Apenas 18% dos indivíduos entre 18 e 24 anos estão cursando uma graduação
A
educação é o elemento básico para mudar a situação de pobreza em um país.
Afinal, é ela quem oportuniza o pensamento crítico, aumenta o nível dos
empregos e melhora, consequentemente, a qualidade de vida. Contudo, mesmo sendo
item fundamental em uma nação em desenvolvimento como o Brasil, ainda deixa a
desejar. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad),
apenas 18% dos tupiniquins entre 18 e 24 anos são universitários.
O
número é um dos menores da América Latina. Na Argentina, por exemplo, 40% dos
jovens nessa faixa etária estão na faculdade. A taxa também afeta nosso posto
no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Pelo terceiro ano consecutivo,
paramos na 79ª colocação, em um ranking
de 189 países, de acordo com o Relatório do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Humano (PNUD).
O IDH
leva em conta três dimensões: saúde, educação e renda. Com relação ao ensino, a
média de tempo de estudo é de 15,4 anos. Aqui, em 2015, o indicador apontava
7,6 anos. Em 2017 subiu apenas para 7,8. Como o Brasil não consegue melhorar
efetivamente essa marca, não avança no pódio. Nosso vizinho, o Uruguai, ocupa a
55ª posição.
Como
alternativas para avanço no setor, especialistas defendem o fortalecimento de
programas, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Universidade
para Todos (ProUni). Além disso, o estágio também aparece como a maior porta de
entrada no mundo corporativo. Afinal, uma de suas prerrogativas básicas é
manter a juventude na escola. De acordo com o artigo 1º, da Lei de Estágio
11.788/08, a atividade visa a preparação do trabalho produtivo dos educandos
regularmente matriculados e frequentando o nível médio, técnico, superior ou
tecnólogo.
Segundo
a OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico , quem
conclui a faculdade tem 10% mais chance de conseguir um emprego e recebe, em
média, 56% mais em relação a quem possui apenas o ensino médio. Portanto,
investir na modalidade pode ser o grande passo para o sucesso. Isso porque
garante a capacitação até o fim da graduação e eleva o conhecimento geral.
Os
estagiários têm como benefícios a carga horária máxima de 6h diárias e 30h
semanais, auxílio-transporte, bolsa-auxílio, recesso remunerado e seguro contra
acidentes pessoais. Já para os empresários, essa contratação não cria vínculos
empregatícios. Logo, é isenta de encargos fiscais, como 13º salários, INSS,
FGTS, entre outros. Além é claro, da possibilidade de moldar um talento de
acordo com sua missão, visão e cultura.
Um
olhar inteligente do mercado tem como estratégia a evolução do país. Isso só
será possível com a integração de todos no universo social, político e
econômico!
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