) para advertir sobre os graves problemas
relacionados ao tabagismo. Além do temido câncer, o hábito pode causar
alterações na voz, na boca e na garganta.
“Fumar
causa irritação na mucosa do nariz, da boca e da laringe. Entre os diversos
problemas nessas regiões do organismo, o fumante pode desenvolver halitose,
rouquidão ou, até mesmo, câncer na laringe, para citar apenas alguns”, alerta o
Dr. Alexandre Enoki, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, com
especialização em laringologia e doutorado pela Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo.
Ainda
segundo a OMS, as doenças crônicas não transmissíveis – como diabetes, câncer e
doenças cardiovasculares – são responsáveis por mais de 70% de todas as mortes
no mundo, e o aumento da ocorrência dessas doenças tem sido impulsionado por
cinco fatores de risco: o uso do tabaco, a inatividade física, o uso nocivo do
álcool, as dietas pouco saudáveis e a poluição do ar.
Doenças
da voz, boca e garganta que podem estar relacionadas ao tabagismo
Disfonia
Significa
qualquer alteração na qualidade vocal, que deixa de ser normal, e passa a ter
características como aspereza, fraqueza, soprosidade, instabilidade, etc.
Geralmente, é causada por abusos vocais ou maus hábitos, como consumo excessivo
de álcool e cigarro, além de falar e cantar demasiadamente sem realizar um
preparo vocal adequado.
Halitose
Doença
que causa odor desagradável na boca, que pode ser ocasionada por higiene bucal
inadequada, problemas dentários, causas sistêmicas, como refluxo, doenças
pulmonares e do fígado ou outras alterações sistêmicas do organismo e, até
mesmo, consumo excessivo de álcool e tabagismo.
Câncer
na laringe
É
uma doença grave que atinge as cordas vocais ou qualquer outra estrutura da
laringe. Como consequência, um dos sintomas mais presentes é a rouquidão. Para
que o risco de desenvolver o câncer de laringe seja igual ao de uma pessoa não
fumante, estima-se que pode levar em torno de oito anos, a partir do último
cigarro. O diagnóstico em um estágio precoce (inicial) aumenta muito as chances
de sucesso no tratamento, podendo chegar a mais de 95% de cura completa. Um
ponto de extrema importância para o tratamento é o abandono do tabagismo,
presente em mais de 90% dos casos de câncer de laringe.
Câncer
de boca e faringe
O
câncer na boca pode acometer os lábios e o interior da cavidade oral, incluindo
a língua, gengiva e bochechas. A doença pode também se instalar na região da
faringe, estrutura comum ao aparelho digestivo e respiratório, localizada à
frente da coluna cervical. O
indivíduo que bebe e fuma tem os riscos aumentados consideravelmente de
desenvolver o problema nessas regiões.
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