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quinta-feira, 30 de maio de 2019

Depois dos 50, tratamento da perda auditiva garante espaço no mercado de trabalho


Graças à tecnologia, não é mais preciso ter vergonha de usar aparelho auditivo no ambiente de trabalho; as modernas próteses garantem discrição e elegância, sem prejuízo do desempenho profissional


Pessoas maduras ou já na terceira idade estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho. Já se foi o tempo dos vovôs de pijama e das vovós apenas dedicadas aos netos e ao tricô. Muitos permanecem ativos em suas profissões, mesmo após a aposentadoria, seja por gosto ou necessidade. Vive-se cada vez mais e trabalha-se por mais tempo. A expectativa de vida dos brasileiros aumentou em mais de 30 anos, passando de 40,7 para 75,5 anos no período entre 1940 e 2015. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2016, o país tinha 4,5 milhões de idosos empregados. Além disso, o número de pessoas entre 50 e 64 anos no mercado formal de trabalho cresceu quase 30% entre 2010 e 2015, de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais).


Apesar da maior qualidade de vida, muitas pessoas beirando os 60 anos, ou mais, enfrentam dificuldades para se manter no emprego ou buscar uma realocação. Por isso, cuidar da saúde é fundamental. Fora o desafio de enfrentar a concorrência dos mais jovens, os idosos têm algumas limitações. E um dos problemas mais corriqueiros é a perda de audição, que afeta mais de 50% dos indivíduos maiores de 60 anos.

“A perda auditiva partir dos 60 anos faz parte do processo de envelhecimento natural, devido à morte das células ciliadas do ouvido, responsáveis pela audição. Por isso, é importante que o indivíduo procure um médico otorrinolaringologista assim que perceber dificuldades para ouvir, a fim de iniciar logo um tratamento e voltar a ouvir os sons do cotidiano”, ressalta a fonoaudióloga Isabela Papera, da Telex Soluções Auditivas.

Para manter um bom relacionamento no trabalho e não deixar que a deficiência auditiva prejudique o desempenho profissional, a melhor opção, na maioria dos casos, é o uso de aparelhos auditivos. A boa notícia é que hoje, graças à tecnologia, não é mais preciso ter vergonha de usar um aparelho. As modernas próteses encontradas no mercado são muito pequenas – algumas inclusive ficam escondidas dentro do canal auditivo – garantindo discrição e elegância e evitando constrangimentos no ambiente de trabalho. 

“Aparelhos auditivos garantem a inclusão de pessoas com diferentes graus de perda auditiva, sem ônus para a função desempenhada no emprego. Para idosos com perda auditiva moderada ou grave, é recomendado o uso de aparelhos para amplificar os sons e garantir uma boa rotina no trabalho. Assim, as empresas podem contar com aquele profissional mais experiente por mais tempo, o que é benéfico tanto para a empresa quanto para o idoso”, comenta a fonoaudióloga, que é especialista em audiologia.

Mais tempo no mercado do trabalho e também mais tempo nas salas de aula. Muitos adultos e até mesmo idosos vêm redescobrindo a sua vocação e começam um curso especializado ou uma faculdade. E para isso também, a audição é fundamental. Aliás, uma boa audição é fator prioritário para manter um bom convívio em sociedade, seja entre chefes e colegas de trabalho, amigos de classe e professores, bem como para ter sucesso nas tarefas do dia a dia.

Por isso, fica o alerta: para acompanhar os novos tempos no trabalho e agarrar as oportunidades é preciso cuidar da saúde auditiva. Sem uma boa audição, não se obtém o sucesso desejado na carreira e na vida.



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