Cardiologista
do HCor alerta: tabagismo triplica risco de infarto
O consumo do tabaco está associado a 30% das
mortes por câncer, sendo mais de 90% deles de pulmão, 25% dos casos de infarto
agudo do miocárdio e quase metade dos derrames cerebrais
O
tabagismo custa à economia global mais de 1 trilhão de dólares por ano e poderá
causar um terço a mais de mortes até 2030 do que agora. Os dados fazem parte de
um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Instituto Nacional do
Câncer dos Estados Unidos publicado neste mês. O número de mortes relacionadas
ao tabaco deverá aumentar de cerca de 6 milhões para 8 milhões anualmente até
2030, sendo que mais de 80% delas vão ocorrer em países de baixa e média renda.
Se
não bastasse os estragos aos pulmões e a estreita relação com o aparecimento do
câncer, o tabagismo também figura entre os vilões quando o assunto é a saúde
cardiovascular. O cigarro é um dos maiores agressores do endotélio - aquela
parede de células que recobre os vasos sanguíneos. "Essa ação interfere
com a produção de uma substância protetora conhecida como óxido nítrico e faz
como que as artérias fiquem mais vulneráveis ao acúmulo de gordura. Há também
uma interferência no mecanismo de contração e relaxamento, o que resulta numa
maior dificuldade para o sangue circular", explica Dr. Abrão Cury,
cardiologista do HCor.
A
nicotina, substância encontrada no produto, é exercida pelos sistemas simpáticos
e parassimpáticos e, quando a adrenalina é liberada, influencia na redução de
consumo de oxigênio, e faz com que o corpo passe a absorver mais colesterol.
"A fumaça do cigarro contrai os vasos capilares dos pés e das pernas e, um
único cigarro, já é suficiente para contrair todos os vasos sanguíneos do
corpo. A cada tragada, ocorre um endurecimento das artérias do fumante, fazendo
com que o coração trabalhe mais intensamente", diz o cardiologista do
HCor.
Pare
de fumar e reduza as chances de ter um infarto
Qualquer
tipo de tabaco pode estimular a produção de novas placas nas artérias e piorar
a aterosclerose (acúmulo de gordura nas paredes das artérias). "Os homens
fumantes têm três vezes mais chances de ter um infarto, se comparado aos homens
não fumantes. Nas mulheres, esse risco é ainda maior. E não só os fumantes que
têm mais chances de sofrer um infarto. O fumante passivo tem aproximadamente
30% a mais de risco do que uma pessoa que não se expõe a fumaça do
cigarro", alerta.
Para
o cardiologista, a única forma de reduzir as chances de ter um infarto é parar
de fumar. "É importante lembrar que optar por cigarros com baixo teor de
alcatrão e nicotina não significa diminuir os riscos de infarto. Para facilitar
o processo de parar de fumar, há opções de medicamentos no mercado, além de
adesivos de nicotina e outros métodos. Mas acima de tudo, o bom resultado vai
depender da determinação e força de vontade do fumante", aconselha Dr.
Abrão Cury.
Programa
Vida Sem Cigarro HCor
O
cigarro é a principal causa de morte evitável no mundo e chega a reduzir a
expectativa de vida em 20 anos. E para auxiliar as pessoas a deixarem o cigarro
e parar de fumar, o HCor possui o Programa Vida Sem Cigarro - um serviço que,
em sua maior parte, é realizado por meio de consultas online - ideal para quem
tem dificuldade de deslocamento ou para aqueles que viajam com frequência.
O
programa online
tem início entre a primeira e a última avaliação presencial realizada pelo
médico, psicólogo e, se necessário, por um nutricionista. "A maior parte
do programa é realizada à distância e prioriza o bem-estar de cada paciente,
com a finalidade de superar as dificuldades e prestar o apoio necessário quando
houver recaídas", esclarece a coordenadora do Programa Vida sem Cigarro e
gerente do Serviço de Psicologia do HCor, Silvia Cury Ismael.
O
projeto consiste em sessões de 30 minutos, com o objetivo de orientar o
processo de cessação do cigarro, além de entrega de material de apoio.
"Ele é fácil de usar e pode ser utilizado por meio de dispositivo
instalado no computador, tablete
e celular", explica a coordenadora do programa.
Segundo
a psicóloga Silvia Cury Ismael, os jovens começam a fumar na idade de 10 a 15
anos e, muitas vezes, por influência dos pais (meninos) e por questões
emocionais (meninas). A ligação emocional com o cigarro é mais forte nas
mulheres do que nos homens - daí uma dificuldade maior em parar de fumar no
sexo feminino. "O narguilé entre jovens têm sido um grande vilão por
causar dependência, e ser um passo para outras drogas além do cigarro",
pontua Silvia.
Consultas
presenciais: com
uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogo, médico e nutricionista, se
for necessário, especializada em tabagismo, o programa tem como objetivo a
avaliação e reavaliação do paciente, para melhor dinâmica do programa.
Consultas
online: acompanhamento à distância com
psicólogo por vídeo consulta com o objetivo de orientar, apoiar dificuldades e
prevenir recaídas.
Para
conhecer o programa e se cadastrar, basta acessar o site www.vidasemcigarro.com.br ou entrar em contato com o Núcleo de
Atendimento Psicológico do HCor pelo telefone (11) 3053-6611 ramais: 7600 ou
7610 ou por e-mail: vidassemcigarro@hcor.com.br
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