Até 2020, 72% das empresas brasileiras terão
alto nível de automação; engenheiros são necessários em áreas como Inteligência
Artificial, Eletrônica Embarcada e gerência de processos
Uma
tendência de automatização e tomada de decisões com base em dados está tomando
conta dos processos industriais em todo o mundo. É a chamada Quarta Revolução
Industrial, ou Indústria 4.0. No Brasil, segundo dados da Price Waterhouse
Coopers (PwC), apenas 9% das empresas estão em nível avançado de digitização —
transformação dos processos nos mais automatizados e digitais possíveis. Porém,
até 2020, a expectativa é que o percentual salte para 72%, o que mostra uma
grande oportunidade de trabalho para engenheiros.
"Todas
as áreas que podemos observar oferecem boas oportunidades para os engenheiros
da computação, mas a industrial é a mais promissora. Por exemplo, em 2019 a
Toyota e a Lexus estão lançando carros elétricos no Brasil. É um braço da
indústria automotiva com enorme carência de engenheiros", afirma o
coordenador do curso de Engenharia da Computação no Centro Universitário
Internacional Uninter, Frank Alcantara.
Outros
campos em pleno crescimento são o uso da inteligência artificial para os mais
diversos ramos, como o mercado financeiro, a automação de processos, a
integração de máquinas a sistemas eletrônicos (Internet das Coisas) e o
processamento de dados. De acordo com a pesquisa conduzida pela PwC, 97% das
empresas acreditam que os dados serão essenciais para tomadas de decisão nos
próximos cinco anos.
Segundo
o professor, a grande demanda do mercado de trabalho não garante emprego para o
recém-formado. Para se destacar entre os colegas de profissão, é preciso ter
conhecimento de áreas como de Redes Neurais e Computação Quântica, que ainda
não são exploradas na maioria dos cursos de graduação.
Os
engenheiros eletricistas também contam com oportunidades de trabalho nessas
áreas, principalmente por meio da Eletrônica Embarcada, da Microeletrônica e da
Robótica. "O desenvolvimento de sistemas embarcados, por exemplo, está
revolucionando a Indústria 4.0. São computadores completamente dedicados ao
dispositivo que eles controlam, diferentemente dos computadores pessoais, que
são generalistas. Assim, conseguimos reduzir até mesmo o custo dos projetos, além
de otimizá-los", explica o coordenador do curso de Engenharia Elétrica da
Uninter, Juliano Pedroso.
O
engenheiro de produção com conhecimentos da Indústria 4.0 também pode se
destacar no mercado de trabalho, principalmente na Consultoria Industrial. Com sua
visão ampla do processo produtivo, pode identificar onde é possível implantar
automação e processamento de dados para otimizar processos e reduzir custos.
“Os engenheiros de produção são profissionais com visão holística. Conseguem
ver tudo o que ocorre em todos os departamentos da empresa para tomar as
decisões mais assertivas possíveis”, explica o coordenador do curso na Uninter,
Douglas Agostinho.
Grupo Uninter
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