Doença com alto
risco de complicações conta com exames moleculares para diagnóstico ágil e
preciso
Febre alta, mal-estar súbito e vômitos são sintomas
comuns a diversas doenças como gripe, viroses e, até mesmo, a temida meningite.
Devido a semelhança, a busca do paciente por consulta médica pode ser tardia, e
confundir o diagnóstico médico inicial.
Caracterizada pela inflamação nas meninges, membranas
que envolvem o cérebro e a medula espinhal, a meningite pode ser bacteriana,
viral, fúngica, tuberculosa ou inflamatória.
A forma mais grave da doença é a bacteriana, que
pode ser causada por bactérias como Neisseria meningitidis (meningococo), Streptococcus
pneumoniae (pneumococo), Haemophilus influenzae, Mycobacterium
tuberculosis, Streptococcus sp. (principalmente
do Grupo B), Listeria monocytogenes, Escherichia coli e Treponema
pallidum. Segundo o infectologista e professor do curso de Medicina
da Universidade Positivo, Dr. Alexandre Arias, as duas primeiras são as mais
preocupantes, pois evoluem rapidamente e podem provocar sequelas como cegueira,
surdez, amputação de membros, consequências neurológicas que dificultam a fala
e movimentos, e até mesmo, a morte.
Embora o número de casos não seja tão elevado, com
redução no comparativo entre anos anteriores, a doença é considerada endêmica
pelo Ministério da Saúde, podendo causar surtos e epidemias ocasionais. Em
2018, foram registrados 1.072 casos de doença meningocócica e 218 mortes, sendo
que em 2017 foram 1.138 e 266 casos respectivamente. Já a meningite
pneumocócica registrou 934 ocorrências e 282 mortes, em 2018, e 1.030 casos e
321 mortes, em 2017.
Com sintomas e consequências mais brandas, as
meningites virais respondem por cerca de 60% dos casos da doença no País: foram
registrados 7.873 casos e 93 mortes em 2018, e 7.924 casos e 107 mortes no ano
anterior. Os agentes causadores são Enterovírus, vírus do grupo herpes,
arbovírus (dengue, febre Zika Vírus, Chikungunya e febre amarela), vírus do
sarampo e da caxumba e adenovírus.
“Além de sintomas comuns de meningite, outros
geralmente se apresentam posteriormente, como a sensibilidade à luz, letargia,
rigidez no pescoço, confusão mental, delírio e convulsões. Por isso,
inicialmente o diagnóstico clínico possa pender para doenças de menor
gravidade”, alerta Arias. “O ideal é que o paciente ou responsável procure
orientação médica assim que surgirem os primeiros sintomas e fique atento à
evolução do quadro e resposta ao tratamento indicado. Caso os sintomas
permaneçam ou piorem, deve-se dirigir ao pronto-atendimento imediatamente”,
completa.
Avanços no diagnóstico
Pelo fato do tratamento ser diferente para cada
agente causador da meningite, o tempo e o diagnóstico preciso são fatores
importantes no tratamento e cura. Neste cenário, os exames laboratoriais por
biologia molecular são importantes aliados do tratamento médico: por meio da
técnica de PCR (Reação em cadeia da Polimerase), identificam por meio do
material genético os agentes causadores da doença, oferecendo resultados mais
rápidos e com alta sensibilidade e especificidade.
Desenvolvedora e distribuidora de produtos para
medicina diagnóstica, a Mobius Life Science fornece a laboratórios de análises
clínicas kits moleculares. Entre eles, um que identifica a meningite
bacteriana, especificando se a Neisseria meningitidis, o Streptococcus
pneumoniae ou o Haemophilus influenzae estão presentes
na amostra, e também um kit para detecção dos principais vírus que causam
meningite – Enterovírus, Vírus Herpes 1 e 2, Vírus Varicela-zoster, Parecovírus
humano e vírus da caxumba.
“Como a doença evolui rapidamente, quanto antes
realizado o diagnóstico e iniciado o tratamento com medicação adequada, menores
as sequelas e risco de vida”, pontua o responsável pelo controle antimicrobiano
do Hospital Pequeno Príncipe, Dr. Fábio Motta. No entanto, o médico ressalta
ainda que apesar da evolução no tratamento e diagnóstico da doença, a prevenção
por meio de vacinas é fundamental.
Mobius Life
Science
Nenhum comentário:
Postar um comentário