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quinta-feira, 9 de maio de 2019

Depressão pode ser tratada com EMDR


EMDR é uma nova forma de psicoterapia desenvolvida com veteranos de guerra pela psicóloga Francine Shapiro nos EUA
A estimulação dos hemisférios cerebrais auxilia no reprocessamento das experiências traumáticas amenizando os sintomas da depressão


Depressão é assunto sério. Até mesmo pessoas famosas – que aos olhos do resto do mundo possuem tudo que é necessário para serem felizes – afirmam sofrer do transtorno e se recolhem em clínicas. Pois o quadro desse transtorno pode encontrar alívio real e bastante rápido se as memórias traumáticas acumuladas forem reprocessadas pelo cérebro. Para isso, a abordagem terapeutica do EMDR - aprovada pela Organização Mundial da Saúde - tem a solução.

Há 15 no Brasil, o EMDR é a terapia mais rápida e eficaz ao primeiro sinal de alerta de que alguma coisa errada. A Profª Drª Ana Lúcia Castello, psicóloga clínica e presidente da Associação Brasileira de EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing ou Dessensibilização e Reprocessamento por meio dos Movimentos Oculares), explica que a depressão é bastante complexa e tem ocupado a maior parte do interesse dos estudiosos.

Para o apontamento e tratamento eficaz dos transtornos depressivos e de ansiedade, a terapia de EMDR mostra sinais promissores. Segundo Ana Castello, quando o paciente apresenta um quadro de ansiedade generalizada ou de depressão profunda, muitas vezes isto pode estar ligado a traumas que ele viveu durante sua vida e o trabalho com a terapia de EMDR é eficaz para reprocessamento dos traumas.

"Por meio do EMDR, o profissional identifica a queixa que o paciente traz, localiza com o paciente os alvos que deverão ser trabalhados durante o processo terapêutico, começando pelo evento chave mais antigo que o paciente viveu e que gerou algum trauma que ficou aprisionado no seu cérebro e que o impediu de caminhar para frente em função dos resquícios sensoriais do trauma", afirma
Segundo a psicóloga especialista, o EMDR atua na origem dos sintomas ansiosos e depressivos atuais que vem de um ou mais acontecimentos na vida do paciente que são registrados por meio de imagens, crenças, emoções e sensações corporais. "Os sintomas excessivos que são marcas registradas da ansiedade e da depressão funcionam no presente como um bloqueio ao acesso e a percepção relacionadas com a informação referente aos acontecimentos que foram vividos no momento do trauma", comenta.

Ana Castello explica que o EMDR ajuda o paciente a reativar e redescobrir os recursos internos que o próprio pode dispor, e com eles encontrar suas capacidades potenciais para lidar com as vivências que foram difíceis e transformá-las em situações funcionais para lidar com as futuras preocupações. 

"Consequentemente, um paciente que está pensando em suicídio pode livrar-se destes pensamentos e conseguir lidar com as dificuldades da vida de uma maneira diferente, após reprocessar os eventos negativos que o perseguiam durante os momentos ansiosos ou depressivos mais difíceis", conclui.




Associação Brasileira de EMDR
www.emdr.org.br

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