De
quem seria a “culpa" pelas vagas disponíveis no mercado não estarem
preenchidas? Claro que existe a questão do preparo, do perfil, da insegurança
do candidato, mas também existe outro lado que não é muito debatido. As
exigências um pouco exageradas por parte das empresas na busca pelo
profissional!
O Coordenador de
Recursos Humanos da RH NOSSA, Pedro Gonçalves de Lima, percebe que há
muita mão de obra no mercado e que uma parte dos empresários já percebeu esse
detalhe e querem a pessoa perfeita. Muitas empresas se dão ao luxo de buscar
esta pessoa mais completa procurando um perfil altamente qualificado em
detalhes que não farão muita diferença:
"Um bom exemplo é
inglês que muitas vezes será utilizado vez ou outra no trabalho. Então chega
uma pessoa que é ótima, passa por todo o processo de seleção, tem todos os
requisitos técnicos e comportamentais, mas na hora de bater o martelo o
contratante acaba pensando se não há alguém mais perfeito".
Esta busca pela
perfeição atrapalha o processo também já que é pensado em buscar um
profissional. Quando o resultado é alguém que está 100% dentro da vaga,
ela acaba perdendo por detalhes demais que são exigidos - como no caso do
inglês perfeito:
"Muitas vezes é uma
questão que pode ser resolvida quando trabalhada de maneira correta. O mais
difícil é encontrar alguém que se enquadre e, se faltar um inglês ou outro
detalhes, a própria empresa pode dar este suporte com uma capacitação ou curso,
algo que a pessoa pode fazer o necessário depois de estar trabalhando.
O que não pode é por excesso de preciosismo perder um profissional
qualificado, este sim um detalhe raro e difícil de se encontrar" alerta
Pedro.
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